É oficial. Pensões atribuídas este ano vão ser atualizadas já em janeiro

  • ECO
  • 21 Outubro 2024

Até aqui, as pensões só poderiam ser atualizadas se tivessem sido iniciadas há mais de um ano. Medida que abrange reformas atribuídas pela Segurança Social e CGA custa 42 milhões de euros.

É oficial. Os portugueses que se reformem este ano vão ver as suas pensões atualizadas já em janeiro do próximo ano. Até aqui, a lei ditava que as pensões só poderiam ser atualizadas se tivessem sido iniciadas há mais de um ano, ou seja, as reformas atribuídas em 2024 subiriam só em 2026).

A medida aprovada pelo Governo a 2 de outubro, em Conselho Ministros, foi publicada esta segunda-feira em Diário da República. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, referiu que o diploma “vem resolver um problema antigo, que já várias vezes tinha sido sinalizado, mas não tinha sido” solucionado.

Esta mudança na atualização das pensões, promulgada pelo Presidente da República na semana passada, abrange tanto as reformas atribuídas pela Segurança Social, como pela Caixa Geral de Aposentações (CGA). Aplica-se a todas as pessoas que passaram à situação de reformado ou pensionista desde 1 de janeiro de 2024 e terá um impacto de 42 milhões de euros, nas contas do Executivo.

No verão, a ministra do Trabalho já tinha sinalizado, numa audição parlamentar, que o Governo estava a refletir sobre esta matéria, sem detalhar o que estava em cima da mesa. Na altura, Palma Ramalho foi confrontada com as propostas legislativas do PCP e do Bloco de Esquerda, que defendiam a atualização das pensões independentemente da data em que começam a ser pagas.

Além da esquerda parlamentar, esta também era uma reivindicação antiga das associações que representam os reformados. O Movimento Justiça para os Pensionistas e Reformados, por exemplo, chegou mesmo a lançar uma petição sobre este tema.

 

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Lisboa promove inquérito sobre comércio local

  • Conteúdo Patrocinado
  • 21 Outubro 2024

A Câmara Municipal de Lisboa lançou um inquérito para conhecer os hábitos de consumo e desafios do comércio local. O processo participativo decorre até 31 de outubro.

Fortalecer uma economia de proximidade é um dos grandes objetivos da Câmara Municipal de Lisboa, que está a trabalhar para tornar o comércio local mais dinâmico e adaptado às necessidades dos lisboetas.

Para isso, a autarquia disponibilizou um inquérito sobre o comércio na cidade de Lisboa, dirigido a comerciantes e empregados, mas também a consumidores, de forma a perceber o que pode ser melhorado.

As perguntas presentes no questionário variam consoante a posição de quem o responde. Se se tratar de um consumidor, encontrará questões relacionadas com o local onde costuma fazer as suas compras – se na área de residência, de trabalho, ou online; quais os espaços comerciais onde costuma fazer compras e com que frequência; como se desloca; que tipo de bens compra com maior frequência em lojas físicas; e qual o seu grau de satisfação relativamente à oferta comercial de cada bem.

Por outro lado, se se tratar de um comerciante ou empregado, as questões já se focam nos desafios que sentem na área de negócio em que se encontram; quais as expectativas que têm para o setor; e pedem, ainda, sugestões de iniciativas para a Câmara de Lisboa promover a favor da atividade em que trabalha.

O inquérito, disponível online, é rápido e simples, com uma duração média de 10 minutos. Nele tem a oportunidade de partilhar as suas ideias, sugestões e necessidades, contribuindo diretamente para moldar o futuro do comércio em Lisboa.

A sua opinião é essencial para identificar os principais desafios e encontrar soluções que beneficiem comerciantes, clientes e a própria comunidade, e que passam pela construção de um comércio de proximidade mais forte, dinâmico e adaptado a todos.

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Ministro admite “enorme pressão” no arranque do passe ferroviário. CP “será ressarcida até ao último cêntimo”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Outubro 2024

Miguel Pinto Luz reconhece maior pressão do lado da procura com o lançamento do novo passe ferroviário verde. CP "até pode vir a ganhar se mais portugueses comprarem o passe”, aponta o governante.

No dia em que entra em vigor o Passe Ferroviário Verde, que substitui o Passe Ferroviário Nacional, o ministro das Infraestruturas e da Habitação reconhece que “vai haver pressão” do lado da procura nesta primeira fase da medida. No entanto, diz que é “um bom sinal” para a ferrovia portuguesa. Quanto às preocupações expressas pela comissão de trabalhadores da CP, Miguel Pinto Luz frisou que a operadora “será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”.

As primeiras semanas serão de enorme pressão, mas será um melhor serviço para todos os portugueses“, disse o governante, em declarações reproduzidas pela CNN Portugal na estação de Santa Apolónia, em Lisboa, onde esteve esta manhã para comprar o novo título de transporte, que tem um custo de 20 euros por mês.

Para Pinto Luz, “era bom” que a estação estivesse “mais cheia” de pessoas neste primeiro dia. Porém, confia que “a partir de agora a procura vai aumentar”, sendo que os estudos realizados pela CP preveem que a medida abranja quase 30 milhões de passageiros por ano. Só a venda do cartão CP+, necessário para adquirir o novo passe ferroviário, triplicou desde setembro face à média mensal observada entre abril e agosto, como noticiou o Público.

“As medidas foram modeladas ao longo dos últimos meses para garantir que temos a oferta necessária para a procura que vem”, afirmou, apontando como exemplos os factos de o novo passe estar disponível apenas para a segunda classe dos intercidades e a necessidade de reserva apenas nas 24 horas anteriores à viagem neste serviço.

Ainda assim, Miguel Pinto Luz promete que o Governo vai estar “atento” ao que vai acontecer para poder “trabalhar em medidas para mitigar” a pressão em algumas linhas. Para isso, vai ser “essencial” adquirir mais comboios, frisou, acreditando que no próximo ano serão entregues as 22 novas automotoras compradas aos suíços da Stadler. Porém, lamenta o atraso no concurso público para a aquisição de outras 117 automotoras, que está pendente nos tribunais há cerca de um ano.

O ministro considera “legítimas” as dúvidas expressadas pela comissão de trabalhadores da operadora ferroviária quanto à capacidade da empresa para responder ao pico de procura, mas reitera que “a CP será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”. “Até pode vir a ganhar se aumentarmos a base de pagantes, se mais portugueses comprarem o passe”, antecipa.

No início do mês, o Governo anunciou, em briefing do Conselho de Ministros, que a empresa vai ser compensada em 18,9 milhões de euros anuais, via contrato de serviço público com o Estado, pela perda de receita que vai ter com a entrada em vigor do Passe Ferroviário Verde. Um valor que, no entender da comissão de trabalhadores, é insuficiente, apesar de, segundo o presidente da CP, ter sido “rigorosamente calculado pelos serviços comerciais e financeiros [da transportadora]”. Além disso, Pinto Luz recordou que estes cálculos foram feitos perante “o pior cenário”.

“É uma mudança de paradigma. É claro que nem todos os portugueses vão ter este passe. Outros vão ter os passes metropolitanos ou outros passes, outros vão usar o Alfa Pendular. Mas a Europa e Portugal têm uma ambição clara da redução das emissões de gases de carbono. Só podemos fazer uma coisa: andar menos de transporte individual e andar mais de transporte público”, apelou ainda o ministro.

O passe ferroviário verde, que entrou em vigor esta segunda-feira, permite viajar nos serviços regionais e inter-regionais, bem como nos comboios urbanos de Coimbra, Lisboa e Porto e em viagens em segunda classe nos intercidades. Neste último caso, a reserva do lugar deve ser feita nas 24 horas anteriores à partida, sendo que só é permitido reservar um lugar por viagem, até um máximo de duas viagens diferentes por dia.

Nos urbanos de Lisboa e Porto, o passe será válido apenas nas linhas não abrangidas pelos passes intermodais metropolitanos — respetivamente, o Navegante e o Andante, ambos com um preço de até 40 euros. Assim, o novo título de transporte ferroviário abrange somente a linha Carregado — Azambuja em Lisboa e os percursos Vila das Aves — Guimarães, Paredes — Marco de Canaveses, Paramos — Aveiro e Lousado — Braga no Porto.

Fora do âmbito deste novo passe ficam os serviços do Alfa Pendular, Internacional Celta, primeira classe nos comboios intercidades e inter-regionais e nos urbanos de Lisboa e Porto dentro das áreas metropolitanas.

O valor mensal de 20 euros não está sujeito a acumulação de descontos e a validade do título de transporte — que tem de ser carregado no Cartão CP+ — é de “30 dias consecutivos a partir da data da sua aquisição”.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h37)

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A liderar o marketing do Aldi com a ajuda de duas mascotes, Ricardo Santos, na primeira pessoa

Após mais de uma década em agências de meios - que lhe deram uma "visão alargada" - Ricardo Santos assumiu o marketing do Aldi no final de 2019, altura "muito interessante" para o grupo.

O recurso a duas mascotes – de nome Al e Di – foi uma das formas que o Aldi encontrou para se destacar em termos de comunicação, num setor competitivo como é o do retalho, diz Ricardo Santos, managing director marketing & communication do Aldi.

“O Al e o Di nasceram como uma aposta de comunicação ibérica, surgindo em Portugal e Espanha ao mesmo tempo [nunca tinham sido lançados noutras geografias]. Tanto eu como a minha congénere de Espanha sabíamos que tínhamos aqui um bom potencial, mas que era algo novo no retalho – um retalhista assumir duas mascotes – pelo que não sabíamos como os consumidores iam absorver. A questão é que foram muito bem planeados, a decisão foi muito bem ponderada, assim como a forma como as mascotes comunicam os valores da marca, e isso fez com que conseguíssemos, de certa forma, conquistar e sobressair no meio da comunicação“, explica o responsável numa conversa com o +M.

No entanto, “o segredo acaba por ser a coerência“, entende. “Não é tanto a forma como nós comunicamos ou se temos uma campanha um pouco mais disruptiva ou criativa. É sermos coerentes naquilo que dizemos e mantermos uma identidade única. E isso penso que será uma aposta que o Aldi vai continuar a fazer. Vai manter a sua responsabilidade, o seu sentido de simplicidade e de estar ao lado das pessoas, tentando trazer aqui um ou outro apontamento que vá chamando mais a atenção”, refere.

A essência da marca passa também por ser o “verdadeiro discounter”, algo que “tem muito a ver com a forma de estar da Aldi e com o porquê de conseguir esses preços baixos”. Segundo Ricardo Santos, o ser discounter “não é mais do que uma eficiência e filosofia em termos de otimização de custos para conseguir ter sempre o preço mais baixo“. Isto é conseguido desde logo através do facto de 85% dos produtos serem de marca própria – otimizando os processos em toda a cadeia de valor e baixando os custos – mas também através de uma maior eficiência em todos os processos.

Um exemplo fácil de ser compreendido é que quando um cliente vai a uma loja Aldi costuma ver os produtos dentro de caixas, nas prateleiras. Tudo isso está pensado para ser o mais rápido possível e evitar que haja um maior tempo despendido. Temos caixas preparadas para um colaborador pegar na caixa, colocar na prateleira, abrir daquela forma específica, e estar pronto para o consumidor ter acesso aos artigos, não sendo preciso estar a colocar os produtos um a um, pois isso leva mais tempo, e mais tempo gera mais custos, e mais custos colocaria mais preço final”, explica.

A coerência, conforme referida por Ricardo Santos, é precisamente o que vai marcar o futuro da comunicação do Aldi, desde logo pela continuação da aposta nas mascotes Al e Di, que tem sido “uma aposta ganha”, pelo que “estes dois embaixadores vão continuar a aparecer”, explica Ricardo Santos.

“As duas mascotes entraram no mundo do consumidor português, têm tido uma ótima aceitação e vindo a conquistar o público português. E acaba por ser interessante, porque os dois têm perfis diferentes e esse balanço entre eles, com um discurso um bocadinho divertido e fun, acaba por ir conquistando as pessoas e dizendo de forma simples algumas mensagens importantes que temos para passar ao consumidor”, afirma.

A retalhista vai continuar também a apostar numa “comunicação gradual e constante” mantendo a mensagem de “preços sempre baixos”, na onda de outras campanhas que tem vindo a fazer como a do Stop IVA, Stop Inflação e Stop Stress.

“E isto não foi mais do que dizer às pessoas que nós estamos aqui para as apoiar nos momentos em que elas precisam. O nosso foco continuará sempre a ser esse. Ser o verdadeiro discounter, manter a qualidade e os preços baixos, e estar com as pessoas quando elas mais precisam”, acrescenta.

Na sua estratégia de marketing e comunicação, o Aldi trabalha com a Uzina (agência criativa), a Wavemaker (agência de meios), a Innovagency (agência digital) e a YoungNetwork Group (agência de comunicação).

Após uma licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, no ISCTE, o percurso de Ricardo Santos começou a ser trilhado no setor das agências de meios, dentro do grupo Omnicom, onde trabalhou com algumas marcas de diversas áreas, como do retalho, telecomunicações, automóveis ou banca, até ter surgido a oportunidade de ingressar no Aldi, em 2019.

Ter trabalhado mais de uma década em agências trouxe-lhe a “vantagem de conseguir ter uma visão muito alargada de vários setores”. “No meu percurso trabalhei com clientes mais focados em performance e digital, outros em comunicação mais tradicional, marcas com mais concorrência e outras com menos, e portanto existiram vários desafios e marcas que fizeram com que crescesse e tivesse oportunidade de ter conhecimento de vários media, vários tipos de performance, e de estar up to date com tudo o que são alterações digitais“, explica.

“É uma constante mudança, e foi essa a base que me veio trazer. Não só o conhecimento de marcas, mas também a perspetiva e dinamismo do mercado e o contacto com os vários meios. Isso possibilitou que tivesse um elevado leque de conhecimento – tanto do lado dos media, como do lado das marcas – background que, ao vir trabalhar para o Aldi, acabou por facilitar algumas abordagens”, acrescenta.

A entrada na marca retalhista aconteceu numa “altura muito interessante para o grupo”, em que o grande objetivo em termos de marketing era aumentar a notoriedade. “Conseguimos não só esse feito – porque atualmente o awareness da marca é bastante interessante, comparativamente com essa altura – como temos continuado a fazer o nosso caminho“, refere o managing director marketing & communication.

“Conseguimos colocar pela primeira vez uma campanha nacional em televisão, o que na altura foi quase um achievement para a marca e que movimentou um pouco o meio interno e a cultura empresarial portuguesa, que percebeu que havia mais um retalhista e uma nova marca a aparecer. Atualmente já temos uma presença mais contínua e constante e já não há dúvida de quem é o Aldi, que retalhista é esta. É efetivamente uma nova marca conhecida e estamos a fazer o nosso caminho“, acrescenta.

Um dos episódios que o marcou no seu percurso aconteceu no início da pandemia, a propósito da iniciativa do Aldi em abrir num horário especial para pessoas de setores que estivessem na linha da frente, como saúde ou segurança. “De forma a comunicar essa iniciativa, optei por enviar uma mensagem às instituições de proteção civil nacionais, a indicar todas essas medidas e os novos horários, deixando o meu contacto para alguma dúvida que pudesse surgir”, começa por explicar Ricardo Santos.

“O que aconteceu foi que essa mensagem e o meu contacto foram passados a todas as instituições, pelo que durante uma semana o meu telemóvel ganhou vida. Cerca de 15 minutos depois de ter enviado a mensagem fui contactado por um polícia, sendo que de início me sobressaltei a pensar o que é que podia ter acontecido para ser contactado pela polícia. A partir daí, de cinco em cinco minutos, o meu telemóvel estava a tocar. Recebi também imensas mensagens, algumas delas muito interessantes e que ainda hoje guardo e que eram verdadeiros exemplos de vida”, relata.

A viver na fronteira entre o Lumiar e Alvalade há cerca de sete anos, Ricardo Santos separou-se há quatro, pelo que partilha a guarda de “dois pequenos pestinhas” – um filho (de 11 anos) e uma filha (cinco). Antes de se estabelecer no centro de Lisboa, morou alguns anos na zona do Seixal. Já os tempos de infância e juventude foram vividos em Bucelas, no concelho de Loures, onde desfrutou de uma “infância tradicional dos anos 80/90″.

“Vivia numa zona onde toda a gente se conhecia e onde estávamos sempre na rua a andar de bicicleta e a jogar à bola. Não havia telemóveis, pegávamos na bicicleta de manhã e chegávamos ao final do dia, sem problemas nenhuns. E depois tinha uma ligação à zona da Beira Baixa – os meus pais são da zona da Sertã – onde ia também muitas vezes e onde acabava por ter também muito aquela vida de rua. Quem é da geração de 80 percebe essa vida de rua, de bicicleta, de chegar a casa com os joelhos esfolados e sem essa ligação aos smartphones”, diz.

No entanto, sublinha que não é “anti smartphone”. “Acho que a tecnologia e a evolução têm o seu lugar e as coisas evoluem. Da mesma maneira que os nossos pais diziam que não brincavam tanto como nós, agora nós dizemos que os nossos filhos só estão no telemóvel e que nós não tínhamos telemóvel. São evoluções naturais da sociedade, não sou um duro opositor dos ecrãs, acredito que tem sempre de haver um balanço, alinhado com a evolução da sociedade“, explica.

Mas, mesmo mais velho, a bicicleta e a bola que o acompanhavam em miúdo mantiveram-se presentes em fases mais avançadas da sua vida, uma vez que foi participando em grupos de BTT e de futebol. “Ou seja, sempre mantive uma presença no desporto e em grupos mas nunca numa vertente de competição“, diz.

Para lá disso, e das atividades que tenta proporcionar aos filhos, gosta de música, cinema e sair com os amigos. Em termos musicais destaca Pearl Jam e Nirvana como bandas que nunca largou, mas sente muita dificuldade em dizer qual o seu filme preferido, uma vez que se “produz muito bem”.

Para “descontrair e desligar do mundo profissional”, tem feito boxe. Não pratica “boxe de luta”, esclarece, mas frequenta uma academia que dá a possibilidade de “ir descarregar contra um saco”. “A vantagem é que ao misturarmos uma sequência de movimentos, com força e técnica, naquele momento conseguimos desligar completamente e não pensar em mais nada, e isso tem-me ajudado de certa forma a desligar um bocadinho para voltar no dia seguinte“, diz.

Ricardo Santos em discurso direto

1. Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível nacional, a campanha da Frize com o Pedro Tochas, “Tou que nem posso”, é um caso emblemático. Embora já tenham passado quase 20 anos, esta campanha inovou ao apostar num humorista e num anúncio pouco convencional para a época. O sucesso foi imediato, tanto em termos de reconhecimento como de vendas, e a expressão “Tou que nem posso” tornou-se parte do vocabulário quotidiano. Ainda hoje muitos recordam e utilizam essa expressão, o que demonstra o impacto duradouro desta campanha.
A nível internacional, a “campanha” que mais me marcou, pela sua história e pelo debate que gerou, foi uma não oficial da Adidas, intitulada “Break Free”. Criada por Eugen Merher, um jovem estudante de 26 anos, que, de forma espontânea, enviou o vídeo promocional à marca. Sem obter resposta, decidiu publicá-lo no YouTube, onde rapidamente se tornou viral. O vídeo conta a história de um idoso num lar que, ao ver os seus antigos ténis, sonha em voltar a correr livremente. Apesar dos esforços dos enfermeiros para o impedir, os seus companheiros ajudam-no a realizar o seu desejo. Este filme não só tocou profundamente o público pela sua mensagem de perseverança e liberdade, como também se destacou pela forma inusitada como surgiu e pelas discussões geradas sobre as diferentes interpretações possíveis da história.

2. Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

A decisão mais desafiante para um marketeer não é necessariamente a mais difícil, mas sim aquela que sabemos que vai “agitar as águas”, especialmente no contexto de lançamento de uma campanha. Não a definiria como a mais difícil, mas sim como a que traz uma adrenalina única e que nos pode tirar o sono na véspera. Acredito que muitos marketeers já tenham passado por essa experiência. Quando temos nas mãos a responsabilidade da imagem de uma marca, estamos cientes de que essa decisão impacta não só a empresa e os colaboradores, mas também o futuro do negócio. Ao mesmo tempo, sabemos que uma marca precisa de seguir o seu propósito, destacar-se e conquistar um lugar na vida das pessoas. Para atingir esse objetivo, por vezes, é necessário sair da norma e quebrar com o tradicional. Essas decisões são sempre cuidadosamente ponderadas, com bases sólidas e uma mensagem na qual acreditamos profundamente. Contudo, são também aquelas que aceleram o coração nas horas que antecedem o lançamento, devido à incerteza do impacto que terão.

3. No seu top of mind está sempre?

Os consumidores. O foco deve estar inteiramente neles: nas suas necessidades, nos seus hábitos de consumo e nas mudanças sociais. Só ouvindo atentamente os consumidores é que podemos criar marcas que realmente façam a diferença nas suas vidas.

4. O briefing ideal deve…

Incluir alguns elementos essenciais: uma definição clara dos objetivos, a mensagem principal a transmitir, o período da campanha e um orçamento realista. Além disso, deve proporcionar espaço para a liberdade criativa. Em resumo, num bom briefing, os papéis precisam de estar bem definidos: o marketeer deve concentrar-se na estratégia, enquanto o criativo deve ter a liberdade para inovar e explorar novas ideias.

5. E a agência ideal é aquela que…

Compreende profundamente a marca com a qual trabalha, interessando-se não só pelos seus desafios, mas também pelas dinâmicas do mercado que influenciam a sua atividade. Uma agência que esteja atenta ao contexto e atue como um verdadeiro parceiro é capaz de identificar as mensagens mais relevantes e definir o caminho certo a seguir.

6. Em publicidade, é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Um bom marketeer e publicitário não “arrisca” no sentido tradicional. Arriscar implica agir sem preparação, como num jogo de sorte ou numa competição sem treino. Em publicidade, uma campanha bem-sucedida nasce de uma base sólida: há um objetivo claro, uma análise detalhada do público-alvo e muitas horas de trabalho e decisões fundamentadas. Em vez de “arriscar”, podemos falar em escolher entre uma abordagem mais conservadora ou uma mais inovadora e desafiante. É neste espaço de inovação que as marcas se destacam, conquistam o seu lugar e evoluem. Manter-se sempre na mesma linha pode condenar uma marca a ser ultrapassada no futuro.

7. O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Uma das principais responsabilidades de uma marca é o seu contributo para a sociedade e o impacto que gera na comunidade à sua volta. Muitas vezes, essa ideia está apenas associada a patrocínios, apoios ou doações a instituições. No entanto, o marketing pode e deve estar cada vez mais ligado ao desenvolvimento social, criando uma conexão direta entre a marca e a comunidade em que se insere. Com um orçamento ilimitado, seria possível ampliar esse envolvimento do marketing com o desenvolvimento de entidades e causas sociais.

8. A publicidade em Portugal, numa frase?

Em Portugal, onde muitas vezes se ouve dizer que “não temos escala”, a frase que melhor descreve a publicidade é: “não importa a dimensão”. Ano após ano, assistimos a produções portuguesas de grande qualidade, com exemplos de marcas multinacionais cujas campanhas nacionais se destacam, muitas vezes superando as de outros países. Portugal prova que ser um país de menor dimensão não é sinónimo de uma publicidade “pequena”.

9. Construção de marca é?

Construção de marca é, em primeiro lugar, entender a sua essência, o propósito que a orienta e o valor acrescentado que traz à sociedade. Com esses elementos bem definidos, é fundamental criar uma identidade, determinar o público-alvo, definir a forma de comunicação, as áreas de atuação e as emoções que a marca deseja transmitir. Criar uma marca não é uma fórmula matemática; é um processo que depende de diversos fatores. Começa internamente, com uma cultura empresarial sólida e todos os departamentos alinhados ao propósito da marca. Além disso, exige um foco constante no consumidor, pois é ele quem dá vida à marca.

10. Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Na verdade, não me imagino a trabalhar noutra área que não seja marketing e publicidade. A adrenalina que este setor proporciona, as constantes inovações e o equilíbrio entre resultados financeiros e a criação de ligações emocionais entre marcas e consumidores fazem com que eu tenha uma paixão profunda e uma forte conexão com este mundo.

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Festival de Cinema de Sitges revitaliza a cidade e reduz as emissões

  • Servimedia
  • 21 Outubro 2024

Repsol foi o fornecedor de multi-energia e conseguiu evitar a emissão de mais de 13 toneladas de CO2 para a atmosfera graças ao fornecimento de mais de 5.000 litros de combustível 100% renovável.

Reconhecido como o maior evento internacional de cinema fantástico e de terror, edição após edição tem uma grande repercussão mediática e reúne todos os anos os rostos mais importantes do panorama atual e numerosos cinéfilos. Este ano, espera-se que tenha ultrapassado os números recorde do ano passado, quando registou mais de 158.000 participantes e um impacto económico na cidade de mais de oito milhões de euros.

O festival catalão, cujo símbolo é a figura do gorila mais famoso do cinema – King Kong -, começou como um pequeno encontro de fãs de filmes de género para fazer de Sitges mais do que uma simples estância de verão. Atualmente, tornou-se uma referência mundial do cinema fantástico, que acolheu artistas internacionais como Quentin Tarantino, Nicolas Cage, Anthony Hopkins, J.A. Bayona e Álex de la Iglesia nos seus eventos, que este ano contaram com a presença de figuras como Steven Soderbergh, Quentin Dupieux, Mike Flanagan e Alexandre Aja.

Durante os dez dias do festival, foram exibidos cerca de 350 filmes, incluindo longas e curtas-metragens de terror, fantasia e ficção científica, os três géneros por excelência em Sitges. Além disso, e como tem feito nos últimos anos, o evento ofereceu atividades fantásticas paralelas ao festival, como o popular Siteges Zombie Walk, concursos de maquilhagem de terror, jogos de tabuleiro na rua ou workshops de máscaras, que serviram para dinamizar a cidade e atrair uma multidão de participantes para este evento dedicado ao termo conhecido como “fandom” ou comunidade de fãs, neste caso, de filmes de fantasia e de terror.

Consciente da importância de reduzir as emissões, o festival contou, pela primeira vez na sua história, com a Repsol como fornecedor de multi-energia. Graças a esta colaboração, o festival conseguiu evitar a emissão de mais de 13 toneladas de CO2 para a atmosfera, graças ao fornecimento de mais de 5.000 litros de combustível 100% renovável que cobriram as necessidades energéticas do festival e da frota de veículos utilizados para o transporte de convidados e trabalhadores.

Além disso, a energia foi fornecida por painéis solares que iluminaram diferentes espaços, como o palco da Área King Kong, onde foram atribuídos os prémios aos melhores trajes da Zombie Walk, o photocall do Mirador, onde os artistas posaram no tapete vermelho, ou a tenda de circo montada pela empresa para que os participantes pudessem viver uma experiência recreativa e tirar uma fotografia transformados em criaturas fantásticas.

SAN SEBASTIÁN E MALAGA

A Espanha conta também com outros eventos cinematográficos de referência, como o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, o único evento de Classe A do país – a categoria mais importante que existe -, que reúne todos os anos grandes estrelas do cinema, como este ano Johnny Deep e Cate Blanchett; ou o Festival de Málaga e a gala dos Prémios Goya, reconhecidos por promoverem a indústria cinematográfica espanhola e por serem uma montra para os profissionais do setor audiovisual, que também reduziram a sua pegada de carbono com a Repsol.

O recente festival de San Sebastián contou com três geradores de combustível 100% renovável que cobriram as necessidades energéticas da festa de encerramento no Palácio Miramar e de um photocall inspirado no cinema vintage para os assistentes que a Repsol instalou na praça de Okendo e que funcionou com energia solar. A empresa também forneceu combustível 100% renovável para o transporte de convidados e trabalhadores do evento.

Por seu lado, o festival de Málaga também utilizou combustível 100% renovável para a frota de veículos oficiais que transportaram os convidados para a passadeira vermelha e, mais ligado à mobilidade, a Repsol e a Vueling operaram um voo sustentável de Barcelona para a cidade de Málaga para coincidir com o início do festival. Neste voo, foi exibida pela primeira vez uma curta-metragem que participava no festival deste ano. Ambas as empresas colaboraram para fornecer uma quantidade de combustível sustentável equivalente a 50% do consumo do voo.

A Gala dos Prémios Goya também utilizou combustível 100% renovável para a frota de veículos oficiais que transportou os convidados. Além disso, os veículos elétricos do festival também puderam utilizar a rede pública de recarga que a Repsol tem na capital de Pisuerga, onde se realizou a gala.

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Hoje nas notícias: cinto apertado, comboios e autarquias

  • ECO
  • 21 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As maiores economias da Zona Euro, com destaque para a França, estão a preparar grandes ajustamentos para 2025. A procura pelo Cartão CP+, necessário para adquirir o novo Passe Ferroviário Verde, triplicou em setembro e outubro face à média dos cinco meses anteriores. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Maiores economias do euro apertam o cinto em 2025

As principais economias da Zona Euro estão a preparar fortes ajustamentos para o próximo ano, com destaque para a Alemanha, a Itália e, sobretudo, a França, que nos novos planos orçamentais estruturais de médio prazo assumem melhorias anuais no saldo estrutural que vão além do que exigem as novas regras de Bruxelas em caso de procedimentos de défice excessivo — de 0,75, 0,6 e 0,9 pontos percentuais, respetivamente. Em Espanha, o ajustamento será menor, enquanto os Países Baixos são a exceção entre as cinco maiores economias da área da moeda única.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Anúncio do Passe Ferroviário Verde triplica compra do cartão CP+

O Passe Ferroviário Verde em vigor esta segunda-feira, mas a procura pelo cartão CP+, necessário para poder adquirir o novo título de transporte, já disparou na primeira quinzena deste mês. Depois de, entre abril e agosto, terem sido vendidos, em média, 2.500 cartões por mês, a transportadora ferroviária vendeu 7.336 cartões em setembro e 3.769 cartões entre os dias 1 e 15 de outubro, triplicando a média da procura dos últimos meses. A expectativa é de que a procura continue a aumentar.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Câmaras estão a perder 908 mil euros de receita fiscal por dia

Nos primeiros oito meses do ano, as câmaras municipais perderam 908 mil euros por dia de receita fiscal em relação ao mesmo período de 2023, segundo mostra a execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento. Trata-se de uma inversão da tendência de crescimento que se tem verificado na última década — à exceção de 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19 –, influenciada sobretudo pelas perdas nos proveitos da derrama, bem como do imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis (IMT).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Quase 80% das pensões atribuídas em 2023 abaixo do salário mínimo

Em 2023, quase 80% das novas pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social concentravam-se nos dois escalões mais baixos. Significa isto que a maioria das novas reformas foi inferior a 720,64 euros, abaixo do valor do salário mínimo nacional que vigorava no ano passado (760 euros).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

IA vai apoiar análise de candidaturas a fundos europeus a partir de 2025

A “Eva”, o novo assistente virtual que está a ser criado pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, vai ajudar a analisar candidaturas a fundos europeus e o processamento de pagamentos a beneficiários. O recurso à inteligência artificial na autoridade responsável pela coordenação da aplicação dos fundos comunitários em Portugal faz parte da estratégia do Governo de aproveitar as potencialidades desta tecnologia para acelerar a execução dos fundos europeus.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

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“Espera-se que, até 2030, 80% dos veículos sejam equipados com sistema ADAS”

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  • 21 Outubro 2024

Rita Bastos, Diretora da Saint-Gobain Sekurit Service & Glassdrive em Portugal, partilha toda a evolução na reparação e substituição de vidros automóveis, bem como a sua visão de futuro para o setor.

O setor da reparação e substituição de vidro automóvel tem evoluído significativamente nos últimos anos, impulsionado por avanços tecnológicos e pela crescente popularidade dos veículos elétricos.

Com a integração de sistemas avançados de assistência à condução ADAS (Advanced Driver Assistance Sistems) e sensores nos para-brisas, a reparação de vidro automóvel tornou-se mais complexa e exige agora maior precisão e especialização. Além disso, com a expansão da mobilidade elétrica, que promove uma maior eficiência energética, os fabricantes têm investido em vidros mais leves e aerodinâmicos para melhorar o desempenho dos veículos elétricos.

Rita Bastos, Diretora da Saint-Gobain Sekurit Service & Glassdrive em Portugal, apresentou todas as inovações que estão a transformar a forma como o setor lida com a manutenção automóvel, bem como os novos desafios e oportunidades das mesmas.

"Com a integração de sistemas avançados de assistência à condução ADAS (Advanced Driver Assistance Sistems) e sensores nos para-brisas, a reparação de vidro automóvel tornou-se mais complexa e exige agora maior precisão e especialização.”

Rita Bastos, Diretora da Saint-Gobain Sekurit Service & Glassdrive em Portugal
Qual o caminho percorrido pela Glassdrive para se consolidar no mercado?

A Glassdrive é uma marca internacional líder na reparação e substituição de vidros automóveis, que tem vindo a evoluir de forma significativa desde a sua fundação, em Portugal, no ano de 2002. A sua trajetória reflete o crescimento de uma empresa inovadora, preocupada em oferecer soluções eficientes e com foco na segurança.

Atuamos com base numa forte filosofia de apoio ao cliente, distinguindo-nos pela rapidez, comodidade, qualidade do serviço e acordos com as principais companhias de seguros. Estes pilares têm-nos permitido crescer de forma sustentada, tanto em Portugal como nos restantes países onde estamos presentes: Espanha, Noruega, Finlândia, Estónia, Itália, Grécia e França.

"Atualmente, dispomos da maior rede nacional de franchising especializada na substituição, reparação e calibração de vidro em todo o tipo de viaturas, com mais de 130 centros em Portugal Continental e ilhas e 1600 centros na Europa.”

Rita Bastos, Diretora da Saint-Gobain Sekurit Service & Glassdrive em Portugal

Com a evolução do negócio, ampliamos os nossos serviços passando a oferecer calibração ADAS (Advanced Driver Assistance Sistems) e outros serviços complementares. A marca aposta em inovação tecnológica e na melhoria da experiência do cliente, estando também a dar passos significativos na melhoria do serviço ao cliente.

Atualmente, dispomos da maior rede nacional de franchising especializada na substituição, reparação e calibração de vidro em todo o tipo de viaturas, com mais de 130 centros em Portugal Continental e ilhas e 1600 centros na Europa.

Em que áreas de inovação está a Glassdrive a apostar?

Temos apostado em várias áreas de inovação, especialmente relacionadas com a evolução das tecnologias de assistência à condução, como a calibração ADAS, uma área que está em expansão e diretamente relacionada com um tema tão importante como a prevenção rodoviária, com impacto no dia-a-dia de todos os condutores, bem como no desenvolvimento das cidades.

Paralelamente, no serviço cada vez mais digitalizado que oferecemos os nossos clientes, considerando a experiência completa desde o primeiro contacto, passando pela gestão de todo o processo, até à conclusão do mesmo e follow-up.

Quais são os principais desafios que o setor automóvel irá enfrentar no futuro e como é que a Glassdrive se irá posicionar perante os mesmos?

Ao nível tecnológico, destaco que o aumento dos veículos elétricos (VE) e a evolução para veículos autónomos estão a transformar o setor automóvel, trazendo novos tipos de necessidades para cima da mesa. Neste quadro, a Glassdrive está a investir em tecnologia de ponta para lidar com a calibração de sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS), que são cruciais, assim como a sua manutenção.

No que diz respeito à componente ambiental, na Glassdrive temos uma abordagem de gestão de resíduos orientada pelos 3 R (reduzir, reutilizar, reciclar). Priorizamos sempre a reparação do para-brisas em detrimento da substituição, uma abordagem mais ecológica e económica.

Rita Bastos, Diretora da Saint-Gobain Sekurit Service & Glassdrive em Portugal

Quando a substituição é necessária, temos o compromisso de reciclar 100% dos para-brisas. Promovemos também a economia circular dentro do grupo Saint-Gobain, uma vez que parte do nosso vidro reciclado é posteriormente recuperado pela Isover (empresa do grupo Saint-Gobain) – na produção de lã de vidro.

Por último, ao nível do consumidor, verificamos que privilegia uma experiência muito mais direcionada, personalizada e, se possível, digital. Na Glassdrive dispomos do serviço móvel, através do qual as equipas Glassdrive se deslocam ao local para reparar o para-brisas (quando tecnicamente possível).

A colaboração entre diferentes players da indústria tem-se mostrado essencial para a inovação. Como é que a Glassdrive tem promovido estas parcerias?

Antes de mais, sendo a Saint-Gobain um grupo à escala global, estando presente em 76 países, em diferentes negócios à escala global, aproveitamos desde logo essa sinergia imensa – é uma troca de experiências permanente. Em Portugal, colaboramos com diversas associações e organizações que nos ajudam a desenvolver a nossa atividade e nos desafiam com projetos de forma contínua. Saliento a parceria de longa data com o Instituto Politécnico de Leiria, ANTRAM e ANECRA, bem como com a BP, Via Verde, Automóvel Clube de Portugal, etc.

A colaboração com o ECO na conferência Outlook Auto reflete uma maior intenção de promover o diálogo sobre mobilidade sustentável e elétrica no setor automóvel. Como avalia a importância deste tipo de eventos?

São, sem dúvida, iniciativas de grande importância, tanto para o setor automóvel como para o público em geral. Estes eventos desempenham um papel fundamental em vários aspetos, ao promoverem debates relacionados com a mobilidade sustentável, inovação tecnológica, smart cities, sustentabilidade, etc. No fundo, este fórum de debate impulsiona a inovação, incentiva a colaboração e contribui para um futuro mais sustentável no setor. E a participação da Glassdrive neste tipo de iniciativas reflete o nosso compromisso em estar na linha da frente em discussões fulcrais para o futuro do setor.

Que tendências emergentes na mobilidade elétrica e no setor automóvel acredita que terão maior impacto nos próximos 10 anos?

O vidro automóvel passou de uma simples superfície de vidro a sistemas integrados que oferecem funcionalidades avançadas. Daqui a 10 anos, espera-se que esta tendência se continue a refletir no setor automóvel, com painéis que são não apenas maiores, mas também mais inteligentes do que nunca, seguindo uma trajetória de constante inovação. E vários exemplos dessa evolução já estão presentes no mercado atual. A Amplisky, por exemplo, disponibiliza uma vasta gama de soluções, desde produtos de vidro até sistemas completos mais sofisticados. Tecnologias como os Head-Up Displays (HUD), que projetam informações diretamente no para-brisa, oferecem uma experiência de condução mais segura. Esta integração de displays e sensores está a criar interfaces cada vez mais interativas para os condutores. Os Lidars, que anteriormente estavam posicionados no teto dos veículos, estão a ser incorporados diretamente nos para-brisas, aumentando a segurança e a assistência ao condutor de forma significativa.

"Espera-se que até 2030, cerca de 80% dos veículos sejam equipados com sistemas de Assistência Avançada ao Condutor (ADAS).”

Rita Bastos, Diretora da Saint-Gobain Sekurit Service & Glassdrive em Portugal

Além disso, estamos a assistir a uma mudança de paradigma na segurança dos transportes, que, embora ainda esteja nos seus primeiros passos, já se revela uma realidade em expansão. Espera-se que até 2030, cerca de 80% dos veículos sejam equipados com sistemas de Assistência Avançada ao Condutor (ADAS). Esta transformação tornará os automóveis mais autónomos e os sistemas de transporte mais inteligentes. Ao adotarmos estas inovações, daremos um passo importante em direção a um futuro mais seguro e eficiente.

Outra tendência que irá revolucionar o mercado é a forma como os condutores se relacionam com a posse de automóveis. Em vez de optarem pela compra de um carro próprio, cada vez mais pessoas escolherão modelos de renting e partilha de automóveis, o que proporcionará maior flexibilidade aos utilizadores. Esta mudança dá origem ao que chamamos “novo poder das frotas”.

Estamos a caminhar para uma redução da dependência de veículos particulares. O desenvolvimento de transportes públicos e coletivos é fundamental para a adaptação a esta nova realidade. Além disso, assistiremos a um aumento na escolha de meios de transporte alternativos, como bicicletas e scooters elétricas partilhadas. Para viabilizar essa transição e atender à demanda que dela resultará, será imperativo contar com a infraestrutura adequada, incluindo ciclovias e estações de aluguer de bicicletas.

"Com o crescimento da inteligência artificial, a sua integração na indústria irá provocar uma revolução em áreas como design, assistência à condução, eficiência e personalização das interações.”

Rita Bastos, Diretora da Saint-Gobain Sekurit Service & Glassdrive em Portugal

A utilização de dados e tecnologias também terá um papel crucial, permitindo que as cidades controlem melhor o tráfego e reúnam informações que fundamentem decisões conscientes sobre mobilidade, otimizando, assim, as rotas de transporte público.

No que diz respeito à experiência do utilizador, a indústria automóvel está prestes a sofrer transformações significativas com a implementação da conectividade 5G. Isso permitirá uma transmissão de dados muito mais rápida, além de melhorias nas comunicações, sistemas de navegação e entretenimento. Com o crescimento da inteligência artificial, a sua integração na indústria irá provocar uma revolução em áreas como design, assistência à condução, eficiência e personalização das interações, entre muitas outras. Assim, no futuro, podemos antecipar que os veículos proporcionarão uma experiência verdadeiramente integrada.

Quando pensamos no futuro, não podemos deixar de considerar o papel dos combustíveis alternativos e sintéticos. A mobilidade verde permanecerá um tópico central na indústria, sendo essencial para a redução das emissões de carbono em todos os tipos de veículos, tanto ligeiros como pesados.

É expectável que a sustentabilidade se torne uma tendência crescente. A indústria continuará a centrar-se na responsabilidade ambiental e social, o que influenciará toda a cadeia de valor, desde os fabricantes até aos consumidores finais. É fundamental prosseguir com uma gestão de resíduos orientada pelos 3 R (reduzir, reutilizar, reciclar), garantindo a máxima incorporação de materiais na nova produção e, assim, reduzir o impacto ambiental.

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Madrid lidera os tempos de espera mais curtos para intervenções cirúrgicas

  • Servimedia
  • 21 Outubro 2024

Com um tempo médio de espera de 47 dias, Madrid continua a ser a região com o menor tempo de espera para intervenções cirúrgicas, 74 dias abaixo da média nacional de 121 dias.

De acordo com os dados mais recentes sobre a situação das listas de espera cirúrgicas do Sistema Nacional de Saúde (SNS) para o mês de junho de 2024, Madrid, com um tempo médio de espera de 47 dias, continua a ser a região com os prazos mais curtos para operações cirúrgicas, 74 dias abaixo da média nacional de 121 dias.

Depois da Comunidade de Madrid, as regiões com os tempos de espera mais curtos para cirurgia são o País Basco com 61 dias; La Rioja com 64 dias e Galiza com 71 dias. A Comunidade de Madrid também reduziu os seus tempos de espera em relação a dezembro em 4 dias.

A nível nacional, 848.340 doentes aguardam cirurgia, mais 3,4% do que no mesmo mês de 2023, com um tempo médio de espera para cirurgia de 121 dias, mais 9 dias do que há um ano.

Em Madrid, 70 286 pessoas aguardam uma operação e a Comunidade tem também a taxa mais baixa por habitante em toda a Espanha, com 10,06 por 1000, apesar de estar sob maior pressão hospitalar. Madrid é seguida pelo País Basco, com uma taxa de 10,18 doentes por 1 000 habitantes, pelas Ilhas Baleares, com 10,37, e pela Comunidade Valenciana, com 10,90.

No outro extremo, as comunidades com as taxas mais elevadas de cirurgia per capita são a Cantábria, com 29,21 cidadãos em lista de espera por 1000. Segue-se a Andaluzia, com 24,40; a Catalunha, com 24,17; e a Extremadura, com 23,85. Estas comunidades são também as que registam os tempos de espera mais longos, nomeadamente a Andaluzia, 169 dias; a Extremadura, 164; e a Cantábria e Aragão, 139 dias. Entretanto, um catalão tem de esperar em média 137 dias por uma operação.

A nível nacional, 20,5% dos doentes demoraram mais de seis meses a ser operados, o que representa um aumento de 3 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Também aqui Madrid apresenta os melhores dados nacionais, com apenas 0,2% dos doentes em lista de espera há mais de seis meses.

OPERAÇÕES

Além disso, Madrid é também líder no menor tempo de espera para quase todas as intervenções cirúrgicas: é a melhor em Cirurgia Geral e Digestiva com 43 dias; Otorrinolaringologia: 52 dias; Traumatologia: 48 dias; Urologia: 44 dias; Cirurgia Cardíaca: 35 dias; Cirurgia Maxilofacial com 52 dias; Cirurgia Plástica, com 57 dias e Neurocirurgia, 58 dias.

Também é o primeiro, embora partilhe o primeiro lugar com Aragão, em Ginecologia, com 38 dias; e está num bom segundo lugar em Angiologia/Cirurgia Vascular, com 63 dias (apenas atrás das Ilhas Baleares, com 51); Oftalmologia, 46 dias (atrás de Rioja, com 45); em Cirurgia Torácica, com 23 dias (atrás de Múrcia, com 21). Em Dermatologia, uma das operações com listas de espera mais longas, em Madrid é necessário esperar 37 dias, o mesmo que na Galiza e apenas atrás das Ilhas Canárias, com 21 dias.

De toda a rede de hospitais da Comunidade de Madrid, nenhum centro ultrapassa a média nacional em listas de espera para operações, e mesmo o Hospital Universitário Infanta Sofía, que tem o maior tempo de espera da região com 93,32 dias, de acordo com os últimos dados do Sistema de Saúde de Madrid, continua longe da média nacional.

De todos os hospitais do CAM, os de gestão mista (público-privado) destacam-se como os centros médicos com os tempos de espera mais curtos para as operações. Concretamente, o Hospital Universitário General de Villalba regista apenas uma média de 13,29 dias para a realização de uma cirurgia, seguido do Hospital Universitário Infanta Elena com 16,89 dias, do Hospital Fundación Jiménez Díaz com 19,10 dias e do Hospital Universitário Rey Juan Carlos com 25 dias.

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Grupo Gallo reivindica o valor das marcas como única garantia de qualidade e inovação no setor da distribuição e do grande consumo

  • Servimedia
  • 21 Outubro 2024

O presidente executivo do Grupo Gallo, Fernando Fernández, destacou o papel essencial que as marcas de fabricante desempenham num contexto de inflação, apelando à qualidade e à inovação.

O papel das marcas de fabricante como bastião de qualidade e inovação no setor alimentar e o seu compromisso real com a sustentabilidade, através de projetos específicos, é essencial para garantir a sua contribuição para um sistema alimentar sustentável ao alcance de todos, segundo Fernando Fernández, no âmbito do Fórum Retalho e Grande Consumo, organizado pelo “El Economista”, que decorreu esta segunda-feira em Madrid.

Juntamente com representantes de outras grandes marcas agro-alimentares e do setor de grande consumo do país, Fernando Fernández indicou, durante a mesa redonda dedicada à valorização da cadeia alimentar, que a marca de distribuição nunca pode ser equiparada a qualquer produto de marca de fabricante.

“A equação é muito clara, e é assim que sempre a aplicámos na Gallo: a qualidade está ligada à inovação constante dos processos e dos produtos para proporcionar valor, que é o objetivo final do nosso trabalho. Este esforço e rigor têm um preço e temos de o explicar ao consumidor”.

Para Fernández, o Grupo Gallo é um claro exemplo de aposta na qualidade e inovação constantes, “algo que se reflete desde o seu nascimento, com a introdução do trigo duro em Espanha para produzir massas para os paladares do nosso país; nos anos 90, com a criação de massas para saladas e, agora, com os caldos naturais”.

Para que os consumidores valorizem este esforço, “a única forma é explicar os atributos que nos diferenciam da marca da distribuição e porque têm de pagar mais por isso, e o contexto atual oferece-nos uma oportunidade para o fazer”, acrescentou.

Durante o debate, Fernando Fernández assegurou ainda que a indústria deve trabalhar em iniciativas concretas que contribuam para a sustentabilidade da sua atividade com resultados e um impacto real no seu ambiente. Na perspetiva da Gallo, “acreditamos que podemos ser um ator chave na transformação do sistema alimentar” e deu como exemplo a ligação histórica da empresa com o campo andaluz, de onde obtém praticamente toda a sua matéria-prima, “uma ação com impacto na sustentabilidade económica e social que ajuda mais de 2.000 famílias de agricultores”.

O presidente executivo do Grupo Gallo referiu-se a outros projectos-chave que a empresa está atualmente a desenvolver, como a promoção da utilização de fertilizantes verdes para promover a descarbonização nas culturas de trigo duro: “com estes fertilizantes estimamos que cada quilo de trigo duro produzido com este fertilizante reduzirá as emissões em mais de metade”, salientou.

A outro nível, a empresa criou também a Cátedra Grupo Gallo, com a Universidade de Córdoba, a partir da qual lidera projetos de investigação para a transformação da agricultura, no âmbito dos quais se incluem iniciativas como o projeto ‘LIFE Innocereal EU’, “que dirige os seus esforços para uma cadeia de produção e valor de cereais neutra em carbono na Europa, pondo em prática boas práticas agrícolas e desenvolvendo novas tecnologias”.

DESAFIOS

O Grupo Gallo está a identificar os processos onde a Inteligência Artificial pode gerar valor específico e já lançou um projeto para melhorar a qualidade e o rendimento da cultura do trigo duro, com base na recolha de dados obtidos através da sensorização do campo: “A Gallo conseguiu criar um algoritmo que foi incorporado na gestão do processo de produção de cereais. Entre outras coisas, Gallo pode antecipar os resultados de uma colheita e a qualidade do trigo que será obtido”, disse ele.

O presidente executivo do Grupo Gallo explicou que os resultados também confirmam a importância da integração da IA para melhorar a qualidade das culturas e do trigo e garantiu que “os rendimentos das culturas são 15% superiores à média, com uma qualidade superior do trigo, também acima da média nacional”.

As massas alimentícias ganharam presença nos lares na última década e tornaram-se um aliado alimentar essencial. As massas alimentícias continuam a sua tendência de crescimento progressivo e constante, com um aumento acumulado de 17,3% desde 2018. Atualmente, o consumo médio per capita situa-se nos 4,12 kg.

No âmbito do Dia Mundial da Massa, que se celebra esta sexta-feira, 25 de outubro, o Grupo Gallo pretende centrar-se na evolução do consumo deste produto, cuja presença nos lares espanhóis é o resultado de quase oitenta anos de experiência na elaboração da massa líder do mercado.

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CASA ISDIN acolhe a apresentação da Agentforce, a plataforma de agentes autónomos de IA da Salesforce, destinada a revolucionar o serviço de apoio ao cliente

  • Servimedia
  • 21 Outubro 2024

A CASA ISDIN, o espaço experimental do laboratório situado em Barcelona, acolheu a apresentação da mais recente inovação em IA para o serviço ao cliente da empresa Salesforce.

“A CASA ISDIN é a casa de todas as empresas onde a inovação e a tecnologia são fundamentais para a sua proposta de valor e estamos muito orgulhosos que uma multinacional americana tão inovadora como a Salesforce nos tenha escolhido para apresentar o seu último lançamento”, explicou Luis Doussinague, Country Manager da ISDIN em Espanha.

Desde a sua inauguração em junho, a CASA ISDIN acolheu vários eventos destinados a farmacêuticos, dermatologistas e consumidores e tornou-se o epicentro de algumas das actividades da America’s Cup, da qual a ISDIN é o fotoprotetor oficial. Desde o serviço de dermatologia para as tripulações até à presença de um simulador de um dos barcos que competem na lendária regata.

Este espaço experiencial, localizado no coração de Barcelona, é uma referência em termos de inovação em cuidados com a pele e agora quer ser uma referência em inovação tecnológica, abrindo o seu espaço a empresas líderes como a Salesforce, que recentemente apresentou a sua nova plataforma Agentforce em São Francisco, a sua mais recente inovação no campo da Inteligência Artificial, e que agora a apresenta em Barcelona. Trata-se de uma plataforma que, recorrendo à Inteligência Artificial, permite a criação de agentes autónomos que não só são capazes de gerar conteúdos, manter conversas e sugerir respostas, como também podem tomar decisões em áreas predefinidas e executar diretamente determinadas ações.

Estas ações podem incluir, por exemplo, a marcação de uma visita de serviço ou a gestão direta da devolução de um produto se as condições estiverem reunidas. O Agentforce é alimentado pelos dados que as próprias empresas possuem sobre cada um dos seus clientes, permitindo-lhes personalizar a experiência e oferecer um serviço rápido e eficiente.

Para além de conhecerem a nova tecnologia Salesforce, os presentes na apresentação puderam ainda experimentar as experiências oferecidas pela ISDIN HOUSE, como o workshop de texturas e uma análise do estado da pele com a tecnologia Visia. “Queremos que todas as pessoas que venham à nossa casa, que participem em qualquer tipo de evento de outras marcas como a Salesforce, aprendam algo sobre a sua pele e descubram como cuidar dela, sob a filosofia do nosso movimento Love Your Skin, por isso oferecemos estas experiências personalizadas”, afirma Emili Page, Retail Diretor da ISDIN.

“Nós da Salesforce gostaríamos de agradecer à CASA ISDIN por facilitar esta apresentação”, disse Francisco Gil, vice-presidente da Salesforce. “É um espaço cheio de inovação e experiências e, por isso, oferece um valor acrescentado aos nossos clientes.

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Portugal tem o quarto pior sistema fiscal da OCDE

  • ECO
  • 21 Outubro 2024

Relatório da Tax Foundation revela que Portugal está no 35º lugar dos 38 países da OCDE considerados no Índice de Competitividade Fiscal relativo a 2024.

Portugal está em 35º lugar dos 38 países da OCDE considerados no Índice de Competitividade Fiscal relativo a 2024, de acordo com a avaliação da Tax Foundation, divulgado em Portugal pelo Instituto Mais Liberdade. O índice, liderado pela Estónia, subdivide-se em cinco áreas: Impostos sobre sobre a propriedade (Portugal surge na 20ª posição), sobre o consumo (22º), sobre os rendimentos dos particulares (26º), sobre a tributação internacional (31º) e sobre as empresas (37º), na qual Portugal apresenta a pior classificação.

André Pinção Lucas, Diretor Executivo do Instituto +Liberdade, afirma ao ECO que “a falta de competitividade fiscal tem sido um dos principais entraves para o desenvolvimento económico português, que torna-se mais evidente quando comparamos com outras economias similares“. E a situação não deverá mudar em 2025. “O Orçamento do Estado para 2025 não apresenta medidas estruturantes que melhorem significativamente a nossa competitividade fiscal, pelo que não é expectável que a posição relativa de Portugal mude muito nos próximos anos, sendo por isso uma oportunidade perdida para criar um sistema fiscal muito mais competitivo com uma visão muito mais ambiciosa“.

Em termos globais, Portugal manteve na edição de 2024 do Índice de Competitividade Fiscal a mesma posição do ano transato, 35º entre os 38 países da OCDE. De acordo com um comunicado do Mais Liberdade, a que o ECO teve acesso, no relatório de 2023, Portugal surgia na 34ª posição, mas a metodologia do ranking foi atualizada nesta edição e, assim, a posição portuguesa mantém-se inalterada. Na pontuação geral, o sistema fiscal português desceu 0,2 pontos, tendo passado de 53,9 para 53,7 em 100 pontos.

De acordo com o relatório deste ano, o pior desempenho do sistema fiscal português continua a ser o relativo às empresas (Portugal mantém-se na penúltima posição), “sobretudo devido à elevada carga fiscal sobre as empresas e à complexidade”. Portugal tem a segunda taxa estatutária máxima de IRC mais elevada da OCDE, de 31,5%, que contempla 21% do imposto, à qual se somam a derrama municipal de até 1,5% e a derrama estadual que pode atingir os 9%. E só a Colômbia supera Portugal com uma taxa máxima de 35%.

O que é o Índice de Competitividade Fiscal? Este índice mede o grau de adesão do sistema fiscal de um país a dois aspetos ida política fiscal: Competitividade e neutralidade. Um código fiscal competitivo apresenta taxas marginais de imposto mais baixas quando comparadas com as de outros Estados. Por outro lado, um código fiscal neutro deve produzir o mínimo de distorções económicas, ou seja, não favorece o consumo em detrimento da poupança, como acontece com os impostos sobre o investimento e os impostos sobre a riqueza.

De acordo com o relatório deste ano, o pior desempenho do sistema fiscal português continua a ser o relativo às empresas (Portugal mantém-se na penúltima posição), “sobretudo devido à elevada carga fiscal sobre as empresas e à complexidade“. Portugal tem a segunda taxa estatutária máxima de IRC mais elevada da OCDE, de 31,5%, que contempla 21% do imposto, à qual se somam a derrama municipal de até 1,5% e a derrama estadual que pode atingir os 9%. E só a Colômbia supera Portugal com uma taxa máxima de 35%. Ainda assim, o Tax Foundation refere também, no relatório, alguns pontos positivos do sistema fiscal português. As empresas podem deduzir os impostos sobre o património do seu rendimento tributável e existe uma limitação ao enviesamento da tributação em função da dívida. Por outro lado, Portugal isenta os dividendos estrangeiros e as mais-valias para a maioria dos países e oferece amortizações de custos de capital acima da média para investimentos em maquinaria.

Os incentivos fiscais portugueses também distorcem a tomada de decisões económicas. Exemplo disso são os benefícios fiscais à I&D, que aplicam um subsídio implícito de 35% às despesas elegíveis (o segundo maior na OCDE, mais do dobro da média da organização), representando uma redução do encargo fiscal independente da taxa marginal de imposto. Também ao nível da complexidade do imposto, Portugal pontua mal, sendo o país com mais taxas separadas de IRC (6).

No caso dos rendimentos dos particulares, Portugal melhorou algumas posições relativamente à edição de 2023 e é agora 26º. No entanto, segundo as conclusões do Tax Foundation, um dos pontos fracos do sistema fiscal português é o facto de apresentar uma taxa máxima de IRS de 53%, incluindo a taxa adicional de solidariedade, não existindo um limite máximo para as contribuições sociais.

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79% dos espanhóis apontam a qualidade do arroz como um fator decisivo na escolha do restaurante onde o comem

  • Servimedia
  • 21 Outubro 2024

Segundo o “Barómetro de tendências de consumo de arroz em Espanha”, divulgado pela Unilever Food Solutions e Knorr Professional, com o apoio da CEHE e da Facyre.

Este estudo, que foi apresentado em Sevilha, faz parte da campanha “Best Rice” da Unilever Food Solutions e Knorr Professional, e oferece uma radiografia detalhada dos hábitos e preferências dos consumidores espanhóis em relação a este prato emblemático da gastronomia espanhola.

Durante a apresentação, Álvaro López, Diretor Geral da Unilever Food Solutions Espanha, destacou a relevância deste estudo para o setor da restauração, sublinhando a importância de conhecer a forma como os comensais consomem o arroz, tanto dentro como fora de casa, e como se estão a adaptar às novas tendências de consumo. O estudo revela que o arroz continua a ser um prato muito apreciado pelos espanhóis, que o consomem regularmente. Os fins-de-semana são a altura preferida para saborear pratos de arroz, tanto no menu do meio-dia como nas refeições em família.

Um aspeto fundamental do estudo é o facto de 79% dos espanhóis reconhecerem que a qualidade do arroz é um fator decisivo na escolha de um restaurante, tornando-o um verdadeiro “prato de destino”. Os consumidores valorizam particularmente a qualidade do arroz, o ponto de cozedura, a mistura de ingredientes e o sabor do caldo como fatores determinantes na escolha do prato. O ponto de cozedura preferido é o arroz brando, com 46% dos inquiridos a escolherem esta opção, seguido do arroz seco (30%) e do caldo (24%).

Outro dado relevante do barómetro é a crescente preferência por pratos individuais, refletindo uma mudança nos hábitos de consumo tradicionalmente centrados no arroz como prato de partilha. No entanto, a partilha continua a ser um hábito enraizado, com 69% dos inquiridos a afirmarem que partilham pratos de arroz com os seus familiares e 56% com o seu parceiro. Este equilíbrio entre a partilha e a individualização do consumo reflete-se também na disponibilidade dos consumidores para pagar uma média de 15-20 euros por prato, consolidando-se como o preço médio por consumidor nos restaurantes.

Neste contexto, Peio Cruz, Chefe de Cozinha da Unilever Food Solutions, afirmou: “Um dos principais desafios que os chefes enfrentam é manter a qualidade da cozedura do arroz, especialmente em porções individuais. Graças às nossas formações ‘Better Rice’, oferecemos técnicas que permitem aos profissionais otimizar o tempo e a consistência de cada prato, garantindo que a experiência gastronómica seja excelente, quer se trate de um prato para partilhar ou de uma porção individual”.

CULTURA GASTRONÓMICA

O arroz continua a manter a sua essência como elemento central da cultura gastronómica espanhola, com uma clara diferenciação nas preferências de consumo consoante a região. No leste de Espanha, as receitas locais, como a paella valenciana, continuam a ser as mais valorizadas, enquanto outras regiões apresentam uma maior diversidade de opções. Neste sentido, o estudo revela também que o arroz de marisco é a receita mais consumida, escolhida por 56% dos inquiridos, enquanto a paella valenciana surge em segundo lugar com 43%, consolidando a paella de marisco como a receita mais popular. O verão é a estação preferida para saborear pratos de arroz e paellas nos restaurantes, o que sublinha o caráter deste prato como uma escolha ideal para os meses mais quentes do ano.

Emilio Gallego, Secretário-Geral do CEHE, afirmou: “O arroz não é apenas um dos pratos mais emblemáticos da nossa gastronomia, mas também um indicador-chave da qualidade dos restaurantes. Este estudo permite-nos conhecer melhor as expectativas dos comensais e adaptarmo-nos às tendências atuais para continuar a oferecer experiências culinárias excecionais em toda a Espanha”.

Por último, o estudo revela também que 34% dos espanhóis pedem ocasionalmente arroz para levar, o que indica que este prato continua a ser uma escolha popular fora do restaurante. Em termos de tempo, os espanhóis estão dispostos a esperar entre 15 e 30 minutos por um bom prato de arroz, o que demonstra a paciência dos clientes por um produto de qualidade.

Pepa Muñoz, presidente da Facyre, acrescentou: “Este tipo de estudos é fundamental para que os chefes e os restauradores possam inovar sem perder de vista o que realmente interessa ao consumidor. Os arrozes e as paellas continuarão a ter um papel preponderante na gastronomia espanhola, e o nosso desafio é manter a excelência em cada prato, atendendo às preferências regionais e às novas exigências do mercado”.

Este estudo faz parte da campanha “Better Rice” da Unilever Food Solutions, uma iniciativa que, através de um road show em diferentes cidades de Espanha, procura formar os chefes locais nas melhores técnicas de confeção de arroz em restaurantes. Com o chef David Ariza como embaixador, estas formações centram-se na otimização da preparação de pratos de arroz, assegurando que os profissionais mantêm a qualidade do grão, especialmente em porções individuais, uma tendência que continua a aumentar. Todos os materiais apresentados nas formações estão disponíveis gratuitamente no site da Unilever Food Solutions,’https://www.unileverfoodsolutions.es/ideas-menu/arroces.html’.

Durante a conferência de imprensa, foi salientado que este estudo não só fornece informações valiosas para o setor da hotelaria, como também reflete a evolução do arroz como prato, tanto à mesa do restaurante como em casa. O Barómetro confirma que o arroz é um prato essencial, apreciado pela sua versatilidade e qualidade, que continua a ganhar terreno no setor do takeaway e que se adapta às novas exigências dos consumidores sem perder a sua identidade. Tanto o CEHE como a Facyre agradeceram à Unilever Food Solutions a oportunidade de participar na apresentação deste estudo e sublinharam a importância de conhecer em profundidade as tendências de consumo de arroz no país.

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