TÜV SÜD salienta a importância de políticas proativas para prevenir problemas de saúde mental no trabalho

  • Servimedia
  • 14 Outubro 2024

Por ocasião do Dia Mundial da Saúde Mental, a TÜV SÜD sublinhou a necessidade urgente de transformar os ambientes de trabalho em espaços mais seguros e saudáveis.

Em 2023, as baixas por doença relacionadas com perturbações mentais e comportamentais atingiram números recorde em Espanha, ultrapassando os 600 000, mais 15,8% do que no ano anterior, de acordo com dados do Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migração.

A TÜV SÜD considera que estes números demonstram a necessidade urgente de as empresas adotarem políticas proativas de prevenção e gestão dos problemas de saúde mental no trabalho, evitando situações de desigualdade e discriminação, cargas de trabalho excessivas ou insegurança laboral.

Lourdes Mora, diretora de sustentabilidade social da TÜV SÜD, sublinha que “cuidar da saúde mental dos colaboradores não é apenas um direito fundamental, mas também um fator chave para gerar eficiência nas organizações e garantir a fidelização de talentos. Atualmente, ainda são muitas as organizações que não dispõem de políticas específicas para detetar, prevenir e tratar a saúde mental dos seus colaboradores, pelo que, no contexto do Dia Mundial da Saúde Mental, é uma boa altura para analisar as causas, o impacto e as soluções para o resolver”.

CAUSAS DO PROBLEMA E SEU IMPACTO

Os problemas de saúde mental no trabalho, explica, são frequentemente causados por fatores pessoais e organizacionais, como o stress relacionado com o trabalho, a falta de equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada e um ambiente de trabalho tóxico. A pressão para cumprir prazos e expectativas irrealistas gera tensão, enquanto a falta de autonomia e a insegurança no emprego aumentam a ansiedade. Um clima de trabalho negativo, com assédio moral, falta de apoio e más práticas de liderança, também contribui para a deterioração da saúde mental, afetando tanto o bem-estar emocional como físico dos trabalhadores.

POLÍTICAS DE APOIO

Os programas de liderança e formação que desenvolvem competências técnicas, inteligência emocional e gestão de pessoas são fundamentais para atenuar os efeitos negativos de uma má saúde mental no trabalho, continua. Estes programas devem fomentar o bem-estar e a resiliência e promover uma cultura de liderança inclusiva, com ferramentas para a resolução de conflitos e uma comunicação assertiva. Além disso, a inclusão de mentoria e coaching ajuda os funcionários a nível emocional e profissional, enquanto a prioridade ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal apoia ambientes de trabalho saudáveis e a retenção de talentos.

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Rita Piçarra: “O tempo é o bem mais luxuoso que nós temos”

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

A ex-diretora financeira da Microsoft é a quarta convidada do podcast "E Se Corre Bem?". Aos 44 anos, decidiu reformar-se e, neste episódio, partilha os desafios e as aprendizagens desta mudança.

Rita Piçarra começa este episódio a descrever o seu dia a dia, desde que decidiu reformar-se, aos 44 anos, depois de ter tido o cargo de diretora financeira na Microsoft. Descreve a sua nova rotina como o de uma típica reformada, mas acima de tudo diz priorizar aquilo que valoriza, porque considera o tempo o “bem mais luxuoso” que se pode ter.

Todo o seu percurso contribuiu para que conseguisse ter a vida que tem agora, mas a vontade de se reformar surgiu cedo, aos 27 anos, quando o seu pai faleceu. “Eu queria ter tempo para mim e para tudo aquilo que nós ambicionamos fazer e achamos que vamos fazer um dia”, conta.

"Demonstrei às pessoas que podemos viver uma vida diferente daquela que as normas da sociedade normalmente exigem”

Rita Piçarra, ex-diretora financeira da Microsoft

Sobre toda a discussão que esta decisão gerou de uma forma geral, Rita diz que “quebrou o status quo”. “Demonstrei às pessoas que podemos viver uma vida diferente daquela que as normas da sociedade normalmente exigem”, diz.

“Eu queria ter tempo para mim e para tudo aquilo que nós ambicionamos fazer e achamos que vamos fazer um dia”

A autora do livro “A Vida Não Pode Esperar” (Contraponto) é convicta de que não precisamos de trabalhar até aos 66 anos “para depois receber um subsídio da Segurança Social, que, de acordo com o último estudo da União Europeia, vai ser apenas 39% do salário”.

Ao longo deste episódio, Rita Piçarra vai dando pistas do que foi chegar até ao status de reformada, aos 44 anos. Mas não só. Também fala sobre “as três caixinhas” que funcionam como uma espécie de check-up geral da sua vida, da importância de se distinguir a profissão da identidade, do papel de um líder, entre outros temas relevantes.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Oito em cada dez espanhóis consideram a visão um dos aspetos mais críticos do envelhecimento

  • Servimedia
  • 14 Outubro 2024

76% dos espanhóis afirmam ter problemas de saúde ocular.

No âmbito do Dia Mundial da Visão, a Alcon e a Sociedade Espanhola de Cirurgia Ocular Implanto-Refrativa (Secoir) apresentaram a campanha “Enfoca tu Mirada” para sensibilizar para as diferentes patologias que afetam a visão e para a importância de cuidar da saúde visual.

O envelhecimento da população significa que os problemas visuais relacionados com a idade, como as cataratas ou a presbiopia, são cada vez mais comuns e, juntamente com outros defeitos refrativos, como o astigmatismo, podem piorar a qualidade de vida das pessoas que deles sofrem. De facto, mais de 80% dos espanhóis consideram que a visão é um dos aspetos mais críticos do envelhecimento, logo a seguir à memória e à mobilidade, de acordo com o inquérito da Alcon Eye on Cataract.

Enfoca tu Mirada”, que conta com a colaboração da Fundação Barcelona e da España Salud, foi implementado em dois mercados em Espanha, o Mercado La Concepció em Barcelona e o Mercado Barceló. Nestes espaços, os visitantes puderam experimentar a forma como as pessoas com cataratas percecionam o que as rodeia. Para o efeito, foram mostradas imagens dos diferentes estabelecimentos e elementos dos mercados, modificadas para recriar os seus efeitos na visão.

Também foram fornecidas informações práticas sobre as diferentes condições, dicas para o cuidado da visão e opções de tratamento, como a cirurgia de catarata, que restaura a visão e corrige outros defeitos refrativos, incluindo a presbiopia e o astigmatismo. Além disso, durante os diferentes dias, mais de uma centena de pessoas receberam conselhos de saúde ocular de oftalmologistas.

Nas palavras do Dr. Javier Mendicute, chefe do Departamento de Oftalmologia do Hospital Universitário Donostia, Diretor Médico da Miranza Begitek e Presidente da Sociedade Espanhola de Cirurgia Ocular Implanto-Refrativa, “as cataratas têm um impacto na qualidade da visão e dificultam a realização de muitas atividades diárias. A visão turva, a dificuldade em conduzir e em ler são os sintomas mais frequentes. Mas talvez a perda de contraste e a visão em condições de pouca luz sejam os que mais alteram a nossa qualidade de vida e aumentam o risco de quedas e fraturas. Não existem medicamentos, colírios ou terapias milagrosas para curar as cataratas. A cirurgia da catarata é um procedimento comum, seguro e eficaz, o pós-operatório é simples e em poucas semanas estaremos reabilitados, melhorando a qualidade da nossa visão e recuperando a nossa qualidade de vida”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de outubro

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 14 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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FanPass, o passaporte “para uma experiência única” na Race Village da 37ª Taça América Louis Vuitton

  • Servimedia
  • 14 Outubro 2024

À medida que a 37ª edição da Louis Vuitton America's Cup entra na sua fase decisiva, a entidade organizadora ACE Barcelona lança o seu novo FanPass.

Coincidindo com o início da tão esperada partida final entre a equipa campeã, Emirates Team New Zealand e a INEOS Britannia, o FanPass concebido pela America’s Cup Event oferece aos fãs uma diversão extra na Race Village gratuita, enquanto vivem a emoção deste evento desportivo de classe mundial de perto e pessoalmente, participando nas suas atividades únicas.

A partir deste sábado, os portadores do FanPass poderão ganhar selos para uma variedade de atividades na Race Village. Depois de concluírem a visita, terão a oportunidade de se dirigirem ao AC Corner para receberem um presente comemorativo e participarem no concurso para um lote surpresa.

O FanPass centra-se exclusivamente na Race Village, o coração das atividades da America’s Cup. Para obter todos os selos e tornar-se um fã oficial, os visitantes poderão participar em experiências interativas oferecidas pelos patrocinadores, como o simulador AC40, a realidade virtual a bordo de um barco ou os pedais dos ciclistas. Além disso, terão a oportunidade de desfrutar da grande oferta gastronómica de produtos locais, dando um toque especial à sua visita. Vale a pena notar que as bancas de comida variam de dia para dia, o que enriquece muito a oferta gastronómica.

Poderá também informar-se sobre as corridas no AC Corner, seguir as corridas em direto nos ecrãs gigantes e assistir ao espetáculo de “desembarque” das equipas no palco principal. O selo mais especial virá quando tirar uma fotografia com um dos membros da “Equipa B”, a maior equipa de voluntários que a America’s Cup alguma vez teve. Com 2 300 membros e uma comunidade de mais de 7 000 candidatos, é sem dúvida a equipa mais especial do evento.

A primeira tiragem exclusiva será de 3.000 FanPasses, pelo que se espera que se esgotem rapidamente. Estarão disponíveis no Race Village a partir de 12 de outubro. A ativação do FanPass baseia-se no sucesso do Trophy Tour, realizado em junho, onde milhares de visitantes tiveram a oportunidade de descobrir de perto a história, o formato e a singularidade da America’s Cup. Este passeio percorreu vários pontos da costa catalã, permitindo ao público não só ver o troféu pessoalmente, mas também participar em atividades interativas que os aproximaram da tradição do mais antigo troféu do desporto internacional ainda em jogo, da emoção da competição e da tecnologia dos barcos voadores.

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A Acciona, a Cox e a Veolia estão a construir as maiores centrais de dessalinização do mundo para garantir o abastecimento de água em zonas críticas

  • Servimedia
  • 14 Outubro 2024

A escassez de água é uma das principais ameaças globais a longo prazo, de acordo com o Relatório sobre Riscos Globais 2024 do Fórum Económico Mundial.

Num contexto de crise de recursos naturais, empresas como a Acciona, a Cox e a Veolia intensificaram os seus investimentos em instalações de dessalinização a nível mundial, que se tornaram uma solução fundamental para fazer face à crescente escassez de água potável em zonas áridas (especialmente no atual contexto de conflito no Médio Oriente, que impulsiona a procura de soluções que reforcem o abastecimento de água), bem como para atenuar os efeitos das alterações climáticas.

Neste sentido, a Acciona conta já com a central de dessalinização por osmose inversa Al Khobar 2 em plena capacidade na Arábia Saudita, que foi projetada e construída pela empresa e adjudicada, juntamente com o seu parceiro RTCC, pela empresa pública saudita Saline Water Conversion Corporation (SWCC). Numa região com uma grave escassez de água, a central serve três milhões de pessoas e tem uma capacidade de produção diária de 630.000 m³ de água potável, o que a torna uma das maiores da Arábia Saudita e do portefólio global da Acciona.

Na mesma linha, a Cox centra a sua atividade na gestão dos recursos hídricos no Médio Oriente, Norte de África e América Latina, regiões onde construiu algumas das maiores centrais de dessalinização do mundo. A multinacional, que gere 10% da capacidade instalada mundial, tem a Taweelah, a maior central de osmose inversa do mundo, que garante o abastecimento anual dos quatro milhões e meio de habitantes de Abu Dhabi com uma capacidade de 909 218 m³/dia, foi galardoada como a Melhor Central de Dessalinização em 2023 nos Global Water Awards. Da mesma forma, a sua central de Jubail 3A, que fornece água potável a mais de 3.000.000 milhões de cidadãos da Arábia Saudita graças a uma capacidade de 600.000 m³/dia, ganhou este prémio na última edição em 2024. Em Marrocos, está também a promover Agadir, a maior central de dupla utilização do mundo (combinando água potável e irrigação), que produzirá 275 000 m3/dia.

A Veolia vai também liderar (através da sua filial SIDEM) um consórcio para a engenharia, aquisição e construção do projeto de dessalinização Mirfa 2, encomendado pela Abu Dhabi National Energy Company PJSC (TAQA) e pela Engie. Também localizada em Abu Dhabi, esta central de dessalinização por osmose inversa entrará em funcionamento em 2025, com uma capacidade de produção de 550 000 m3/dia, e fornecerá água potável a cerca de 210 000 habitações, oferecendo simultaneamente uma maior eficiência e uma menor pegada ambiental. A empresa também encomendou quatro outras instalações de dessalinização para levar água potável a mais de seis milhões de pessoas na Arábia Saudita, Umm Al Quwain (EAU), Barém e Iraque.

 

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Tech Talk: Orçamentação e Consolidação

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  • 14 Outubro 2024

No próximo dia 24 de outubro, vários especialistas debatem a otimização nos processos e ciclos de orçamentação e consolidação nas empresas. O ECO é media partner.

A Izertis, com o apoio da Talentia, organiza uma tech talk, no dia 24 de outubro, sobre “Orçamentação e Consolidação” – os seus desafios e dificuldades, a par das possíveis soluções tecnológicas que podem ser aplicadas.

Contando com o conhecimento e prática dos especialistas convidados, abordar-se-ão temas críticos como a fiabilidade dos dados, a sua tempestividade e relevância, bem como a criticidade dos ambientes colaborativos que imperam nestes ciclos de Orçamentação e Consolidação nas Empresas. Além disso, serão apresentadas tecnologias avançadas para a criação de relatórios personalizados e dinâmicos, que facilitam o acesso e a distribuição eficiente de informação em tempo real.

Entre os oradores estão Catarina Xavier, CFO do Grupo Bluepharma, Pedro Moura, Head of CPM da Izertis, Evaldo Lima, Diretor de planeamento e contabilidade da BCA, Manuela Silveira, CFO do Grupo Durit, entre outros.

O evento é gratuito, mas sujeito a inscrição. Pode inscrever-se aqui.

A transmissão acontecerá via streaming, a partir das 11 horas. Pode assistir aqui.

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5 coisas que vão marcar o dia

Os investidores vão conhecer dados operacionais da Galp e os resultados da emissão da Mota-Engil. Será ainda anunciado o Nobel da Economia.

Duas cotadas estarão em destaque neste arranque de semana: a Galp, que publica dados operacionais trimestrais, e a Mota-Engil, que anuncia os resultados de uma emissão obrigacionista. É ainda anunciado o Nobel da Economia e o Instituto Nacional de Estatística publica dados dos transportes e do turismo. No Parlamento, arrancam as jornadas do PCP.

Galp divulga dados operacionais ao mercado

A Galp divulga esta manhã informação operacional preliminar referente ao terceiro trimestre (trading update), em antecipação à apresentação de resultados trimestrais que ocorrerá mais perto do fim do mês, no dia 28. O ano tem sido positivo para a petrolífera, que lucrou 624 milhões de euros na primeira metade do ano.

Academia sueca anuncia Nobel da Economia

O Nobel da Economia, oficialmente Prémio do Banco da Suécia para as Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, é anunciado às 10h45. No ano passado, a distinção foi atribuída à professora norte-americana Claudia Goldin, pela investigação sobre “os resultados das mulheres no mercado de trabalho”.

Mota-Engil apresenta resultados da emissão

A Mota-Engil anuncia depois do fecho das bolsas o resultado do empréstimo obrigacionista lançado no mês passado, cujo período de subscrição terminou na passada sexta-feira. Já este mês, a construtora decidiu alargar a emissão para 80 milhões de euros e o número de títulos para 320 mil, com valor unitário de 250 euros e maturidade em 2029. A operação envolveu ainda uma oferta pública de troca envolvendo as obrigações emitidas em outubro de 2019 e cujo reembolso está previsto para o próximo dia 30.

OE marca jornadas parlamentares do PCP

Começam esta segunda-feira as jornadas parlamentares do PCP. A sessão de abertura, às 11h30 na Assembleia da República, conta com intervenções do secretário-geral comunista Paulo Raimundo e da líder parlamentar Paula Santos. Estas jornadas têm como mote “O Orçamento do Estado e as soluções de que o país precisa”, no rescaldo da entrega ao Parlamento da proposta do Governo.

Transportes e turismo na agenda do INE

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica três indicadores referentes a agosto. Serão conhecidas as estatísticas rápidas do transporte aéreo, os dados finais da atividade turística no pico do verão, e os índices referentes à produção, emprego e remunerações no setor da construção.

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Medidas do governo aceleram a procura de casa pelos jovens

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  • 14 Outubro 2024

As medidas de incentivo à compra de casa por parte dos jovens até aos 35 anos estão a funcionar: 70% das vendas de casas desde agosto foram realizadas por jovens com menos de 33 anos.

A Quintela + Penalva | Knight Frank, uma das principais imobiliárias independentes a atuar em Portugal no setor residencial, organizou um debate onde foram discutidas as questões mais frequentes sobre as novas medidas do Governo para a compra de casa por jovens com menos de 35 anos.

O evento abordou temas como a potencial poupança para os jovens através das isenções de IMT e IS e as implicações destas mudanças para o setor da habitação. O evento contou com a participação de Duarte Soares Franco, administrador da Habitat Invest, Raquel Roque, advogada e sócia do escritório de advogados CRS, e Cláudio Santos, CCO do Doutor Finanças, que partilharam as suas perspetivas sobre o impacto das medidas.

Em resposta à crise da habitação que se vive atualmente em Portugal, o Governo lançou recentemente um conjunto de medidas para aliviar a pressão sobre o mercado imobiliário e facilitar o acesso à habitação, especialmente para quem está a tentar adquirir a primeira casa.

Entre as principais iniciativas, destacam-se a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto de Selo (IS) para jovens até aos 35 anos na compra da primeira habitação, que prometem reduzir significativamente os custos associados à aquisição de casa.

Além disso, foi introduzida uma garantia pública de 15% para imóveis até 450 mil euros, destinada a facilitar o acesso ao crédito à habitação. O pacote inclui ainda outras medidas, como alterações ao programa Porta 65 e novos apoios para estudantes.

Novos núcleos residenciais

Jorge Costa, COO da Quintela e Penalva, considera que este apoio é um ato de responsabilidade do Estado “perante os jovens que está a formar”. “Culturalmente acho que é importante podermos proporcionar aos nossos jovens a possibilidade de puderem comprar uma casa. Isto porque durante muito tempo foi praticamente impossível”, acrescenta.

O COO da Quintela e Penalva destaca que o aumento da procura poderá ser uma das principais consequências destas novas medidas para o mercado imobiliário. “Num primeiro momento, a curto prazo, os preços podem subir, mas, com o tempo, a oferta deve ajustar-se à procura, estabilizando e até diminuindo os preços”, afirmou.

Jorge Costa, COO da Quintela e Penalva, Duarte Soares Franco, administrador da Habitat Invest, Raquel Roque, advogada e sócia do escritório de advogados CRS e Cláudio Santos, CCO do Doutor Finanças

Com o aumento desta procura, Jorge Costa considera que irão aparecer novos núcleos residenciais fora de Lisboa, que obrigarão a que exista uma reestruturação da rede de transportes para apoiar essas localizações. “Haverá uma deslocalização para as periferias, o que economicamente irá beneficiar as zonas periféricas da cidade”.

"Culturalmente acho que é importante podermos proporcionar aos nossos jovens a possibilidade de poderem comprar uma casa. Isto porque durante muito tempo foi praticamente impossível

Jorge Costa, COO da Quintela e Penalva

A Habitat Invest, uma sociedade privada de capitais portugueses que atua no setor imobiliário, está já a investir nas zonas periféricas de Lisboa, como Loures e Almada. “Consideramos que este segmento do mercado tem registado um aumento substancial na procura. Procuramos ser competitivos nos preços, com valores para T2 e T3 entre os 300 mil e os 500 mil euros em Loures”, explicou Duarte Soares Franco.

O target deste conjunto de medidas de apoio é para quem tem rendimentos mais baixos e, por isso, Duarte Soares Franco é da opinião de que os preços das casas não poderão subir muito, porque, caso contrário, e mesmo com a garantia pública, os jovens não terão a capacidade de suportar o valor dos empréstimos.

Compensa comprar casa?

Cláudio Santos, CCO Doutor Finanças, refere que desde o anúncio destas medidas, os pedidos de esclarecimento por parte dos jovens aumentaram consideravelmente. Sobre se compensa mais arrendar ou comprar casa, Cláudio é claro: “Compensa muito mais comprar do que arrendar, já que a escassez no mercado tem tornado as rendas muito elevadas“, afirmou.

Embora veja estas medidas como positivas para os jovens, Cláudio considera que a oferta também deveria ser beneficiada: “Se nós entendermos que a habitação é um bem de primeira necessidade e se a alimentação tem o IVA reduzido, porque é que habitação também não terá de ter?”.

Além disso, refere que o financiamento a 100% para os jovens não deve representar um problema, dado que a taxa de incumprimento em Portugal é historicamente baixa. Cláudio Santos fala sobre o exemplo de Itália, que adotou medidas semelhantes e alargou o financiamento a 110%, cobrindo também impostos e custos de aquisição.

Desde agosto, cerca de 3000 jovens já compraram casa com as isenções de IMT e IS, e 22 mil jovens procuraram informações sobre as medidas. Este número representa um aumento de 60% em relação ao habitual. Duarte Soares Franco acrescenta que 70% das vendas de casas desde agosto foram realizadas por jovens com menos de 33 anos.

Imposto de Selo e IMT vs. Garantia Pública

Raquel Roque esclareceu as diferenças na aplicação do IMT, do IS e da garantia pública. “A isenção de IMT e IS é total para imóveis até 316 mil euros. Dos 316 aos 633 mil euros, na diferença há uma taxa de IMT de 8%,” explica. Para usufruir deste benefício, o valor da casa não pode ultrapassar os 633 mil euros, o comprador não pode ter mais de 35 anos e não pode ter tido uma casa nos últimos três anos.

Na garantia bancária, o valor limite do imóvel vai até aos 450 mil euros e o Estado dá uma garantia de 15 %. Porém, “estes 15% vão ser proporcionais se o banco financiar a 100%. Se o banco financiar 80% ou 70%, estes 15% vão ser proporcionais a este valor”, refere.

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Da informática para a liderança de marketing da Unicre, Luís Gama, na primeira pessoa

Vindo da área da tecnologia, Luís Gama foi desafiado há pouco mais de dois anos a liderar o marketing da Unicre, empresa que celebra 50 anos. "Adepto da família", adora correr em trails e maratonas.

Formado em engenharia informática, Luís Gama não é o que se possa chamar de um marketeer puro. Na verdade, chegou à área há pouco mais de dois anos, quando foi desafiado a liderar o marketing da Unicre, empresa criada nas vésperas da revolução de abril e que portanto se encontra a assinalar o seu 50º aniversário.

No entanto, o responsável sempre gostou de desafios e considera que tem trazido valor a uma empresa cuja comunicação é muito assente naquilo que são os seus “valores essenciais e de origem: inovação, confiança, segurança, proximidade, responsabilidade, estabilidade”.

“Ou seja, valores que são fundamentais para manter uma empresa durante 50 anos como uma empresa estruturante, que o é até para a própria economia, uma vez que processa uma percentagem de pagamentos superior a 30%”, diz Luís Gama em conversa com +M, recordando o propósito da empresa, que passa por “ligar pessoas, empresas e tecnologias, criando experiências de pagamento únicas“.

Esta comunicação encontra portanto na inovação a sua base, mas “uma inovação com propósito e não apenas para liderar por liderar“, esclarece. “Lançamos [as inovações] normalmente cedo, mas com uma preocupação em que estas sejam soluções estáveis e robustas, muito focadas e preocupadas com a segurança, porque sabemos – e já antecipávamos – que isso iria ser um aspeto fundamental hoje em dia“, refere.

“Mas, ao sermos uma empresa financeira, a nossa comunicação é também muito responsável, dando também obviamente espaço para a criatividade e inovação das agências que trabalham connosco“, acrescenta. Atualmente, a Unicre trabalha com a JBD (marca), Lift (relações públicas) e Adagietto (redes sociais).

A celebrar cinco décadas de existência este ano, a Unicre, que nasceu nas vésperas do 25 de Abril, marcou a efeméride com o lançamento de uma campanha, assinada pela Lift e que tinha como mote “Um futuro feito de história”.

Ainda a propósito destas comemorações, a Unicre prevê lançar até ao final do ano um livro sobre a sua história e trajeto, bem como promover “uma outra ação um bocadinho mais inovadora” e mais ligada à tecnologia, sobre a qual Luís Gama não quis adiantar mais pormenores.

Ao longo deste meio século de história, a Unicre tem “acompanhado e introduzido a tal inovação e soluções com propósito”, refere Luís Gama, lembrando que a Unicre foi a primeira entidade a lançar o primeiro cartão de crédito nacional, em 1974, e que, desde então, tem vindo a inovar nesta matéria, por exemplo com a introdução dos pagamentos contactless ou através de wallets digitais. “A nossa evolução é o reflexo da evolução da economia e dos pagamentos“, entende.

A liderança de uma área de marketing, no entanto, tem sido um “desafio grande”, reconhece. Afinal, Luís Gama formou-se em engenharia informática na Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, tendo trabalhado numa empresa da área – a Audaxys – antes de integrar o Millennium BCP, onde trilhou um trajeto que passou por várias áreas, “aproveitando aquela que é a cultura do BCP de rotação por várias setores”, desde as áreas de produto, comercial, marketing, canais, área internacional”.

Transitou em 2011 para a Unicre, onde acabou por ficar responsável pela área de sistemas de informação e depois também de operações. Está apenas há dois anos a liderar o marketing, depois de uma reestruturação interna da Unicre, através da qual foi criada uma direção de marketing e uma direção comercial, com a área comercial a focar-se naquilo que é a venda e a direção de marketing a dar ênfase, entre outras, a tudo o que são funções de corporate marketing.

Apesar do desafio, Luís Gama considera que este, com o apoio dos colegas e de toda a estrutura, tem sido superado e têm sido alcançados bons resultados. “Acho que temos dado resposta. É um desafio que dá alguma luta, é uma área bastante diferente daquelas em que tenho estado, mas estou a gostar muito de estar nela e deste desafio, e acho que estou a ser útil à empresa, que também é sempre a minha principal preocupação“, diz.

Acho que tenho trazido valor. Gosto destes desafios. Entretanto já tinha feito um MBA e, no ano passado, depois de um ano de experiência a liderar a área, decidi fazer um mestrado em Marketing e Estratégia que também estou a gostar muito”, refere.

O responsável diz estar a gostar bastante de uma área que não era a sua formação de base, desde logo porque lhe permite “juntar competências que trouxe de áreas anteriores para aquilo que é construir produto e desenvolver oferta, onde é fundamental ter uma perspetiva daquilo que é fazível“. Isto porque “muitas vezes não há a visão do que é possível fazer-se do lado de sistemas de informação e daquilo que hoje as tecnologias nos permitem, sendo que a nossa empresa assenta essencialmente em tecnologia”, acrescenta.

Nascido em Luanda, Angola, Luís Gama veio com quatro anos com os pais para Portugal, tendo ficado a viver no Barreiro, onde jogou basquetebol durante muitos anos e onde ainda hoje tem “muitos amigos”. No entanto, ficou sempre uma “grande ligação” às raízes dos pais, na aldeia de Janeiro de Cima, no concelho do Fundão. “A minha aldeia é Janeiro de Cima“, diz.

Atualmente vive em Lisboa e um carro comum de cinco lugares não serviria para transportar a família inteira. À sua esposa, juntam-se no seu agregado familiar quatro filhos – o Vasco (com 24 anos), o Afonso (20), a Marta (19) e a Rita (16). “Sou um adepto da família, para mim é um aspeto fundamental nas decisões que tomo. No âmbito daquela vontade de aceitar desafios, há apenas um aspeto que tenho sempre presente que é a família e o impacto que estas decisões podem ter nela”, diz.

É a família, aliás, que elege como o maior desafio da sua vida – embora não pense nela como um desafio, mas antes enquanto algo em que se empenha mais do que no resto – e que passa por conseguir ter uma família “estruturada”, onde não falte aquilo que acha que é importante, sempre “com valores”.

O grande desafio é ter uma vida familiar estruturada, sólida, com confiança entre todos, duradoura. Gostava muito deixar essa marca nos meus filhos, que eles vissem que isso é importante para todos e que quando este nosso desafio não é concretizado, os outros até podem pontualmente concretizar-se, mas falta-lhes esta estabilidade“, refere.

O tempo livre não é tanto como gostava, mas consegue sempre arranjar algum. “Mesmo quando não o tenho, invento. Ainda no outro dia fui correr às onze da noite”, diz. O desporto e as corridas são precisamente as atividades a que dedica mais tempo (para lá da família), gostando bastante de fazer maratonas e trails.

Além disso, gosta muito de viajar, pelo que aproveita sempre que pode para juntar as duas coisas, planeando maratonas e trails no estrangeiro. “É quase uma forma de organizar viagens ao estrangeiro com a família“, diz, acrescentando que este ano esteve no norte de Itália e nos Alpes franceses. Para lá das viagens, as férias de verão são passadas entre a baía de São Martinho – onde a mulher sempre passou férias – e o rio Zêzere, em Janeiro de Cima.

A gastronomia é outra das suas paixões, tanto no que toca à arte de cozinhar como à de comer. O gosto por cozinhar, aliás, é muitas vezes a “tática” que usa para juntar amigos e família. “Gosto de cozinhar – normalmente sou eu que cozinho – e gosto de cozinhar pratos essencialmente portugueses, na maior parte dos casos um bocadinho mais pesados, refletindo um pouco aquela que é a matriz culinária da minha zona [Janeiro de Cima], seja maranhos, cabrito… tudo o que seja esse tipo de pratos”, revela.

O desafio que viu os pais enfrentar, quando regressaram a Portugal vindos de Angola e tiveram de reconstruir a sua vida – reconhecendo-lhes bastante “ímpeto e energia” -, foi algo que o marcou bastante e à sua forma de ver a vida. A este episódio, enquanto momento que mais marcou a sua vida, soma-se aquele em que decidiu planear a sua vida familiar e a decisão conjunta com a mulher de se focarem na família.

Acho que são os dois momentos que marcaram um pouco a minha forma de ser e de estar. Os outros são situações pontuais“, diz.

Luís Gama em discurso direto

1. Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Uma das campanhas internacionais pelas quais gostaria de ter sido responsável é a campanha Mother Nature, da Apple. Para além de ser a minha marca preferida, e que me acompanha há mais de 20 anos, a Apple é uma marca que conquista a lealdade dos consumidores, não apenas devido à sua qualidade técnica, mas também graças à inovação que constantemente apresenta ao mercado. Esta campanha retrata uma reunião da respeitada (e temida) Mãe Natureza com a Apple e revela, de uma forma totalmente original e brilhantemente executada, os resultados do relatório de sustentabilidade da marca.

A nível nacional, devo confessar que sou fã das campanhas da Vodafone, especialmente das campanhas de Natal, porque retratam a realidade do espírito de união das famílias portuguesas e da importância de estarmos presentes para os nossos, mesmo que essa presença aconteça à distância, por via de um telefonema ou uma videochamada.

2. Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Acredito que seja gerir as incertezas do mercado e as expectativas do público para quem comunicamos. É essencial criar uma relação que vá para além do negócio, mas que não seja evasiva e é imprescindível manter a essência da marca mesmo perante limitações tão reais como prazos a cumprir e orçamentos a respeitar.

3. No (seu) top of mind está sempre?

A minha família. Como filho sou uma pessoa muito grata pela educação que tive e pela relação tão próxima que sempre tive com os meus pais e irmão. Enquanto pai, espero que um dia os meus filhos possam dizer o mesmo em relação a mim e reconheçam a família como suporte essencial na nossa vida.

4. O briefing ideal deve…

No meu entender, o briefing ideal deve ter objetivos claros, público-alvo bem definido, concorrência identificada, mensagens estruturadas, considerações legais e éticas, orçamento, espaço para a criatividade e métricas de sucesso previamente definidas.

5. E a agência ideal é aquela que…

A agência ideal é aquela que, para além de conhecer a nossa organização de dentro para fora e de compreender as suas necessidades, está alinhada com a nossa missão e desafia-nos a pensar e a inovar além do status quo. Por vezes estamos tão focados no trabalho do dia-a-dia, no cumprimento de prazos e na gestão de formalidades corporativas, que nos esquecemos de que para vermos a ilha, temos de sair da ilha. Uma agência que nos relembre que precisamos de pensar e fazer fora da caixa é uma agência com espírito crítico no seu ADN e constitui um parceiro que não se limita a dar-nos aquilo que nós achamos que queremos, mas que nos dá, com dados e explicações, aquilo que nós precisamos e não sabíamos.

6. Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Na Unicre seguimos o lema Unlocking Future, por isso procuramos arriscar tanto no negócio como na comunicação, mantendo sempre um equilíbrio entre a disrupção e a segurança que prometemos aos consumidores. A publicidade vive do equilíbrio. É preciso arriscar dentro dos limites daquilo que é aceitável e exequível para a marca e o regulador. No setor financeiro precisamos de ter a noção do mercado em que nos inserimos, que é um mercado tendencialmente mais sério e corporativo. No entanto, isso não é impedimento para não sermos inovadores na nossa comunicação.

7. O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Se tivesse um orçamento ilimitado organizaria um grande projeto de literacia em pagamentos (programa transversal e adequado a diferentes gerações e estratos sociais). O 4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa apurou que Portugal ficou em 13.º lugar, entre os 39 países participantes, no que concerne ao indicador global de literacia financeira. Este resultado parece não refletir um panorama extremamente preocupante, mas a verdade é que somos o segundo país da União Europeia pior classificado em literacia financeira, sobre questões como inflação e juros. Sinto que a literacia financeira em Portugal ainda tem muito por onde ser explorada e que, nas circunstâncias económicas atuais, todos poderiam beneficiar de uma formação sobre esta temática, com impacto muito positivo nos negócios em geral, e no nosso em consequência, atuando como fator indutor de geração de riqueza para o país.

8. A publicidade em Portugal, numa frase?

Sou recente neste setor, mas diria que na maioria dos casos combina a criatividade e a emoção, de forma responsável e com toque muito humano, refletindo as características do povo português, muito sentimental, expressivo e com apelo ao toque e contacto humano. No fundo, a nossa publicidade espelha muito bem a nossa cultura e dinâmica interpessoal.

9. Construção de marca é?

A construção de marca é, nada mais nada menos, do que a construção de relações duradouras de reconhecimento e confiança com os consumidores. Construir uma marca é criar uma identidade única, suportada em valores consistentes e sustentáveis, de forma a ligá-la emocionalmente às pessoas estabelecendo uma relação que perdure e que permita diferenciar-se no mercado.

10. Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Se não trabalhasse nesta área, provavelmente seria novamente CIO (chief information officer), porque a minha formação académica foi na área dos sistemas de informação na Universidade Nova de Lisboa, que complementei com um MBA em gestão na Católica e um mestrado em marketing e estratégia na Nova SBE.

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Vizrt e NDI abrem hub tech em Portugal com 34 pessoas

O hub tech arranca com 34 pessoas das duas empresas, que atuam na área de produção de gráficos em tempo real e transmissão de video, e quer durante o próximo ano aumentar 30% a equipa.

A norueguesa Vizrt, produtora de soluções gráficas em tempo real para empresas como a BBC, CNN, FOX, NFL ou NASA, e a sua participada norte-americana NDI, que desenvolve tecnologia de transmissão de vídeo, estão a abrir um hub tecnológico em Portugal. O centro, que arranca já com 34 pessoas, tem como objetivo durante o próximo ano aumentar 30% a equipa. “É um passo estratégico fundamental na nossa expansão global.”

“Lisboa não é apenas um local para um novo escritório. É, também, um dos centros vibrantes e dinâmicos que nos permite operar de forma plena e integrada no país. O ecossistema tecnológico português é reconhecido internacionalmente pela sua diversidade e qualidade, evidenciado pela presença de inúmeras empresas de renome que já operam aqui”, adianta Rui Gramacho, vice presidente de R&D da Vizrt na Europa, ao ECO. Na área de Investigação e Desenvolvimento (I&D), em particular, “Portugal oferece um pool de talentos com as características que procuramos para fortalecer e elevar o desempenho da nossa extensa equipa de desenvolvimento na Europa“, continua o responsável justificando a aposta da empresa norueguesa no mercado nacional.

“A abertura da nossa entidade operacional em Portugal é um passo estratégico fundamental na nossa expansão global”, sintetiza o responsável da Vizrt, multinacional que atua em mais de 40 mercados.

Rui Gramacho, vice presidente de R&D da Vizrt

O espaço acolhe também a NDI. Dedicada à tecnologia de transmissão de vídeo, a empresa já tem, desde 2022, elementos da equipa em Lisboa. Hoje já são nove pessoas. “Este rápido crescimento em capital humano, aliado à rápida adoção da nossa tecnologia e necessidade de colaboração constante, levam-nos a apostar num hub onde a nossa equipa se possa encontrar regularmente e colaborar de forma eficiente”, diz Miguel Coutinho, vice presidente de operações e sucesso do clientes da NDI, ao ECO.

Mais do que um escritório, o novo espaço funciona com um hub para as duas empresas. “Portugal é, sem dúvida, um hub tecnológico para nós, especialmente na área de Investigação e Desenvolvimento (I&D). Vemos o país como um centro estratégico que nos permite alavancar o talento local para impulsionar a inovação em toda a nossa operação europeia”, destaca Rui Gramacho. “Embora os nossos clientes operem em diversas áreas geográficas, a nossa principal expectativa é fortalecer o nosso pool de conhecimento e capacidade de inovação. Qualquer benefício em termos de geração de negócios será um resultado colateral positivo da nossa presença e investimento contínuo no país”, refere ainda.

Portugal é, sem dúvida, um hub tecnológico para nós, especialmente na área de Investigação e Desenvolvimento (I&D). Vemos o país como um centro estratégico que nos permite alavancar o talento local para impulsionar a inovação em toda a nossa operação europeia.

Rui Gramacho

Vice presidente de R&D da Vizrt na Europa

No caso da NDI, “Lisboa passa a ser o nosso hub para as equipas de marketing, inside sales, sales operations e estratégia”, adianta Miguel Coutinho. “Em cima do enorme talento existente aqui nestas áreas, Portugal tem também uma vantagem geográfica dado que nos permite comunicar com todos os membros da equipa e todos os nossos parceiros ao longo do dia de trabalho”, diz.

O hub irá prestar serviços para outros mercados onde as duas empresas atuam. “As pessoas que trabalham com a Vizrt em todo o território português colaboram com as equipas de I&D em toda a Europa, contribuindo para o fortalecimento e inovação contínua do nosso ecossistema de produtos. Não nos limitamos a um único mercado, em vez disso, ampliamos todo o ecossistema de produtos da Vizrt”, refere Rui Gramacho.

“O nosso trabalho em I&D na Europa abrange soluções de gráficos 3D, realidade aumentada (AR), tecnologias de ponta em inteligência artificial (AI) e ferramentas de produção. Estas soluções são projetadas para todas as empresas que desejam contar histórias de forma mais eficaz, com um destaque especial para os setores do desporto e notícias”, descreve.

Em Portugal, a RTP, TVI e SportTV, através do parceiro de canal Ibertelco, são alguns dos operadores com que a Vizrt já trabalha, mas não só. Estações como a BBC, CNN, CBS, ESPN, FOX, NBC, NHL, NFL, NRK, Sky Group, ou entidades como o Supremo Tribunal do Reino Unido, os New York Giants, o Nickelodeon e “mais de 80% das empresas do Fortune 100 dos EUA” usam as soluções de gráficos em tempo real e produção ao vivo da empresa.

Já a NDI — “desenvolvemos uma tecnologia utilizada por algumas das maiores empresas de hardware do mundo e plataformas online de comunicação, principalmente nas indústrias de broadcast e ProAV” — conta “com clientes de todo o mundo, desde a costa Oeste dos Estados Unidos, até a Austrália“, indica Miguel Coutinho.

Crescer 30% a equipa num ano em Portugal

Hoje, em conjunto, as empresas contam com mais de 700 pessoas — a equipa da NDI tem mais de 20 membros espalhados pelo mundo, incluindo Estados Unidos da América, Canadá, Itália, China, Suécia e Portugal — e estão presentes em 40 mercados.

Com a abertura do escritório a perspetiva é aumentar a presença das duas empresas no país. “Atualmente, contamos com 34 profissionais na nossa equipa em Portugal, no conjunto da Vizrt e NDI, e projetamos um crescimento de 30% ao longo do próximo ano. Acreditamos que esse aumento nos permitirá fortalecer ainda mais a nossa pool de conhecimento, contando com uma equipa altamente qualificada e diversificada”, afiança Rui Gramacho.

Miguel Coutinho, Vice-presidente de Operações e Sucesso do Clientes da NDI

“Estamos a recrutar para uma variedade de perfis que possam integrar diferentes partes da nossa organização para que, durante o próximo ano a equipa cresça. Embora haja uma predominância de oportunidades na área de Investigação e Desenvolvimento (I&D), não nos limitamos a esta área. Estamos interessados em diversos talentos que possam contribuir para várias funções e departamentos, refletindo a nossa abordagem abrangente e multidisciplinar”, refere Rui Gramacho, quando questionado sobre os perfis pretendidos para reforçar a equipa.

Lisboa passa a ser o nosso hub para as equipas de marketing, inside sales, sales operations e estratégia. Em cima do enorme talento existente aqui nestas áreas, Portugal tem também uma vantagem geográfica dado que nos permite comunicar com todos os membros da equipa e todos os nossos parceiros ao longo do dia de trabalho.

Miguel Coutinho

Vice presidente de operações e sucesso do clientes da NDI

“Queremos recrutar pessoas altamente motivadas e talentosas, com experiência em engenharia de software, marketing, finanças e outras competências que façam com que seja possível reforçar a equipa em diferentes áreas de atuação. Vamos incluir na equipa profissionais que partilhem o nosso compromisso com a inovação e a excelência, independentemente da sua área de especialização“, detalha.

O modelo de trabalho é “adaptável” e “depende das funções específicas de cada colaborador”, diz o vice presidente de R&D da Vizrt na Europa.

“Temos como objetivo maximizar a eficiência e o bem-estar da nossa equipa e vemos o escritório como uma ferramenta e não como algo de caráter obrigatório. Sabemos que o trabalho presencial permite gerar colaboração constante, mas acreditamos que um modelo de trabalho adaptável, híbrido ou remoto, dá ao colaborador mais qualidade de vida e, por essa razão, achamos importante contribuir para essa cultura”, justifica.

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Maioria das empresas não está confiante quanto ao reporte ESG

Apenas 41% das empresas portuguesas estão confiantes na sua capacidade de reportar a informação no âmbito das novas diretivas europeias de sustentabilidade.

A maioria das empresas portuguesas não estão confiantes de que tenham a capacidade de reportar informação tal como lhes é exigido no âmbito da Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativo (CSRD, na sigla em inglês), indica um estudo da consultora PwC. Ainda assim, encaram a nova diretiva como benéfica para o negócio.

Apenas 41% das empresas portuguesas estão confiantes na sua capacidade de reportar a informação no âmbito da CSRD, quando a nível global a fasquia sobe para 63%. Estas são conclusões vertidas na primeira edição do Global CSRD Survey 2024, publicado pela PwC. Para a elaboração deste estudo foram inquiridos mais de 500 executivos e líderes em 38 países, incluindo 32 empresas em Portugal.

Um dos principais obstáculos apontados é a complexidade da cadeia de valor, que é assinalada por 66% dos respondentes em Portugal, em comparação com os 57% a nível global. Também os prazos são considerados apertados por 50% dos inquiridos em Portugal, e é ainda apontada a falta de infraestruturas tecnológicas (50%) e de informação de qualidade (47%) como justificação para as dificuldades. Em quinto lugar, surge a falta de recursos humanos (31%).

No entanto, há diferenças nos receios, destaca o estudo. A confiança varia não só entre as empresas como entre os tópicos a reportar que estão em causa. Existe uma “confiança elevada” em tópicos que geralmente já estão incluídos nas divulgações existentes (por exemplo, força de trabalho, conduta de negócio e alterações climáticas), mas a confiança é mais frágil quanto a tópicos menos habituais, como a água e recursos marinhos, biodiversidade, circularidade, poluição e consumidores finais.​

Neste contexto, as empresas “precisam de mais informação e meios para cumprir todas as exigências regulatórias“, afirma Cláudia Coelho, Sócia da área de Sustentabilidade e Alterações Climáticas na PwC Portugal, citada no estudo.

A jusante, para garantir a qualidade da informação, 60% dos inquiridos afirmam que já contrataram um auditor externo, seja o seu auditor financeiro (41%), outra firma de auditoria (16%) ou outro prestador deste tipo de serviços (3%). ​

A confiança vai surgindo ao longo do percurso, deteta ainda o estudo: entre as empresas mais confiantes, mais de um terço já terminou de confirmar as opções e exceções de relato e completou as avaliações de dupla materialidade.

O envolvimento nas matérias de sustentabilidade tem sido transversal a “todas as áreas de uma empresa”, indica ainda o mesmo documento. Os comités executivos ou o departamento financeiro estão atualmente envolvidos na implementação da CSRD em mais de 80% das empresas portuguesas. No entanto, têm sido os diretores de sustentabilidade a liderar o planeamento e execução de relatórios ao momento.

Melhor mitigação dos riscos e governança em destaque

A diretiva parece já estar a surtir algum efeito em termos da aplicação de práticas de sustentabilidade nas empresas: cerca de três quartos das inquiridas que se preparam para reportar de acordo com a diretiva, incluindo aquelas com sede fora da União Europeia, consideram que estão a considerar a sustentabilidade de forma mais intensa na sua tomada de decisões.

No caso português, 41% das empresas inquiridas consideram prestar atenção adicional à sustentabilidade no seu modelo de negócio na sequência da aplicação da diretiva. ​

E são vários os benefícios identificados pelos inquiridos. Tanto em Portugal (69%) como a nível mundial (48%), a “mitigação dos riscos” é considerada a maior vantagem da implementação da CSRD para o negócio. Segue-se a “maior eficácia na governação corporativa” (63% em Portugal e 40% no mundo) e a “melhoria do envolvimento com os stakeholders internos e externos” (63% e 49%, respetivamente).

Lá fora, há três benefícios que são mais relevantes do que por cá: a melhoria no desempenho ambiental, que é referido por 51% das empresas no globo mas apenas por 47% em território nacional; a redução dos custos, apontada por 26% das empresas fora de Portugal face à fatia lusa de 25%; e, finalmente, o crescimento das receitas, onde se vê o maior hiato: só 15% negócios nacionais assinalam esta vantagem face a 29% das que atuam no globo.

Em oposição, o “impacto negativo na reputação/marca” é a consequência negativa da não implementação da diretiva que é mais apontada pelas empresas (76%). Segue-se na lista das consequências negativas as questões legais, como o incumprimento de disposições e pagamento de coimas, destacadas por 69% das empresas. Apenas em terceiro lugar (63%) são referidos os impactos financeiros, como o acesso a capital.

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