Vasco Palmeirim assume direção criativa da Rádio Comercial

  • + M
  • 9 Outubro 2024

Vasco Palmeirim, que trabalha como animador na Rádio Comercial há já 17 anos, junta-se assim à direção da estação, no ano em que esta celebra o seu 45º aniversário.

Vasco Palmeirim foi nomeado diretor criativo da Rádio Comercial, função que não existia. O apresentador de 45 anos, que trabalha como animador na rádio da Bauer Media desde 2008, passa assim a fazer parte da direção da estação.

“Conhecido pelas já míticas músicas que cria nas Manhãs da Comercial, e por ser um dos mais destacados comunicadores de Portugal, Vasco Palmeirim aceitou o desafio de Pedro Ribeiro, para fazer parte da direção, com o pelouro específico da área da criatividade, aplicada não só a novos conteúdos da emissão da Rádio Comercial, mas também de conteúdo para redes sociais e emissões especiais”, refere a estação de rádio em comunicado.

O diretor da Rádio Comercial, Pedro Ribeiro, encara esta passagem como um “passo lógico na carreira do Vasco”. “Com a experiência e maturidade que tem, e com o profundo conhecimento do que é o ADN da estação, o Vasco vem agora acrescentar à sua performance como animador, a sua visão e criatividade na criação de conceitos e conteúdos excecionais para toda a estação, para lá do dia-a-dia. Estamos todos muito entusiasmados com esta nova abrangência de funções e com tudo aquilo que ele vai inventar”, diz, citado em comunicado.

“Sou uma pessoa que tem muitas ideias. Tenho ideias no duche. Tenho ideias no metro. Tenho ideias quando ando a pé na rua a ouvir música. Como é que isto vai correr? Não faço ideia. Mas vamos a isto”, refere, por seu turno, Vasco Palmeirim.

O apresentador junta-se à direção da estação, no ano em que esta celebra o seu 45º aniversário. Há já 17 anos na Rádio Comercial, Vasco Palmeirim – a par de Pedro Ribeiro, Nuno Markl, Vasco Palmeirim e Vera Fernandes – foi precisamente um dos rostos da campanha de aniversário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Livro de Steven Braekeveldt lançado em português

  • ECO Seguros
  • 9 Outubro 2024

O romance da autoria do que foi durante 8 anos CEO do Grupo Ageas em Portugal foi traduzido e vai ser lançado no próximo dia 21.

A tradução do romance De Vergetene, da autoria de Steven Braekeveldt, conhecido CEO do Grupo Ageas Portugal, vai ser lançado no próximo dia 21, ao fim da tarde, na Livraria Buchholz, em Lisboa, com o título “O homem que se fez esquecer”. Foi editado pela Casa das Letras.

Steven Braekeveldt, em paralelo à sua vida de seguros na Ageas, escreveu o romance “O homem que se fez esquecer”. O livro será lançado no próximo dia 21.

 

Publicado originalmente em neerlandês o livro não é sobre seguros. É sobre “um homem que estava longe de ser bom e que levara uma vida tão absolutamente louca e aventurosa que – pertencendo a uma família judia – conseguira a proeza de se tornar gangster, mercenário, espião e até oficial superior das SS durante a Segunda Guerra Mundial, acabando prisioneiro num campo de trabalho russo”, descreve a sinopse.

Steven Braekeveldt, o autor e pressuposto neto do protagonista, foi CEO do Grupo Ageas em Portugal, onde viveu nos últimos oito anos e a tradução para português do seu romance foi mais um desafio luso que ultrapassou. Inês Simões, diretora de comunicação, marca e cultura organizacional da Ageas, que conviveu diretamente com Steven durante todo esse tempo, fará a apresentação da Obra.

Acrescente-se que para publicar o original deste livro De Vergetene pela editora Standaard Uitgeverij, em 2022, e agora a sua tradução para português, Steven Braekeveldt, jurista de formação e financeiro de carreira profissional e académica, comentou com ECOseguros que, para chegar até à real publicação, ficou a saber tudo sobre como o mercado mundial do livro se organiza. Classificou-o como um negócio complexo mesmo para quem está habituado a viver no ambiente dos seguros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antigo ministro João Leão chamado ao Parlamento para explicar nacionalização da Efacec

  • Lusa
  • 9 Outubro 2024

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública aprovou um requerimento do CDS-PP para ouvir no Parlamento o antigo ministro das Finanças João Leão a propósito da Efacec.

Os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública aprovaram esta quarta-feira por unanimidade um requerimento do CDS-PP para ouvir no Parlamento o antigo ministro das Finanças João Leão a propósito da Efacec.

O CDS-PP tinha apresentado um pedido de audição, com caráter de urgência, do antigo ministro das Finanças João Leão no seguimento da divulgação de um relatório do Tribunal de Contas sobre a nacionalização da Efacec.

“A auditoria, solicitada pelo parlamento, concluiu que a nacionalização foi realizada sem fundamentação, técnica e independente, do interesse público, estabelecido no diploma legal que a efetivou, e que o Estado não fez acompanhar tal decisão pela previsão do seu impacto nas finanças públicas, em desfavor do direito dos contribuintes a essa transparência“, realçou o partido no requerimento.

O CDS-PP apontou ainda que o Tribunal de Contas concluiu que “nenhum dos objetivos foi alcançado, pois o capital injetado não regularizou a situação financeira da empresa com a banca, tendo um quarto dos trabalhadores deixado a empresa até 2022”, e que “há risco de o financiamento público subir até aos 564 milhões de euros, a partir dos 484 milhões de euros já aplicados”.

João Leão era ministro das Finanças na altura desta operação na Efacec e, por isso, o CDS-PP entendeu ser “da maior importância, esclarecer junto de quem decidiu, ao mais alto nível, o processo de nacionalização”.

O Estado vendeu a totalidade da Efacec (nacionalizada em 2020) ao fundo de investimento alemão Mutares, que injetará 15 milhões de euros em capital e dará garantias para empréstimos no valor de 60 milhões de euros.

No âmbito da venda, o Estado acordou injetar 160 milhões de euros na empresa e o Banco de Fomento financia em mais 35 milhões de euros, através da compra de obrigações (convertíveis em capital).

Estes valores somam-se aos 200 milhões de euros que o Estado já tinha injetado na empresa nos últimos 20 meses (para pagar custos fixos, desde logo salários).

Em abril de 2023, a Parpública anunciou ter recebido propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos à compra de 71,73% da Efacec, no âmbito do processo de reprivatização da empresa.

A Efacec, que tem sede em Matosinhos, conta com cerca de 2.000 trabalhadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Funerária de Cantanhede expande para Coimbra com ambição de ser “a maior agência familiar” do país

Com a abertura da nova agência em Coimbra ainda este ano, a Funerária Boiça prevê chegar aos 600 funerais por ano.

Fundada em 1969 por Fernando Boiça, a Funerária Boiça, localizada em Cantanhede, faz cerca de 300 funerais por ano nas regiões de Coimbra, Montemor-o-Velho, Mira e Vagos, emprega dez pessoas e fatura 800 mil euros. Há oito anos, o fundador entregou a gestão da empresa às netas, que estão a dar continuidade ao legado familiar. A passagem já está a dar frutos, com a nova geração a preparar a abertura de uma agência em Coimbra. A abertura de portas ocorrerá entre novembro e o início de dezembro. O objetivo passa por chegarem à meta dos 600 funerais por ano.

Fernando Boiça entregou em 2016 a gerência às netas Guida e Ana Fontes. Guida, de 38 anos, já trabalha na funerária há 15 anos, enquanto a irmã decidiu continuar a exercer a profissão de farmacêutica, pelo que o marido, Hugo Gaspar, ficou com incumbência de a representar na tarefa de dar continuidade ao negócio. Hugo, formado em engenharia civil no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, nunca chegou a exercer, e começou a colaborar na empresa familiar quando ainda estava a tirar o mestrado. “Acabei por ficar na Funerária Boiça até porque já estava demasiado envolvido no negócio”, conta ao ECO/Local Online.

Guida Fontes e Hugo Gaspar, gerentes da Funerária BoiçaAgência Funerária Boiça

“Desde a transição do avô para as netas, temos vindo a crescer. Em 2016, éramos apenas três pessoas a trabalhar na agência e com um volume de faturação de 200 mil euros. Neste momento, já quadruplicámos a faturação e expandimos a nossa área de atuação“, realça Hugo Gaspar. O gestor, de 33 anos, detalha que um funeral custa no mínimo 1.200 euros, mas que a média ronda os 2.800 euros.

Dois anos depois de Fernando Boiça passar a gestão para as netas, a empresa familiar adquiriu a Agência Bicho & Santos e começaram a atuar em freguesias do concelho de Vagos, no distrito de Aveiro. “Como fazia parte da estratégia alargar a área de atuação, esta aquisição fez todo o sentido”, justifica o gerente.

A nossa visão a longo prazo é de nos tornarmos a maior agência funerária familiar de Portugal.

Hugo Gaspar

Gerente da Funerária Boiça

Hugo Gaspar detalhe que a “abertura da nova agência em Coimbra representa um passo estratégico no plano de crescimento da Funerária Boiça” e que a “inauguração marca o início de um plano ambicioso para atingir 600 serviços anuais até 2030″. “A nossa visão a longo prazo é de nos tornarmos a maior agência funerária familiar de Portugal”, realça o gerente.

A Funerária Boiça tem vindo a apostar na sustentabilidade com a compra de um veículo elétrico e a instalação de painéis fotovoltaicos. Com isso, reduziu-se a emissão de CO2 e a dependência energética em 60%.

A empresa familiar, que conta com uma frota de cinco veículos, foi distinguida com o Prémio 5 Estrelas Regiões 2024, no distrito de Coimbra. Hugo Gaspar orgulha-se de a Funerária Boiça ser “a primeira e única funerária em Portugal a obter esta distinção”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Viana do Castelo abre porta à produção de hidrogénio

  • ECO
  • 9 Outubro 2024

O município de Viana do Castelo aprovou uma declaração de interesse municipal para um projeto que pretende produzir hidrogénio verde através de fontes renováveis, na freguesia de Deocriste.

A Câmara Municipal de Viana de Castelo aprova uma declaração de reconhecimento de interesse municipal do projeto de produção de hidrogénio da empresa JAF H2 Verde, na freguesia de Deocriste.

“É uma oportunidade única para Viana do Castelo que devemos acarinhar, e daí propor o reconhecimento do interesse municipal. Devemos abraçar este projeto que pode ser o primeiro e único em Portugal”, referiu em comunicado o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, sobre o projeto que visa a produção de energia limpa e a redução da pegada de carbono industrial.

Este reconhecimento permite que a JAF H2 Verde inicie o projeto e o sujeite à apreciação da Reserva Agrícola Nacional (RAN). A infraestrutura utilizará energia renovável para a produção de hidrogénio verde, vindo de fontes renováveis como a solar ou eólica, por meio de uma membrana polimérica. Os produtos finais, hidrogénio e oxigénio (subproduto), vão ser injetados em redes de gás de distribuição local e rede de unidade industrial, no caso do hidrogénio, e para consumo industrial ou hospitalar, no caso do oxigénio.

A JAF H2 Verde, produtora de hidrogénio sediada em Guimarães, candidatou este projeto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O local selecionado é a freguesia de Deocriste, num terreno com cerca de 2 mil metros quadrados, com proximidade à rede de gás. O terreno está próximo do ponto de interligação GRMS de Viana do Castelo e da unidade industrial DS Smith.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo apresenta Orçamento do Estado esta quinta-feira às 16h

A conferência de imprensa vai decorrer no Ministério da Finanças. Antes, a proposta vai ser entregue na Assembleia da República às 14h45. A descida do IRC em um ponto é para manter.

O Governo apresenta o Orçamento do Estado para 2025 esta quinta-feira, às 16h, no salão nobre do Ministério das Finanças, segundo fonte oficial do gabinete de Joaquim Miranda Sarmento. Antes, a proposta será entregue ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco às 14h45, de acordo com os serviços do Parlamento.

“O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, acompanhado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, entrega a proposta de lei do
Orçamento do Estado para 2025 ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, às 14h45”, de acordo com o comunicado dos Assuntos Parlamentares.

A descida do IRC em ponto para 20% é para manter e sem o compromisso, como exige o PS, para que o Executivo não aprove futuras reduções do imposto, nos orçamentos dos anos seguintes da legislatura, até 2028.

O Conselho de Ministros desta quarta-feira já fechou a proposta orçamental para 2025 mesmo sem o acordo com o maior partido da oposição, o PS, tal como revelou na terça-feira à noite em entrevista à SIC.

“Não posso anunciar que há um acordo ou desacordo, compete ao PS apresentar a sua decisão”, afirmou o líder do Executivo, sublinhando que “o Orçamento” que o Governo vai entregar “contempla todas as bases que fizemos com o PS”.

Montenegro defendeu que o Governo aproximou-se da posição dos socialistas ao deixar cair sua proposta de IRS Jovem, que contemplava uma tabela diferente com taxas até 15% e que abrangia rendimentos até ao 8.º escalão. O Executivo optou por assentar a sua medida no IRS Jovem já existente, da autoria do PS, e aprofundou-a, alargando-a a todos os jovens independentemente das habilitações académica. O benefício atual apenas aplica-se a quem tem pelo menos uma licenciatura. O limite etário passou dos 30 para os 35 anos. E a isenção máxima subiu dos 40 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que corresponde a 20.370 euros, para os 55 IAS ou 28.009 euros anuais.

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, concordou com as alterações, apenas considerou o período da isenção demasiado longo, uma vez que o Governo pretendia aumentar dos atuais cinco para 13 anos. Propôs então um alargamento do benefício para sete anos e Montenegro respondeu com 10.

Já em relação à descida transversal do IRC em ponto, de 21% para 20%, no próximo ano, o secretário-geral do PS só aceita a medida caso o Governo assuma o compromisso de não avançar com futuras reduções do imposto nos orçamentos dos anos seguintes da legislatura, isto é, em 2026, 2027 e 2028.

O primeiro-ministro não aceitou essa exigência. “Não é uma birra, são visões diferentes” dos dois lados, concluiu, na entrevista à SIC. E passou a bola para os socialistas. Mas Pedro Nuno Santos só tomará uma decisão depois de conhecer a proposta. Esta terça-feira, o líder do PS esteve reunido com as federações distritais do partido, durante a tarde, e com o grupo parlamentar, durante a noite. E não há uma posição unânime, pelo contrário, as divisões são muitas.

A discussão e votação na generalidade da proposta do OE2025 está marcada para 30 e 31 de outubro e a votação final global será a 29 de novembro.

(Notícia atualizada às 12h23)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IL anuncia que não vai votar a favor e está inclinada para voto contra o Orçamento

Rui Rocha quer que o Executivo vá mais longe na descida dos impostos às empresas e mostra "abertura à discussão", antecipando que as discussões sobre o orçamento se irão prolongar até novembro.

O líder da Iniciativa Liberal (IL) anunciou esta quarta-feira que não vai votar a favor do Orçamento do Estado, e está inclinado para votar contra, mas disse esperar para conhecer o documento e ver quais foram as suas propostas que foram acolhidas.

“Há um cenário que, neste momento, face ao que conhecemos, nos parece absolutamente evidente: é que não votaremos a favor deste Orçamento. Já veremos como é que nos posicionamos em função da discussão que viermos a ter nos próximos dias”, afirmou Rui Rocha em conferência de imprensa em Lisboa.

O líder da Iniciativa Liberal reiterou que os sinais que tem recebido deste Orçamento são de “falta de ambição e de falta de energia para mudar o país”, pelo que a posição do partido “não é positiva” relativamente ao documento que vai ser apresentado.

No entanto, Rui Rocha salientou que, apesar de ainda não se conhecer o documento e não querer definir já um sentido de voto, a IL tem uma visão para o IRC “muito mais agressiva do que aquela que consta do programa da AD e destas negociações” e, apesar de “não ter nada contra” um IRS mais baixo para os jovens, acha que o imposto deve ser “mais baixo para todos”.

“Portanto, olhando para aquilo que foi discutido, eu acho que há algo que é evidente nesta altura: é que nós, a favor, não votaremos”, reforçou.

Questionado se um orçamento que preveja apenas 1% de descida no IRC e não abra portas a descidas desse imposto nos próximos anos mereceria o chumbo da IL, Rui Rocha disse não perceber como é que numa discussão orçamental “alguém pode limitar aquilo que vai discutir-se em orçamentos futuros”.

“Não faz nenhum sentido e isso dá uma indicação negativa sobre o voto que a IL pode ter”, apesar de salientar que não se quer comprometer “imediatamente com uma abstenção ou um voto contra”, porque pretende analisar o documento e perceber, de entre as propostas que a IL tem apresentado, “quais são acolhidas e quais não são”.

“Mas, com toda a sinceridade, a perspetiva que temos neste momento sobre o Orçamento é negativa e, portanto, estamos mais para votar contra do que para outro sentido de voto, mas não quer dizer que isto seja definitivo”, frisou.

IL defende descida “substancial” do IRC

Os liberais vão propor ao Governo a descida “substancial” do IRC para 12% para a generalidade das empresas e para 15% para as multinacionais, segundo adiantou Rui Rocha, que considerou “mesquinha” a discussão em torno da descida de um ponto percentual do IRC, um tema no centro das negociações entre o Governo e o PS para a viabilização do documento.

“Num ponto em que se discute tanto sobre o IRC — um ponto percentual do IRC — nós vamos propor, em linha com o que tínhamos apresentado no programa da Iniciativa Liberal, uma descida substancial do IRC para as empresas: 12% para a generalidade das empresas, 15% para as multinacionais, porque aí há um limite imposto pela legislação europeia”, detalhou o presidente dos liberais, em declarações aos jornalistas.

A medida anunciada faz parte de um conjunto de propostas para o Orçamento do Estado, que a Iniciativa Liberal fez chegar ao Executivo esta quarta-feira.

Rui Rocha insistiu que a discussão em torno da descida de um ponto percentual do IRC é “mesquinha” e acrescentou que “a visão que nós temos para o país é uma visão de empresas a crescer e sobretudo condições para o país captar investimento estrangeiro”, permitindo ter “uma economia em que os salários crescem para os jovens e para todos os portugueses”.

O IRC é uma das matérias que têm suscitado maior divergência nas negociações entre o PS e o Executivo, com Montenegro a mostrar-se disponível para dar um passo atrás na sua intenção de reduzir o imposto para 17%. Em vez de avançar com uma descida do IRC de 21% para 19% já em 2025, o Governo propõe agora que o imposto que incide sobre o lucro das empresas recue em um ponto percentual no próximo ano, para 20%. E, até 2027, a taxa baixa até aos 17% em vez dos 15% antes defendidos pelo Governo.

Na lista de medidas a apresentar ao Governo, Rui Rocha incluiu ainda a proposta para a criação do cheque creche. “As famílias que hoje supostamente têm acesso à gratuitidade da creche tenham mesmo acesso à gratuitidade da creche, escolhendo qual é a creche que querem que os seus filhos frequentem e não sendo o Estado a impor a freguesia, o concelho, a limitar”, referiu.

Nas medidas para as famílias, a IL propõe ainda a comparticipação em 90% dos suplementos prescritos para a gravidez, assim como a redução do IVA para a taxa mínima na alimentação para bebés

Do lado do apoio às pessoas com deficiência, o partido quer aumentar o valor da prestação social para a inclusão, fazer a revisão dos sistema de avaliação do grau de incapacidade das pessoas, e defende a isenção de IMT e de Imposto do Selo para pessoas com deficiência, à semelhança do que foi aprovado recentemente para os jovens.

As propostas da IL para o Orçamento do Estado chegam ao Governo num momento em que o documento está fechado, segundo adiantou esta quarta-feira o primeiro-ministro Luís Montenegro. “[As medidas] entrarão nas próximas fases de discussão do orçamento, que, como sabemos, irão provavelmente prolongar-se até ao final de novembro”, realçou o líder da IL.

Sem querer comentar diretamente as declarações de Montenegro, onde apontava a possibilidade de entendimentos com o partido, nomeadamente para as autárquicas em Lisboa, Rui Rocha disse que “a IL é um partido que está sempre aberto a discutir e a avaliar cenários“, destacando que já avaliou cenários de coligação antes das eleições e a possibilidade de integrar o Governo após as legislativas, cenários que não se concretizaram.

“Estamos ainda numa novela, que é a orçamental. Não vale a pena alimentar outras novelas. A posição da IL é sempre a mesma: abertura à discussão, enorme exigência para qualquer tipo de entendimento”, concluiu.

(Notícia atualizada às 12h com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Impresa e Porto Editora lançam projeto de literacia mediática que envolve um milhão de alunos

  • Lusa
  • 9 Outubro 2024

O protocolo de colaboração tem a duração de três anos, vai envolver mais de cinco mil escolas e cerca de um milhão de alunos, e engloba um concurso com inscrições abertas até dia 31 de janeiro.

José Fernandes/Expresso

A Impresa, com o Expresso e a SIC, e a Porto Editora anunciaram o lançamento do projeto de literacia nas escolas “Informar para Aprender”, que arranca em 25 de outubro e envolve um milhão de alunos.

Em comunicado, o grupo Porto Editora, através da Escola Virtual, e o grupo Impresa, com o Expresso e a SIC, informaram da assinatura do protocolo de colaboração de três anos, lançando a iniciativa “Informar para Aprender”.

Este projeto “reflete o compromisso de ambas as instituições com a responsabilidade social e a qualidade educativa” e arranca em 25 de outubro com o concurso “Informar ou Desinformar?”, e envolverá mais de cinco mil escolas e cerca de um milhão de alunos, referem as entidades.

“O objetivo é desafiar alunos e professores a explorar questões como as notícias falsas, a veracidade da informação e o impacto da desinformação“, adiantam.

Este projeto “enche-nos de orgulho. Promover a literacia mediática nas escolas, desde o ensino básico até ao secundário, é absolutamente fundamental no tempo em que vivemos. Saber interpretar conteúdos noticiosos e distinguir o que é informação verdadeira do que são as fake news é hoje quase tão relevante como saber ler e escrever“, afirma o presidente executivo (CEO) da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, citado em comunicado.

Esta iniciativa, pela sua dimensão e relevância, terá um cariz de serviço público essencial para a nossa sociedade” e “agradecemos à Porto Editora, nosso parceiro nesta iniciativa, que partilha connosco os mesmos valores e preocupações nesta era desafiadora no que respeita à qualidade da informação”, remata o gestor.

Por sua vez, Vasco Teixeira, administrador do grupo Porto Editora, também citado no comunicado, salienta que “é um privilégio unir forças com o grupo Impresa para um projeto que não só reforça a educação, mas também promove a literacia mediática entre os jovens“.

Numa altura em que a desinformação prolifera, “capacitar os alunos para questionar e verificar a veracidade das informações é uma prioridade para o grupo Porto Editora”. Neste “contexto dinâmico contamos, sem dúvida, com o apoio dos professores, que desempenham um papel essencial ao guiar os alunos na construção de uma visão crítica e responsável sobre a informação que consomem”, acrescenta Vasco Teixeira.

O projeto é dirigido a alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, assim como do ensino secundário e profissional e o concurso “Informar ou Desinformar?” terá início oficial no dia 25 de outubro e as inscrições estão abertas até ao dia 31 de janeiro de 2025.

Promovido pela Escola Virtual em parceria com o Expresso e a SIC, a iniciativa “pretende incentivar as escolas para formar uma geração de jovens mais conscientes e responsáveis no consumo e partilha de informação“.

No concurso, os alunos são desafiados a desenvolverem o sentido crítico face aos conteúdos que consomem diariamente, a refletirem sobre o valor da verdade na comunicação e no jornalismo e a explorarem soluções inovadoras.

“Mais do que isso, convida-os a dar asas à imaginação, a questionarem o que sabem e a pensarem fora da caixa, promovendo novas perspetivas sobre o combate à desinformação e a construção de uma sociedade mais informada e justa”, lê-se no comunicado.

Após o período de inscrições, os trabalhos submetidos passarão para a fase de votação pública, que decorre entre 17 e 23 de fevereiro. Em seguida, um júri especializado procederá à análise detalhada dos trabalhos e os finalistas serão revelados no dia 10 de março de 2025.

A cerimónia de prémios realiza-se em 26 de março: “Esta data coincide com a semana Internacional do Direito à Verdade, reconhecido pela ONU, e destaca a importância da verdade e da promoção da justiça, reforçando o impacto deste concurso na formação de uma sociedade mais informada e crítica”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Media queriam “ação mais musculada” em relação às plataformas digitais

Os responsáveis de informação dos principais grupos saúdam o plano para os media mas queriam "medidas mais musculadas" em relação às plataformas digitais. Para o futuro, a perspetiva é positiva.

Os responsáveis de informação dos principais grupos de media do país encararam com bons olhos o plano de ação para os media, apresentado na manhã desta terça-feira por Luís Montenegro e Pedro Duarte. Os diretores destacaram a “transparência” das medidas e a coragem da intervenção, mas esperavam uma “ação mais musculada” em relação às plataformas digitais.

Alertando que o digital “fragmenta” tanto o consumo como a produção de conteúdos e que a sua monetização é absorvida em grande parte pelas grandes plataformas, o diretor-geral de informação do Grupo Impresa entende que este problema só pode ser resolvido através de um “ponto de vista político e fiscal“.

A solução que existe é uma atuação europeia por via fiscal. No momento em que isso se conseguir, os governos, tendo esse dinheiro do lado deles, podem decidir [onde o alocar]. É muito mais fácil assim”, argumentou Ricardo Costa, acrescentando que as abordagens nacionais não têm dado resultado.

Dizendo que também esperava uma “atitude um pouquinho mais musculada” por parte do Governo em relação às plataformas digitais – independentemente de considerar que a atuação deva ser feita a nível europeu – José Eduardo Moniz identificou-se como um “cético militante” e disse querer ver “na prática” o que vai resultar do plano apresentado, que “pode ser o início de um caminho”. “É preciso que a coragem que foi revelada no desenho das ações se concretize numa ação prática“, disse o diretor-geral da TVI e da CNN Portugal defendendo desde logo a ideia de que os media não se podem colocar numa posição “de mão estendida”, sob pena de perderem a sua “capacidade de afirmação”.

Com o conceito de serviço público audiovisual “pouco ajustado à realidade dos nossos tempos”, o responsável interrogou se o serviço público deve ser prestado apenas por uma entidade. “Todos nós temos a capacidade de fazer o que a RTP faz, depende se tivermos capacidade de financiamento para o fazer“, disse.

Deixando elogios à coragem do Governo em enfrentar e tentar enquadrar os problemas que os media em geral enfrentam, Carlos Rodrigues sublinhou como positivo o facto de o plano estar “definido para ultrapassar um profundo presente”, enfrentando diversos problemas, como o da empregabilidade, da revolução tecnológica, da atualização legislativa e de haver cada vez mais pessoas que não recebem jornais. “Nós não estamos disponíveis para abdicar de nenhum português”, acrescentou o diretor-geral editorial da Medialivre.

Carlos Rodrigues advogou ainda que um dos problemas principais dos media é que têm sido mal geridos ao longo dos anos e que a “coragem” do programa deste governo também “interpela” as próprias equipas de gestão: “Estamos a gerir bem as nossas redações e os nossos custos?”, interrogou.

Pedro Leal, diretor de informação Grupo Renascença Multimédia, congratulou a “transparência” do pacote de medidas e o facto de o plano apresentado ter desfeito o receio de que as medidas fossem para “entregar dinheiro aos órgãos de comunicação social” e defendeu a necessidade da revisão das leis existentes, que estão “totalmente anacrónicas”, nomeadamente – e no caso da rádio – a relativa à obrigatoriedade de uma quota de 30% de música portuguesa na rádio.

A nossa indústria tem levado porrada ao longo dos últimos anos como não aconteceu em quase nenhum setor“, começou dizer por parte do Público, o diretor David Pontes, saudando o “chegar à frente” deste governo, em “contraste com o que vem de trás” e que mostra que é possível apoiar o setor “sem qualquer ripo de condicionamento político”.

No entanto, o responsável alertou para o facto de que as medidas apresentadas “vão servir para mitigar alguns problemas”, mas que não servem para resolver os “problemas profundos que a indústria tem, particularmente no lado da imprensa”.

Responsáveis otimistas para daqui a 10 anos

Apesar dos problemas que dizem estar a ser enfrentados pelo setor, os responsáveis pela informação dos diversos meios presentes na conferência organizada em conjunto mostram-se otimistas em relação ao futuro.

Por parte da MediaLivre, Carlos Rodrigues diz que o grupo tem iniciado novos projetos, comprou duas rádios, lançou um novo canal e prepara-se para implementar um projeto de digital, estando a contratar “muita gente”. “Para o futuro, o ponto de vista da MediaLivre é positivo“, disse.

Ricardo Costa também se disse “bastante otimista”, pela trajetória que o grupo Impresa tem feito.Acho que é perfeitamente possível ter caminhos dentro de uma paisagem digital em que se consiga manter relevância, importância e volume“, disse. No entanto, mostrou-se cauteloso em antecipação ao impacto que a IA vai ter nos media, incluindo o que diz respeito à distribuição e à procura, recordando que “até empresas como a própria Google” estão preocupadas com o impacto da IA na pesquisa (search).

“O que pretendemos fazer é o que temos feito nos últimos anos”, avançou, por seu turno, Pedro Leal, sublinhando que a Renascença tem estado a registar um crescimento em termos de audiências e de retorno financeiro. O ponto digital vai continuar a ser um “ponto assente” para a rádio, sendo necessária também uma “navegação à vista” porque a realidade muda muito rapidamente. “A solução de hoje pode não ser a solução de amanhã“, afirmou.

No futuro, José Eduardo Moniz acredita que vai ver a Media Capital a fazer o que está a fazer hoje “mas melhor e a ser visto em diversas plataformas”. “O nosso posicionamento é empresarial” e importa no futuro “olhar para outras geografias, outro tipo de produtos e novas abordagens”, defendeu.

No que diz respeito ao Público, David Pontes mostrou-se convicto de que o futuro “vai ser muito diferente” e vai ter de se “alargar o espetro” de utilidade dos jornais, para que se aumente a capacidade de “as pessoas encontrarem em nós conhecimento”. A ajudar vai estar o facto de o Público contar com uma marca “boa e sólida”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal produziu até setembro tanta energia solar quanto em 2023

Foi ainda registado um pico de produção solar de 2.640 megawatts (MW), "muito acima do máximo de 2023" e também um recorde.

Até ao dia 5 de setembro deste ano, Portugal produziu energia solar equivalente à produzida em todo o ano de 2023, atingindo um novo máximo de produção deste tipo de energia, informa um comunicado da REN – Redes Energéticas Nacionais divulgado esta quarta-feira.

Nos primeiros nove meses deste ano foram gerados 3,99 terawatts (TWh), ultrapassando os 3,6 TWh produzidos entre o início de janeiro e 31 de dezembro de 2023, tornando 2024, já em setembro, um ano recorde em termos de produção solar em Portugal.

Mas esta não foi a única “medalha” arrecadada pelo Sistema Elétrico Nacional em 2024. No passado dia 14 de agosto, às 13h15, Portugal registou um pico de produção solar de 2.640 megawatts (MW), “muito acima do máximo de 2023” e também um recorde, informa a REN. O pico de 2023 foi 1822 MW, registado em 23 de setembro às 12h00.

Entre janeiro e setembro deste ano as renováveis abasteceram 73% do consumo nacional, dos quais 10% são correspondentes a produção solar, “demonstrando que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas”, escreve a REN, sublinhando que o país mantém os objetivos de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço do sistema elétrico.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Horta Osório defende redução dos impostos para empresas aumentarem salários

  • ECO
  • 9 Outubro 2024

Gestor português defendeu que Governo deve usar margem orçamental para baixar IRC e TSU, permitindo que as empresas possam aumentar os salários e a qualidade de vida das famílias portuguesas.

António Horta Osório defendeu que o Governo deve utilizar a margem orçamental na redução dos impostos às empresas, nomeadamente o IRC e a Taxa Social Única, para que sejam mais competitivas e assim possam aumentar os salários e a qualidade de vida das famílias portuguesas.

“Na sociedade temos temos famílias, empresas e Estado. O único que cria riqueza são as empresas”, declarou o gestor na conferência “Oito chaves para o Futuro”, organizada pelo Jornal Económico.

“À parte das medidas de redistribuição de riqueza que os governos têm feito e bem, há que pensar como se utiliza o resto do excedente orçamental com efeitos multiplicadores, como investimos hoje 100 para ter 125 no futuro”, acrescentou.

Para Horta Osório, o Governo deve usar essa margem para reduzir os impostos às empresas. “Baixando o IRC, baixando a Taxa Social Única que tem um impacto direto no emprego e produtividade, porque isso aumenta a competitividade das empresas”, defendeu.

E nesse sentido, prosseguiu o antigo CEO do Lloyds e ex-chairman do Credit Suisse, “empresas mais competitivas podem exportar mais, inovar mais, contratar mais pessoas, aumentar os salários em linha com a produtividade. É apenas isso que pode conduzir a um aumento mais significativo dos salários e da qualidade de vida das famílias”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mau tempo deixa mais de 300 mil clientes sem energia sobretudo no norte

  • Lusa
  • 9 Outubro 2024

Nota-se um impacto mais acentuado em Viana, Braga, Porto e Aveiro e mais moderado nos distritos de Viseu e Vila Real.

Mais de 300 mil clientes estavam às 9h30 de hoje sem energia devido ao mau tempo que está a afetar sobretudo o norte de Portugal continental devido à passagem da tempestade Kirk, informou a E-Redes.

Numa informação enviada em resposta à agência Lusa, a empresa do grupo EDP indicou que, a partir de cerca das 5h da madrugada, os efeitos da tempestade começaram a causar grandes constrangimentos na rede elétrica, afetando com maior severidade os distritos de Viana, Braga, Porto e Aveiro e um impacto mais moderado nos distritos de Viseu e Vila Real.

“Ainda estamos com muitos disparos na rede elétrica e nesta altura não conseguimos prever quando ocorrerá a reposição integral, algo que acompanharemos e informaremos melhor ao longo dia”, refere a empresa, adiantando estar mobilizados no terreno 800 operacionais.

A empresa indica que às 7h30 estavam sem energia cerca de 250 mil clientes, às 8h30, cerca de 400 mil clientes e às 9h30, 314 mil clientes.

A E-Redes diz ter acionado o Plano Operacional de Atuação em Crise às 21 horas de terça-feira, ativando o dispositivo operacional dedicado ao estado de alerta em vigor, em estreita articulação com a proteção civil e demais autoridades.

A E-Redes é a empresa do grupo EDP responsável pela operação da rede de distribuição de energia elétrica em Portugal continental, em baixa, média e alta tensão.

Por causa do mau tempo, sobretudo o vento forte, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 18 horas de terça-feira e as 9 horas de hoje 1.329 ocorrências, a grande maioria quedas de árvores.

A região norte foi a mais afetada pelo mau tempo com 988 ocorrências, sendo que o maior número 415 foi registado na Área Metropolitana no Porto com muitas quedas de árvores devido à ação do vento”, adiantou.

De acordo com José Miranda, o mau tempo não provocou danos em habitações, mas sim em viaturas e estava a afetar às 10 horas a Linha do Minho, em Barcelos, que se encontrava interrompida devido à queda de árvores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.