CPAS recusa acusações do BE de que não protege advogados e solicitadores

A justificação do sistema de previdência dos advogados surge após as declarações da líder do BE que defendeu que o atual regime é “injusto e excessivo face à realidade de muitos advogados”.

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) ” pagou mais de 7.400 pagamentos de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência no ano 2023, perfazendo um custo total superior a 116 milhões de euros. Só no decorrer deste ano, foram atribuídas mais 320 novas pensões e subsídios”.

A justificação da equipa que lidera o sistema de previdência dos advogados surge após as declarações da líder do BE, Mariana Mortágua. A coordenadora do BE defendeu esta quinta-feira a integração da caixa de previdência dos advogados e solicitadores (CPAS) na Segurança Social , considerando que o atual regime é “injusto e excessivo face à realidade de muitos advogados”.

Para além das reformas e subsídios, diz a CPAS, tem-se vindo a reforçar “o seu caráter assistencialista e de apoio aos seus beneficiários, nomeadamente através da atribuição em 2023 de mais de 1.400 benefícios de nascimento e maternidade (mais de 2 milhões de euros), mais de 770 comparticipações nas despesas de internamento hospitalar por doença, de assistência médica e medicamentosa e benefícios de recuperação (mais de 600 mil euros) e mais de 100 subsídios por morte (mais de 500 mil euros)”, diz o comunicado.

Não é, “portanto, verdade que os seus beneficiários não tenham acesso a proteção e apoio. Aliás, essas declarações apenas prejudicam os beneficiários, que podem ser levados a acreditar nas mesmas e, assim, deixarem de solicitar o devido apoio à CPAS em situação de necessidade. Exatamente por este motivo, a Direção da CPAS decide prestar este esclarecimento, de forma a que seja cabal e absolutamente inquestionável o apoio prestado pela CPAS”.

A líder dos bloquistas, Mariana Mortágua, reuniu com a bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, e à saída desse encontro, em declarações aos jornalistas, explicou que a atual CPAS “garante menos direitos do que a Segurança Social” enquanto tem “um regime contributivo mais injusto” e, por isso, deve “caminhar para a sua integração na Segurança Social”, como aconteceu já no passado com outros setores.

“A Constituição e a nossa sociedade dizem-nos que deve haver um regime único de segurança social e, por isso, foram sendo integrados ao longo do tempo várias caixas profissionais que vinham do passado: os bancários, a Portugal Telecom. A Ordem dos Advogados tem esta circunstância estranha, permanece uma caixa à parte”, frisou.

Mortágua sublinhou que esta é uma posição em que os bloquistas surgem alinhados com a Ordem dos Advogados e defendeu que há “muitos interesses poderosos que se mexem para evitar a integração da Segurança Social”, porque “privilegiam advogados e sociedades com mais poder e prejudicam a maior parte dos advogados”.

O partido vai entregar no parlamento três projetos de lei, entre os quais, propõem que haja a possibilidade destes profissionais escolherem o destino das suas contribuições entre a atual CPAS e a Segurança Social e uma aproximação dos direitos dos advogados aos reconhecidos a todos os trabalhadores em situação de doença, luto ou parentalidade.

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Presidente da República alerta que é preciso acelerar execução do PRR

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

Marcelo anuncia revisão em alta, para 720 milhões, do desembolso do PRR que a Comissão desbloqueou em junho. O Governo terá de “fazer de tudo para por no terreno” o dinheiro que já recebeu.

O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que é preciso acelerar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, dando conta da revisão em alta, para 720 milhões de euros, do desembolso que a Comissão Europeia desbloqueou em junho. “Acabei de ter a notícia também hoje de que foi arredondado aquilo que tínhamos a receber ainda de fundos europeus para 720 milhões em desembolsos, que eram para ter sido em dezembro do ano passado, mas faltava preencher uns requisitos”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas em Paris, onde se encontra para participar na sexta-feira na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. A Comissão Europeia aprovou no dia 24 de junho uma decisão preliminar para desbloqueio de 714 milhões de euros em verbas relativas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, suspensas devido a reformas pendentes, entretanto concretizadas “satisfatoriamente”.

Face ao “arrendondamento” de que deu conta, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que o Governo terá de “fazer de tudo para por no terreno” o dinheiro que já se recebeu, juntamente com o que irá receber. O Presidente da República considerou que “é preciso acelerar”, o que “significará agora, no final de 2024 e em 2025, uma recuperação muito sensível”, para que não tenha de ser esperado um “milagre do último minuto”, ou seja, que a Comissão Europeia prolongue para além de 2026 os documentos que têm como data final 2025.

“Se nós colocámos no programa 88 milhões por semana, perto de 100 milhões, temos 400 milhões por mês. Isto significa que no ano seria 4 mil e tal milhões, e podemos acelerar este ritmo”, considerou. Questionado sobre o relatório, divulgado na quarta-feira, da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência, que alerta para riscos de Portugal perder fundos europeus, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que apesar do atraso, o país tem “ocasição para recuperar”.

Na quarta-feira, a Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR) alertou que existe o risco de perder fundos europeus, recomendando a análise da exequibilidade dos investimentos dentro do prazo. Num último relatório de acompanhamento, a CNA-PRR recomendou que o Governo, em articulação com a Comissão Europeia, avance com uma prorrogação de alguns investimentos por três ou seis meses, considerando que 39% dos investimentos e medidas previstos no programa encontram-se em estado “preocupante” ou “crítico”.

É necessário “aproveitar todo o prazo disponível do PRR”, defendeu Pedro Dominguinhos, presidente da CNA-PRR, na apresentação do relatório, que recomenda a extensão até junho de 2026 dos documentos que tenham como data final dezembro de 2025. O PRR português ascende a 22,2 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos e abrange 57 reformas e 284 investimentos.

Até ao momento, Portugal já recebeu 6,12 mil milhões de euros em subvenções e 1,65 mil milhões de euros em empréstimos, com uma taxa de execução do plano de 22%, de acordo com dados da Comissão Europeia.

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Viticultores do Douro dizem ter “batido no fundo” e prometem sair à rua em força

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

Viticultores do Douro preparam manifestação em larga escala contra insustentável situação que atravessam, que será agravada com o mais recente corte no benefício de vinho do Porto.

Os viticultores do Douro alertaram esta quinta-feira para a situação insustentável que atravessam, que será agravada com o mais recente corte no benefício de vinho do Porto, estando a mobilizar-se para um protesto de larga escala.

Depois de uma marcha lenta de protesto contra o corte no benefício para a vindima de 2024 que juntou, esta manhã, cerca de 100 agricultores no Peso da Régua, a freguesia de Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira, promete mais e maiores formas de luta.

“Hoje fomos poucos, mas futuramente vamos ter o Douro completo, em força. O Governo tem de olhar para a Região Demarcada do Douro com olhos de ver, porque os viticultores assim não aguentam, é impossível“, afirmou à Lusa o presidente de Junta de Freguesia de Ervedosa do Douro, Manuel Fernandes.

O benefício de 90 mil pipas de mosto para produção de vinho do Porto, menos 14 mil do que em 2023, foi o principal resultado do comunicado de vindima aprovado, esta quinta-feira, pelo conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), que esteve reunido no Peso da Régua.

O Governo tem de olhar para a Região Demarcada do Douro com olhos de ver, porque os viticultores assim não aguentam, é impossível.

Manuel Fernandes

Presidente de Junta de Freguesia de Ervedosa do Douro

Perante esta redução, Manuel Fernandes defendeu a necessidade de juntar todos os produtores durienses numa manifestação de larga escala que, adiantou, já está a ser preparada e promete fazer-se ouvir.

“Há 21 municípios, temos de nos unir e sair para a rua, com força, para ver se nos ouvem e se os senhores do Governo se começam a mexer. Aqui já há muita miséria escondida e as pessoas assim não aguentam. Já batemos no fundo“, reiterou.

O autarca da freguesia com maior produção de vinho do Porto da Região Demarcada do Douro disse ser insustentável suportar um preço de 300 a 350 euros por cada pipa.

“Ao cortarem o quantitativo, o benefício para fazer o vinho do Porto, ao darem menos pipas do que no ano passado, que foram 104 mil, automaticamente, há menos 14 mil pipas para transformar que serão de vinho consumo, o chamado vinho de mesa“, explicou.

Manuel Fernandes revelou, a este propósito, que já foram despedidos centenas de lavradores das adegas, uma vez que estas não aceitam o vinho consumo. “O que é que estes lavradores vão fazer ao excedente das uvas, ao que fica depois do benefício?”, questionou.

Também a Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense (Avadouriense), em conjunto com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), decidiu avançar com uma manifestação que decorrerá no Peso da Régua, em 07 de agosto, e terá como propósitos ver assegurado o escoamento das uvas e travar os cortes no rendimento e no benefício.

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Inapa anuncia que não vai reembolsar obrigações convertíveis

  • ECO
  • 25 Julho 2024

"Por força da situação de insolvência em que se encontra", Inapa anuncia que não vai reembolsar terceira série das obrigações convertíveis em ações da empresa.

A Inapa, que deve apresentar a insolvência em breve, anunciou ao mercado esta quinta-feira que não vai reembolsar a terceira série das obrigações convertíveis em ações da empresa.

“A Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, S.A. informa que por força da situação de insolvência em que se encontra e foi oportunamente comunicada ao mercado, não irá proceder ao reembolso da terceira série das obrigações convertíveis em ações da Inapa”, indicou a empresa em comunicado enviado à à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em causa, segundo o Jornal Económico, está o pagamento de 15 milhões de um empréstimo obrigacionista que data de 2019.

O Conselho de Administração da empresa demitiu-se esta segunda-feira depois de, no domingo, ter anunciado que iria avançar com o pedido de insolvência. A decisão surgiu depois de o Estado ter negado à Inapa o pedido para uma injeção de liquidez de emergência no valor de 12 milhões de euros para acudir a uma quebra de liquidez na unidade alemã.

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EDP Renováveis vende “energia limpa” produzida em Fukushima

  • ECO
  • 25 Julho 2024

O contrato com uma empresa tecnológica tem uma duração de 20 anos e a energia terá origem "num projeto solar de 44 MWp (35MWac)", que inicia operação em 2025.

A EDP Renováveis assinou um contrato com uma empresa tecnológica para vender “energia limpa” produzida num antigo campo de golfe de Fukushima (Japão), cenário do desastre nuclear de 2011. Em comunicado ao mercado, a empresa refere que o contrato tem uma duração de 20 anos e a energia terá origem “num projeto solar de 44 MWp (35MWac)”, que inicia operação em 2025.

O Japão “representa o terceiro maior mercado de energia solar fotovoltaica em todo o mundo, com mais de 64 GW de capacidade instalada”, indica a nota publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Até 2030, o país asiático tem uma meta de 36-38% para geração de energias renováveis e de “net-zero” para 2050.

Segundo estimativas da empresa, no Japão devem ser “instalados cerca de 10 GW de energia eólica onshore e 43 GW de energia solar
fotovoltaica para atingir estas metas” nos próximos seis anos.

A empresa, detida em 71,3% pela EDP, tem uma capacidade solar instalada de 1,5 GWp (1,3 GWac) na região de Ásia-Pacífico. E para esta geografia, a EDP Renováveis tem sede em Singapura, onde “tem uma estratégia clara para fornecer acesso a energia limpa, confiável e acessível para que a região”.

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Lucros do grupo Ramada quadruplicam no 1.º semestre

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

A venda da subsidiária Ramada Aços “representou um encaixe de 70,5 milhões de euros" e uma mais-valia de 21,1 milhões de euros, explica a empresa.

Os lucros consolidados da Ramada Investimentos mais do quadruplicaram no primeiro semestre deste ano, para 24,8 milhões de euros, beneficiando da venda da subsidiária Ramada Aços, segundo comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“No dia 21 de junho de 2024, o Grupo Ramada comunicou ao mercado a concretização da transação de venda à 1 Thing Investments, S.A. da totalidade das ações representativas do capital social e dos direitos de voto da Ramada Aços, S.A. e respetivas subsidiárias”, ou seja a “Universal – Afir, S.A., Planfuro Global, S.A., Ramada Solar, Unipessoal, Lda., sociedades detidas diretamente pela Ramada Aços, assim como a Blau Stahl, Unipessoal Lda., detida pela Planfuro Global, S.A.”, lembrou.

Esta transação “representou um encaixe de 70,5 milhões de euros, sendo 59,6 milhões de euros a título de preço fixado e ‘ticking fee’, montante pago pela 1 Thing e 10,9 milhões de euros a título de distribuição de dividendos, realizada pela Ramada Aços à Ramada Investimentos, em momento anterior à concretização da transação, nos termos contratualmente acordados entre as partes”, adiantou.

Em resultado da venda, “foi apurada uma mais-valia ao nível das demonstrações financeiras consolidadas da Ramada, atendendo ao preço, aos custos associados à transação, e aos ativos líquidos das referidas subsidiárias, no montante de 21,1 milhões de euros”, revelou. Já no que diz respeito aos resultados antes de impostos das operações continuadas, atingiu 2,6 milhões de euros, um crescimento de 16,3% em termos homólogos.

As receitas totais foram de cerca de cinco milhões de euros, “apresentando um crescimento de 5% face às receitas totais registadas em igual período de 2023”. O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu o montante de 4,1 milhões de euros, superior em 14,6% ao registado no primeiro semestre de 2023.

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Netanyahu “ansioso” por continuar a trabalhar com Biden

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

"Quero agradecer-lhe pelos 50 anos de serviço público e apoio ao Estado de Israel e estou ansioso por dialogar hoje e trabalhar consigo nos próximos meses", declarou o primeiro-ministro de Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, expressou esta quinta-feira, antes de se reunir na Casa Branca com o Presidente norte-americano, Joe Biden, satisfação pela oportunidade de trabalharem juntos nos próximos meses até ao fim do mandato do político democrata.

O primeiro a falar na Sala Oval foi Biden, que deu as boas-vindas a Netanyahu, naquela que é a sua primeira visita à Casa Branca desde que Donald Trump deixou a presidência dos Estados Unidos, em janeiro de 2021, e disse que os dois tinham “muito que conversar”, antes de passar a palavra ao dirigente conservador israelita.

“Quero agradecer-lhe pelos 50 anos de serviço público e apoio ao Estado de Israel e estou ansioso por dialogar hoje e trabalhar consigo nos próximos meses”, declarou o primeiro-ministro de Israel, numa fase em que Biden está a ser desafiado pelos seus adversários republicanos a abandonar a Casa Branca antes do fim do seu mandato devido ao seu estado de saúde.

O Presidente norte-americano recordou que o seu primeiro encontro com um chefe de governo israelita foi com Golda Meir, em 1973, pouco depois de ter sido eleito para o Senado, quando o atual primeiro-ministro tinha apenas 12 anos. Na altura, disse que reparou que um dos conselheiros de Golda Meier que estava sentado ao seu lado era um “tipo” chamado Yitzhak Rabin, que a seguir foi primeiro-ministro até ser assassinado em 1995.

Segundo a Casa Branca, Biden planeia usar a reunião com Netanyahu para pressionar Telavive e o Hamas a selar uma proposta apoiada pelos Estados Unidos para libertar os restantes reféns na Faixa de Gaza, que se encontram detidos no enclave desde o ataque, em 07 de outubro, do grupo islamita palestiniano no sul de Israel, que provocou quase 1.200 mortos.

O acordo em três fases pretende terminar o conflito no enclave, o que seria uma conquista para o legado do político democrata de 81 anos, que no domingo abandonou a sua recandidatura à Casa Branca em favor da sua vice-Presidente, Kamala Harris. Após as conversações, Biden e Netanyahu vão encontrar-se com as famílias dos reféns norte-americanos detidos pelo Hamas, e Kamala Harris e o líder israelita deverão encontrar-se separadamente mais tarde.

Na sexta-feira, Netanyahu desloca-se à Florida, onde se reunirá com o ex-Presidente norte-americano e candidato republicano às presidenciais de novembro, Donald Trump. Benjamin Natanyahu proferiu na quarta-feira um enérgico discurso perante as duas câmaras do Congresso norte-americano, no qual pediu mais armas aos Estados Unidos para “acelerar o fim da guerra” na Faixa de Gaza e defendeu uma zona desmilitarizada no enclave com uma administração civil do enclave no pós-conflito.

Na sua intervenção, à qual faltaram vários representantes – sobretudo democratas – enquanto outros aplaudiram-no efusivamente e outros ainda exigiram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, Netanyahu agradeceu a Biden pelo seu apoio no conflito contra o Hamas e pelo seu envolvimento no esforço de libertação dos reféns, pedindo unidade contra um “eixo de terror” patrocinado pelo Irão.

O discurso de Netanyahu foi também assinalado por fortes protestos de milhares de manifestantes junto do edifício do Capitólio contra a invasão da Faixa de Gaza por Israel em perseguição do Hamas e que já provocou nos últimos nove meses cerca de 40 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais.

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Allianz perde milhões com geadas tardias na Alemanha

  • ECO Seguros
  • 25 Julho 2024

O clima ameno no início do ano ajudou os rebentos a desenvolverem-se cedo, mas a primavera trouxe geada que fez com que muitos morressem. Empresa aponta para pagamentos de dezenas de milhões de euros.

A seguradora Allianz Agrar Ag prevê pagar aos vinicultores alemães dezenas de milhões de euros em indemnizações após terem imensas vinhas cobertas pelo seguro terem perdido toda a colheita devido a fortes geadas em abril deste ano, avançou a Bloomberg.

O quarto maior produtor de vinho da Europa beneficiou de um clima ameno no início do ano, que ajudou os rebentos a desenvolverem-se mais cedo, mas entrou abril e com as temperaturas negativas que trouxe levou a que muitos morressem.

Segundo um comunicado da seguradora citado pelo jornal a geada pode resultar no pagamento de indemnizações “na ordem dos dois dígitos de milhões” aos clientes. No entanto, ainda está a avaliar os prejuízos.

As vinhas mais afetadas estavam no sudoeste do país – em Baden-Wurttemberg e na Francónia. Mas também as regiões vinícolas noutras partes da Alemanha, como Saxónia e Saale-Unstrut se debateram com consequências de condições meteorológicas extremas.

Luise Boehme, viticultora da região de Saale-Unstrut, afetada pelas condições meteorológicas severas, terá que ser a própria e os pais a cobrirem as perdas de 80% das colheitas de vinho deste ano, uma vez que não tem seguro de proteção contra a geada. No enquanto, disse a um jornal ser possível amortecer as perdas mas, ao contrário dela, outros produtores poderão não sobreviver a esta época.

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Nova linha de manutenção da OGMA cria 200 novos empregos

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

A infraestrutura representa um investimento de mais de 90 milhões de euros desde 2021. É "o maior investimento privado na OGMA nos últimos 20 anos desde a sua privatização", disse Nuno Melo.

O ministro da Defesa Nacional inaugurou esta quinta-feira a nova linha de manutenção da empresa de indústria aeronáutica OGMA, que vai gerar 200 postos de trabalho, elogiando os resultados da sua privatização em 2005.

“Falamos de uma nova linha de manutenção que representa, como já foi dito, um investimento de mais de 90 milhões de euros, investimento direto estrangeiro numa empresa que está em Portugal, que tem uma participação do Estado português e que opera num setor que é estratégico da nossa economia. Eu tenho dito muitas vezes que a Defesa, melhor até, a iniciativa privada tem na Defesa um mundo de oportunidades, sendo que a Defesa Nacional tem também, na iniciativa privada, um parceiro”, defendeu Nuno Melo.

O ministro da Defesa falava na OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, distrito de Lisboa, onde representou o primeiro-ministro na cerimónia de inauguração da nova linha de manutenção desta empresa de indústria aeronáutica, detida 35% pelo Estado português, através da idD Portugal Defence. A infraestrutura representa um investimento de mais de 90 milhões de euros feito pela OGMA desde 2021 e torna a empresa num centro de manutenção autorizado para os motores GTF, da norte-americana Pratt & Whitney, que equipam a nova geração de aeronaves comerciais da Embraer e da Airbus.

No discurso e nas declarações aos jornalistas, Melo lembrou que, em 2005, quando o também centrista Paulo Portas era ministro da Defesa, a OGMA “vivia muitos problemas”, o que levou o Governo PSD/CDS-PP de então a privatizar a empresa, ficando o Estado com uma percentagem minoritária, projeto “de que muitos duvidaram”.

“É com muita honra que eu hoje, passados todos estes anos, testemunho também como ministro da Defesa o sucesso da aposta. Esta foi uma associação virtuosa. Portugal, também através da Embraer, investindo na OGMA, modernizou-se, abriu-se ao mercado e hoje é uma empresa de referência mundial”, referiu. O governante sublinhou que “as indústrias de Defesa não devem ser vistas com ideologia, devem ser vistas com lucidez e pragmatismo”.

Perante vários responsáveis da OGMA mas também da Embraer e da norte-americana Pratt & Whitney, Melo salientou que para o Governo o que importa é “a criação de postos de trabalho, a criação de riqueza e aquilo que pode ser virtuoso”. O ministro sublinhou que este é “o maior investimento privado na OGMA nos últimos 20 anos desde a sua privatização”, estando em causa a criação de 200 novos postos de trabalho “altamente qualificados”.

Como exemplo de que “as indústrias de Defesa são uma oportunidade”, Nuno Melo lembrou que assinou recentemente a resolução que “permitirá a construção e venda, também no universo NATO” da aeronave intitulada ‘Super Tucano’. “O ‘Super Tucano’ é uma aeronave cuja base é Embraer, mas que vai incorporar muita tecnologia nacional. A conversão da Embraer para aquilo que são os requisitos e as especificações da NATO será feito através da indústria portuguesa, indústria altamente tecnológica. Isto vai gerar postos de trabalho e vai gerar receitas para o Estado português”, afirmou.

O ministro acrescentou que a própria formação de pilotos para estas aeronaves “poderá ser feita no futuro em Portugal com a colaboração absolutamente fundamental da Força Aérea Portuguesa”. “Este Governo tem um objetivo que é muito claro: colocar a Defesa e a economia de Defesa ao serviço de Portugal e por isso estamos a criar essas condições todos os dias e não podemos desperdiçar oportunidades para investir no ‘cluster’ da economia de Defesa e potenciar esse crescimento económico”, realçou o governante.

O ministro não quis fazer mais comentários sobre aumentos das remunerações das Forças Armadas, voltando a remeter “boas notícias” para “breve”. Interrogado sobre se uma eventual privatização do Arsenal do Alfeite, que se encontra tecnicamente falido, poderia ser uma solução para os estaleiros, Nuno Melo não respondeu, dizendo apenas que em breve irá deslocar-se às instalações desta empresa que são “outra prioridade” do Governo.

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“A inteligência artificial também pode ser utilizada para criar fraude”

  • ECO Seguros
  • 25 Julho 2024

O caminho para implementar com segurança a IA nas operações das seguradoras "não é um sprint, é uma maratona", e no percurso atos criminosos tornam-se sofisticados.

Enquanto as seguradoras investem em tecnologias de inteligência artificial (IA) para regularizar processos de sinistros, esta “também pode ser utilizada para criar fraude”, foi um dos alertas deixados na webtalk sobre o futuro dos seguros de vida na era digital, debate organizado pela Cleva em parceria com o ECO e com o apoio da BPI Vida e Pensões, e contou com Maria Isabel Semião, Administradora Executiva (Direção de Negócio) BPI Vida e Pensões; Alvar Martin Boti, COO BPI Vida e Pensões; Helena Leite, COO, Cleva Solutions; e Paulo Ferreira, Product Director, Cleva Solutions.

Também por isso, o caminho para implementar totalmente e com segurança a IA nas operações das seguradoras “não é um sprint, é uma maratona”, cujos passos devem ser dados com segurança e com a certeza do que se está à procura.

Até porque, ainda que surjam grandes “saltos [na evolução das tecnologias] de seis em seis meses”, prevalecem problemas tecnológicos como a opacidade no processo de alcançar resultados e a veracidade dos mesmos, por exemplo. Os oradores concordaram que o mercado ainda está numa fase exploratória na implementação na IA.

Nesta fase a BPI Vida e Pensões já implementa IA na automação de processos e, a longo prazo, o seu objetivo é que toda a sua rede abandona o trabalho administrativo para se dedicar exclusivamente a tarefas de valor acrescentado, como falar com os clientes e entender as suas necessidades. Já a Cleva aposta em ferramentas de formação interna

Se quer descobrir onde estão a apostar estas duas empresas e como veem o futuro do setor na era digital, este vídeo é para si:

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Seguros de caução podem maximizar fluidez económica das empresas

  • ECO Seguros
  • 25 Julho 2024

Sammy Free Portugal, broker que opera em Portugal em seguros de caução, esteve na terceira edição do Fórum Nacional de Seguros a abordar as características e vantagens dos fundos de caução.

Entre as importantes decisões que afetam o futuro das empresas está a forma como escolhem apresentar garantias de capital para garantir uma indemnização caso não cumpram um contrato.

Os empresários e empresárias podem optar por um seguro de caução. Esta opção garante liquidez de capital, contrariamente às garantias bancárias que solicitam imobilização ou penhora de até 100% da conta-corrente do cliente como garantia adicional afetando a tesouraria e dificultando a fluidez económica da empresa.

Além disso, este produto de seguros não afeta o risco bancário por não ser calculado na Central de Responsabilidade de Crédito do Banco de Portugal. Desta maneira, o cliente pode reduzir o risco financeiro e obter linhas de crédito para outras finalidades – impossível com garantias bancárias.

Estas foram algumas das conclusões da intervenção de Lucas Pereira Durand da Silva, Responsável Territorial de Portugal da Sammy Free, Luiz Arthur Blisa de Paula Ferreira, Account Manager da Sammy Free, e Tasso Paes Franco Filho, Account Manager da Sammy Free que subiram ao palco do Fórum Nacional de Seguros 2024, evento organizado pelo Ecoseguros e pela Zest.

Veja o momento Sammy Free aqui:

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Novobanco procura parceiro para comprar Gamalife

A preparação para a possibilidade de a seguradora poder voltar ao grupo Novo Banco não está a ser comentada pelos envolvidos. A GamaLife pode valer entre 400 e 500 milhões de euros.

O Novobanco está a procura de um parceiro segurador para comprar a seguradora GamaLife à APAX Partners, informou esta quarta-feira a agência Bloomberg, citando fontes familiares ao assunto. Contactados por ECOseguros, o Novobanco, a GamaLife e fontes próximas da APAX não comentaram a notícia.

“Neste momento não existe nenhum processo de venda em curso”, confirmam fontes do mercado, levando a crer que a APAX não está a encarar formalmente a venda da GamaLife. A notícia da Bloomberg afirma ainda que o Novobanco está a avaliar todas as opções relativas ao contrato de distribuição exclusiva de seguros de Vida que estabeleceu com a seguradora. Este, sabe ECOseguros, dura até 2039, 20 anos após o banco ter vendido a GNB Vida – hoje GamaLife – à APAX por 123 milhões de euros.

Agora, uma fonte financeira já aponta para um valor da GamaLife entre 400 milhões e 500 milhões de euros e considera que o Novobanco pode aproveitar a liquidez que dispõe para esta aquisição. Esta avaliação estará mais próxima do limite máximo na ótica do banco, uma vez que ainda tem muito potencial para crescimento do seu negócio Vida através dos canais físicos e digitais.

Em recente entrevista a ECOseguros, Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife desde o início das operações sob o controlo da APEX Partners, comentou “a quota de mercado do Novobanco no setor bancário está entre 9 e 10%, a nossa quota de mercado nos seguros de Vida é de 5 a 6%. Por isso, se quisermos chegar à mesma quota de mercado, temos um enorme potencial de crescimento”.

Com crescimento em perspetiva, a opinião de um segurador que está atento ao mercado é de existir da parte da Lone Star, que controla 75% do capital do Novobanco, a vontade de afastar desde já outros potenciais concorrentes de um potencial negócio com a APAX. Segundo a mesma fonte o negócio estará mais perto dos 500 milhões de euros se a Lone Star quiser investir e dos 400 milhões de euros se forem outras seguradoras ou investidores institucionais.

Para estes valores há muitas seguradoras com capacidade em adquirir a GamaLife, que é hoje a 5ª maior seguradora do ramo Vida em Portugal. Chegou ao final do ano passado com ativos de 8,3 mil milhões de euros, uma produção de 339 milhões de euros em Portugal e de 167 milhões em Itália e um resultado líquido de 92 milhões de euros. E uma quota de mercado em Portugal no conjunto do ramo Vida de 6,6% e de 19% no segmento dos PPR.

O caminho agora agitado com esta notícia não contraria em absoluto o indicado por Matteo Castelvetri a ECOseguros em que o sentido é claramente crescer a GamaLife que com 239% de rácio solvência no final de 2023 – 100% é o mínimo admissível pela ASF – dispõe de solidez e folga financeira para fazer crescer o negócio.

“Há muito a fazer em consolidação, quer em Portugal, quer em Itália, há mais de 20 ou 25 companhias de seguros de vida a operar no mercado”, comentou.

De resto, a sucursal italiana, a sede é mesmo em Portugal, acaba de lançar no mercado local, um novo produto digital e com rendimento potencial de 4% para os subscritores. A ideia do CEO é de a seguradora ter a base em Portugal a caminho para se tornar uma seguradora multinacional.

As mesmas fontes contactadas adiantam que a “APAX continua empenhada na estratégia de desenvolvimento do negócio da GamaLife, quer no mercado português quer no italiano”.

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