Quatro em cada dez investimentos do PRR estão em estado preocupante ou crítico

O número de investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) classificados pela Comissão Nacional de Acompanhamento como preocupantes ou críticos aumentou face ao último relatório.

Os investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apreciados como preocupantes ou críticos aumentou de 26% para 39%, de acordo com o relatório da Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) divulgado esta quarta-feira.

Do total de 103 investimentos, medidas e submedidas analisados, a entidade presidida por Pedro Dominguinhos considera 31 preocupantes (30%) e nove (9%) críticos, quando no primeiro relatório de 2023 apontava para 21 (23%) investimentos preocupantes e três (3%) críticos.

Por outro lado, pela primeira vez, existem investimentos classificados como “concluído”: 5%. Já o número dos investimentos apreciados como “alinhados com o planeamento” aumentou de 29% para 33%, enquanto os classificados como “necessário acompanhamento” diminuiu de 45% para 23%.

 

No balanço geral, 27 dos 103 investimentos pioraram o seu estado entre novembro de 2023 e fim de junho de 2024.

Perante este quadro, o presidente da CNA-PRR, Pedro Dominguinhos, considerou “praticamente impossível o cumprimento de todas as marcas e marcos nos prazos previstos, a não ser que exista a conjugação de condições muito favoráveis no tempo“. Em conferência de imprensa de apresentação do relatório, em Lisboa, Dominguinhos assinalou, contudo, que no entanto “uma parte dos investimentos que não foram concretizados podem ser substituídos por outros”, pelo que a perda pode não ser total.

Entre os investimentos considerados em estado crítico incluem-se os equipamentos dos Hospitais do Seixal, Sintra e Lisboa, a instalação e/ou modernização dos Centros Tecnológicos Especializados, a expansão da rede de metro de Lisboa, com o aumento da linha vermelha até Alcântara ou a transição digital das empresas e na educação.

É praticamente impossível o cumprimento de todas as marcas e marcos nos prazos previstos

Pedro Dominguinhos

Presidente da CNA-PRR

Já os cinco investimentos concluídos são: o programa Saber Fazer (Património Cultural), os investimentos nos meios de prevenção e combate aos incêndios rurais para compensar o subinvestimento nos meios terrestres e na rede de radares, o investimento para o Centro de Operações de Defesa do Atlântico e Plataforma Naval (Academia do Arsenal do Alfeite) e a desmaterialização da faturação e selos de certificação.

O presidente da CNA esclareceu que os 5% de investimentos concluídos eram os que devia estar concluídos. “Se uma maior percentagem estivesse concluída significaria uma antecipação do prazo de conclusão”. Pedro Dominguinhos considerou ainda “fundamental olhar investimento a investimento e perceber a exequibilidade dentro dos prazos do PRR”. Para o presidente da CNA, “o tempo é de atuar e garantir todas as condições para que os investimentos se concluam nos prazos previstos”.

Atrasos nas candidaturas e demora na emissão de pareceres são dificuldades

A CNA identifica um conjunto de dificuldades no processo de execução do PRR, que leva a atrasos, “uns mais justificados do que outros”, segundo Pedro Dominguinhos.

O relatório elenca “atrasos relevantes na análise das candidaturas, sendo muito frequente serem ultrapassados os prazos definidos nos avisos” ou “análises demoradas na emissão de pareceres ou autorizações”.

A indisponibilidade ou inadequado funcionamento de plataformas para submissão de despesas e pedidos de pagamentos por parte dos beneficiários finais também são apontados pela CNA como uma das dificuldades, bem como uma “carga administrativa significativa no processo de operacionalização do mecanismo de reposição do IVA e nos mecanismos do Registo Central do Beneficiário Efetivo, controlo de duplo financiamento e de conflito de interesses”.

A “escassez de recursos humanos em vários beneficiários intermediários, que dificultam a execução, em tempo útil, das várias tarefas a executar que, em vários casos, para além do PRR, gerem projetos e processos relativos ao encerramento do PT2020 e ao lançamento do PT2030” e concursos públicos desertos são outras das dificuldades, assim como a “indefinição de procedimentos em alguns investimentos, em particular no apoio a empresas”.

Tempos de resposta “longos nos processos de pedidos de alteração dos projetos”, provocando “indefinição quanto ao investimento por parte dos beneficiários finais” ou a “inexistência ou falta de regulamentação em alguns setores, como na energia, que dificulta a concretização dos investimentos” são outros dos desafios identificados.

Neste sentido, a CNA-PRR faz um conjunto de recomendações, cuja implementação considera “necessário e urgente”, como que “todos os intervenientes nos procedimentos, processos, regulamentação, regulação ou outras áreas” atuem de modo a simplificar os processos e investir em tecnologia “sempre que possível” ou, para melhorar o funcionamento das plataformas de gestão de candidaturas, projetos, despesas e reembolsos, a “criação de mecanismos de interoperabilidade entre as várias plataformas existentes, e entre os diferentes organismos, de forma que se acelerem os processos e se evitem duplicações de procedimentos e de tarefas”.

A CNA sugere também que seja estudada a possibilidade, de acordo com os regulamentos em vigor, e em estreita articulação com a Comissão Europeia, que “os investimentos que tenham como data final dezembro de 2025, possam ser estendidos até junho de 2026, com análise casuística e devidamente justificada”.

Para a redução dos tempos de tomada de decisão pede que sejam garantidos os recursos humanos necessários, seja garantida a articulação entre as várias entidades públicas na análise dos processos ou sejam acelerados os pagamentos, após a submissão das despesas.

A CNA volta também a recomendar que o mecanismo de reposição do IVA fique operacional e que exista uma maior automatização na verificação do duplo financiamento.

(Notícia atualizada às 11h38, com declarações do presidente da CNA-PRR)

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Greve na CP suspensa após acordo entre Governo e sindicatos

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

A greve dos trabalhadores da CP desta quarta-feira foi suspensa, após ter sido alcançado um acordo de princípio para aumentos salariais a partir de agosto e regulamentação de carreiras.

A greve dos trabalhadores da CP, convocada por vários sindicatos para esta quarta-feira, foi suspensa depois de ter sido alcançado um acordo de princípio para aumentos salariais e regulamentação de carreiras. De acordo com o Governo, o acordo beneficia todos os trabalhadores com aumentos salariais e no subsídio de refeição.

“Nos termos do acordo, todos os índices salariais são atualizados em mais 1,5% a partir de 1 de agosto de 2024 e o valor do subsídio de refeição sobe para 9,20 euros”, segundo um comunicado da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

As estruturas sindicais que realizaram greve na segunda-feira e tinham previsto outro dia de greve para quarta-feira referiram, no comunicado conjunto, que foi assumido neste acordo “que as novas categorias profissionais resultantes da fusão de atuais categorias são de acesso voluntário e que as mesmas se mantêm e com a garantia de progressão de carreira e com as mesmas funções”.

As estruturas sindicais destacaram também que a administração da CP “aceitou implementar o acordo de 29 de maio de 2023, unificando os prémios anuais de produtividade e revisão, para igual valor do prémio da carreira de condução, com efeitos a 1 de agosto deste ano, sendo o próximo pagamento em fevereiro de 2025″.

O acordo prevê também, sem “prejuízo de aplicação do agora acordado”, que a partir da última semana de setembro sejam “retomadas as negociações”, com o objetivo de “rever as grelhas salariais”, de “concertar com as organizações sindicais as regras de transição para as novas grelhas salariais” e de “dar continuidade ao acerto nos conteúdos funcionais das carreiras/categorias em que foi identificada a necessidade da continuação da discussão”, sublinharam ainda.

“O conjunto destas organizações tem a noção que este é o acordo possível neste momento e que cria melhores condições para retomar as matérias importantes para os trabalhadores, entre as quais as tabelas salariais no sentido de as valorizar e dignificar as profissões na CP”, destacaram também na nota de imprensa.

Num comunicado, o gabinete do ministro da Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, congratulou-se com a suspensão da greve, considerando que “os acordos alcançados com os sindicatos beneficiam todos os trabalhadores da CP com aumentos salariais e no subsídio de refeição”.

Segundo o ministério das Infraestruturas, este acordo sobre a revisão do regulamento de carreiras dá “resposta a reivindicações dos trabalhadores”, permitindo suspender uma greve que “teria forte impacto negativo na circulação de comboios e na vida dos cidadãos”.

“O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, congratula-se com o entendimento alcançado e com o levantamento da greve” anunciada por 11 sindicatos, salientou o comunicado, ao adiantar que o acordo que já tinha sido alcançado, em 28 de junho, entre o Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) alargou-se agora a outras estruturas sindicais.

Os trabalhadores da CP tinham cumprido na segunda-feira um dia de greve, que estava previsto repetir-se na quarta-feira, depois de já terem estado em greve no dia 28 de junho. Os sindicatos tinham referido que consideravam inaceitável que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, pretendesse condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.

O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho, que foi suspensa, chegaram, recentemente, a acordo. A operadora chegou também a acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) quanto à revisão das carreiras, incluindo um aumento salarial de 1,5% e a subida do subsídio de refeição para 9,20 euros.

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CSI só chega a mais 3.736 idosos um mês após entrada em vigor das novas regras

  • ECO
  • 24 Julho 2024

Valores estão longe da estimativa de 24 mil novos beneficiários apresentada pelo Governo, que agora atira a meta para o final do ano. Mas dificilmente se conseguirá confirmar as previsões.

Com as novas regras do Complemento Solidário para Idosos (CSI), que entraram em vigor em junho, o Governo esperava que este apoio chegasse a 24 mil novos beneficiários. Porém, um mês depois de o valor de referência ter sido aumentado em 50 euros mensais e o rendimento dos filhos deixar de ser um fator de exclusão, as expectativas estão longe de ser atingidas: de maio para junho, a prestação só chegou a 3.736 novos beneficiários.

Os números, que surgem na página de estatísticas da Segurança Social e foram noticiados pelo Público, também não batem certo com os valores apresentados pela ministra da tutela. Numa audição parlamentar a 10 de julho, Maria do Rosário Palma Ramalho disse que as mudanças no CSI beneficiaram mais 7.838 pessoas só em maio e junho. Mas, de abril para maio, verificou-se um decréscimo do número de beneficiários — de 140.410 em abril, para 137.919 em maio.

Agora, o Ministério diz que tanto as estimativas do Governo como os valores anunciados pela ministra no Parlamento estão corretos, porque, ao contrário do que foi escrito no início de maio (e não desmentido), a meta dos 24 mil novos beneficiários refere-se a um período temporal que vai “até ao final do ano” de 2024. No entanto, ressalva que a atualização mensal dos beneficiários da prestação dificilmente refletirá este aumento, porque às novas entradas serão sempre deduzidas as saídas que vão acontecendo entretanto, seja por morte do beneficiário, por alterações no seu rendimento ou pela entrada num lar. Ou seja, o valor líquido de novos beneficiários será sempre abaixo dos 24 mil, sendo difícil de avaliar se as estimativas se confirmaram, pois o número de idosos que deixa de receber o complemento solidário não costuma aparecer nas estatísticas.

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Marcas dão ao pedal na Volta a Portugal. O que têm a oferecer?

A ampla cobertura mediática, o contacto com um elevado e diferenciado número de pessoas e a possibilidade de estreitar relações com a comunidade é o que move as marcas no apoio ao evento.

A Volta a Portugal vai percorrer o país entre os dias 24 de julho e 4 de agosto. O apoio das marcas é o que torna possível a realização da maior prova de ciclismo em Portugal, este ano na 85ª edição.

Em termos práticos, as marcas patrocinadoras representam um suporte financeiro de quase dois milhões de euros, o que equivale a 60% das receitas, segundo Vasco Empis, administrador da Podium (entidade organizadora) e responsável de comunicação do evento.

Entre estes apoios, encontram-se os que são dados pelos patrocinadores das diferentes camisolas da prova – Continente (amarela/tempos), Galp (laranja/pontos), Carclass (azul/montanha) e Placard (branca/juventude) – com quem o +M falou de modo a perceber o que as mesmas têm a oferecer e o que as move nos seus apoios.

O Continente, o principal patrocinador do evento, vai implementar diversas ações de ativação de marca sob o mote “É de quem tem pedalada”, visando “animar o público, promover o envolvimento dos espectadores e garantir a visibilidade da marca ao longo de todo o evento”, explica ainda Tiago Soeiro, brand experience manager do Continente.

Para isso, a marca conta com um grupo de animadores em bicicletas que irão circular pelas zonas de partida, realizando exibições de acrobacias, animação que é complementada pela presença de promotores com a missão de recrutar participantes para um jogo de memória com prémios.

Em todas as etapas da prova estará também presente uma bicicleta insuflável gigante, colocada na entrada, peça que foi desenvolvida para “garantir que ninguém fique indiferente à presença da marca, funcionando como um ponto de referência visual marcante”.

“A decoração ao longo do percurso incluirá camisolas que se assemelham a bandeirolas, promovendo o claim ‘É de quem tem pedalada’. Esta escolha estética, inspirada nos Santos Populares, reforça a ligação cultural e emocional com o público português, criando um ambiente festivo”, explica Tiago Soeiro.

Além disso, o Continente vai também proporcionar “experiências exclusivas” através da ativação ‘Clube da Volta’, iniciativa que inclui a oferta de brunch na partida e bar aberto à chegada de cada etapa.

A Galp, que patrocina o evento pelo segundo ano, vai por sua vez promover uma “feira de animação” nas várias localidades, perto das zonas de chegada, através de um camião Galp. “Liderado por um speaker, este espaço funciona como um polo de animação, com música e ativações no interior direcionadas para os visitantes, podendo valer-lhes prémios como merchandising ou vales de desconto em produtos Galp”, explica Filipa Lopes Ribeiro, global head of brand strategy.

Em cada etapa a marca conta também com o “Clube da Volta” (CV), onde os convidados podem, em dois lounges perto da zona de início e final da corrida, assistir à prova. À entrada os convidados recebem um kit com uma réplica da camisola laranja Galp e um panamá. Além disso, a marca aposta em promotores para a distribuição de brindes e para garantir a animação do público antes, durante e no final da etapa.

Durante as diferentes etapas vão estar visíveis metas volantes com branding Galp e frases na estrada com mensagens como “dá-lhe gás” ou “põe a nossa energia no sprint”. A Galp também estará presente na caravana da prova com um carro decorado com as cores da marca e uma estrutura de promoção à App Mundo Galp, que anuncia as etapas e distribui brindes.

O patrocínio da marca de combustíveis envolve ainda, durante os 12 dias de prova, a decoração de cerca de 50 postos de abastecimento próximos ao circuito da competição, onde se incluem decorações com mensagens como “põe a nossa energia no pedal” ou “põe a nossa energia no motor e dá a Volta a Portugal”.

“Por último, a Galp também aproveitou este patrocínio para uma ação interna, pensada para as suas pessoas. Para o dia da ‘Etapa da Volta’, aberta para todas as pessoas com pelo menos 16 anos, a Galp vai levar 40 convidados a participar na prova, sendo que 30 representam colaboradores internos”, refere a responsável pela estratégia da marca Galp.

Os Jogos Santa Casa (JSC), numa parceria cujo início remonta aos anos 60, mantém o seu apoio à prova rainha de ciclismo portuguesa, dando nome à Camisola Branca atribuída ao líder da juventude e concedendo o prémio ao Melhor Português, “valorizando o talento nacional”. O patrocínio é feito através do jogo de apostas desportivas Placard, que se estreia desta forma no ciclismo.

Os JSC vão contar com um camião que se irá deslocar de etapa em etapa, numa espécie de “outdoor móvel gigante” que passará pelos vários locais da prova. Além disso, a marca aposta, através da Lotaria Clássica, numa emissão especial dedicada à prova – Lotaria da Volta a Portugal – cuja extração se realiza dia 5 de agosto.

“São inúmeras as razões para os habituais e novos apostadores dos JSC tentarem a sua perícia e sorte nas ações de venda e promoção dos Jogos Sociais que serão disponibilizados no camião temático em todas as etapas da prova. Ainda através de uma ação de comunicação específica, haverá também oportunidade para as pessoas descobrirem a importância e contributo dos jogos sociais do Estado para as boas causas que os JSC apoiam em todo o país”, refere fonte oficial dos JSC.

Já a Carclasse promove ativações com um stand, onde podem ser conhecidos os modelos mais recentes da concessionário da Mercedes Benz em Portugal e são distribuído brindes. Além disso, a Carclasse irá utilizar veículos da marca como carros de apoio e oficiais da organização.

No mundo digital, a marca vai criar “conteúdos exclusivos e interativos nas redes sociais da Carclasse, incluindo transmissões ao vivo e atualizações diárias, bem como o incentivo ao uso de hashtags específicas e partilha de experiências pelos espectadores”, explica o diretor-geral da marca, Miguel Borges.

Segundo a organização, e naquela que é uma novidade para esta edição, a prova vai contar com uma “caravana publicitária”, ou seja, “um conjunto de carros alegóricos das marcas que fazem o percurso antes da passagem da corrida a distribuir brindes e alertar a população para a chegada da corrida”, explica Vasco Empis.

O que leva as marcas a também dar ao pedal na Volta a Portugal?

A existência de “um compromisso claro com o desporto e com a promoção de um estilo de vida saudável” é desde logo apontado pelo Continente como um fator que motiva o patrocínio, ao qual se juntam outros como a “oportunidade ímpar” de reforçar a sua imagem enquanto “agente responsável”, associando-se a “valores positivos”.

“O ciclismo é uma modalidade que simboliza a superação pessoal, a dedicação e o espírito de equipa, valores totalmente alinhados com a filosofia do Continente, que visa promover uma vida saudável e ativa, assim como bases de sustentabilidade. Juntarmo-nos a este evento significa o reforço da nossa identidade e dos nossos valores perante o público, criando uma conexão emocional cada vez mais forte com os consumidores“, explica Tiago Soeiro.

Com este patrocínio, o Continente reafirma também o seu compromisso com a democratização do desporto e reforça a sua posição enquanto promotor de um estilo de vida saudável, entende o brand experience manager da insígnia.

Com as diferentes ativações o Continente reforça também a sua imagem “enquanto uma marca que valoriza a hospitalidade e a qualidade”, reforça a “ligação cultural com o público português”, “cria uma ligação emocional positiva com a marca” e associa a sua marca a “momentos de diversão e espetáculo”, diz ainda o responsável.

Por parte da Galp, é referido que a Volta a Portugal, pela sua “capilaridade e cobertura do território nacional”, permite contactar com um “elevado número de pessoas”. “Simboliza também o compromisso da Galp junto das comunidades, mesmo daquelas mais distantes dos grandes centros urbanos“, diz Filipa Lopes Ribeiro, acrescentando que este patrocínio está igualmente “alinhado” com a ambição e tradição da marca de “apoiar o talento e empenho português nas suas múltiplas vertentes”.

“No fundo, colocando a nossa energia num grande evento como este, queremos estreitar a nossa proximidade às pessoas e comunidades e a Volta a Portugal dá-nos essa possibilidade“, sintetiza a global head of brand strategy.

A Carclasse começa por referir a “enorme cobertura mediática” que é possibilitada pela Volta a Portugal, enquanto “um dos maiores eventos desportivos que atinge audiências tanto a nível local como nacional”, e que se materializa “através de transmissões televisivas, rádio, imprensa escrita e digital, além dos milhares de espectadores que assistem às provas ao vivo”.

“Desta forma, enquanto patrocinadora, uma marca garante visibilidade contínua e alargada ao longo de todo o evento, atingindo um público vasto e diversificado, e também se torna numa plataforma eficaz para campanhas publicitárias“, explica Miguel Borges.

O responsável da Carclasse explica ainda que, uma associação à Volta a Portugal pode ajudar a que uma marca seja percecionada como promotora de valores como “resistência, determinação, sustentabilidade e saúde”, que são valorizados no ciclismo, “resultando num maior reconhecimento e lealdade à marca“.

“No caso da Carclasse, a marca é patrocinadora oficial da Camisola Montanha (camisola azul) assumida pelo ciclista líder da Classificação Geral da Montanha. Do ponto de vista geográfico, tendo a Carclasse presença de norte a sul do país, esta associação à 85ª Volta a Portugal parece natural, impulsionada pela passagem em áreas geográficas onde, inclusive, estão localizados alguns concessionários da marca”, refere Miguel Borges.

Além disso, o evento, ao atrair outras personalidades e organizações, cria também um “ambiente propício para networking e parcerias empresariais“, sublinha o diretor-geral.

Por parte da organização da prova, Vasco Empis destaca que a Volta a Portugal “teve que deixar de ser apenas o evento desportivo que a população valorizava por passar à porta de casa para ser uma plataforma de marketing e comunicação para as marcas”.

Neste sentido, proporciona “vários” benefícios às marcas, principalmente a nível de notoriedade de marca e ao possibilitar proximidade com os consumidores, num contacto direto com a população nas 22 cidades por onde passa o evento.

“Em termos corporativos, um patrocinador de uma camisola tem direito a mais de 250 acessos para os vários clubes da volta (áreas corporate), 100 almoços nas chegadas e 50 convidados para participar na etapa da volta. Por fim, beneficiam do goodwill associado ao facto de permitirem a realização do maior evento regular de verão gratuito”, acrescenta o administrador da Podium.

Nenhuma das marcas revelou o investimento feito no âmbito destes patrocínios mas a Carclasse adianta que o seu investimento na prova cobre “diversas áreas estratégicas”. Para além do compromisso financeiro como patrocinadora, garantindo a visibilidade da Carclasse nos materiais promocionais e nas comunicações oficiais do evento, o investimento envolve ainda despesas com a logística necessária para a presença de veículos e stand em várias etapas da prova, bem como custos associados à distribuição de brindes.

Já em termos de publicidade, “o investimento centra-se em campanhas de comunicação, tanto nas redes sociais quanto em outras mídias, para promover a participação da Carclasse no evento e conectar o público”, acrescenta Miguel Borges.

Entre os restantes patrocinadores oficiais da prova encontram-se as marcas Lusíadas Saúde, Sabgal, Europcar, Vitalis, .pt, RTP, Cube, Thule e as estreantes Anicolor, ABTF e Uriage.

Enquanto televisão oficial da prova, a RTP será a responsável pela transmissão da 85ª Volta a Portugal em bicicleta, contando com os comentários de Marco Chagas e Hugo Sabido. Alexandre Santos, Gonçalo Ventura e Ana Barros são os jornalistas responsáveis pela a cobertura informativa da prova. As várias horas de transmissão são asseguradas pela RTP1, RTP3, RTP Play, Antena 1 e canais internacionais.

“Diariamente, entre as 15h00 e as 17h30, a RTP1, RTP Play e os canais internacionais da RTP transmitem em direto o percurso final da etapa do dia. Na RTP1, Alexandre Santos traz-nos o balanço do dia no programa Heróis do Dia, os protagonistas e todas as emoções vividas na etapa. Na RTP3 iremos fazer a antevisão da etapa do dia, bem como, o rescaldo no final da etapa e acompanhamento nos espaços informativos ao longo do dia com reportagens de Ana Barros”, explica a RTP em comunicado.

“Também na Antena 1 poderá acompanhar em permanência a Volta a Portugal Continente com os jornalistas Pedro Ribeiro e Horácio Antunes a trazerem-nos todas as emoções vividas na estrada, entre a partida e a chegada das etapas. De manhã poderá escutar várias reportagens e, a partir do Jornal de Desporto, às 12h30, tudo sobre as etapas nos noticiários, depois dos blocos informativos, nos espaços de informação de Desporto e ainda no Diário da Volta, sempre às 19h30. As chegadas das etapas serão sempre transmitidas em direto na Antena 1”, acrescenta-se.

A 85ª edição da Volta a Portugal parte de Águeda, Capital da Bicicleta, e termina em Viseu, Cidade Europeia do Desporto 2024, num total de 1540,1 quilómetros, com 32 Prémios de Montanha e 27 Metas Volantes. Conta com 133 ciclistas, repartidos por 19 equipas em competição (nove portuguesas e as restantes estrangeiras, de cinco nacionalidades).

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Critical Software fecha escritórios em Tomar e Vila Real

Os cerca de 60 trabalhadores passam a prestar serviços, dois dias por semana, nos escritórios de Coimbra, de Viseu ou Porto. A Critical procura ainda coworks locais e um novo espaço para Viseu.

A Critical Software vai fechar os dois escritórios da empresa em Tomar e Vila Real, com os cerca de 60 trabalhadores da empresa a passarem a prestar os dois dias por semana de trabalho presencial nos escritórios de Coimbra, de Viseu ou Porto, ou em espaços de cowork locais. Em Viseu, a empresa está à procura de um novo espaço com capacidade para 200 pessoas.

“Há cerca de cinco, seis anos decidimos como empresa ter um impacto e dinamizar a economia do interior do país e abrir aí escritórios. Abrimos em Vila Real, Tomar e Viseu, com cerca de 20 pessoas em cada um dos espaços. Só não avançamos para Évora, para grande pena minha, porque não tínhamos as pessoas suficientes”, lembra João Carreira, cofundador e CEO da empresa. “Se houve casos em que o escritório cresceu, como é o caso de Viseu – começou com 20 pessoas e já são cerca de 100 –outros casos, como Tomar e Vila Real, estagnaram e vamos encerrar esses espaços”, avança o gestor ao ECO.

Os cerca de 60 trabalhadores ligados a estes dois escritórios passam assim a prestar serviço nos escritórios da empresa mais próximos das atuais localizações, nos dois dias em que a empresa tem definido como de trabalho presencial no seu atual modelo de trabalho híbrido. Ou seja, os de Tomar irão para Coimbra e, no caso de Vila Real, podem optar pelo escritório de Viseu ou do Porto.

Se houve casos em que o escritório cresceu, como é o caso de Viseu — começou com 20 pessoas e já são cerca de 100 — outros casos, como Tomar e Vila Real, estagnaram e vamos encerrar esses espaços.

João Carreira

Cofundador e CEO da Critical Software

A empresa está ainda a procurar soluções de cowork para esses trabalhadores. “Estamos ainda a tentar assegurar com coworks locais para que, um desses dias de trabalho presencial, possa ser em espaço de cowork“, diz. “Em Tomar, já temos um acordo, em Vila Real ainda estamos à procura”, diz.

Para os trabalhadores impactados com esta decisão, e que agora terão de deslocar-se para espaços de escritórios em outras localizações, a empresa vai pagar “um valor mensal para transportes”, afirma o cofundador, preferindo não adiantar valores.

Em Viseu – onde já trabalham 100 pessoas – “estamos à procura de um espaço maior, com capacidade para 200 pessoas”.

Três dias de trabalho no escritório para as lideranças

A decisão de encerrar os dois espaços em Tomar e Vila Real surge na mesma altura em que a empresa decidiu clarificar as regras do modelo híbrido praticado na Critical Software. Os cerca de 1.500 trabalhadores devem “no mínimo” ir ao escritório dois dias por semana.

Para as equipas de liderança e de suporte -– como marketing, people, finance, suporte IT, facility management, por exemplo –, a recomendação era de três dias. “Passado um ano olhamos para as estatísticas e decidimos clarificar”, diz João Carreira. Para estes profissionais – “cerca de uma centena” de pessoas – o número mínimo de idas ao escritório é mesmo três.

“Desde há um ano, a maioria das pessoas vinha três dias, mas por uma questão de funcionamento e justiça para todos, não pode ser virem uns e outros não”, diz. Por isso, “agora dizemos que não só esperamos que venham, como o número mínimo é três dias por semana”.

“Somos uma empresa de serviços, a nossa base é a equipa” e há que trabalhar em “proximidade”, garantindo que a cultura da empresa se mantém sólida, justifica o gestor.

“O que dissemos é que as regras são para serem respeitadas por uma questão de justiça e quem não cumpre sabe que há consequências“, como eventuais avaliações de desempenho mais baixas que, por sua vez, poderão refletir-se em não aumentos salariais aquando da sua revisão ou, em caso de maiores casos de incumprimento, resultar em despedimento, refere quando questionado sobre eventuais medidas, caso as regras não sejam respeitadas.

“O objetivo é que seja claro que as regras têm de ser cumpridas.” Com cerca de 1.500 trabalhadores, a Critical Software tem escritórios em Lisboa, Coimbra, Porto e Viseu, bem como nos EUA, Reino Unido e Alemanha. Cerca de 90% do negócio da empresa, que trabalha com clientes como a Airbus ou BMW, vem do mercado externo.

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URBAS, CMEC e abrem caminho ao investimento estrangeiro no setor da habitação na Arábia Saudita

  • Servimedia
  • 24 Julho 2024

A espanhola URBAS, a chinesa CMEC e a egípcia Talaat Moustafa abrem caminho ao investimento estrangeiro no setor da habitação na Arábia Saudita

A National Housing Company (NHC) da Arábia Saudita, o principal promotor residencial do país, anunciou recentemente a construção de 300.000 casas até 2025, com o objetivo de atingir 600.000 casas até 2030.

Este projeto insere-se no programa “Saudi Vision” promovido pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, através do qual estabelece parcerias com empresas nacionais e internacionais.

Neste contexto, várias empresas, como a egípcia Talaat Moustafa, a chinesa CMEC e a espanhola URBAS, chegaram a acordos com a NHC da Arábia Saudita para colaborar nesta iniciativa, estando entre as poucas empresas estrangeiras autorizadas a realizar projetos imobiliários no país.

No caso da URBAS, serão construídas 589 habitações em Al Fursan, situada a norte de Riade. O início da construção está previsto para o quarto trimestre do ano. Com este novo projeto, a Urbas terá um volume de negócios de 130 milhões de euros e posicionar-se-á no mercado imobiliário da Arábia Saudita, como a própria empresa informou recentemente.

Assim, enquanto aguarda novos contratos de construção, a empresa espanhola Urbas conseguiu posicionar-se num mercado que deverá atingir 101.620 milhões de dólares em 2029, crescendo a uma taxa anualizada de 8% durante o período 2024-2029, segundo um estudo da empresa de estudos de mercado Mordor Intelligence.

No mesmo bairro do URBAS, o grupo egípcio Talaat Moustafa vai construir um dos maiores projectos da zona, o Benan City. O Benan City está planeado para consistir em 27.750 unidades habitacionais num projeto polivalente, uma vez que também incluirá instalações de saúde, educação, comércio e serviços públicos.

Entretanto, a Machinery Engineering Corporation (CMEC) também assinou um acordo para construir cerca de 20.000 habitações na Arábia Saudita. Esta não será a única empresa chinesa, uma vez que o conglomerado CITIC Construction irá desenvolver fábricas para a produção de materiais destinados a fornecer projetos de construção residencial.

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Gestão pública da água é debatida em várias capitais

  • Servimedia
  • 24 Julho 2024

O objetivo é discutir se se deve aumentar ou congelar o preço da fatura da água.

Sevilha, Tarrasa, Saragoça, Vitoria e Valladolid, entre outras, são cidades espanholas cujos serviços de abastecimento de água são geridos por organismos públicos e que, nos últimos meses, debateram se deviam aumentar ou congelar o preço das faturas de água.

No caso da capital andaluza, o Plenário de Sevilha aprovou um aumento das tarifas em 2023 que representa um aumento de 50% a partir deste ano. O motivo inicial era cobrir o saneamento, ou seja, a descarga e a purificação, segundo a câmara municipal. No entanto, centenas de pessoas manifestaram-se em protesto contra o aumento, alegando que os seus salários “não eram suficientes para pagar a água”.

No caso do consumo doméstico normal – até 110 litros – o aumento é de 18%, a dividir por 9% em 2024 e a mesma percentagem em 2025. Assim, estes agregados familiares vão pagar mais 1,85 euros por mês. Para além disso, a Emasesa, a empresa pública que gere a água em Sevilha, define o consumo elevado (mais de 110 a 130 litros) e o consumo excessivo (mais de 130 litros). Para o primeiro, o aumento em 2024 será de 17,5% e de 9,8% em 2025; no caso do consumo excessivo, o aumento será de 30,1% no próximo ano e de 9,8% em 2025.

Esta medida foi alargada este ano a outros municípios de Espanha, como Tarrasa (Barcelona), onde a Câmara Municipal também decidiu aumentar o preço da água este ano. Neste caso, a razão invocada pela empresa pública Taigua é a melhoria do serviço devido às múltiplas fugas registadas nos últimos meses durante a seca na Catalunha.

As tarifas aumentaram 176% em alguns casos. O facto é que foi criado um primeiro escalão de consumo, limitado a 60 litros por pessoa e por dia, “inacessível à maioria dos cidadãos”, alertam os habitantes deste município, que comparam este valor com a recomendação mínima da Organização Mundial de Saúde (OMS), fixada em 100 litros por pessoa e por dia.

Saragoça decidiu também, em 2023, aumentar o preço da fatura da água até 8,5%. O aumento deve-se, segundo o Consistório, à subida do custo da energia, que o obrigará a pagar mais 2,3 milhões de euros. Para uma família de três pessoas, a variação será de cerca de 12,79 euros por ano, passando de uma fatura de 149,30 euros para 162,09 euros, sem IVA.

No entanto, a empresa pública de água da capital aragonesa oferece descontos para os rendimentos mais baixos. Assim, os agregados familiares com um rendimento máximo de 16.900 euros sofrerão uma alteração de 2,82 euros, com uma redução de 73%. As famílias com um rendimento até 22.000 euros receberão um desconto de 50% e as que têm um rendimento até 24.200 euros receberão um desconto de 4,86%, pagando cerca de 12 euros a mais pela água.

Em Valladolid, o governo local congelou a tarifa da água em 2023, que se manterá inalterada nos próximos dez anos. O Conselho de Administração da Aquavall, a entidade pública que gere a água, decidiu alargar os preços à medida que a estimativa de receitas e despesas diminuía, pelo que argumentou que não era necessário.

Na cidade de Valladolid, de 2017 a 2023, o número de eventos relacionados com o funcionamento da rede ultrapassou os 770, bem como o número de fugas, que se situou em 188, segundo a própria Aquavall.

O congelamento de tarifas também ocorreu em Vitória. O Partido Popular, com o objetivo de apoiar o candidato a presidente do conselho de administração da Amvisa, a empresa pública de água, acordou com o PSE-PNV não aumentar os preços. A Amvisa obteve quase 8 milhões de financiamento europeu para desenvolver o projeto Smart 2025, que permitirá a digitalização da gestão.

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Quirónprevención reforça a sua rede em Portugal com a aquisição da KMED Europe

  • Servimedia
  • 24 Julho 2024

Esta aquisição estratégica reforça a aposta da Quirónprevención em alargar o seu portfólio de produtos e serviços, bem como em aumentar a sua presença em Portugal.

A Quirónprevención, empresa especializada em Prevenção de Riscos Laborais e cuidados de saúde, reforça a sua rede em Portugal com a aquisição da KMED Europa-Serviços Externos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Lda, empresa especializada no mesmo setor.

Esta aquisição estratégica reforça a aposta da Quirónprevención em alargar o seu portfólio de produtos e serviços, bem como em aumentar a sua presença em Portugal e oferecer aos clientes uma experiência de qualidade ainda maior, explicou a empresa.

A integração da KMED Europe permitirá à Quirónprevención criar sinergias que beneficiarão os clientes de ambas as empresas, bem como oferecer soluções mais completas e inovadoras, indo ao encontro das necessidades crescentes dos seus clientes e do mercado.

Com mais de 25 anos de experiência, a KMED Europe é uma entidade autorizada pela ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho), pela DGS (Direção-Geral da Saúde) e pela DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho) a prestar serviços técnicos de Saúde e Segurança no Trabalho, Formação Profissional, Consultoria e Segurança Alimentar.

Para o CEO da Quirónprevención, Fernando Camino, “esta aquisição está em linha com a nossa estratégia de crescimento a longo prazo e estamos certos de que a experiência que a KMED Europe trará nos ajudará a continuar a oferecer um serviço da mais alta qualidade, a continuar a construir e a melhorar a nossa relação com as empresas e as pessoas”.

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Hoje nas notícias: Professores, idosos e ferrovia

  • ECO
  • 24 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ministro da Educação diz que as seis mil vagas abertas pelo anterior Governo no concurso anual de professores vão além das necessidades identificadas pelas escolas. Um mês após a entrada em vigor das novas regras, o complemento solidário para idosos chega a menos de 4.000 novos beneficiários, longe da meta do Executivo (24 mil). Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

“Não encontramos justificação” para 6.000 vagas abertas nas escolas

O ministro da Educação, Ciência e Ensino Superior, Fernando Alexandre, não consegue encontrar “justificação” para que a anterior tutela socialista tenha acrescentado 6.000 vagas às 14.700 identificadas como necessidades de contratação de professores. Em entrevista, o ministro lembra que a portaria das vagas foi publicada pelo anterior Governo já depois das eleições e que, inicialmente, as escolas tinham identificado como necessárias cerca de 8.000 vagas, às quais foram acrescentadas 6.000 pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), que considerou que o número pedido pelas escolas era “insuficiente”. Por cima destas, o anterior Governo acrescentou outras 6.000 a concurso, para um total superior a 20 mil. “Mas, factualmente, é o que temos: as escolas pediram 8.000 horários. O Governo, politicamente, decidiu pôr mais de 6.000 por cima disso”, ressalvou. Na mesma entrevista, Fernando Alexandre disse que a revisão da carreira dos professores deve ficar pronta num ano.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

Um mês depois da vigência das novas regras, CSI só chega a mais 3.700 idosos

Com as novas regras do Complemento Solidário para Idosos (CSI), que entraram em vigor em junho, o Governo esperava que este apoio chegasse a 24 mil novos beneficiários. Porém, um mês depois de o valor de referência ter sido aumentado em 50 euros mensais e o rendimento dos filhos deixar de ser um fator de exclusão, as expectativas estão longe de ser atingidas: de maio para junho, a prestação só chegou a mais 3.736 novos beneficiários, segundo dados da Segurança Social, um número que também não bate certo com os valores apresentados pela ministra da tutela em meados deste mês. Mas agora, o Ministério vem dizer que, ao contrário do que foi escrito no início de maio (e não desmentido), a meta de 24 mil novos beneficiários referia-se a um período temporal que ia “até ao final do ano”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

“B-Rail vai investir 300 milhões na alta velocidade”

A B-Rail, operadora ferroviária do grupo Barraqueiro, vai fazer um “investimento na orem dos 300 milhões” de euros em comboios e equipamentos de manutenção para operar na linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, com prolongamentos a Braga e Faro, a partir de 2029, revela o presidente Luís Cabaço Martins. Algumas condicionantes para esse investimento, segundo o empresário, são o cumprimento dos prazos de construção da nova linha Lisboa-Porto, a fixação de uma taxa de utilização da infraestrutura entre 5 e 8 euros por quilómetro e regras transparentes na concorrência da CP.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Trabalho por turnos e fins de semana ainda são problema para o turismo

A generalidade das associações do setor do turismo afirma que os hotéis e os restaurantes em Portugal têm hoje equipas mais estáveis para enfrentar o verão. Mas, embora a situação tenha melhorado no último ano, continuam a existir dificuldades em recrutar pessoas para trabalhar por turnos, à noite, aos fins de semana e aos feriados, especialmente após a pandemia. Algumas das estratégias dos empresários passam por contratar “mais tempo e mais cedo”, ter remunerações competitivas e dar formação a quem não tem experiência.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível).

Rangel: “Não tenho uma visão apocalíptica do pós-eleições americanas”

O ministro dos Negócios Estrangeiros não tem uma visão “apocalíptica” ou “catastrofista” do pós-eleições norte-americanas, seja qual for o resultado. Em entrevista, Paulo Rangel antevê que os EUA, independentemente de quem venha a ser o seu próximo Presidente, “nunca” irão ultrapassar a “linha vermelha” do “respeito pela integridade territorial da Ucrânia”. Portugal “terá um relacionamento absolutamente institucional” com os EUA, que o ministro crê que “correrá bem”, reconhecendo que o país está agora mais focado no Indo-Pacífico.

Leia a entrevista completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Martifer junta-se à joint-venture da EDP e da Engie para leilão eólico offshore português

No âmbito desta parceria com a espanhola Ocean Winds, a empresa controlada pelos irmãos Martins vai ficar com uma participação de 10%.

A Martifer estabeleceu uma parceria com a Ocean Winds, empresa que junta a EDP Renováveis e a Engie para investimentos na área da energia eólica offshore. As duas empresas vão concorrer juntas no primeiro concurso para parques eólicos offshore em Portugal, que terá lugar este ano, sendo a participação da empresa de Oliveira de Frades é de 10%.

Esta aliança está “alinhada com o Plano Estratégico em vigor, nomeadamente na ambição de crescimento e criação de valor sustentado e sustentável na área da energia, em negócios que potenciam sinergias e cross selling com as restantes áreas de negócio do grupo, e com parceiros de inequívoca credibilidade e competência”, refere a empresa num comunicado e numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Esta parceria reúne a vasta e reconhecida experiência internacional da Ocean Winds no desenvolvimento e na operação de parques eólicos offshore, incluindo o único parque eólico offshore flutuante em operação em Portugal, o WindFloat Atlantic, com o profundo conhecimento da Martifer Renewables & Energy do mercado português, apoiado pela liderança industrial do grupo
Martifer”, acrescenta a empresa.

Conforme adianta a empresa, ao desenvolver, em conjunto, parques eólicos offshore flutuantes de última geração, que fornecerão soluções energéticas sustentáveis e limpas, pretende-se contribuir significativamente para as metas de energia renovável de Portugal de 2 GW até 2030, alinhadas com os Planos Nacionais de Energia e Clima (PNEC) da União Europeia.

“Estamos entusiasmados com esta parceria estratégica com a Ocean Winds para participar no primeiro concurso de parques eólicos offshore em Portugal. Esta colaboração representa um passo significativo para a Martifer na promoção de energias renováveis e no desenvolvimento sustentável do nosso país“, adianta Pedro Duarte, CEO da Martifer, no mesmo comunicado. “Acreditamos que, juntos, podemos contribuir de forma decisiva para a transição energética em Portugal e estabelecer um novo padrão de inovação e excelência no setor eólico offshore“, remata.

Já José Pinheiro, diretor nacional para a Europa do Sul da Ocean Winds, diz estar entusiasmado “por unir forças com a Martifer Renewables & Energy para o primeiro concurso histórico, que deverá ser anunciado em breve”. “A Ocean Winds tem vindo a desenvolver e a operar com sucesso o parque eólico offshore flutuante WindFloat Atlantic a partir da sua base de operações e manutenção no porto de Viana do Castelo. Acrescentando esta experiência local à sua experiência internacional em energia eólica offshore e combinando-a agora com a posição única da Martifer e com as suas capacidades industriais, a parceria irá permitir a realização de projetos eólicos offshore eficientes, fiáveis e sustentáveis, reforçando a posição de liderança de Portugal nas energias renováveis e trazendo ao mesmo tempo um verdadeiro valor para o país“, explica.

As empresas informam ainda que enquanto a indústria antecipa os critérios finais do concurso, a Ocean Winds e a Martifer estão a preparar propostas abrangentes, incluindo com os principais fornecedores e infraestruturas nacionais, alinhadas com os objetivos nacionais para apoiar as metas de transição energética de Portugal.

O governo pretende ter 2 GW de turbinas eólicas a produzir energia elétrica no mar português, até ao final da década. O leilão eólico offshore, que chegou a estar previsto para avançar até ao final de 2023, deverá avançar este ano.

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Grupo Santander aumenta lucros em 16% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

As receitas do Santander subiram 10% face ao período homólogo e atingiram "um recorde", enquanto a margem financeira aumentou 14,5%.

O grupo financeiro espanhol Santander teve lucros de 6.059 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 16% do que no mesmo período de 2023, revelou esta quarta-feira.

O Santander, um dos maiores bancos do mundo e dono em Portugal do Santander Totta, atribuiu o resultado no primeiro semestre ao crescimento das receitas, à captação de quatro milhões de novos clientes e ao controlo dos custos.

Estes resultados demonstram que estamos a crescer de forma sustentável e rentável graças à nossa escala.

Ana Botín

Presidente do Banco Santander

As receitas do grupo Santander subiram 10%, “para um recorde” de 31.050 milhões de euros entre janeiro e junho, destacou o banco, num comunicado.

Quanto aos clientes, aumentaram em especial no Brasil (mais 3,1 milhões) e em Espanha (mais 400 mil).

Os recursos dos clientes (depósitos e fundos de investimento) aumentaram 5% no global na primeira metade do ano, com o Santander a destacar que os depósitos cresceram 2%, em resultado, sobretudo, do “forte crescimento” dos depósitos a prazo (mais 12%).

Os empréstimos totais concedidos pelo grupo cresceram 2%, para 1,03 biliões de euros.

A margem de juros (a diferença entre créditos concedidos e os juros pagos pelo banco) ascendeu a 17.802 milhões de euros, um aumento de 14,5% desta receita em relação ao primeiro semestre de 2023.

“Estes resultados demonstram que estamos a crescer de forma sustentável e rentável graças à nossa escala, diversificação e à execução da transformação”, disse a presidente do Banco Santander, Ana Botín, citada num comunicado.

A presidente do Santander acrescentou que, apesar do “contexto geopolítico volátil”, o Santander espera cumprir todos os objetivos de crescimento deste ano.

O Santander está presente em vários países da Europa e da América e conta com 3,5 milhões de acionistas, 209.500 trabalhadores e 168 milhões de clientes.

No ano passado teve lucros de 11.076 milhões de euros, um valor recorde e 15% superior ao de 2022.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 24 de julho

  • ECO
  • 24 Julho 2024

Ao longo desta quarta-feira, 24 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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