Blinken crê que Irão é capaz de produzir arma nuclear em “uma ou duas semanas”

  • Lusa
  • 19 Julho 2024

O chefe da diplomacia norte-americana frisou, no entanto, que o Irão "ainda não conseguiu desenvolver uma arma" nuclear.

O Irão tem capacidade para produzir material físsil para uma arma nuclear dentro de “uma ou duas semanas”, alertou esta sexta-feira o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

A situação atual não é boa. O Irão, devido ao fim do acordo nuclear, em vez de estar a pelo menos um ano de ter a capacidade de produzir material físsil [capaz de sustentar uma reação em cadeia da fissão nuclear] para uma arma nuclear, está agora provavelmente a uma ou duas semanas de o conseguir fazer”, disse Blinken, que discursava no Fórum de Segurança em Aspen, no Colorado (oeste dos Estados Unidos).

No entanto, o chefe da diplomacia norte-americana frisou que o Irão “ainda não conseguiu desenvolver uma arma” nuclear. A 26 de fevereiro deste ano, um relatório confidencial da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) alertou que o Irão aumentou significativamente as suas reservas de urânio enriquecido nos últimos meses, prosseguindo a sua escalada nuclear, apesar de negar querer adquirir a bomba atómica.

Segundo o documento, então consultado pela agência noticiosa France-Presse (AFP), as reservas ascendiam a 5.525,5 kg a 10 de fevereiro (contra 4.486,8 kg no final de outubro), mais de 27 vezes o limite autorizado pelo acordo internacional que foi firmado em 2015 com o intuito de reger as atividades nucleares do regime de Teerão em troca do levantamento das sanções internacionais.

Nesse sentido, a AIEA, responsável pela verificação da natureza pacífica do programa nuclear iraniano e que é uma agência que integra o sistema das Nações Unidas, manifestou nesse mesmo relatório “preocupações crescentes” quando às verdadeiras intenções do Irão. “O Irão faz declarações públicas sobre as suas capacidades técnicas, o que reforça as preocupações”, sublinhou sobre esta questão o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, que apelou mais uma vez a Teerão para que “coopere plenamente”.

Neste contexto, o mesmo representante voltou a pedir a Teerão para que “coopere plenamente”, numa altura em que as relações entre as duas partes se têm vindo a deteriorar constantemente nos últimos meses. Embora a República Islâmica negue querer adquirir uma bomba nuclear, alguns políticos estão a fazer declarações alarmistas, explicou uma fonte diplomática, citada pelas agências internacionais.

Ao mesmo tempo, o Irão prossegue a sua escalada e dispõe agora de material suficiente para construir várias bombas atómicas. O Irão rompeu progressivamente com os compromissos assumidos no âmbito do acordo internacional de 2015, conhecido pela sigla JCPOA, em reação à retirada unilateral dos Estados Unidos do compromisso, decidida em 2018 pelo então Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.

O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) é um acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano assinado a 14 de julho de 2015 entre a República Islâmica do Irão, o grupo P5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e, mais tarde, Alemanha), e a União Europeia (UE). As conversações em Viena para reavivar o JCPOA fracassaram no verão de 2022.

O Irão ultrapassou largamente o limite máximo fixado em 3,67%, equivalente ao que é utilizado nas centrais nucleares para produzir eletricidade: tem 712,2 kg (contra 567,1 kg anteriormente) de material enriquecido a 20% e 121,5 kg a 60% (contra 128,3 kg). No caso do limiar de 60%, que se aproxima dos 90% necessários para fabricar uma arma atómica, Teerão abrandou, no entanto, a produção, após uma aceleração no final do ano.

Rafael Grossi também “lamentou profundamente” o facto de o Irão não ter voltado atrás na sua decisão de proibir vários inspetores da AIEA, nomeadamente franceses e alemães, de visitar e fiscalizar as instalações nucleares no país.

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Dos assuntos externos ao ambiente e indústria. Em que comissões ficaram os eurodeputados portugueses?

Após a nomeação dos cargos de topo, os trabalhos no Parlamento Europeu estão prontos para começar. Os eurodeputados já sabem que comissões vão integrar na nova legislatura.

Depois das reeleições das presidentes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, os trabalhos no hemiciclo em Estrasburgo podem oficialmente começar. Esta sexta-feira, último dia da primeira semana de sessões plenárias após as eleições de 9 de junho, os 720 eurodeputados eleitos foram distribuídos pelas 24 comissões e subcomissões parlamentares, que servem para elaborar, alterar e votar propostas legislativas e realizar debates com representantes do Conselho e da Comissão. Os 21 eurodeputados portugueses – oito do PS, sete do PSD-CDS, dois para Chega e Iniciativa Liberal, e um para BE e PCP – vão integrar mais de 10 comissões.

Marta Temido, Ana Catarina Mendes, Sebastião Bugalho e António Tânger-Corrêa são alguns dos nomes que irão integrar a Comissão dos Assuntos Externos numa altura em que a guerra na Ucrânia sobe de tom, o conflito no Médio Oriente não tem fim à vista e aproximam-se eleições nos Estados Unidos, também determinantes para o futuro da NATO que conta agora com uma nova liderança.

Destaque ainda para a Comissão de Ambiente e Saúde Pública e da Segurança Alimentar que volta a contar com uma presença de eurodeputados portugueses, entre eles, Lídia Pereira e Catarina Martins, e ainda a estreia de Cotrim de Figueiredo na Comissão da Indústria e João Oliveira na Comissão do Emprego. Veja a lista:

PS (Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas)

Numa altura em que as tensões geopolíticas vão subindo de tom, Marta Temido irá integrar a Comissão dos Assuntos Externos . A ex-ministra da Saúde será ainda membro permanente das comissões do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar e de Diretos Humanos — da qual foi nomeada vice-presidente –, enquanto atuará como suplente na Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e Subcomissão da Saúde Pública.

À semelhança de Marta Temido, Ana Catarina Mendes também fará parte da Comissão dos Assuntos Externos, mas como membro suplente. A ex-ministra dos Assuntos Parlamentares e deputada irá integrar de forma permanente a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos e a Subcomissão da Segurança e da Defesa, no Parlamento Europeu.

Francisco de Assis, número três pelo PS nas eleições europeias, vai integrar a Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários, Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos e a Subcomissão dos Direitos Humanos como membro permamente. Ademais, o ex-presidente do Conselho Económico Social (CES) vai ser membro suplente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e da Comissão do Comércio Internacional.

Por seu turno, Carla Tavares fará parte da Comissão dos Orçamentos e ainda do Controlo Orçamental, na próxima legislatura. A ex-presidente da Câmara da Amadora vai ainda atuar como membro suplente de três comissões: do Desenvolvimento, dos Assuntos Económicos e Monetários e ainda dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros

Nas comissões da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e ainda das Pescas, o PS contará com a presença de André Rodrigues, eleito pela região autónoma dos Açores. O eurodeputado será ainda membro suplente na Comissão dos Transportes e do Turismo, que terá como membro permanente Sérgio Gonçalves. O eurodeputado eleito pela Madeira vai ainda integrar a Comissão do Desenvolvimento Regional e será membro suplente na Comissão das Pescas.

Por seu turno, Isilda Gomes fará parte da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais e das Petições, atuando como membro suplente na Comissão da Cultura e da Educação. Já Bruno Gonçalves, eurodeputado eleito por Braga será membro permanente na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e na Subcomissão dos Assuntos Fiscais.

Aliança Democrática (Partido Popular Europeu)

À semelhança da cabeça de lista do PS, também Sebastião Bugalho vai integrar a Comissão dos Assuntos Externos, tal como havia mencionado durante a campanha eleitoral. Além de ser membro permanente desta comissão, o cabeça de lista pela coligação que juntou o PSD e CDS nas últimas duas eleições vai ainda ser membro suplente da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores, Comissão dos Assuntos Constitucionais e da Subcomissão dos Direitos Humanos.

Lídia Pereira, a única repetente na lista da AD às europeias e vice-presidente do PPE, vai voltar a marcar presença na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários na próxima legislatura, sendo ainda membro suplente em três comissões: Comércio Internacional; do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar e dos Assuntos Fiscais.

Também presente na Comissão dos Assuntos Externos e dos Assuntos Constitucionais, mas como membro suplente, estará Ana Miguel Pedro, que será membro permanente na Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos

Na Comissão dos Orçamentos, a AD far-se-á representar por Hélder Sousa Silva (que será membro suplente da Comissão da Cultura e da Educação e Subcomissão da Segurança e da Defesa).

Sérgio Humberto vai integrar a Comissão dos Transportes e do Turismo de forma permanente, enquanto será membro suplente na Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais e do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar.

Por seu turno, Paulo do Nascimento Cabral será membro da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e ainda das Pescas, enquanto Paulo Cunha, chefe da delegação do PSD, integrará a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos, na próxima legislatura.

Chega (Patriotas da Europa)

O vice-presidente do Grupo Patriotas da Europa e cabeça de lista do Chega às eleições também será membro efetivo da Comissão dos Assuntos Externos, à semelhança do PS e da AD. António Tânger-Corrêa vai ainda integrar a Comissão de Segurança e Defesa, e das Pescas e das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos enquanto membro substituto.

Tiago Moreira de Sá fará parte da Comissão do Desenvolvimento como membro permanente, sendo suplente na Comissão dos Orçamentos.

Iniciativa Liberal (Renovar Europa)

Focado em reindustrializar o bloco europeu, João Cotrim de Figueiredo será membro permanente da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e ainda membro suplente da Comissão do Comércio Internacional.

Por seu turno, à semelhança da AD e do PS, Ana Vasconcelos irá integrar a Comissão de Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar, sendo membro suplente da Comissão dos Transportes e do Turismo.

Bloco de Esquerda (Esquerda Unitária Europeia)

Catarina Martins será membro permanente da Comissão de Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar e da Subcomissão da Saúde Pública. A única eurodeputada eleita pelo Bloco de Esquerda vai ainda integrar, de forma suplente, as comissões do Emprego e dos Assuntos Sociais e da Indústria, da Investigação e da Energia.

Partido Comunista (Esquerda Unitária Europeia)

Tendo erguido como bandeira eleitoral a questão dos salários na União Europeia, João Oliveira, cabeça de lista e único eurodeputado eleito pelo PCP nas eleições europeias, irá integrar as comissões dos Orçamentos, e o Emprego e dos Assuntos Sociais na próxima legislatura, sendo ainda membro suplente da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia.

Notícia atualizada às 14h32 a 23 de julho de 2024 com a informação de que Marta Temido foi nomeada vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos.

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Estado guineense lança concurso para vender 80% da Guinetel. Há uma empresa portuguesa interessada

  • Lusa
  • 19 Julho 2024

Várias empresas, fundos de investimentos e intermediários manifestaram interesse em adquirir a Guinetel, entre elas uma empresa portuguesa, segundo a Guiné-Telecom.

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Guiné-Telecom, João António Mendes, disse esta sexta-feira à Lusa que o Estado guineense decidiu vender 80% do capital da Guinetel, rede móvel nacional, tendo já lançado um concurso internacional.

Inicialmente, disse António Mendes, o Estado pretendia vender as ações da Guiné-Telecom (rede fixa) e da Guinetel, mas, com o passar do tempo, a estratégia foi alterada para a venda apenas da rede móvel, ficando o Estado com 20%, que disponibilizará a acionistas nacionais.

Em 2010, a PT decidiu sair do capital social das duas empresas guineenses, deixando o Estado com 100% do capital social, tanto da Guinte-Telecom como da Guinetel. De acordo com Mendes, a Portugal Telecom Investimentos Internacionais representou os interesses da PT na Guinetel, onde detinha 60% do capital social, entre 2004 e 2010. Na mesma altura, a PT Comunicações SA representava os interesses da PT na Guiné-Telecom, tendo 49% do capital social.

A partir daquele momento, as duas empresas, agora detidas unicamente pelo Estado guineense, passaram a ser geridas por quadros locais e em 2014 deu-se o início da “falência técnica” de ambas, assinalou o PCA da Guiné-Telecom.

Num primeiro momento, explicou António Mendes, o Governo guineense elegeu como saída a venda das ações da Guiné-Telecom e da Guinetel, mas, com o aconselhamento de instituições internacionais, voltou atrás. “Nesta fase embrionária, o Estado vai conservar 20% que vão ser postos à disposição para que os atores nacionais, instituições ou particulares, neste caso privados individuais, possam entrar no capital da Guinetel como acionistas”, esclareceu.

Os pressupostos para um concurso público internacional para a seleção de uma futura empresa a ficar com os 80% da Guinetel já foram lançados e na primeira semana de agosto serão conhecidas as empresas que reúnem “as condições exigidas para participar no concurso”, assinalou o PCA da Guiné-Telecom.

Várias empresas, fundos de investimentos e intermediários manifestaram interesse em adquirir a Guinetel, disse António Mendes, assinalando que uma empresa portuguesa, de cujo nome disse não se recordar, adquiriu o dossiê de candidatura para a pré-seleção. O PCA da Guiné-Telecom não conseguiu precisar o número exato de utilizadores de telemóveis na Guiné-Bissau, mas disse ser acima de um milhão, não tendo, no entanto, dúvida sobre a necessidade de existência de uma terceira operadora para “acabar com a bipolarização”.

António Mendes sublinhou que “não constitui segredo para ninguém” que com uma terceira operadora, a partir da retoma da licença detida pela Guinetel, haverá melhoria de serviços da rede móvel na Guiné-Bissau e o abaixamento das tarifas atualmente praticadas. Com a saída da Portugal Telecom da Guiné-Bissau, a rede de telefones móveis e serviço de internet passaram a ser operadas pela francesa Orange e pela sul-africana MTN.

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Cimpor inaugurou uma nova fábrica nos Camarões

  • Lusa
  • 19 Julho 2024

"Este investimento irá expandir significativamente a presença da Cimpor em África", indica a empresa.

A Cimpor inaugurou esta sexta-feira uma nova fábrica nos Camarões, adiantou, num país em que tem atualmente uma capacidade de produção anual de 1,2 milhões de toneladas de cimento e 400 mil toneladas de argila calcinada, segundo um comunicado. “Este investimento irá expandir significativamente a presença da Cimpor em África, ao mesmo tempo que desempenhará um importante papel no desenvolvimento das infraestruturas dos Camarões”, referiu o grupo.

“Na sequência dos seus investimentos na Costa do Marfim, a Cimpor Global decidiu investir nos Camarões e começou a trabalhar, em fevereiro de 2020, no investimento greenfield numa fábrica de cimento integrada com uma nova linha de produção de argila calcinada”, destacou na mesma nota.

O grupo construiu, assim, “uma fábrica em Kribi, equipada com a primeira e única linha de produção de argila calcinada com calcinador flash do mundo atualmente em funcionamento, inaugurada a 29 de outubro de 2023″. A empresa, através da sua filial nos Camarões, a Cimpor Cameroun, “tem atualmente uma capacidade de produção anual de 1,2 milhões de toneladas de cimento e 400 mil toneladas de argila calcinada”, referiu.

A Cimpor tem vindo a anunciar “uma série de investimentos para aumentar a sustentabilidade da sua atividade, estando previsto um investimento de 270 milhões de euros até 2030”, destacou.

Segundo o grupo, este investimento “inclui o desenvolvimento de cimentos de baixo teor carbónico, a diminuição da pegada de CO2 das centrais, a produção de eletricidade através de painéis fotovoltaicos e a criação de um sistema inovador de produção que utiliza o hidrogénio como motor principal”.

O grupo lembrou ainda o investimento de 121 milhões de euros na fábrica de Alhandra, valor anunciado “em maio deste ano, e que, “através da modernização de infraestruturas como fornos e moinhos, ou da aposta na utilização de energias renováveis, permitirá agilizar processos e reduzir significativamente a pegada ambiental”.

A Taiwan Cement Corporation (TCC) concluiu em março deste ano a compra da Cimpor, detendo agora 100% da empresa portuguesa.

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TAP lança campanha de apoio aos atletas olímpicos portugueses assinada pela Bar Ogilvy

  • + M
  • 19 Julho 2024

Assinada pela Bar Ogilvy, a campanha tem como mote "A viagem para Paris há muito que começou". É protagonizada pelos atletas olímpicos portugueses Diogo Ribeiro, Liliana Cá e Filipa Martins.

De forma a celebrar a sua parceria com o Comité Olímpico de Portugal e de apoiar os atletas que vão representar o país nos Jogos Olímpicos de Paris, a TAP lançou uma campanha onde evidencia que a viagem (trabalho de preparação) destes portugueses começou muito antes da data de realização do evento desportivo.

Tendo como mote “A viagem para Paris há muito que começou”, a campanha é assinada pela Bar Ogilvy e conta com três atletas olímpicos portugueses como protagonistas: Diogo Ribeiro (natação), Liliana Cá (atletismo) e Filipa Martins (ginástica).

Estes atletas “abriram o baú para partilhar algumas das memórias, fotografias e vídeos de todo o seu percurso na modalidade desportiva, desde a infância até à atualidade, e assim desvendar um pouco do seu percurso até ao sonho olímpico“, explica-se em nota de imprensa.

Não é todos os dias que temos a oportunidade de criar campanhas que apelem tanto à emoção coletiva e orgulho nacional. Os Jogos Olímpicos são um dos mais importantes eventos desportivos do mundo e os atletas que representam as nossas cores são verdadeiros heróis que nos fazem vibrar a cada segundo da competição”, diz Miguel Ralha, CEO e partner da Bar Ogilvy, citado em comunicado.

Esta campanha reconhece a viagem de trabalho, suor e lágrimas de jovens como o Diogo, a Liliana e a Filipa que vão representar o nosso país nos Jogos Olímpicos e, assim, tentar dar um pequeno e último ‘empurrão’ na preparação para a competição”, acrescenta.

A campanha vai estar no ar até 11 de agosto (final da competição), marcando presença em televisão, redes sociais da TAP (Instagram, Facebook, TikTok, LinkedIn e YouTube) – com conteúdo orgânico e paid media – e na newsletter interna da companhia. O planeamento de media ficou a cargo da Wavemaker.

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Há quase mais 12 mil idosos a receber complemento solidário. Valor médio da prestação disparou 51%

Em junho, rendimentos dos filhos deixaram de ser considerados para apuramento do CSI e valor de referência dessa prestação subiu. Resultado: há mais idosos a recebê-la e o valor médio disparou 50,9%.

O número de reformados a receber o complemento solidário para idosos (CSI) aumentou, em termos homólogos, mais de 9% em junho, mês em que os rendimentos dos filhos deixaram de ser considerados para o apuramento desta prestação. E o valor médio transferido para cada idoso disparou quase 51% face ao registado há um ano.

“O número de beneficiários do CSI foi de 141.655 em junho de 2024. Em relação ao mês anterior, verificou‐se um crescimento de 2,7% (mais 3.736 beneficiários) e, na variação face ao período homólogo, registou‐se um aumento de 11.836 titulares (9,1%)“, explica a Segurança Social, na síntese de informação estatística publicada esta sexta-feira.

De notar que até esse mês, em alguns casos, os rendimentos dos filhos eram considerados no apuramento da prestação a receber pelo idoso, mesmo que estes não transferissem para os pais qualquer montante mensal.

Tal significava que alguns reformados não tinham acesso ao CSI, mas o Governo decidiu retirar a partir de junho os filhos da equação, o que ajuda a explicar o aumento de beneficiários referido.

Por outro lado, o Governo reforçou o valor de referência. O CSI serve para complementar os outros rendimentos do beneficiário (como as pensões), ou seja, o valor a receber é igual à diferença entre os rendimentos atuais e o tal valor de referência, que passou de 550 euros para 600 euros em junho.

Em resultado, o valor médio da prestação aumentou, de acordo com os dados da Segurança Social, para 233,06 euros. Tal representa um aumento de 50,9% face ao período homólogo.

Esta prestação é especialmente pertinente não só porque abrange idosos mais vulneráveis, mas também porque grande parte dos seus beneficiários (69,1%) são mulheres. Uma vez que Portugal ainda enfrenta um fosso salarial entre géneros, as mulheres tendem a ter salários mais baixos do que os homens, o que resulta em pensões mais magras e maior fragilidade nos anos da reforma.

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Maior acionista da EDP negoceia compra de ativos espanhóis da Greenvolt

O portefólio de ativos inclui ativos eólicos e fotovoltaicos que se encontram numa fase adiantada de desenvolvimento, avaliados em 200 milhões de euros.

A China Three Gorges (CTG), a principal acionista da EDP, está em conversações para comprar um portefólio de ativos renováveis de 170 megawatts (MW) da Greenvolt em Espanha, avança a Bloomberg, que cita pessoas próximas das negociações.

O portefólio de ativos inclui ativos fotovoltaicos e eólicos numa fase de desenvolvimento avançada, avaliados em 200 milhões de euros, refere a notícia, que cita pessoas que pediram para não ser identificadas. Esta aquisição iria permitir à CTG expandir o seu portfólio na Península Ibérica, num momento em que as energias verdes concentram as atenções dos investidores.

Contactadas pela Bloomberg, quer a CTG quer a Greenvolt recusaram-se e a comentar o assunto. O site espanhol El Confidencial indicou anteriormente que a Greenvolt teria contratado a PricewaterhouseCoopers como consultora para a operação.

A gigante chinesa, que detém 20% do capital da EDP, controla um portefólio renovável de 1,3 gigawatts (GW) em Espanha.

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IL mantém sentido de voto no OE em “aberto”, Chega elogia atitude “positiva” do Governo

Iniciativa Liberal garante que não haverá nesta fase um posicionamento sobre o Orçamento do Estado. Chega considera que Executivo mostrou atitude "positiva" no encontro desta sexta-feira.

A Iniciativa Liberal (IL) e o Chega saíram das reuniões desta sexta-feira sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) a pressionar o Governo para que não “desvirtue” o programa de Governo no âmbito das negociações com o Partido Socialista (PS) para a viabilização do documento.

O presidente da IL, Rui Rocha, defendeu que as cedências do Governo ao PS relativamente ao IRC, em nome da estabilidade política, não podem levar a um afastamento das próprias propostas, e afirmou que a posição do partido sobre o Orçamento está em aberto.

“A estabilidade política não deve ser um valor que se impõe face a tudo”, disse em declarações aos jornalistas, após a reunião do partido com o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em conjunto com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, na residência oficial do primeiro-ministro.

O líder liberal admitiu que “é preciso conciliar os interesses em jogo”, mas vincou que não pode compactuar com um Governo que se “encoste à visão do PS”, nomeadamente na questão do IRC. Para Rui Rocha, se o Executivo se “afastar” das suas ideias nesta matéria, “vai no mau caminho”. “Vai no caminho de assegurar estabilidade política, mas que prejudica o país”, disse.

“Da parte da Iniciativa Liberal não haverá nesta fase um posicionamento sobre o Orçamento, porque ainda não conhecemos o Orçamento e porque este Orçamento em concreto vai ter um longo processo negocial”, afirmou, acrescentando que “tudo está em aberto”. No caderno de encargos a IL levou um “conjunto de propostas estruturais”, entre as quais uma descida transversal do IRS, uma revisão do IVA da construção, os “cheque creches” e a insistência na eliminação das derramas e nas tributações autónomas.

Rui Rocha revelou ainda que o partido encontrou “da parte do Governo uma abertura para a flexibilização do regime dos trabalhadores por conta própria e dos profissionais liberais”, uma opção já admitida por Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Por seu lado, o líder do Chega, André Ventura, mostrou-se convicto que “há caminho” para que o Governo deixe cair o limite de idade na isenção do IMT na compra da primeira habitação. Em declarações aos jornalistas, à saída da reunião com o Governo, André Ventura considerou a atitude do Executivo no encontro “honestamente positiva” face ao espírito que tem adotado durante as discussões parlamentares.

André Ventura adiantou que uma das propostas que levou à delegação governativa passa pelo fim do limite de 35 anos para aplicação da isenção do IMT na aquisição da primeira habitação, até aos 316 mil euros. “O governo ouviu os nossos argumentamos e pensamos que há aqui um caminho que pode ser materializado”, disse.

O Chega defendeu que “não está nestas negociações para fazer corpo presente ou fingir que negoceia”, considerando que é neste momento que se começa “a trabalhar para que o país em outubro tenha um orçamento”, e avisou que o Executivo tem de demonstrar vontade para chegar a consenso com o partido. “Ou não temos caminho para andar”, acrescentou.

No entanto, voltou a tentar aumentar a pressão sobre as negociações entre o Governo e o PS: “Se este Orçamento for para seguir as mesmas linhas que o PS seguiu nos últimos anos e que Pedro Nuno Santos quer seguir, então, que nos diga já e não temos mais nada para conversar”, atirou.

Ventura indicou ainda que levou ao governo quatro temas que considera fundamentais: o reforço “substancial” de meios para combater a corrupção em Portugal, a aumento dos suplementos de riscos para as forças tuteladas pela Administração Interna, na reavaliação das deduções fiscais com despesas em saúde, educação e habitação. Segundo o parlamentar, o Executivo mostrou-se contra a descida do IVA na restauração proposta pelo partido.

(Notícia atualizada às 17h44)

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Lay-off cai há quatro meses, mas continua bem acima do ano passado

Número de trabalhadores em lay-off caiu 6% em junho face ao mês anterior, mas subiu mais de 60% face ao registado há um ano. Abrandamento da economia e enquadramento internacional ajudam a explicar.

O número de trabalhadores abrangidos pelo regime de lay-off voltou a cair em junho, mas continua bem acima do registado há um ano, mostra a síntese de informação estatística da Segurança Social. No último mês do primeiro semestre, cerca de sete mil trabalhadores viram o seu horário cortado ou o seu contrato de trabalho suspenso, menos 458 do que no mês anterior, mas quase mais três mil do que no mesmo mês de 2023.

“Em junho de 2024, o número total de situações de lay-off com compensação retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) foi de 7.219. Em comparação com o mês anterior, houve um decréscimo 6%. E na comparação com o período homólogo, houve um aumento de 62,9%“, lê-se na síntese agora conhecida.

Desde março que o número de trabalhadores abrangidos pelo lay-off tem estado a cair, mês após mês, como mostra o gráfico abaixo. Tal significa que esta quebra registada em junho foi a quarta consecutiva.

Ainda que se mantenha acima dos valores registados há um ano, os economistas não mostram, pelo menos para já, sinais de alarme, e apontam o abrandamento da economia e o enquadramento internacional (que resultou numa quebra das exportações) como causas por detrás desta trajetória.

Importa notar, por outro lado, que, dos trabalhadores em lay-off, a maioria continuou a trabalhar, embora com o horário reduzido. Em causa estão 4.170 pessoas, menos 532 do que no mês anterior (uma quebra de 11,3%), mas mais 1.181 do que há um ano (uma subida de 39,5%).

Por outro lado, 3.049 viram o seu contrato suspenso em junho, mais 2,5% do que no mês anterior (um acréscimo de 74 trabalhadores) e 111,4% do que há um ano (um aumento de 1.607 trabalhadores).

A síntese agora conhecida permite ainda perceber que estas prestações foram processadas a 420 entidades empregadoras, menos 57 do que no mês anterior, mas mais 125 do que no período homólogo.

Quer se diminua o horário, quer se suspenda o contrato de trabalho, o trabalhador tem sempre direito ao salário, embora com cortes. E a entidade empregadora recebe apoio da Segurança Social para o pagamento desse vencimento. O lay-off está disponível para as empresas em crise.

Menos pessoas a receber prestações de desemprego

A síntese da Segurança Social revela também que em junho houve uma redução em cadeia das prestações de desemprego. Em causa está uma quebra de 2,4%, para 179.521 beneficiários. Se compararmos, contudo, com o período homólogo, houve um aumento de 9,5%, ou seja, houve mais 15.636 a receber prestações de desemprego do que há um ano.

No que diz respeito especificamente ao subsídio de desemprego, em junho 142.810 pessoas receberam este cheque da Segurança Social, o que equivale a uma redução de 1,9% face a maio, mas a um aumento de 14,3% face ao mesmo mês de 2023.

O valor médio mensal do subsídio de desemprego em junho foi de 652,11 euros, correspondendo a uma variação homóloga de 5,2%”, acrescenta a Segurança Social.

No caso do subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 6.954 beneficiários, o que corresponde a uma redução de 12,% em cadeia, mas a um acréscimo de 5% em termos homólogos. Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 21.124 beneficiários, menos 1,6% do que no mês anterior e menos 11,1% do que há um ano.

A ministra do Trabalho tem defendido que é preciso mexer nas prestações de desemprego, de modo a garantir que não há pessoas que continuam ser trabalho por ser mais vantajoso, em termos de rendimentos, estar nessa situação em vez de aceitar um novo emprego. Maria do Rosário Palma Ramalho até já admitiu fazer mudanças ao subsídio de desemprego, o que gerou críticas por parte da esquerda. O tema será discutido na Concertação Social.

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Adidas retira imagem de campanha após críticas por antissemitismo

  • + M
  • 19 Julho 2024

Em causa está o facto de Bella Hadid promover um modelo de ténis lançado originalmente nos Jogos Olímpicos de 72, onde elementos da comitiva israelita foram mortos por militantes pró-Palestina.

A Adidas retirou as imagens de uma campanha onde a modelo norte-americana Bella Hadid promovia o relançamento de um modelo de ténis, depois de acusações por antissemitismo.

A modelo tem raízes familiares na Palestina e já foi criticada pelo governo de Israel por ter, alegadamente, cantado a música “From the river to the Sea — Palestine will be free” (do rio ao mar – a Palestina será livre, numa tradução livre, em português), slogan em defesa da Palestina e contra Israel, segundo o Financial Times.

Mas o principal motivo em causa para o recuo da marca desportiva está relacionado com o facto de Bella Hadid estar a promover o relançamento do SL 72, um modelo que foi lançado originalmente nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, onde 11 elementos da comitiva israelita foram mortos na sequência de um ataque de militantes pró-Palestina.

As reações não tardaram, como foi observável desde logo, por exemplo, por publicações na rede social X (ex-Twitter) por parte da organização StopAntisemitism ou da embaixada de Israel na Alemanha.

Entretanto a Adidas pediu desculpa por “qualquer transtorno causado”, adiantando que ia rever a campanha”, cita o National Post. “Estamos cientes de que foram feitas ligações a eventos históricos trágicos – embora não exista nenhuma intenção – e pedimos desculpas por qualquer transtorno ou sofrimento causado”, disse a marca.

As imagens da campanha com Bella Hadid foram retiradas das redes sociais tendo, no entanto, sido mantidas as publicações com outros embaixadores da marca, como o jogador de futebol francês Jules Koundé, o rapper norte-americano A$AP Nast ou a modelo chinesa Sabrina Lan.

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PSD e CDS-PP cancelam participação nas negociações de hoje do OE2025

PSD cancela presença nas reuniões com o Governo, porque Hugo Soares irá representar Montenegro na festa do Chão da Lagoa, na Madeira. CDS-PP considerou que não fazia sentido ir sozinho.

Os dois partidos que suportam o Governo, PSD e CDS-PP, não estarão na reunião com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) prevista para esta sexta-feira à tarde, porque o secretário-geral ‘laranja’, Hugo Soares, irá substituir o primeiro-ministro na Festa do Chão da Lagoa, na Madeira.

Segundo a agenda, os dois partidos iriam fechar a primeira ronda de reuniões do Governo com os partidos políticos sobre o Orçamento do Estado, mas a reunião não vai acontecer, depois de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter cancelado a agenda até domingo, por razões de saúde, o que leva o social-democrata Hugo Soares a substitui-lo na presença política na Madeira, tendo de viajar esta tarde.

Com a ausência do PSD, o CDS-PP considerou que não fazia sentido manter a reunião. Os dois partidos irão participar numa próxima reunião.

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Jornalista condenada a pagar multa de 5 mil euros por brincar com altura de Meloni

  • ECO
  • 19 Julho 2024

Um tribunal de Milão condenou uma jornalista ao pagamento de uma multa de cinco mil euros à primeira-ministra italiana devido a publicações nas redes sociais relacionadas com a altura de Meloni.

Um tribunal de Milão condenou uma jornalista ao pagamento de uma multa de cinco mil euros à primeira-ministra italiana Giorgia Meloni devido a publicações nas redes sociais, noticia o Politico (acesso livre, conteúdo).

A publicação da jornalista Giulia Cortese foi feita na rede social X (antigo Twitter) e referia-se à altura da primeira-ministra italiana, ao escrever que Meloni não a assusta porque “tem 1,2 metros de altura”. Num outro post, dizia que Meloni é “uma mulherzinha”. Apesar de referir que as publicações não constituíam um crime, o tribunal de Milão considerou-as “difamatórias” e que se tratava de “bodyshaming”.

Ao Politico, Giulia Cortese disse que um foi “um período muito stressante que durou três anos”, sinalizando que foi alvo de insultos — alguns dos quais explicitamente sexistas — e ameaças contra ela e sua filha por parte de apoiantes de Meloni. Cortese indicou ainda que se ofereceu para publicar um pedido de desculpas, mas Meloni recusou.

Esta não é a primeira vez que a primeira-ministra italiana avança com uma ação contra um jornalista. Em outubro do ano passado, um tribunal de Roma condenou o jornalista Roberto Saviano ao pagamento de uma multa de 1.000 euros depois de este ter insultado a atitude de Meloni em relação aos migrantes num programa de televisão.

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