PSD realiza primeiras jornadas parlamentares desde que é Governo dedicadas ao estado da nação

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

O PSD realiza segunda e terça-feira, em Sintra, jornadas parlamentares dedicadas ao estado da nação, com o lema “Portugal no bom caminho”, que serão encerradas pelo presidente do partido.

O PSD realiza segunda e terça-feira, em Sintra, jornadas parlamentares dedicadas ao estado da nação, com o lema “Portugal no bom caminho”, que serão encerradas pelo presidente do partido, Luís Montenegro. O debate do estado da nação, que fecha o ano parlamentar do ponto de vista político, está marcado para 17 de julho.

Nas primeiras jornadas parlamentares dos sociais-democratas desde que o Governo PSD/CDS-PP tomou posse, a 2 de abril, não há nenhum membro do executivo entre os oradores, à exceção do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Antes da abertura formal das jornadas, marcada para as 15:00, pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, os deputados vão dividir-se na segunda-feira de manhã em cinco grupos que visitarão o Centro de Bem-Estar Social de Queluz, a Associação Empresarial de Sintra, uma empresa exploradora de pedra mármore, o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente e a Escola da Guarda, o estabelecimento de ensino da GNR, em Queluz.

Depois da abertura, o primeiro painel das jornadas será dedicado ao tema “Cuidar e Respeitar” e terá como oradores Eurico Castro Alves, médico e coordenador do Plano de Emergência da Saúde que o Governo aprovou no final de maio, e Isabel Jonet, presidente e fundadora do Banco Alimentar.

O professor universitário e comentador televisivo Nuno Rogeiro será o orador do segundo painel, sob o tema “Portugal na Europa e no Mundo”.

O jantar do primeiro dia, que coincide com a hora do jogo dos oitavos de final do campeonato europeu de futebol de Portugal contra a Eslovénia, não terá orador convidado, ao contrário do que tem sido habitual.

Na terça-feira, a discussão será sobre “Desafios e Oportunidades da Política à Economia”, com a jornalista Mafalda Anjos e o antigo secretário de Estado do Empreendedorismo Carlos Oliveira como oradores.

A sessão de encerramento está marcada para as 12:00, com nova intervenção de Hugo Soares e o discurso de Luís Montenegro.

As últimas jornadas parlamentares do PSD realizaram-se em 16 e 17 de outubro do ano passado, centradas no Orçamento do Estado, e tiveram entre os oradores o anterior presidente do Conselho Económico e Social, o socialista Francisco Assis, e o antigo ministro Mira Amaral.

Nessa ocasião, era António Costa primeiro-ministro, cargo do qual se viria a demitir menos de um mês depois, em 07 de novembro, após a Procuradoria-Geral da República ter emitido um comunicado em que o referia como estando a ser alvo de investigações no âmbito da denominada Operação Influencer – um processo judicial que investiga o processo de instalação de um ‘Data Center’ em Sines, bem como negócios com o lítio e hidrogénio.

Nessas jornadas parlamentares, o PSD anunciou o voto contra o Orçamento do Estado para 2024 – documento que ainda está a executar, uma vez que não houve qualquer Retificativo – e Luís Montenegro, então líder da oposição, acusou o Governo de maioria absoluta do PS de alcançar contas certas “à custa do sofrimento das famílias e empresas” e do crescimento da economia.

“Creio que Portugal precisa de alguém, e neste caso do principal partido da oposição que diga que, se o rei não vai nu, vai pelo menos seminu, afirmou Luís Montenegro, no encerramento dessas jornadas.

O líder do PSD admitiu então que é melhor ter estas contas certas “do que uma situação de desequilíbrio ou pré-falência” que considerou ser habitual nos executivos socialistas.

“Mas ter contas certas à custa do sofrimento das famílias, das empresas e à custa do crescimento da economia… Ter contas certas com esta estratégia não é futuro para Portugal, isto não se aguenta para sempre”, alertou.

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Taxa de participação nas legislativas francesas regista forte aumento

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

A taxa de participação nas eleições legislativas francesas registava um forte aumento às 12:00 locais na França continental (11:00 em Lisboa), atingindo 25,90%, contra 18,43% à mesma hora em 2022.

A taxa de participação nas eleições legislativas francesas registava um forte aumento às 12:00 locais na França continental (11:00 em Lisboa), atingindo 25,90%, contra 18,43% à mesma hora em 2022, revelou o Ministério do Interior.

Em 1997, aquando das últimas eleições legislativas antecipadas, era de 22,74% ao meio-dia.

O terramoto da dissolução da Assembleia Nacional, anunciado pelo Presidente francês Emmanuel Macron, a 9 de junho, e as apostas do escrutínio, que podem abrir caminho à vitória da extrema-direita ao poder, parecem mobilizar ainda mais os franceses. Entretanto, alguns dos principais candidatos às eleições legislativas em França já votaram para a primeira volta das eleições antecipadas que se realizam no domingo.

O primeiro foi Manuel Bombard, coordenador do partido de esquerda “La France Insoumise (LFI)”, que votou pouco depois das 10:00 locais em Marselha, no sul. Poucos minutos depois, o presidente da União Nacional (RN), de extrema-direita, favorito em todas as sondagens para ser o próximo primeiro-ministro, Jordan Bardella, votou eletronicamente em Garches, nos arredores de Paris.

Por volta das 11:30, votaram o atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, em Vanves, também perto de Paris, e o antigo presidente socialista Françoise Hollande, candidato a deputado no departamento de Corrèze.

Antes, o antigo primeiro-ministro e peso pesado “macronista” Édourd Philippe votou em Le Havre, cidade do norte de que é presidente da Câmara Municipal, e Éric Ciotti, líder do Partido Republicano conservador, que se aliou pessoalmente à RN contra a maioria do seu partido, e que votou em Nice, sudeste da França. Como é habitual nas eleições francesas, nenhum dos candidatos fez declarações à imprensa.

O Presidente Emmanuel Macron e a sua mulher Brigitte vão votar na pequena cidade costeira de Le Touquet, no norte, enquanto a líder do RN, Marine Le Pen, também planeia votar no seu reduto eleitoral de Henin-Beaumont, no norte, perto da fronteira belga.

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📹 As melhores companhias aéreas do mundo

  • ECO
  • 30 Junho 2024

Veja quais são as dez melhores companhias aéreas do mundo em 2024, eleitas por viajantes de todo o mundo, de acordo com a Skytrax. E em que posição está a TAP?

Com o fim da pandemia, as viagens de avião regressaram em força, com o aumento dos fluxos de turismo a nível mundial. Veja quais são as dez melhores companhias aéreas do mundo em 2024, eleitas por viajantes de todo o mundo, de acordo com a Skytrax. Em que posição estará a TAP?

http://videos.sapo.pt/DHfzKa6KZTGjtgvl8VF2

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Jovens estão a adiar escrituras da casa para beneficiar de isenção de IMT e Selo

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

A isenção de IMT e de Imposto do Selo a partir de agosto está a levar muitos jovens a adiar a escritura da compra da primeira casa, segundo representantes de entidades e profissionais do setor.

A isenção de IMT e de Imposto do Selo a partir de agosto está a levar muitos jovens a adiar a escritura da compra da primeira casa, segundo representantes de entidades e profissionais do setor contactados pela Lusa.

Esta tendência para pedir um adiamento começou a sentir-se no final de maio, assim que a isenção de IMT e do Imposto do Selo foi aprovada pelo Conselho de Ministros, disse à Lusa o bastonário da Ordem dos Notários, Jorge Batista da Silva.

O bastonário da ON admite que estes adiamentos se vão intensificar, tendo em conta que o benefício fiscal está previsto começar a ser aplicado a partir do dia 1 de agosto.

Jorge Silva, bastonário da Ordem dos Notários, em entrevista ao ECO - 16JAN24
Jorge Silva, bastonário da Ordem dos Notários, em entrevista ao ECO.Hugo Amaral/ECO

Tal como previa o programa eleitoral da coligação AD, o Governo aprovou no dia 23 de maio uma proposta de autorização legislativa (que entretanto já cumpriu todo o circuito legislativo) que concede isenção de IMT e de IS na compra da primaria habitação própria e permanente aos jovens com até 35 anos de idade na data da compra.

Para serem elegíveis, os jovens não podem ter sido considerados dependentes para efeitos de IRS no ano da compra da casa.

Esta isenção é total para casas de valor até ao 4.º escalão do IMT, ou seja, até aos 316.772 euros. Na parte que exceda este valor e até aos 633.453 euros, há lugar ao pagamento de IMT na taxa correspondente a este escalão (8%).

A medida faz com que, em termos práticos, na compra de uma casa por 300 mil euros, o jovem pague menos 13.377,58 euros em impostos (entre 10.977,58 em IMT e 2.400 euros em Imposto do Selo).

É esta a situação de João Martins (nome pelo qual quer ser identificado), 31 anos, que se prepara para comprar, juntamente com a namorada da mesma idade, a primeira casa, após três anos à procura.

A casa, localizada nos arredores de Lisboa, custa 255 mil euros e a diferença entre fazer já a escritura ou depois do dia 01 de agosto, traduz-se numa poupança de cerca de 9.000 euros, valor que levou o casal a pedir ao vendedor um adiamento da data.

O vendedor aceitou porque, neste caso, o prazo previsto no contrato de promessa de compra e venda (CPCV) para a realização da escritura é de 90 dias, o que quase a ‘encaixa’ na data fiscalmente pretendida, mas Joao admite que o processo foi “stressante”.

Ainda que refira ser expectável que mais jovens peçam para atrasar a realização da escritura, o bastonário da Ordem dos Notários aconselha prudência face ao que está contratualizado no CPCV, para que não haja incumprimentos e que um alívio fiscal não se transforme numa fatura mais pesada.

“Nem todas as pessoas conseguem adiar porque há prazos para cumprimento do contrato de promessa que podem não ser compatíveis com o adiamento, e tem de haver algum cuidado por parte de quem está a comprar casa” para não ter nenhuma “penalização por incumprimento”, refere o bastonário da ON.

Por outro lado, Jorge Batista da Silva não antecipa problemas em dar resposta a uma maior concentração de marcação de escrituras para agosto, mês em que muitos vão de férias, referindo que os notários estão habituados a adaptarem-se a ‘picos’ de procura.

A tendência para adiar foi confirmada por agentes imobiliários contactados pela Lusa, com o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Paulo Caiado, a considerar ser natural que tal aconteça.

“Obviamente que qualquer pessoa que esteja num grupo etário que se enquadra naquela medida, naturalmente vai procurar protelar a escritura para usufruir daquele benefício fiscal”, referiu Paulo Caiado.

Uma opinião partilhada por Arménio Maximino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado, que considera esta estratégia de adiamento um passo razoável, tendo em conta os valores de poupança que podem ser conseguidos entre fazer a escritura agora ou a partir de 01 de agosto. Arménio Maximino referiu, contudo, não ter ainda dados sobre o número de pedidos de adiamento das escrituras.

Já um dos consultores imobiliários ouvidos pela Lusa afirmou que “há jovens a adiar as escrituras” tendo em conta o valor que o IMT representa na compra da casa. Porém dá conta de algumas dúvidas que vão sendo manifestadas, pelo facto de o diploma não ter sido ainda publicado.

Segundo o relatório anual sobre o mercado do crédito à habitação do Idealista, cerca de 38% das escrituras para compra de habitação registadas em 2023 foram formalizadas por pessoas até aos 35 anos de idade.

Já os dados do Banco de Portugal (BdP) sobre a caracterização das pessoas que contraíram crédito para compra de habitação em 2023 indicam que os que têm até 40 anos representam mais de 50% – sendo que o intervalo de faixas considerado pelo BdP contempla os que estão nos 18-30 anos e nos 31-40 anos de idade.

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Redução do IRS este ano viola a lei-travão, diz Leitão Amaro

Ministerios e Secretarias de Estado vão passar para o edifício da Caixa Geral de Depósitos. Edfícios poderão ser usados para habitação.

“Quem viabilizar o Orçamento do Estado não está a responsabilizar-se pelo resultado da governação, mas quem o chumbar será responsável por impedir a governação e o Programa de Governo que viabilizou”. As palavras são do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.

O ministro não adianta se é intenção do Governo aferir da constitucionalidade do diploma das taxas do IRS aprovado na Assembleia da República se o Presidente da República não enviar o diploma para o Tribunal Constitucional, mas, adianta, que o líder do PS, ao dizer que será uma birra do Governo não publicar as tabelas de retenção, está a assumir que o Parlamento aprovou uma redução de impostos, de receitas no ano em curso “e isso é diferente do que diz a lei travão”.

O ministro da Presidência revela que a reforma da Administração Pública também vai chegar às lojas de cidadão e aos espaços do cidadão e que todos os funcionários públicos implicados na reforma serão colocados, e não integrarão uma bolsa para requalificação. Adianta que, no final do verão, já será possível saber qual o edificado do Estado que vai ser libertado para habitação a custos controlados. Adianta que todos os ministérios, exceto o da Defesa e o dos Negócios Estrangeiros, irão mudar de instalações. Já em relação à chefia da Secretaria Geral revela que a escolha será política e da responsabilidade do Primeiro-Ministro.

António Leitão Amaro, acrescenta que, no setor empresarial do Estado, a reforma será para ganhar transparência e não se compromete com fusões ou extinções. Já em relação aos institutos públicos revela que alguns poderão voltar para a Administração direta do Estado.

Em relação à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), admite que em menos de um mês a estrutura de missão vai estar a funcionar e assegura que as regras de acesso para os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) não mudam e que aqueles que estão já em Portugal, sem esse visto, terão um canal específico para a legalização.

Sobre o funcionamento da AIMA e os atrasos dos 400 mil processos pendentes, o ministro da Presidência antecipa que, em menos de um mês, será possível ter a estrutura de missão em funcionamento. Leitão Amaro reitera que o Governo não é anti-imigração e que o que pretende é que haja regras.

Em concreto, relativamente ao visto dos países CPLP, o ministro garante que as regras não vão ser mudadas: as entradas continuam a fazer-se com as mesmas regras, os brasileiros continuam a não precisar de visto e os cidadãos da CPLP, que fizeram manifestação de interesse, terão de sair do país para regularizar a sua situação e vão ter uma via especifica parar tratar dos seus processos, o mais breve possível, assim que seja feito um ajustamento informático necessário.

Relativamente ao edificado do Estado, que começa a ser libertado com a passagem, já esta segunda-feira, de parte dos ministérios para o Campus XXI, o ministro da Presidência acrescenta que no final do verão será apresentado um pacote que vai permitir identificar o destino a dar aos edifícios e quais poderão ser usados para habitação a preços controlados.

Deixa também ficar a garantia de que os Ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros não vão sair, permanecem nos locais onde se encontram.

António Leitão Amaro, Vice-Presidente do PSD, em entrevista ao ECO - 11ABR23
António Leitão Amaro, Vice-Presidente do PSD, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

Já em relação aos trabalhadores que vão estar implicados na mudança, Leitão Amaro assegura que ninguém vai ser despedido, nem colocado numa bolsa de requalificação. Será feito um plano de mudança que começa em novembro e termina em janeiro de 2026 e todos saberão onde serão colocados. Leitão Amaro garante que para certos serviços até será necessário contratar mais pessoas.

Nesta entrevista, e no âmbito da reforma, o ministro revela também que o Secretário Geral, que vai absorver oito das anteriores Secretarias Gerais, será nomeado pelo primeiro-ministro e é a ele que vai responder. Leitão Amaro adianta que será uma nomeação política, face à responsabilidade política que o cargo assume. Já quanto aos institutos públicos, Leitão Amaro revela que podem existir institutos a regressar para a Administração Direta do Estado. Considera que houve um movimento discricionário e que muitas estruturas só passaram para a administração indireta por uma questão de compensação financeira, mas, agora, com a reforma da Administração Pública, os critérios serão reponderados e a lógica será invertida.

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Governo vai aprovar “pacotão” com 60 medidas para relançar economia

Marques Mendes avançou este sábado que o ministro da Economia, Pedro Reis, vai anunciar na próxima semana, após a reunião do Conselho de Ministros, um pacote de 60 medidas para relançar a economia.

O comentador Luís Marques Mendes avançou este sábado que o ministro da Economia, Pedro Reis, vai anunciar na próxima semana, após a reunião do Conselho de Ministros, um pacote de 60 medidas para relançar a economia portuguesa.

No seu comentário semanal na Sic Notícias, Marques Mendes disse que este pacote abrange as áreas da inovação, da sustentabilidade, a promoção de empresas com maior escala e ainda a intervenção no comércio e no turismo. “Será uma espécie de pacotão”, afirmou o comentador e antigo líder do PSD, antecipando que é um tema que irá gerar “muita atenção” na próxima semana.

Na última terça-feira, na conferência “BIAL 100 Years — Shaping the Future” , realizada na Fundação Serralves, no Porto, o ministro da Economia defendeu que “é possível relançar o crescimento económico da economia portuguesa e é possível mudar o jogo em poucos anos”. O ministro da Economia disse na altura que “não vale a pena complicar a equação do crescimento económico” e que Portugal precisa de mais internacionalização, mais inovação, mais captação de talento, mais investimento externo e mais capital. E acrescentou, citado pela Agência Lusa, que “com isso, vem mais escala e com a escala vem o sucesso das empresas e com o sucesso das empresas vem um crescimento equilibrado e sustentável e, assim, construímos um país equilibrado”.

Pedro Reis defendeu que Portugal precisa de capital sendo, por isso, o investimento externo bem-vindo.”Tenhamos a humildade de perceber que precisamos e que é bem-vindo o investimento externo e que o crescimento económico passa pelo setor privado”, salientou, dizendo que o capital “está muito a olhar para Portugal”.

O ministro da Economia entende, por isso, que “não vale a pena complicar a equação do crescimento económico” e que Portugal precisa de mais internacionalização, mais inovação, mais captação de talento, mais investimento externo e mais capital. E acrescentou: “E, com isso, vem mais escala e com a escala vem o sucesso das empresas e com o sucesso das empresas vem um crescimento equilibrado e sustentável e, assim, construímos um país equilibrado”.

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Reestruturações da dívida estão a melhorar mas têm de ser mais rápidas, diz FMI

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

FMI diz que os processos de reestruturação da dívida pública nos países em dificuldades têm sido mais rápidos, mas apontou que é preciso acelerar os mecanismos de ajuda.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou que os processos de reestruturação da dívida pública nos países em dificuldades têm sido mais rápidos, mas apontou que é preciso acelerar os mecanismos de ajuda.

“Quando os países caem em incumprimento financeiro [default, no original em inglês], a reestruturação é crítica para conter os danos, a reestruturação deve ser tão rápida quanto possível, porque os atrasos aprofundam os problemas, tornando o ajustamento mais difícil e aumentando os custos quer para os credores, quer para os devedores“, lê-se num blogue do FMI sobre o processo de reestruturação da dívida pública dos países mais endividados.

“Apesar de alguns processos de reestruturação da dívida soberana terem enfrentado atrasos significativos, estamos a trabalhar com os nossos parceiros para acelerar o processo, e o progresso que conseguimos até agora mostra que o mundo pode trabalhar em conjunto para reduzir os riscos”, acrescenta-se no artigo, assinado pela diretora do departamento de Estratégias, Políticas e Revisão, Ceyla Pazarbasioglu.

A economia global, considerou a economista, “evitou o que podia ter sido uma crise sistémica da dívida durante a turbulência dos últimos anos, mas as vulnerabilidades continuam significativas num contexto de elevados custos do serviço da dívida“, nomeadamente entre os países em desenvolvimento, 15% dos quais têm taxas de juro consideradas insustentáveis, e entre os países de baixo rendimento, que vão precisar de refinanciar cerca de 60 mil milhões de dólares, cerca de 56 mil milhões de euros, nos próximos dois anos, o equivalente ao triplo das necessidades durante a década passada.

“Cerca de 15% dos países de baixo rendimento estão em situação de sobre-endividamento [‘debt distress’, no original em inglês] e outros 40% estão em elevado risco de estar nesta situação”, escreve Ceyla Pazarbasioglu.

No artigo, a diretora do departamento que tem a tarefa de fazer a ligação entre o FMI e várias instituições internacionais, como o G20, refere que apesar das dificuldades, os processos de reestruturação da dívida, cujo modelo mais recente é o do Enquadramento Comum e a Mesa-Redonda sobre da Dívida, estão a melhorar a situação.

“Estão a aparecer resultados, reduzindo o tempo entre um acordo ao nível técnico com o FMI, que é um passo crítico para um programa do FMI, até à entrega de garantias financeiras por parte dos credores oficiais, necessárias para a aprovação do programa” por parte do Fundo, o que significa que “é possível acelerar para dar a muito necessária assistência financeira ao país”.

A título de exemplo, Pazarbasioglu aponta o Gana, cujo acordo este ano demorou cinco meses, mais ou menos metade do que demorou o Chade, em 2021, e a Zâmbia, em 2022, “e as conversações com a Etiópia deverão ser mais rápidas, à volta de dois ou três meses”.

Os melhoramentos resultam da entrada em cena de credores não tradicionais, como a China, Índia ou Arábia Saudita, porque “familiarizarem-se com o processo ajudou as partes a saberem o que esperar, construir confiança, e permitiu aos credores resolver o que antes eram considerados obstáculos inultrapassáveis”.

Em abril, o FMI anunciou que agilizou o processo de aprovação de programas financeiros para permitir um desembolso mais rápido e uma intervenção nos casos em que há problemas de coordenação entre os credores, além de um novo procedimento que dispensa as cartas oficiais e avalia apenas a existência de um “processo oficial credível com os credores”, salientou a responsável.

O Fundo prevê ainda este ano apresentar mais propostas que clarificam o processo, incluindo a revisão dos parâmetros sobre a análise da sustentabilidade da dívida para os países de baixo rendimento, que é feita em conjunto com o Banco Mundial e determina se os países podem ou não receber financiamento, conclui.

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Prazo para contribuintes entregarem o IRS termina este domingo

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

Para quem tem IRS automático e ainda não o 'validou', este é considerado entregue a partir desta data.

O prazo para os contribuintes entregarem a declaração do IRS relativa aos rendimentos de 2023 termina este domingo, sendo que para quem tem IRS automático e ainda não o ‘validou’, este é considerado entregue a partir desta data.

Os dados estatísticos do Portal das Finanças mostram que, até ao final desta semana, tinham sido submetidas quase seis milhões de declarações (5.974.980) entre 3.728.483 de pessoas que no ano passado tiverem apenas rendimentos de trabalho dependente e de pensões e 2.246.497 de contribuintes com outras categorias de rendimentos.

A data limite para a entrega do IRS está fixada no dia 30 de junho não avançando para o dia útil seguinte quando o prazo coincide com um dia de feriado ou fim de semana, como acontece com algumas obrigações declarativas de outros impostos.

Esta data é relevante para quem não está abrangido pelo IRS automático, situação em que o contribuinte tem de preencher e submeter a sua declaração através do Portal nas Finanças.

Já quem beneficia do IRS automático ficará com a situação regularizada mesmo que não vá ao portal validar a declaração porque esta é considerada entregue no último dia do prazo.

De acordo com a legislação em vigor, a AT tem até 31 de julho para proceder à liquidação das declarações entregues – embora a maior parte já esteja liquidada – tendo o reembolso de ser feito até 31 de agosto.

Para quem tem imposto a pagar (porque as retenções na fonte que efetuou em 2022 não foram suficientes ou porque tem rendimentos não sujeitos a retenção), o prazo limite para efetuar este pagamento é também 31 de agosto.

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Défice e dívida elevados põem França no caminho de ser o “enfant terrible” da União Europeia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Junho 2024

Com a dívida pública e o défice acima dos limites das regras europeias, o futuro governo francês terá de focar-se em reduzir as despesas do Estado. Mas, sem maioria, país arrisca não ter orçamento.

Da lista de dezenas de países que iam a votos em 2024 não constava a eleição deste domingo e a segunda volta agendada para daqui a exatamente uma semana em França. No rescaldo da vitória da extrema-direita de Marine Le Pen (31,37%) nas europeias de 9 de junho em França, por mais do dobro da votação obtida pelo partido de Emmanuel Macron (14,60%), o Presidente francês decidiu antecipar umas legislativas que só deveriam acontecer daqui a três anos. “Não posso fingir que nada aconteceu”, justificou então aquele que chegou ao Palácio do Eliseu em 2017 com o objetivo de reforçar o centro político e enfraquecer os extremos.

Porém, se Macron achava que o crescimento do União Nacional (Rassemblement National – RN, em francês) só daria frutos nas eleições para o Parlamento Europeu, as sondagens para as legislativas antecipadas apontam para uma nova maioria de deputados do partido de extrema-direita, mas agora na Assembleia Nacional, relegando o Ensemble — a coligação que inclui o partido do Chefe de Estado francês — para o terceiro lugar, atrás da aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP).

As consequências da convocação de eleições antecipadas estendem-se à economia. Na Bolsa de Valores de Paris, o seu principal índice, o CAC 40, desvalorizou ao ponto de anular a maioria dos ganhos acumulados este ano e tocar mínimos de cinco meses, penalizando, sobretudo, as cotadas do setor da banca, das infraestruturas e da energia. Já o spread das obrigações francesas a 10 anos face à Alemanha atingiu 82 pontos de base na semana seguinte ao anúncio de Macron, o nível mais alto desde fevereiro de 2017.

Evolução do diferencial das obrigações francesas a 10 anos face à Alemanha desde 2012

Fonte: Reuters

A incerteza sobre os resultados eleitorais pode vir a castigar ainda mais as ações francesas e o spread da dívida soberana do país. Uma vitória da extrema-direita, da coligação de esquerda ou mesmo um cenário de ingovernabilidade: qualquer uma destas hipóteses “pode corresponder a um maior incremento do défice do Estado e do respetivo endividamento”, assinala João Queiroz, Head of Trading do Banco Carregosa, em declarações ao ECO, chamando a atenção para as implicações negativas que tal teria na evolução esperada do ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 2023, o défice francês fixou-se em 5,5% do PIB, enquanto a dívida pública do país atingiu os 110,6% do PIB. Estes números fizeram soar os alarmes em Bruxelas, com a Comissão Europeia a colocar a França sob um procedimento de défice público excessivo, na sequência da adoção das novas regras orçamentais comunitárias, que estiveram suspensas devido à crise provocada pela pandemia de Covid-19.

Caso não cumpra com o défice orçamental de até 3% e o rácio da dívida pública abaixo de 60% do PIB, mediante o cumprimento de ajustamentos anuais que terá de negociar com o Executivo comunitário, Paris arrisca-se a pagar uma multa de 0,1% do PIB, o que equivale a cerca de 2,5 mil milhões de euros, segundo Antoine Andreani, da XTB França.

A sanção nunca foi aplicada a nenhum Estado-membro, mas a decisão de Bruxelas, anunciada no passado dia 19 de junho, em plena campanha eleitoral, é entendida pelo analista da XTB França como um aviso de que o momento atual não é favorável a um aumento da despesa pública, devendo o foco do futuro governo ser a redução da dívida.

O alerta visa, sobretudo, a extrema-direita e a aliança entre o Partido Socialista, o Partido Comunista, o França Insubmissa e o Partido Ecologista. No caso de uma vitória do União Nacional — o cenário tido como mais provável tendo em conta as sondagens –, os investidores temem mudanças drásticas na política económica e fiscal, o que, segundo João Queiroz, poderia conduzir à fuga de capitais e ao aumento dos custos de financiamento para a França.

A possibilidade de políticas orçamentais expansionistas sob uma coligação de esquerda ou extrema-direita eleva as preocupações sobre a sustentabilidade das finanças de França, o que resultará numa degradação do rating ou da notação de risco de crédito e num aumento adicional nos prémios cristalizados nos spreads de dívida.

João Queiroz

Head of Trading do Banco Carregosa

Se — mais improvável — vencer o NFP, a “implementação de políticas económicas expansivas, possivelmente resultando em maiores gastos públicos e défices orçamentais, iriam gerar desequilíbrios orçamentais relevantes” e “adicionar ainda mais pressão sobre as obrigações soberanas e das empresas francesas”, prevê o responsável do Banco Carregosa.

João Queiroz acrescenta que qualquer um dos cenários pode levar, posteriormente, a um “aumento adicional nos prémios cristalizados nos spreads de dívida”, bem como a uma descida do rating e da notação de risco de crédito — embora a S&P, no início de junho, e a Fitch, em 2023, já tenham reduzido o rating da dívida francesa para “AA-“, com perspetiva estável, enquanto a Moody’s já assinalou poder seguir o mesmo caminho.

Por outro lado, o analista Antoine Andreani lembra que “o Banco Central Europeu indicou que não recorrerá ao quantitative easing em caso de perturbação no mercado obrigacionista francês”, pelo que “o próximo governo terá de evitar aumentar o prémio de risco exigido pelos credores para a dívida francesa durante os futuros leilões”.

Mas a confiança dos investidores pode sair igualmente prejudicada perante uma Assembleia Nacional fragmentada e sem uma maioria clara de um partido ou uma coligação, pois deixaria a França num cenário de ingovernabilidade e paralisia legislativa, dificultando, por exemplo, a aprovação do orçamento do Estado e de reformas económicas.

Concretizando-se um destes cenários políticos, é de realçar também o maior potencial de depreciação do euro​. Com os investidores a exigir prémios de risco mais elevados, deteriorando ainda mais os custos de financiamento para o Estado francês, o economista do Banco Carregosa avisa que outros países europeus podem ser contaminados por este posicionamento de aversão ao risco, o que, por sua vez, afetaria a “perceção do valor do euro enquanto divisa”.

Com ou sem maioria parlamentar, Le Pen aponta a mira a 2027

Desde o anúncio das eleições antecipadas, todas as sondagens apontam à vitória do União Nacional. A mais recente, da OpinionWay, publicada pelo jornal Les Echos na sexta-feira, mostrava o partido de Le Pen e aliados (incluindo membros dos Republicanos, de centro-direita) com 37% das intenções de voto, seguindo-se o NFP (28%) e o Ensemble (20%).

Prever quantos deputados de cada partido vão garantir assento nos 577 lugares do Parlamento francês já é mais díficil, visto que a eleição é a duas voltas e espera-se um aumento da participação. Ainda assim, uma sondagem da Elabe para o canal BFM TV calcula que a extrema-direita eleja 260-295 membros, o que significa que existe a possibilidade de conseguir os 289 lugares necessários para formar um governo de maioria absoluta.

A provável vitória do União Nacional, por contraposição à queda do Ensemble para terceiro lugar e, simultaneamente, à cada vez menor popularidade do Presidente francês — abaixo dos 30%, segundo os estudos de opinião –, levantam uma questão: conseguirá Macron manter-se no Eliseu em coabitação com um governo da extrema-direita de Le Pen, que deseja suceder-lhe nas presidenciais de 2027?

Os últimos dias têm aberto as cortinas ao que pode vir aí. A líder do União Nacional quer ter uma palavra a dizer na nomeação do próximo comissário europeu francês e na área da Defesa, decisões tradicionalmente reservadas ao Presidente da República. “É prerrogativa do primeiro-ministro, não do Presidente, nomear o comissário francês”, disse Le Pen à rádio Europe 1. Macron, por seu lado, deverá apontar para a continuidade de Thierry Breton no Executivo comunitário.

No entanto, não é claro se Jordan Bardella, eurodeputado reeleito este mês e apontado ao cargo de primeiro-ministro caso o União Nacional vença as legislativas antecipadas, irá aceitar formar governo. Embora garanta que o partido “está pronto para governar”, disse que não seria “um assistente do Presidente” e que só governaria com uma maioria parlamentar — com um governo minoritário, corre o risco de os partidos da oposição se unirem para aprovarem uma moção de censura e, assim, provocar a queda do executivo.

À procura de tranquilizar e dar confiança aos mercados financeiros e às empresas, o jovem de 28 anos tem vindo a amenizar o programa económico despesista do partido e prometeu, caso chegue ao poder, realizar uma auditoria às contas públicas antes de decidir as prioridades orçamentais. Ainda assim, algumas propostas continuam sem ser acompanhadas de uma previsão de custos, como a redução do imposto sobre o rendimento para menores de 30 anos para combater a “fuga de cérebros” e a revogação “em princípio” do aumento da idade de reforma dos 62 para 64 anos.

O aumento do poder de compra, reduzindo o IVA da energia — que, segundo ele, custaria 12 mil milhões de euros por ano –, seria a primeira medida do partido de extrema-direita, que quer também tributar os lucros inesperados do setor da energia e baixar a contribuição anual da França para o orçamento da União Europeia em 2 mil milhões de euros.

O que está em jogo é o futuro da nação… Ou há uma maioria clara, ou corremos o risco de uma crise de regime

Bruno Le Maire

Ministro das Finanças francês

Do lado da esquerda, apesar da surpreendente aliança formada nas poucas semanas após a convocação das eleições, os partidos continuam a ser propensos a desacordos, especialmente em questões de política externa como a guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza, tornando improvável uma governação estável. Aliás, o NFP ainda não avançou um candidato a primeiro-ministro, com os socialistas a recusarem que seja o líder do França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon.

Um imposto sobre a riqueza, o aumento do salário mínimo para os 2.000 euros, subir o IRS sobre os mais ricos, tornar a escola pública totalmente gratuita e congelar os preços de alguns bens essenciais são apenas algumas das 150 propostas da Nova Frente Popular, que partilha com a União Nacional a revogação da reforma das pensões, mas tendo em vista repor a idade da reforma nos 60 anos.

“Ganhar mais e gastar menos” é o objetivo do Ensemble. O bloco pró-Macron, liderado pelo atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, propõe medidas para aumentar o poder de compra, incluindo uma redução de 15% na fatura elétrica a partir do próximo inverno e uma redução do preço do material escolar através de compras em grupo. No que toca às receitas, Attal sugere um imposto sobre as recompras de ações para financiar um “fundo de renovação energética” destinado à classe média, o que permitiria renovar mais 300.000 habitações até 2027.

Sem Macron poder convocar novas eleições parlamentares nos 12 meses seguintes à segunda volta, agendada para 7 de julho, e sendo muito improvável a nomeação de um governo tecnocrata, à semelhança do que já aconteceu na Itália, a França corre o risco de ter uma legislatura suspensa e o futuro governo ter de governar por decreto, caso não seja aprovado o orçamento. O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, deixa o aviso: “O que está em jogo é o futuro da nação… Ou há uma maioria clara, ou corremos o risco de uma crise de regime”.

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#16 A arca de Nagelsmann e Itália prova chocolate suíço

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Os oitavos-de-final já chegaram e vieram com estrondo. A verdade é que o nome pouco importa se não há futebol suficiente e a Itália desiludiu neste Euro 2024. Depois do que se viu na fase de grupos, percebia-se que não iam longe e bastou apanharem uma seleção mais organizada para serem eliminados. A Suíça mostrou mais qualidade, com Manuel Akanji muito bem defensivamente, Granit Xhaka a fazer um torneio incrível e nomes como Dan Ndoye e Ruben Vargas na frente. Mais tarde, a Alemanha também não teve tarefa fácil e passou literalmente por uma tempestade para conseguir alcançar o pote de ouro no final. Entraram muito fortes, mas Kasper Schmeichel ainda foi mais e a Dinamarca conseguiu depois equilibrar e criar várias oportunidades. Contudo, na segunda parte, a Alemanha passou de sofrer golo (anulado) para marcar de penálti em dois minutos e abriu caminho. Mau dia para Joachim Andersen, do céu ao Inferno.

Os 3 Cantos do Dia

Alemanha atinge marca e está a um golo de recorde

Após eliminarem a Dinamarca, a Alemanha chegou assim às 30 vitórias em Campeonatos da Europa, uma marca que nenhuma seleção tem. Em segundo lugar, vem a Espanha (24) e a Itália (22); Portugal tem de momento 21. No que toca a golos, a seleção de Julian Nagelsmann também pode entrar nos manuais, pois, se marcarem no próximo jogo dos quartos-de-final (Espanha ou Geórgia), quebram o seu recorde de mais golos numa só edição em Campeonatos de Europa. Jamal Musiala leva três golos e igualou Georges Mikautadze (Geórgia) na lista dos melhores marcadores do Euro 2024.

Eterno Manuel Neuer

Manuel Neuer, de 38 anos, converteu-se no jogador alemão com mais jogos (19) em Campeonatos da Europa, superando Sebastian Schweinsteiger (18). Não é dos que coloca o seu nome só para ter a nota, sem ter ajudado. Quanto foi chamado à ação, assumiu e bem. Do outro lado, vimos Kasper Schmeichel a fazer mais defesas (sete, sendo que cinco foram dentro de área), estando imperial sobretudo no início da partida. Aos 10 minutos, já levava quatro defesas.

Hat-trick pesado finalizado pela Itália

A Itália foi eliminada pela Suíça nos oitavos-de-final do Euro 2024 e isso significa também que é o terceiro Campeonato da Europa consecutivo em que o campeão do Europeu cai nesta fase. Aconteceu com a Espanha em 2016, depois Portugal em 2021 e agora Itália. Escalar a mesma montanha duas vezes de seguida não é fácil e vê-se muitas vezes atletas/seleções a subir ao topo e depois cair. Na história, apenas uma seleção conseguiu revalidar o título: Espanha em 2012, que, coincidentemente, foi a última vez em que a Itália sofreu dois golos num jogo de Europeu. Marca repetiu-se com a Suíça.

 

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Governo investe 1,7 milhões em sistema que torna bilhetes mais simples e sustentáveis

  • Lusa
  • 29 Junho 2024

O Ministério do Ambiente e Energia vai investir, através do Fundo Ambiental, 1,7 milhões de euros na criação e desenvolvimento de uma plataforma intitulada “1Bilhete.pt”.

O Ministério do Ambiente e Energia vai investir, através do Fundo Ambiental, 1,7 milhões de euros na criação e desenvolvimento de uma plataforma que, intitulada “1Bilhete.pt”, visa simplificar o sistema de bilhética dos transportes públicos.

Em comunicado, a tutela esclarece que a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, deu luz verde ao investimento na plataforma “1Bilhete.pt”, que pretende aumentar a capacidade de atração para a mobilidade sustentável.

A plataforma de bilhética nacional visa a integração tarifária, assim como a interoperabilidade dos sistemas de bilhética.

Segundo o Ministério do Ambiente, a supervisão do desenvolvimento do sistema ficará a cargo do Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT), que irá receber os 1,7 milhões de euros, provenientes do Fundo Ambiental, no âmbito do “Protocolo 1Bilhete.pt”.

Através do novo sistema será possível adquirir e validar títulos de transportes com qualquer cartão de transporte público ou aplicação móvel, não sendo necessária a compra de um novo cartão ou a instalação de outra aplicação no telemóvel, esclarece a tutela.

Será também possível criar títulos de viagem de transporte público de cobertura nacional e utilizar cartões bancários (físicos ou virtuais) para comprar ou validar os títulos de transporte.

Citada no comunicado, a ministra Maria da Graça Carvalho destaca que o sistema é “um avanço significativo” ao “prometer facilitar o acesso aos transportes públicos, fomentar o seu uso, melhorar a experiência do passageiro e contribuir para a sustentabilidade operacional”.

“Esta plataforma pode ser um incentivo ao uso do transporte público e até aumentar a eficiência das empresas de transporte público, que beneficiarão da centralização e da digitalização dos processos de emissão e verificação de bilhetes”, acrescenta.

A plataforma “1Bilhete.pt” já recebera um financiamento de um milhão de euros do Fundo Ambiental, refere a tutela. “É algo que está alinhado com as metas ambientais do Governo e com os esforços nacionais de combate às alterações climáticas”, refere.

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Montenegro e Costa reúnem-se segunda-feira após eleição para o Conselho Europeu

  • Lusa
  • 29 Junho 2024

O primeiro encontro de Montenegro com Costa após a eleição vai decorrer pelas 13:00 durante um almoço na residência oficial do primeiro-ministro em São Bento, em Lisboa.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recebe na segunda-feira António Costa na residência oficial de S. Bento, após a eleição deste para a presidência do Conselho Europeu na quinta-feira à noite.

O primeiro encontro de Montenegro com Costa após a eleição vai decorrer pelas 13:00 durante um almoço na residência oficial do primeiro-ministro em São Bento, em Lisboa.

Esta será a primeira reunião entre Luís Montenegro e António Costa depois de os chefes de Estado e de Governo da União Europeia terem escolhido, na passada quinta-feira, o ex-primeiro-ministro socialista como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio a partir de 01 dezembro de 2024.

António Costa é o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu.

Montenegro nunca escondeu o apoio a António Costa para aquele alto cargo europeu, desde que chegou ao Governo no início de abril, e Costa agradeceu ao atual primeiro-ministro logo após a eleição na quinta-feira passada.

Numa publicação na rede social X, Montenegro felicitou o ex-primeiro-ministro pela eleição para presidente do Conselho Europeu, afirmando esperar uma União Europeia (UE) “mais coesa e capaz de construir pontes”.

“O Conselho Europeu tem um novo presidente. Felicito António Costa em nome do Governo de Portugal”, escreveu o chefe de Governo numa publicação na rede social X.

“A Europa enfrenta grandes desafios e contaremos com todos para defender uma União Europeia mais coesa, capaz de construir pontes para que os Estados possam dar às pessoas as respostas de que elas precisam”, adiantou Luís Montenegro na mensagem.

Já o presidente do Conselho Europeu eleito, António Costa, adiantou na mesma rede social que assumirá o cargo com “enorme sentido de missão”, empenhado em promover a unidade entre os 27 Estados-membros e a Agenda Estratégica para os próximos cinco anos.

“É com um enorme sentido de missão que assumirei a responsabilidade de ser o próximo presidente do Conselho Europeu. Agradeço aos membros do Conselho Europeu pela confiança que em mim depositaram ao me elegerem, bem como ao Partido Socialista Europeu (PSE) e ao Governo de Portugal pelo seu apoio nesta decisão”, escreveu António Costa.

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