Confiança dos consumidores em alta, mas clima empresarial esfria em Portugal

Os mais recentes dados do INE mostram que os consumidores portugueses estão mais otimistas relativamente à economia nacional, enquanto as empresas revelam estar mais cautelosas.

O verão chegou e trouxe consigo uma lufada de ar fresco no sentimento de confiança dos consumidores portugueses. Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores subiu em junho para o valor mais elevado desde fevereiro de 2022, após ter diminuído em maio.

Esta melhoria do “humor” dos consumidores deve-se, em grande medida, a uma visão mais rosada sobre o futuro da economia nacional. O INE revela que as expectativas dos portugueses quanto à evolução da situação económica do país nos próximos 12 meses deram um salto significativo, com o saldo a aumentar de -18,8 pontos em maio para -14,3 em junho.

“O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou em junho, após ter diminuído no mês anterior, retomando a trajetória positiva observada entre dezembro e abril”, lê-se no documento do INE.

Além disso, os dados do INE mostram também um maior otimismo dos portugueses em relação às suas às finanças pessoais. “O saldo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo.” No entanto, as famílias continuam a mostrar cautelosas quanto a grandes compras, com as “perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias” a registarem “um contributo negativo”, destaca o INE.

No sentido oposto está o Indicador de Clima Económico, que registou uma diminuição em junho, contrariando o aumento observado no mês anterior. Este indicador, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, reflete uma perceção mais pessimista por parte dos empresários.

“Os indicadores de confiança diminuíram no comércio e nos serviços, tendo aumentado moderadamente na indústria transformadora e na construção e obras públicas”, refere o INE.

Um dos fatores que poderá estar a pesar no sentimento empresarial é a evolução dos preços. O INE indica que “o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em junho na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo aumentado na Indústria Transformadora e no Comércio, de forma significativa no primeiro caso.”

Junho trouxe assim um retrato económico misto: enquanto os consumidores revelam-se mais otimistas, as empresas mostram-se mais cautelosas. Resta saber se este contraste se manterá nos próximos meses ou haverá uma convergência de sentimentos. O verão económico promete ser quente e recheado de incertezas.

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Ministra da Justiça quer que próximo PGR “ponha ordem na casa” e “restitua” confiança no Ministério Público

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Rita Alarcão Júdice admite uma “certa descredibilização" do Ministério Público e aponta que sucessor de Lucília Gago deve ter mais capacidade de comunicação e não pode ficar "fechado nos gabinetes".

A ministra da Justiça quer que o próximo procurador-geral da República tenha um perfil de liderança e comunicativo, “ponha ordem na casa” e ajude a pôr fim a uma “certa descredibilização” do Ministério Público. Em entrevista ao Observador, Rita Alarcão Júdice recusa comentar o trabalho de Lucília Gago, que já rejeitou continuar no cargo após o atual mandato, mas sublinha que o Governo quer iniciar “uma nova era”.

Os tempos modernos já não se compatibilizam com a ideia de que podemos estar fechados nos nossos gabinetes e não comunicarmos com os cidadãos nas sedes próprias”, defende a governante, reconhecendo a necessidade do sucessor de Lucília Gago — cujo processo de escolha será liderado pelo primeiro-ministro — “restituir” a confiança no Ministério Público, que tem tido “períodos muitos duros” e que “criaram algum descontentamento” na opinião pública.

Rita Alarcão Júdice mostra-se disponível, por outro lado, para uma alteração legislativa que torne clara a “magistratura hierarquizada” do Ministério Público: “Tem de existir hierarquia no Ministério Público. Não é um corpo que anda à solta”. Já o Conselho Superior da instituição deve cumprir as suas competências de escrutínio, atuando “se existir alguma suspeita de que determinada investigação, determinado procurador, foi para além do exercício dos seus direitos”.

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Gases renováveis são peça-chave para a descarbonização da indústria

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  • 27 Junho 2024

No XI Encontro Anual da APEG, os especialistas presentes alertaram para a importância de manter a segurança do abastecimento de fontes renováveis num contexto geopolítico instável.

Portugal comprometeu-se a atingir, até 2045, a neutralidade carbónica, um desafio que quer cumprir cinco anos antes da meta definida pela Comissão Europeia, mas que exige trabalho árduo em várias áreas. “Claramente que o caminho é complexo e difícil. Cremos que não deve haver receio de analisar as metas intermédias, avaliar em cada momento e, sempre que necessário, fazer uma recalendarização”, defendeu Jorge Lúcio, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gás (APEG) durante o XI Encontro da APEG, em Lisboa.

Jorge Lúcio lembrou também que a introdução dos gases renováveis no mix energético nacional, “uma realidade que está em marcha”, é fundamental para apoiar a transição e considera “bom sinal” o programa nacional para o hidrogénio. Recorde-se que a estratégia do país prevê a injeção de 10% a 15% de hidrogénio verde na rede de gás natural até 2030, a que se deverá juntar 9,1% de biometano no mesmo ano. “É esta potencialidade que deve ser utilizada pela sociedade e pelo sistema energético neste caminho da descarbonização”, insistiu o líder da associação.

A secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, assinalou o contributo do Governo para este esforço global, nomeadamente com o lançamento, no último mês, de um leilão para a produção de biometano e hidrogénio com financiamento de 140 milhões de euros. “Estas mudanças representam oportunidades significativas para inovar, diversificar e fortalecer a nossa economia energética. Os gases renováveis apresentam-se como uma oportunidade para o setor”, afirmou.

Instabilidade geopolítica impacta o mercado

O presidente da ERSE, Pedro Verdelho, marcou presença no encontro do setor e lembrou que os acontecimentos geopolíticos dos últimos anos, em especial com a invasão da Ucrânia, impactaram os preços da energia, mas também permitiram pisar o acelerador da transição. “É importante dizer que isto acelerou o processo de descarbonização na Europa”, sublinha. Para o responsável, é evidente que a descarbonização do setor elétrico “está a acontecer” e “é muito fácil”. O verdadeiro desafio, diz, está nos setores dos transportes e da indústria.

Começámos a descarbonizar o setor da eletricidade há 25 anos. No setor do gás nunca se falou nisso, estamos com um atraso de 25 anos. Temos de fazê-lo”, pediu Pedro Verdelho.

Mas a questão geopolítica continua a ameaçar a segurança do abastecimento na Europa e, sobretudo, os preços, considerou Maria João Tomás. A professora auxiliar do ISCTE Business School afirma que, além das guerras na Europa e no Médio Oriente, “o mundo está em suspenso até novembro”, altura em que os Estados Unidos vão a votos para eleger o seu próximo presidente. “Se Trump ganhar, não sabemos o que vai acontecer”, reforçou.

Embora a Europa tenha sido capaz de reduzir a dependência energética que tinha da Rússia, Maria João Tomás alerta que essa dependência foi substituída por outras origens e que, portanto, a segurança do abastecimento não pode ser vista como certa. Por outro lado, a especialista chama a atenção para o que diz ser a estratégia de domínio da China no abastecimento de gás com a construção de cada vez mais infraestrutura que atravessa a Rússia e chega à Europa. “O objetivo da China é quebrar o isolamento que tem e ir diretamente para a Europa sem passar no estreito do Mar Vermelho. É muito importante termos a estratégia da China em mente”, avisa.

Normalização a curto prazo?

Num debate sobre a normalização dos preços e do fornecimento de gás, que contou com a presença de Ana Teixeira Pinto (EDP), Armando Madail (Lactogal), Frederico Pisco (COGEN) e Tiago Moreira da Silva (AIVE), os participantes não se mostraram particularmente otimistas. No entanto, todos preferem afastar a ideia de novas oscilações de preço como as que ocorreram com a invasão da Ucrânia. “Se vem outra coisa do género, vai ser muito difícil manter alguma indústria ativa”, realçou Tiago Moreira da Silva, que acredita que a maior diversidade de fontes de abastecimento garante maior estabilidade.

No caso da Lactogal, quer no gás, quer na eletricidade, a opção foi optar por rapidamente renegociar contratos e estabelecer parcialmente os preços até 2025. “Trouxe-nos uma nova realidade para dentro de portas. Não sei se esta é a nova realidade, se é uma realidade passageira. Esta é a preocupação que temos, a forma como tudo pode mudar rapidamente”, disse.

França lidera no biometano

Laurence Poirer-Dietz, diretora-geral da GRDF, explicou como a empresa e o país estão a apostar no biometano para “descarbonizar vários setores”. O apoio público a este mercado é, referiu, essencial para conseguir aumentar a penetração deste gás renovável que é, a par de outros, “chave para a descarbonização da indústria” – nomeadamente as mais intensivas, como a agroindustrial ou químicas. Atualmente, a GRDF tem 652 pontos de produção de biometano com uma capacidade instalada de 12 TWh/ano, mas quer multiplicar esse valor por cinco e atingir 50 TWh/ano até 2030. “Para isso temos de reduzir o custo e o tempo dos projetos. O regulador fez as contas e diz que precisamos de investimentos de 6 a 10 mil milhões de euros até 2050 para adaptar as infraestruturas de gás”, explicou.

Em Portugal, a Genia Global Energy já produz biogás para autoconsumo e acredita que “há uma oportunidade incrível no biometano”. “Queremos desenvolver mais 12 projetos em Portugal [além do já existente em Leiria]. O próximo será na Azambuja”, confirma Mário Martins, Green Gas Country Collaborator da empresa. Os processos de licenciamento, diz, são o maior obstáculo na execução destes projetos e na atração de investimento externo.

A celebrar 200 anos de vida, a Vista Alegre confirma e diz que “as entidades reguladoras têm de ser catalisadoras destes processos” e que “não podemos estar à espera dois ou três anos para licenciar unidades”. Paulo Pires, administrador da empresa, assinala que 95% das emissões da Vista Alegre “vêm do gás natural e é aí que temos de nos focar para descarbonizar”, sendo o biometano “o caminho e a transição mais pacífica”.

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Carregal do Sal é palco do próximo Encontro Fora da Caixa. Assista aqui

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Os Encontros Fora da Caixa são uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos. ECO é media partner deste Encontro em Carregal do Sal que conta com a presença de Paulo Macedo.

Oportunidades estratégicas da região centro para empresas e indústrias é o tema do próximo Encontro Fora da Caixa, uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos que tem vindo a percorrer o país e que desta vez se realiza no Centro Cultural de Carregal do Sal, no próximo dia 1 de julho a partir das 15h00. O evento vai ser emitido em direto pelas redes sociais da Caixa Geral de Depósitos e também pelo ECO aqui:

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Programa:

15h00 ABERTURA
Paulo Moita de Macedo | Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos

15h40 PAINEL EMPRESAS
Moderador | António Costa | ECO
Arnaldo Figueiredo | Vice-Presidente do Conselho de Administração da Martifer
Helena Costa | Diretora Financeira do Grupo Finsa Portugal
Nuno Marques | CEO Visabeira
Francisco Cary | Administrador Executivo da Caixa Geral de Depósitos

16h40 DA GESTÃO DO TERRITÓRIO ÀS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS DE EXCELÊNCIA
António Bernardo | Sócio Fundador da Vibe Capital Partners e Professor de Estratégia na NOVA SBE

17h15 TENDÊNCIAS MACROECONÓMICAS PARA 2024
Rui Martins | Diretor de Estratégia da Caixa Gestão de Ativos

17h40 WALK THE TALK | PODCAST SUSTENTABILIDADE NA ESTRATÉGIA PARA O CRESCIMENTO EMPRESARIAL NA REGIÃO CENTRO
Moderador | Diogo Agostinho | Chief Operating Officer do ECO
Franco Caruso | Membro do Secretariado Executivo do BCSD Portugal
Luís Filipe | Vogal Executivo da Comissão Diretiva do Centro 2030

18h00 PEDRO ABRUNHOSA À CONVERSA COM FERNANDO DANIEL CAMPOS NUNES

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#14 O que se passou no Portugal x Geórgia e o inacreditável Grupo E

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Está tudo bem para Portugal desde que a derrota não pese no psicológico dos jogadores e complique o trabalho. A turma de Roberto Martínez entrou para este desafio já com a vida tranquila, enquanto a Geórgia preparava-se para (possivelmente) o maior jogo da sua história. Há uma diferença de vontades, ainda que Portugal tenha dado titularidades a jogadores com pouco ou nenhum minuto no Euro (motivação individual). No fim, a Geórgia conseguiu algo inédito e Portugal tem de levantar a cabeça, trabalhar e apagar qualquer nuvem de negatividade, antes de jogar os oitavos-de-final.

Compra-se control(o) defensivo

Portugal continua sem apresentar uma exibição completa a nível defensivo neste Euro 2024, tendo em conta a qualidade que tem à sua disposição. Facilitou a chegada da Chéquia ao último terço, melhorou contra a Turquia e descambou frente à Geórgia, que são muito fortes nos contra-ataques. Viu-se diversas transições rápidas da Geórgia a explorar a profundidade contra Portugal. Apesar dos golos terem nascido de erros individuais (passe atrasado de António Silva e grande penalidade) e ter sido utilizado uma diferente dinâmica (Gonçalo Inácio-Danilo-António Silva), o processo defensivo deveria ter sido melhor e há que trabalhar esse aspeto.

Eslovénia: Here we go again

Não é a primeira vez que Portugal de Roberto Martínez tem vida complicada contra um bloco baixo. Diante da Geórgia, a Seleção Nacional apresentou dificuldades na construção, sobretudo em gerar espaços e jogar por dentro de forma continuada. Viraram-se muitas vezes para as laterais, esperando rasgos de Pedro Neto ou Francisco Conceição (com adversidades em ultrapassar oponentes) e cruzamentos. Houve também tentativas de remates de fora, no qual João Félix, com liberdade de movimentos a procurar dar apoio, buscou algumas vezes. Roberto Martínez precisa de trabalhar na penetração de blocos baixos, pois a Eslovénia também é uma equipa que se sustenta na organização defensiva, embora tenha menos argumentos que a Geórgia no plano ofensivo. Recordar que Portugal jogou com a Eslovénia no passado mês de março e perdeu por 2-0 num jogo de cariz particular.

Danilo Pereira e João Palhinha no mesmo 11 inicial, porquê?

Roberto Martínez explicou em conferência de imprensa o motivo de ter voltado à linha de três centrais e conciliado Danilo Pereira e João Palhinha no mesmo 11 inicial. Segundo o treinador da Seleção Nacional, a ideia passava por combater os contra-ataques da Geórgia (que surtiram efeito), recuperar rápido, aumentar as linhas de passe por fora ao ter três centrais, trazer maior largura e abrir espaços por dentro. Além disso, mencionou a importância de João Palhinha fazer mais minutos, tendo ainda expressado a sua vontade em dar descanso a Rúben Dias. Terá acontecido o mesmo com Pepe e Danilo Pereira pareceu-lhe a opção mais viável para o eixo defensivo, acompanhado por Gonçalo Inácio e António Silva numa linha a três.

Jejum de Cristiano Ronaldo, novidade para Roberto Martínez e Geórgia a escrever história

A Geórgia nunca tinha jogado um Campeonato da Europa. E, portanto, nunca tinha vencido um jogo, muito menos qualificar-se para os oitavos-de-final. Agora é tudo passado, porque conseguiram. É possivelmente o maior jogo da sua história até ao momento, e, além do referido, fizeram-no vencendo Portugal. Quanto a Cristiano Ronaldo, foi a primeira vez em 11 fases finais (Mundial e Europeus) que o avançado português não marcou pelo menos um golo na fase de grupos. Já Roberto Martínez registou a primeira derrota em jogos oficiais ao serviço de Portugal, depois de 12 vitórias consecutivas (repetir, em jogos oficiais).

Inacreditável Grupo E

Pela primeira vez na história dos Campeonatos Europeus, as quatro equipas do grupo terminaram todas com os mesmos pontos (4P). A Roménia foi líder de um grupo pela primeira vez (defronta os Países Baixos), a Bélgica passou em segundo lugar (França pelo caminho e no mesmo lado de Portugal), a Eslováquia também se junta à festa dos apurados (enfrenta a Inglaterra) e a Ucrânia foi eliminada, apesar de ter conseguido fazer a sua melhor pontuação numa fase de grupos de Europeu. Inédito é dizer pouco.

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Hoje nas notícias: justiça, seguros e autarquias

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, quer que o próximo procurador-geral da República consiga pôr fim a uma “certa descredibilização” do Ministério Público. Uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça dita que o atestado médico para pessoas com deficiência é um “documento autêntico” que faz fé pública, pelo que deve ser aceite pelas seguradoras quando está a ser discutida uma indemnização, não podendo ser substituído por outras provas no que respeita ao seu conteúdo. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Ministra da Justiça: “Precisamos de um novo PGR que ponha ordem na casa”

A ministra da Justiça quer que o próximo procurador-geral da República tenha um perfil de liderança e comunicativo, “ponha ordem na casa” e ajude a pôr fim a uma “certa descredibilização” do Ministério Público. Rita Alarcão Júdice recusa comentar o trabalho de Lucília Gago, mas sublinha que o Governo quer iniciar “uma nova era”. “Os tempos modernos já não se compatibilizam com a ideia de que podemos estar fechados nos nossos gabinetes e não comunicarmos com os cidadãos nas sedes próprias”, defende a governante.

Leia a entrevista completa no Observador (acesso pago)

Seguradoras obrigadas a aceitar atestado multiusos

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) fixou jurisprudência acerca do atestado de incapacidade multiusos, emitido para pessoas com deficiência por junta médica, considerando que tem de ser aceite e não afastado por outro tipo de prova, como a realização de uma perícia. No acórdão, publicado na sexta-feira, lê-se que o atestado é um “documento autêntico” que “faz prova plena dos factos praticados e percecionados pela ‘junta médica'”, a qual é, por seu turno, uma “autoridade pública”. Por isso, trata-se de um documento que deve ser aceite pelas seguradoras quando está a ser discutida uma indemnização, não podendo ser substituído por outras provas no que respeita ao seu conteúdo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Autarquias arriscam perder fundos por não atualizarem os PDM

Há 17 autarquias que poderão ficar sem acesso a fundos nacionais e comunitários (exceto em áreas essenciais como saúde, educação, habitação ou apoio social) por ainda não terem adaptado os seus Planos Diretores Municipais (PDM) ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial. Sete destas câmaras estão na região Centro, cinco no Algarve, quatro no Norte e uma no Alentejo. Os anteriores governos foram prolongando os prazos para a adaptação dos planos, a pedido da Associação Nacional de Municípios Portugueses, num total de quatro adiamentos, o último decidido em dezembro de 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Herdeiras de milionário do BPN exigem 17,5 milhões de euros ao Estado

As herdeiras do empresário Ricardo Oliveira, que ficou conhecido como milionário do BPN, estão a exigir à Parvalorem, empresa do Estado que herdou os ativos tóxicos do banco, uma indemnização de 17,5 milhões de euros por “danos causados pelo arresto” da coleção de carros clássicos. A Parvalorem arrestou os veículos em 2013, devido a uma alegada dívida de Ricardo Oliveira ao BPN, no valor de 32 milhões de euros, que herdara desse banco — da qual acabou por ser absolvido e o arresto levantado. Agora, a herança indivisa foi alvo de um pedido de insolvência pela antiga dona do BPN e vai a julgamento no Juízo de Comércio de Lisboa.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Impasse na PSP e GNR atrasa “valorização” das forças armadas

Cem euros é o valor que separa a valorização do subsídio de risco pedida pelos polícias da proposta do Governo. Esta ausência de acordo entre o Ministério da Administração Interna (MAI), os sindicatos da PSP e as associações socioprofissionais da GNR está a atrasar o “processo de dignificação” que visa colocar as Forças Armadas e as forças de segurança no “mesmo plano”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Compliance a quanto obrigas

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  • 27 Junho 2024

Gonçalo Baptista, Diretor Geral da Innovarisk, partilha a sua opinião sobre o compliance nas empresas.

Regulação, regulação e mais regulação. Tem sido assim, sempre a crescer, principalmente desde a crise do Subprime. As Instituições Financeiras ficaram debaixo dos holofotes e as Seguradoras, apenas afetadas em casos pontuais, tornaram-se também um alvo da regulação na ressaca da turbulência no Setor, não só ao nível de exigências de capital, mas também em inúmeros outros aspetos.

O Compliance tem como objetivo primordial a Proteção do Consumidor, logo é uma coisa boa. O Compliance “obriga” as empresas a engordar as estruturas e os procedimentos, tornando-os mais onerosos para o consumidor, logo os produtos ficam mais caros, logo, o Compliance é uma coisa má. Então em que ficamos, boa ou má? O melhor é mesmo abdicar de fundamentalismos e constatar que, como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens (neste caso muitas e enormes vantagens e a desvantagem dos custos acrescidos).

Já há muito tempo que nos ocupamos de proteções importantes como o combate à fraude, à corrupção, ao branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo, pessoas e entidades debaixo do regime de sanções, situações de conflito de interesse, gestão de reclamações, só para citar alguns exemplos. Nesta última, os clientes têm um grau de exigência cada vez maior, são cada vez mais conscientes dos seus direitos, exigindo cada vez que tudo seja tratado de forma irrepreensível, obrigando a uma gestão mais profissional.

Mais recentemente, aumentaram muito (e bem) as preocupações com o tratamento justo dos clientes e a proteção de dados. No primeiro, a relação entre Seguradoras e clientes é desigual pelo que impõe criar mecanismos que defendam o lado mais fraco, o cliente, que não tem o mesmo nível de conhecimento sobre o que está coberto e o que não está. Criaram-se, por isso, algumas boas práticas obrigatórias e depois as (boas) Seguradoras vão mais longe e asseguram-se que os processos de venda e as regularizações de sinistros são transparentes e eficientes, sem esquecer os clientes vulneráveis, por exemplo com alguma deficiência que possa afeta a compreensão do que está a comprar. No segundo, com a proliferação de dados que circulam na internet, é importante assegurar cada vez mais que há mecanismos para os clientes protegerem a sua privacidade e que os seus dados são apenas usados no que e enquanto for estritamente necessário para a execução do contrato. Só se consegue assim representar as melhores Seguradoras com o rigoroso cumprimento de uma infinidade de boas práticas em matéria de segurança cibernética. Mais recente ainda a regulamentação DORA (Digital Operational Resilience Act) obriga não só a reforçar esse quadro de resiliência mas também a ter standards mínimos na gestão dos incidentes.

Gonçalo Baptista, Diretor Geral da Innovarisk.

O mundo vai-se complicando e a regulação vai tentando decifrar o que isso pode representar em termos de riscos para o consumidor, levantando novas preocupações. Já pensaram bem na IA? Estamos a automatizar respostas, colocar robots com algoritmos para decidir o que responder aos clientes e como definir os termos das suas apólices, para decidirem por nós se um sinistro está coberto ou não. Fazemo-lo porque nos permite reduzir custos e porque acreditamos que nos pode ajudar a chegar a melhores e mais rápidas decisões, mas não é isento de riscos. Estamos a falar de biliões de bases de dados, diferentes sistemas que interpretam a informação aí existente em que está tudo misturado, fontes credíveis, fontes não tão credíveis, fake news com intenções manipuladoras, interesses comerciais que pagam para ter a sua narrativa a aparecer em primeiro lugar nas buscas… Como assegurar que os conteúdos da IA servem os melhores interesses dos clientes? E que, quando assim não acontece, temos mecanismos para detetar esses erros? Acontece tudo muito rápido e não é por má vontade: é mesmo difícil acompanharmos na gestão de risco a velocidade a que avançam os interesses económicos.

Noutro tópico, vamo-nos habituando a ver escritas três letras mágicas: ESG (Environmental, Social and Governance). Para além de muitos aspetos que citei mais atrás que cabem dentro do chapéu da Governança (assegurar que as empresas são geridas com boas práticas a todos os níveis) há também um enfoque nas componentes de Responsabilidade Ambiental e Social, a de fazermos algum bem pelo meio ambiente e pela Sociedade. É hoje em dia mais inaceitável que as empresas existam apenas para distribuir lucro aos acionistas e é importante que não contribuam para estragar mais o planeta (e estão numa posição privilegiada ao relacionarem-se com todos os setores de atividade e poderem de alguma forma imiscuir-se na gestão de riscos dos seus clientes e decidir onde são colocadas as maiores carteiras de investimentos financeiras do mundo) e também assegurar que, de alguma forma, uma parte desses lucros seja devolvida à Sociedade, pelo menos aos mais desfavorecidos. Tem ainda o benefício de uma maior ligação emocional aos seus clientes que exigem este tipo de atuações. No tópico ambiental há ainda a pegada carbónica, numa corrida para cumprir as metas de Paris, que ocupa hoje uma parte muito importante da vida dos gestores das Seguradoras.

Parece muita coisa e na verdade, para quem está no terreno, é ainda mais do que parece. São atualizações constantes de ano para ano e as organizações têm de estar preparadas. Em alturas de aperto apetece por isso lamentar “Compliance, a quanto obrigas”.

Mas sabemos que funcionam como o verdadeiro teste do algodão: o barato sai caro e, se quer realmente ver os seus direitos intactos, o melhor é mesmo escolher organizações com os melhores padrões de Compliance. E deixar os cumpridores mais descansados que todos os enormes esforços não foram em vão.

Gonçalo Baptista, Diretor Geral da Innovarisk

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Fred. Olsen Express é distinguido nos Atlantic Today Awards pela sua contribuição para o transporte nas Ilhas Canárias

  • Servimedia
  • 27 Junho 2024

Fred. Olsen Express foi distinguida com o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial na Categoria Transportes durante a terceira edição dos Atlantic Today Awards.

Este reconhecimento destaca a contribuição contínua da Fred. Olsen Express para a conetividade e o desenvolvimento económico das Ilhas Canárias.

O diretor de frota da Fred. Olsen Express, Juan Ignacio Liaño, e a responsável de Marketing e Comunicação, Marina González Jansá, foram os encarregados de receber o prémio. Liaño sublinhou o empenhamento da empresa na inovação e no desenvolvimento contínuo, recordando que a Fred. Olsen Express fará 50 anos dentro de algumas semanas. “Cada ano é uma nova iniciativa para nós”, afirmou, destacando a importância do apoio da administração, dos fornecedores e dos parceiros no seu sucesso.

Para além da Fred. Olsen Express, outras cinco empresas receberam prémios em várias categorias:

A Spawellplus recebeu o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial na Categoria Turismo. A fundadora e CEO, Elba Leandro, salientou a importância de continuar a aposta no turismo de bem-estar nas ilhas, sublinhando a necessidade de oferecer qualidade de vida aos turistas e residentes.

A Transvirgin recebeu o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial na categoria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Manuel Galindo Hernández, sócio fundador e diretor-geral, destacou a importância da sustentabilidade e da economia circular, mencionando as realizações da empresa na prevenção de descargas descontroladas no mar e o seu compromisso com a água dessalinizada.

Canarias sin deuda recebeu o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial em Inovação. Gil Machado, diretor de operações, agradeceu à equipa pelo seu esforço e empenho e destacou a importância da lei da segunda oportunidade para ajudar as pessoas através do seu projeto.

A Collbaix Canarias foi galardoada com o prémio de Melhor Iniciativa Empresarial em Internacionalização. Embora o Diretor-Geral, Fran Contreras, não tenha podido estar presente devido a cancelamentos de voos, o reconhecimento destaca a expansão e o sucesso da empresa fora das Ilhas Canárias.

A Dinosol recebeu uma menção especial como Gestor do Ano, aceite por Jennifer Puga, filha de Javier Puga, Diretor-Geral. Javier Puga expressou a sua gratidão à equipa da Dinosol e destacou o ambiente familiar e de aprendizagem que tem rodeado a sua carreira.

O Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz de Tenerife, José Manuel Bermúdez, afirmou que “as atividades empreendedoras únicas são recompensadas e nesta terra temos muitos exemplos, sem ir mais longe nesta cidade, mais viva do que nunca, onde já existem mais de 7.000 empresas. As suas iniciativas contribuem para o desenvolvimento económico e social da nossa terra através do trabalho heroico e corajoso de criar uma empresa.

Corviniano Clavijo, presidente do Atlántico Hoy, sublinhou o valor do reconhecimento do esforço empresarial. “Esta Canárias produtiva deve ser conhecida e reconhecida. É aqui que um meio de comunicação envolvido no território deve servir de altifalante para estas iniciativas notáveis. Apelamos às autoridades para que facilitem o empreendedorismo nas Ilhas Canárias”, sublinhou.

Por seu lado, Martín Alonso, diretor do Atlántico Hoy, declarou que “abrir um negócio, começar um negócio, levar uma empresa para a frente é um ato de resiliência, um exercício coletivo que enriquece a sociedade. Nestas ilhas, todos os dias, cerca de 152.000 empresas levantam as suas persianas para, para além de desenvolverem a sua atividade, fazerem as Canárias”.

A Ministra do Turismo e do Emprego do Governo das Canárias, Jessica de León, manifestou o seu apoio às empresas locais, sublinhando o papel crucial do jornalismo na sociedade e salientou que “não estão sozinhas, o Governo das Canárias será o seu aliado para atingir os seus objetivos. A inovação, o esforço e o espírito empresarial são a melhor receita para dinamizar o tecido produtivo das ilhas. Nós, jornalistas, somos as costureiras da democracia. Obrigado ao Atlántico Hoy por estar do lado bom da história”.

Entre os patrocinadores do evento contam-se o Governo das Canárias, a Phillip Morris Espanha, a Emmasa, o CaixaBank e a Cofares, com a colaboração de vários municípios e autoridades portuárias. A gala será transmitida no dia 29 de julho, às 22h00, pelo canal regional privado Atlántico Televisión.

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O “efeito borboleta” das taxas de juro pela mão do BCE e da Fed

A divergência da política monetária do BCE e da Fed confere complexidade ao ambiente económico atual. Prudência e gradualidade são essenciais na gestão das taxas de juro, destacam economistas.

O cenário atual da política monetária global é marcado por uma divergência notável entre o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). Enquanto o BCE realizou recentemente o primeiro corte nas taxas diretoras em quase cinco anos, a Fed mantém uma postura mais cautelosa, adiando qualquer redução nas Fed Funds.

Esta dinâmica reflete a complexidade crescente do ambiente económico global, um tema central no recente trabalho de investigação dos economistas Kristin Forbes, Jongrim Ha e M. Ayhan Kose, que será apresentado no próximo Fórum do BCE, que decorrerá em Sintra entre 1 e 3 de julho.

Para os autores deste paper, o futuro da política monetária promovida pelos principais bancos centrais será marcado por uma crescente influência de fatores globais, exigindo uma abordagem cautelosa e gradual por parte dos bancos centrais.

Os choques globais têm desempenhado um papel cada vez mais significativo na explicação das flutuações das taxas de juro nacionais, destacam os economistas Kristin Forbes, Jongrim Ha e M. Ayhan Kose.

Qualquer recalibração das taxas de juro daqui para a frente deve ser gradual, tendo em conta as interações entre fatores globais cada vez mais importantes e circunstâncias domésticas“, lê-se no documento, que foi publicado esta quinta-feira. Esta observação ganha relevância especial no contexto atual, onde vemos o BCE iniciando um ciclo de flexibilização monetária, enquanto a Fed mantém uma postura mais hawkish.A

A análise de Forbes, Ha e Kose agrega um histórico de 55 anos de dados de 24 economias desenvolvidas e revela uma tendência clara: os choques globais têm desempenhado um papel cada vez mais significativo na explicação das flutuações das taxas de juro nacionais.

Os economistas sublinham que, entre 2020 e 2024, “os choques globais explicaram 64% da variação nas taxas de juro”, notando queesta é a primeira vez na amostra que os choques globais desempenharam, em média, um papel maior do que os choques domésticos”.

Esta crescente sincronização global coloca novos desafios aos bancos centrais. A decisão do BCE de cortar as taxas, por exemplo, deve ser vista não apenas no contexto da economia europeia, mas também considerando as pressões inflacionárias globais e as decisões de outros bancos centrais, como a Fed.

Cautela e prudência nunca foram tão essenciais

Olhando para o futuro, os especialistas sugerem que os bancos centrais devem estar atentos à incerteza sobre se os ciclos das taxas de juro “reverterão para padrões pré-2008”. Esta dúvida reforça a necessidade de uma abordagem cautelosa na gestão das taxas de juro, algo que se pode observar na relutância da Fed em iniciar cortes das taxas de juro, apesar das expectativas do mercado apontarem para isso.

O paper dos três economistas destaca ainda que, em média, “a inflação e o crescimento do PIB e do emprego regressaram, em grande medida, às normas históricas para esta fase de um ciclo de aperto monetário”. No entanto, ressalvam que existem diferenças importantes entre países individuais, o que pode explicar as diferentes abordagens do BCE e da Fed.

O estudo também enfatiza a importância de distinguir entre diferentes tipos de choques globais. “Os bancos centrais precisarão de priorizar a diferenciação precisa entre choques globais de oferta e de procura”, lê-se no documento. Esta distinção será crucial para o BCE e a Fed, à medida que navegam no ambiente pós-pandemia, onde os choques da procura e da oferta se têm entrelaçado de maneiras complexas.

O futuro da política monetária, conforme delineado por Forbes, Ha e Kose, promete ser marcado por uma complexidade crescente, com os fatores globais desempenhando um papel cada vez mais preponderante.

Neste contexto, a prudência e a gradualidade serão palavras de ordem para os bancos centrais, sobretudo para o BCE e para a Fed, à medida que navegam num ambiente económico cada vez mais interligado globalmente.

A divergência atual entre as abordagens do BCE e da Fed pode ser vista como um reflexo dessa complexidade, sublinhando a necessidade de uma calibração cuidadosa das políticas monetárias em resposta a um cenário económico global em constante evolução.

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A UAX define a sua Faculdade de Música como “a academia dos novos talentos da indústria em Espanha”

  • Servimedia
  • 27 Junho 2024

A Universidade Alfonso X el Sabio (UAX) afirmou na quinta-feira que a sua Faculdade de Música e Artes do Espetáculo se tornou a "grande referência e berço de novos talentos musicais no nosso país".

Tanto entre o seu corpo docente como entre os seus alunos e licenciados há músicos de renome que hoje triunfam em vários estilos. A UAX sublinhou que aplica uma metodologia própria, que alia a teoria à prática, “e que os prepara para enfrentar a carreira profissional, confrontando-os com espetáculos públicos desde o início da sua formação, para que possam mergulhar nas sensações que vão sentir em palco”.

Como complemento à formação musical, explicou que os alunos das diferentes licenciaturas da Faculdade de Música da UAX têm diferentes disciplinas que os instruem de forma abrangente para a atuação, como a gestão da ansiedade em palco ou o cuidado com a postura para evitar lesões.

ESTUDANTES

Sofía Zarzoso, Mestre em Performance e Investigação em Performance na UAX, é um dos grandes talentos da cena musical em Espanha. Zarzoso foi escolhida para dirigir a Banda Sinfónica Feminina da Federação de Sociedades Musicais da Comunidade Valenciana (FSMCV) para 2024, um cargo de grande responsabilidade que é renovado todos os anos e sob cuja direção se encontram cerca de 70 músicos de sociedades musicais da Comunidade Valenciana.

Óscar M. Leanizbarrutia, também com formação musical na UAX, tem vindo a triunfar junto do público há duas temporadas graças ao seu Requiem original composto em honra das vítimas da covid-19 e interpretado pelo Coro Juvenil I Thirst da Basílica de la Concepción de Nuestra Señora de Madrid. Leanizbarrutia é também uma referência na indústria cinematográfica, onde conseguiu uma nomeação para o prémio Goya de Melhor Música Original com o filme “Red de libertad”. Compôs também música para documentários, anúncios publicitários e trailers.

Leo de María, antigo aluno e atual professor da UAX, é considerado um dos melhores intérpretes da sua geração. Estudou na Faculdade de Música e Artes Cénicas da UAX sob a direção do Maestro Leonel Morales, de onde deu o salto para Salzburgo para continuar os seus estudos com o Maestro Pavel Gililov. Com apenas 29 anos de idade, já recebeu mais de 40 prestigiados prémios nacionais e internacionais.

PROFESSORES

Para além disso, entre os professores da licenciatura em Performance Musical da Faculdade de Música e Artes do Espetáculo da UAX, destacam-se nomes como Vicente Alberola, professor de clarinete na UAX. É um dos músicos espanhóis mais reconhecidos internacionalmente, devido à sua longa carreira como clarinetista e maestro de orquestra em instituições como a Ópera de Madrid e a Orquestra Sinfónica da Galiza. Foi também convidado como clarinetista solista pela Royal Concertgebouw Orchestra, a New York Philharmonic Orchestra, a Lucerne Festival Orchestra e a MMCK em Tóquio, entre muitas outras.

Ashan Pillai, professor convidado da UAX, é também um reputado violetista britânico, o que realça igualmente o caráter internacional deste corpo docente. Vencedor de concursos como o Lionel Tertis, o Concurso Internacional de Roma ou o Park Lane Group Competition em Londres, Pillai destaca-se por uma extensa discografia de viola, como as 11 sonatas para o Palácio Real de Madrid (1770-1819) para as Edições Boileau.

Miguel Romea, maestro da Orquestra Sinfónica da UAX desde a sua criação em 2015, com mais de 25 anos de experiência, tem um profundo conhecimento da música alemã, russa e escandinava, que é a base do seu desenvolvimento como maestro. Ao longo da sua carreira, dirigiu conjuntos como a Orquesta y Coro Nacionales de España, a Orquesta de la Radio Televisión Española, a Orquesta Sinfónica de Madrid, a Orquesta del Principado de Asturias ou a Orquesta de Castilla y León, entre muitos outros.

 

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Chega a Espanha o “Eylea 8 mg” da Bayer, a única terapia que permite prolongar o tratamento até cinco meses na DMRI e no EMD

  • Servimedia
  • 27 Junho 2024

Estima-se que, em Espanha, cerca de meio milhão de pessoas vivam com estas patologias, que são as principais causas de perda de visão a nível mundial e requerem injeções intra-oculares frequentes.

O Ministério da Saúde, do Consumidor e da Segurança Social incluiu no Sistema Nacional de Saúde (SNS) o financiamento do Eylea™ 8 mg (aflibercept 8 mg) para o tratamento da Degenerescência Macular Neovascular Relacionada com a Idade (DMRI) e do Edema Macular Diabético (EMD).

É o único medicamento aprovado para ambas as condições que permite extensões de tratamento até 5 meses, com um perfil de segurança e eficácia comparável à terapia de referência Eylea™ 2 mg (aflibercept 2 mg) e o potencial para reduzir a frequência das injecções e proporcionar um controlo rápido e sustentado dos fluidos.

Doenças como a DMRI e a DMRI, as principais causas de perda de visão em todo o mundo, requerem uma abordagem que envolve injecções intra-oculares frequentes para manter a acuidade visual, o que representa um encargo significativo para os doentes, os seus cuidadores e o SNS. A nova terapia permite que os profissionais de saúde prolonguem os intervalos entre as injeções até cinco meses, o que pode satisfazer uma necessidade importante dos doentes sem comprometer a eficácia e a segurança, e reduzir os encargos com os cuidados.

“O prolongamento dos intervalos de tratamento é uma das grandes necessidades não satisfeitas dos doentes de oftalmologia, do sistema e dos profissionais de saúde. Esta inovação terapêutica, com eficácia e um elevado perfil de segurança, contribui para responder a esta necessidade”, segundo o Dr. Alfredo García Layana, diretor do Departamento de Oftalmologia da Clínica Universidad de Navarra e presidente da Sociedade Espanhola de Retina e Vítreo (SERV).

“Esta extensão pode ser uma grande ajuda para aliviar a carga de cuidados do sistema, reduzindo o número de injecções e visitas hospitalares, sem reduzir a eficácia em comparação com outras terapias”, afirma a Dra. Patricia Udaondo, oftalmologista do Hospital Universitário e Politécnico La Fe em Valência, da Clínica Aiken e da Fundação Aiken.

“Estamos convencidos de que esta nova terapia pode representar um novo paradigma no tratamento de doenças oftalmológicas com uma elevada incidência e impacto na vida dos doentes, dos seus cuidadores e dos profissionais de saúde”, acrescenta Guido Senatore, diretor médico da Bayer em Espanha.

Em Espanha, estima-se que haja um milhão de pessoas com deficiência visual. Destas pessoas, estima-se que 205 000 sofram de DMRI e 250 000 de EMD. A perda de visão tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes, que também veem a sua saúde mental comprometida.

Neste contexto, a Bayer lançou o documentário “Enfocados”, realizado em colaboração com a Associação Macula Retina e a Sociedade Espanhola de Retina e Vítreo (SERV), com o objetivo de aumentar a sensibilização e o conhecimento sobre estas patologias.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de junho

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Ao longo desta quinta-feira, 27 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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