Core Capital compra empresa de embalagens de Aveiro aos irmãos Tribuna por 9,5 milhões
Sociedade gestora fica com uma posição maioritária na empresa de sacos de papel Bolseira. Apesar da mudança na estrutura acionista, os irmãos Helena, Fernando e José Tribuna mantêm a gestão.
A semana termina com um novo investimento português na área das pequenas embalagens. A sociedade gestora Core Capital adquiriu uma participação de 51% na Bolseira, uma empresa de sacos de papel de baixa gramagem de Aveiro, que pertencia à família Tribuna por 9,5 milhões de euros. Apesar da mudança na estrutura acionista, os antigos detentores da posição maioritária mantêm a gestão.
A Bolseira, localizada na zona industrial de Mamodeiro, exporta 78% da produção de pequenos sacos de papel, utilizados pelos snack-bares ou restaurantes para transportar as sandes em take away. O plano passa por investir em novas máquinas para que possa aumentar o fabrico e, consequentemente, o volume de negócio até atingir uma faturação acima dos 30 milhões de euros e um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) superior a seis milhões de euros.
Este investimento de 9,5 milhões de euros, valor avançado pelo Jornal de Negócios e confirmado pelo ECO, visa fazer crescer a operação através de crescimento orgânico e de aquisições, tendo o investimento da Core capitalizado a empresa para, rapidamente e via consolidação, ganhar a escala que tanta falta faz às PME nacionais”, começa por explicar, em comunicado de imprensa, Martim Avillez Figueiredo, um dos sócios da Core Capital e agora também presidente do conselho de administração da Bolseira.
França é atualmente o principal mercado da Bolseira e o objetivo é “colaborar com os irmãos Helena, Fernando e José Tribuna para [dar] corpo à sua visão de crescimento em Portugal e na Europa, nomeadamente em Espanha, e alcançar em breve a escala que coloque a empresa no top 20 da rentabilidade das empresas ibéricas”, afirmou. Na sua opinião, os três irmãos Tribuna têm “visão e vontade de crescer [e] viram neste investimento as virtudes do smart money“.
A 27 de dezembro, a sociedade gestora acionou o seu fundo de capital de risco Core Consolida para investir na Bolseira através de um aumento de capital, cujo objetivo é transformar um setor composto pequenas empresas e transformá-lo numa indústria moderna e mais amiga do ambiente, em linha com as tendências europeias de redução do plástico. Até porque a indústria das embalagens de papel representa mil milhões de euros de vendas em Portugal, 18 biliões de euros no mundo e, de acordo com a Statista, vai crescer a um ritmo de 11% ao ano até 2030.
O Core Consolida – do qual são sócios Nuno Fernandes Thomaz, Martim Avillez Figueiredo, Pedro Araújo e Sá e Pedro Soares David e que é financiado pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) através do Banco Português de Fomento – é um fundo de investimento em PME de 74,5 milhões, dos quais 25 milhões são capital privado.
“O compromisso que temos com os nossos investidores privados, com o Banco de Fomento e com o país, é reforçar o investimento em setores que criam valor para a economia nacional e que tornam a nossa indústria mais competitiva nos mercados europeu e global”, concluiu Martim Avillez Figueiredo.
Notícia atualizada às 12h15
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