Atividade empresarial na Zona Euro recupera no arranque de 2025 para máximos de cinco meses
O Índice de Gestores de Compras (PMI) composto da Zona Euro saiu de território de contração no arranque do ano, suportado pelos serviços. A indústria da Alemanha e França continuam em contração.
A atividade empresarial nos países do euro registou um crescimento em janeiro, subindo para máximos de cinco meses, mostram os inquéritos preliminares do Índice de Gestores de Compras (PMI) composto pelo Hamburg Commercial Bank (HCOB) e compilado pela S&P Global. Apesar desta melhoria, os inquéritos apontam que mantém-se um contexto de fraca procura na região. As duas maiores economias do euro — Alemanha e França — também registaram uma melhoria no arranque do ano, mas indústria continua a contrair.
Os dados preliminares do PMI para a Zona Euro superaram a marca dos 50 pontos (50,2), valor que separa o crescimento da contração, acima dos 49,6 pontos registados em dezembro. Trata-se do nível mais elevado desde o passado mês de agosto, com a procura no setor privado a revelar uma subida “marginal”.
Apesar de uma desaceleração face a dezembro, de 51,6 para 51,4 pontos, o setor dos serviços continua a ser o motor da atividade na região.
A indústria manteve-se em território de contração, mas registou um aumento da produção, com o índice a subir de 44,3 para 46,8 pontos, um nível que permanece em sólida contração, mas que abrandou para o valor mais baixo desde maio de 2024.
Sinais de esperança (ténue) na Alemanha
A melhoria foi visível também nas duas maiores economias do euro. A Alemanha registou um crescimento da atividade empresarial, com o índice PMI a subir de 48 para 50,1 pontos em janeiro, encerrando assim uma sequência de seis meses de queda.
À semelhança do que acontece na Zona Euro, o setor dos serviços e da indústria mostram, tendências distintas. Os serviços subiram para 52,5 pontos, máximos de julho, enquanto a produção na indústria aumentou para 45,2, face aos 41,7 pontos registados em dezembro, permanecendo em sólido território de contração.
Já a França continuou em contração, mas o ritmo de redução abrandou para o mais fraco desde setembro passado, com o índice PMI a subir de 47,5 para 48,3 pontos.
“O crescimento continua a ser prejudicado pela fraca procura internacional. As encomendas de exportação continuam a diminuir e com as tarifas dos EUA mais uma vez a pairarem sobre o setor industrial da Zona Euro, as perspetivas permanecem sombrias“, escreve o ING num primeiro comentário a esta leitura.
O economista-chefe Bert Colijn salienta, porém, que “curiosamente, o otimismo dos fabricantes aumentou em janeiro, o que mostra que as empresas contam com uma melhoria do crescimento ao longo do ano“. “Achamos que é justo esperar isso, mas modestamente e principalmente impulsionado por uma procura interna mais forte”, completa.
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