Excedente orçamental de 2024 pode ser maior devido a atrasos na execução do PRR
Unidade Técnica de Apoio Orçamental antevê que a menor execução da despesa do PRR em 2024 pode beneficiar o saldo orçamental desse ano, ficando acima dos 0,4% do PIB estimados pelo Governo.
Como a despesa executada do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nos primeiros nove meses de 2024 foi pouco mais do que um terço (35,3%) do previsto para o conjunto do ano, o investimento que ficou por realizar pode dar margem extra para obter um excedente orçamental mais positivo em 2024, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).
Em causa está um aviso deixado pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) na análise à execução orçamental até ao final de setembro, em que assinala que o atraso na realização da despesa adia a necessidade de financiamento com recurso a empréstimos, o que pode levar a menos investimento e, consequentemente, a um saldo orçamental mais positivo do que os 0,4% do PIB esperados pelo Governo.
Porém, a entidade coordenada por Rui Baleiras ressalva que os atrasos na execução do PRR em 2024 podem penalizar o excedente orçamental relativo a este ano, que o Executivo antecipa em 0,3% do PIB. Isto porque a execução da despesa que não tiver ocorrido em 2024 terá de acontecer este ano, ou o mais tardar em 2026, pressionando os saldos desses dois anos — o que se junta à pressão dos impactos de medidas como o IRS Jovem e a redução do IRC.
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