EUA são a grande aposta da promoção externa da Aicep este ano

O plano de promoção externa da Aicep tem previstas 151 ações de apoio à internacionalização das empresas portuguesas em 41 países. Maior aposta são EUA, França, Alemanha e China.

Portugal vai concentrar este ano a maior parte das ações de promoção externa nos Estados Unidos. De acordo com o plano da Aicep estão previstas 15 ações em terras do Tio Sam, que rivalizam com as 12 previstas em França e dez na Alemanha.

O plano da Aicep tem previstos 15 roadshows, sete missões empresariais, sete campanhas de promoções entre participações em feiras, fóruns, organização de eventos e feiras, etc.

A grande aposta são os Estados Unidos. Com 8,9 mil milhões de euros exportados, em 2023, este ano as missões vão concentrar-se em setores como a Saúde e as ciências da vida, automóvel, engenharia e construção, tecnologias de informação e agroalimentar.

As exportações nacionais para os Estados Unidos têm vindo a aumentar e o país é já o quarto principal cliente, mas com a ameaça de imposição de tarifas aduaneiras reiteradas pelo Presidente Donald Trump, estas ações de promoção podem assumir particular relevância. Caso se venham a concretizar, a diversificação de mercados pode ser a solução para evitar reduzir o contributo das exportações para o PIB. As exportações atingiram um peso no PIB de 47,4% em 2023 e a meta é chegar aos 50%. Mas com a incerteza na economia mundial, o Orçamento do Estado para 2025 prevê que as exportações tenham um contributo nulo para o crescimento económico.

A economia cresceu 2,7%, em termos homólogos, nos últimos três meses de 2024, acima das previsões, mas graças à aceleração do consumo privado, porque o “contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB manteve-se negativo, refletindo o crescimento mais intenso das importações de bens e serviços em comparação com o das exportações”.

O segundo mercado com maior número de ações previstas é França (12), seguido da Alemanha (10) e da China (7). Nestes mercados acrescem apostas na aeronáutica, mobilidade elétrica, baterias, energia e semicondutores.

Mas o ponto alto do calendário é a visita do primeiro-ministro a Osaka no Japão, onde decorre a Expo2025, de 13 de abril a 13 de outubro. A visita oficial ainda não tem data marcada, surge apenas assinalada para o primeiro semestre do ano, para coincidir com a realização do Fórum Económico. O pavilhão português da autoria do arquiteto japonês Kengo Kuma, é feito com vários milhares de cabos marítimos e redes de pesca reciclados. O investimento global da participação portuguesa é de 21 milhões de euros.

O plano nacional de ações de promoção externa para este ano ainda não foi divulgado – “será disponibilizado em breve”, de acordo com o site da Aicep. É nesse documento que são conhecidas as verbas alocadas a estas 151 ações de apoio à internacionalização das empresas portuguesas em 41 países. Recorde-se que, o ano passado, sob a direção de Filipe Santos Costa, em causa estavam quatro milhões de euros para ações próprias da Aicep, sem contar com associações empresariais, regionais e setoriais, Câmaras de Comércio e outras entidades. O plano previa o mesmo número de ações e de países.

A Aicep tem previsto abrir dois novos escritórios em dois países que “apresentem potencial de crescimento e taxas já robustas de crescimento e nas quais já não estejamos presentes”, revelou o presidente da Aicep, em entrevista ao ECO, em novembro do ano passado. “Há uma perspetiva de reforçar na Ásia e, provavelmente também na confluência da Ásia e da África, mas não queria adiantar o destino em particular”, disse Ricardo Arroja. O plano de promoção externa da Aicep também não dá qualquer pista.

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