Mais de 30 países dispostos a contribuir para força de manutenção de paz na Ucrânia

O porta-voz do primeiro-ministro britânico indicou que há "um número significativo de países a fornecer tropas e um grupo mais vasto (de países) a fornecer outras contribuições".

O Governo britânico afirmou esta segunda-feira estimar que 30 países deverão participar na força de manutenção de paz na Ucrânia que Paris e Londres estão a tentar formar na expectativa de um cessar-fogo.

“Esperamos que mais de 30 países estejam envolvidos” nesta coligação, com “um número significativo de países a fornecer tropas e um grupo mais vasto (de países) a fornecer outras contribuições”, disse um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

“O primeiro-ministro indicou, no fim de semana, que haveria diferentes capacidades (disponibilizadas) consoante o país, e que estão em curso discussões operacionais sobre o que a ‘coligação das vontades’ (coalition of the willing em inglês) é capaz de fornecer”, disse o porta-voz.

Para além do envio de tropas para a Ucrânia que alguns países, incluindo a França e o Reino Unido, manifestaram estar prontos a fornecer, as contribuições esperadas poderão consistir em apoio logístico e técnico ou no acolhimento de tropas no seu território, clarificou o porta-voz de Keir Starmer.

Starmer indicou, no sábado, após uma reunião virtual com cerca de 25 países aliados da Ucrânia, que a iniciativa iria passar para uma fase operacional, com uma reunião de chefes militares agendada para esta quinta-feira em Londres. Vários países europeus, incluindo Portugal representado pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, a Ucrânia, Canadá, Austrália e a Nova Zelândia participaram no encontro de sábado, bem como a União Europeia e a NATO.

O objetivo da força de manutenção de paz é dissuadir a Rússia de violar um eventual cessar-fogo caso Moscovo aceite a proposta dos Estados Unidos com a qual Kiev já concordou. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá conversar com o russo, Vladimir Putin, na terça-feira.

Até à data, a Rússia tem-se oposto totalmente à presença de tropas europeias na Ucrânia. “A Rússia não pediu a opinião da Ucrânia quando enviou tropas norte-coreanas para a linha da frente, no ano passado”, respondeu o porta-voz.

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