Lucros das seguradoras quebraram 31% em 2024, mas solidez aumentou
Os resultados líquidos das seguradoras com atividade direta em Portugal reduziu-se a 481 milhões de euros no passado, valor inferior em 31% ao obtido em 2023.
As companhias de seguros tiveram lucros de 481 milhões de euros em Portugal em 2024 quando tinham obtido cerca 700 milhões de euros em 2023, revelou a ASF, entidade supervisora do setor, no Relatório de Evolução da Atividade Seguradora, relativo ao 4.º Trimestre 2024, encerrando as principais estatísticas, embora provisórias, do ano passado.
Estes valores de resultados líquidos respeitam ao conjunto das seguradoras portuguesas e a sucursais de seguradoras com sede na União Europeia supervisionadas pela ASF.
Foi o pior resultado nos últimos quatro anos, em 2020 tinha sido 450 milhões de euros tendo subido desde aí até aos 900 milhões de euros de 2022, embora nesse ano o valor estar enviesado por uma rentabilidade excecional da seguradora GamaLife resultante de uma operação de aquisição em Itália.
No primeiro semestre do ano, os resultados técnicos tinham melhorado, pelo que esta descida no final do ano do resultado líquido foi anómala.
Solidez resiste e melhora para todo o mercado
Se os lucros baixaram, a solidez medida pelo rácio de solvência, denominado internacionalmente SCR, melhorou para 207% (100% é o limite mínimo, ao ser atingido já os alarmes soaram há muito tempo) com uma expressão ainda mais sólida de 234% nas seguradoras do ramo Vida.
Também as seguradoras Não Vida mantiveram o seu nível de solvabilidade SCR nos 191% e as quatro seguradoras mistas – as que concentram ramos Vida e Não Vida na mesma companhia – superaram uma barreira com 201% de SCR.
Finalmente, a produção subiu essencialmente no ramo Vida, durante o ano passado quer se tratassem de companhias nacionais quer de sucursais faturando em prémios de seguros um valor de 14,3 mil milhões de euros, mais 2,5 milhões de euros que em 2023.
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