Renováveis disparam em bolsa com investidores a verem ‘copo meio cheio’ do corte de Trump aos apoios

A valorização das ações de empresas do setor renovável tem sido superior a 5% ao longo desta terça-feira, depois de notícias menos desfavoráveis do que o esperado em relação aos apoios nos EUA.

O setor das energias renováveis mostrou ganhos relevantes na sessão bolsista desta terça-feira, depois de ter sido conhecida uma primeira versão dos cortes que vão ser implementados sobre os apoios para o setor, os quais haviam sido anunciados por Donald Trump no início do seu mandato.

No principal índice nacional, o PSI, a EDP e EDP Renováveis valorizaram, respetivamente, 1,73% para 3,404 euros e 7,49% para os 9,33 euros. Olhando ao panorama europeu, a Vestas valorizou 7% para os 14,995 euros, enquanto nos Estados Unidos a cotação da empresa focada na tecnologia fotovoltaica, First Solar, dispara 22% para os 171,71 dólares.

O índice europeu que reúne as maiores energéticas, o Stoxx Europe 600 Energy, que estava a valorizar há quatro sessões consecutivas, acabou por inverter a tendência e fechou a ceder 0,6% esta terça-feira.

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A proposta, ainda preliminar, que foi desenhada pelos republicanos da Câmara dos Estados Unidos e divulgada na segunda-feira, propõe uma eliminação gradual dos incentivos para desenvolver projetos de energia limpa. Na opinião dos analistas do Citi, citados na nota de análise do Millenium bcp, “as mudanças propostas são muito melhores do que se temia“.

Numa nota enviada aos respetivos clientes, os analistas da BMO Capital Markets concordam que a “escala” destes cortes “é muito melhor do que o antecipado“, em particular no que diz respeito aos setores solar e de armazenamento. Do lado da RBC Capital Markets, apesar de os analistas considerarem a indústria eólica é particularmente penalizada e que a legislação “diminui a atratividade do mercado dos EUA”, “os cenários mais catastróficos foram evitados“.

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De acordo com o The New York Times, a proposta republicana “irá efetivamente terminar com a maioria dos incentivos fiscais previstos no Inflation Reduction Act”, o programa de Joe Biden que apoia as energias renováveis e que Trump apelidou de “fraude verde”.

Apenas as centrais em operação até ao final de 2028 vão conseguir beneficiar em pleno, excluindo “uma larga fatia de unidades solares, nucleares e geotermais” que estão em desenvolvimento e não estarão terminadas até essa data. Os créditos deverão reduzir gradualmente até desaparecerem em 2031.

Os incentivos para a compra de veículos elétricos vão desaparecer, em grande parte, até ao final de 2025. É também até ao final do ano que os incentivos à produção de combustíveis a hidrogénio deixam de existir. Os benefícios fiscais para as fábricas domésticas de baterias ou painéis solares cessam até 2031, sendo que estarão sujeitos a restrições que tornam “extremamente difícil aceder-lhes”, avalia a mesma publicação.

Jason Smith, o responsável pelo comité que elaborou a proposta, o Comité de “Formas e Maneiras” (Ways and Means), considerou que o diploma “acaba com as ‘borlas’ aos interesses particulares e vai responsabilizar a elite woke e as entidades que beneficiam do sistema fiscal”, concretizando a promessa de Trump de e ‘colocar a América em primeiro lugar’.

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