Centenária Teixeira Duarte está a rejuvenescer. Premeia trabalhadores com ideias mais inovadoras
Teixeira Duarte está em "processo de rejuvenescimento" e uma das iniciativas preparadas neste âmbito foi um concurso de ideias. Das 144 propostas dos trabalhadores, seis foram destacadas este mês.
A Teixeira Duarte é uma “casa centenária”, mas está a “cavalgar a inovação“. Quem o garante é o administrador Gustavo Villas-Boas Lebreiro, que adianta ao ECO que uma das iniciativas pensadas neste “processo de rejuvenescimento” foi um concurso de ideias, que premiou este mês seis propostas de trabalhadores com até 5.000 euros.
“Temos estado na Teixeira Duarte num processo de rejuvenescimento. Fizemos uma análise profunda das necessidades das novas gerações e de como captar talento“, sublinha o administrador da Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, em conversa com o ECO.
Segundo o responsável, o concurso de ideias em causa é uma dessas iniciativas, previstas para captar a atenção dos profissionais mais jovens e reforçar a imagem da Teixeira Duarte como um grupo inovador e que está a preparar-se “para os desafios do futuro”.
Tudo começou, conta, com um estudo da Universidade Católica sobre como “fazer a ignição da inovação” no grupo. Uma das sugestões da instituição de ensino superior foi, precisamente, fazer um concurso de ideias e a Teixeira Duarte acabou por receber, neste âmbito, 144 ideias dos trabalhadores.
Foi criada uma matriz de avaliação e houve tantas ideias e tão boas que escolher logo só cinco ou seis era muito curto.
“As propostas foram todas anónimas, para haver imparcialidade na avaliação. Foi criada uma matriz de avaliação e houve tantas ideias e tão boas que escolher logo só cinco ou seis era muito curto“, explica Gustavo Villas-Boas Lebreiro.
Das 144 ideias, foram selecionadas 14 para uma fase seguinte, na qual os autores das mesmas puderam “sentar-se à mesa” com o comité de inovação da Teixeira Duarte e com a Universidade Católica para desenvolver um plano de negócios e analisar a viabilidade das ideias.
“O maior prémio, no meio disto tudo, foi mesmo a interação com uma entidade externa e a possibilidade de fazer um plano de negócio para ver se as ideias eram viáveis“, observa o referido administrador.
Dessas 14 ideias, seis foram escolhidas e premiadas este mês, com base em diversos setores como o caráter de inovação, sustentabilidade e escalabilidade.

Às ideias selecionadas tanto na primeira fase como na final que aconteceu este mês foram atribuídos prémios entre 1.000 e 5.000 euros.
Quanto às propostas escolhidas, o administrador dá um exemplo: “temos muita dificuldade, nas nossas obras, na ligação dos estaleiros. A E-Redes tem um atraso considerável e, muitas vezes, recorremos a geradores, mesmo no meio urbano. Houve uma equipa que sugeriu termos umas soluções modulares com painéis solares, baterias e sistema de gestão, que pode ser utilizado a 100% ou em interação com a rede”.
A Teixeira Duarte considerou este modelo viável e entende que “tem um payback interessante”, podendo a solução ser levada de estaleiro para estaleiro, daí ter distinguido esta proposta.
Outra das seis ideias destacadas passa por criar “umas barreiras acústicas para alta velocidade, com a introdução de painéis fotovoltaicos para a iluminação em determinadas zonas“. “Outra é utilizar os resíduos de ferro na incorporação do betão, porque acaba por lhe dar maior densidade e é uma reciclagem do produto“, acrescenta.
Das seis propostas vencedoras, quatro vão avançar já. São de baixo investimento e têm um retorno mais rápido.
Questionado sobre o futuro das ideias destacadas, Gustavo Villas-Boas Lebreiro adianta que quatro vão avançar já, porque são de “baixo investimento” e “têm um retorno mais rápido“.
“Há outras duas que implicam investimento de unidades fabris. Nas barreiras acústicas, a ideia é desenvolver o modelo para homologação. É sempre um produto que podemos equacionar no âmbito da alta velocidade. Pode ser uma área de negócio a desenvolver“, perspetiva o administrador.
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