BRANDS' ECOSEGUROS O ciberseguro é uma prioridade para as empresas portuguesas
Cibersegurança é prioridade para 80% das empresas em Portugal, mas poucas têm seguros contra ataques, revelando fragilidades na proteção digital.
A cibersegurança está cada vez mais no topo das prioridades de empresas privadas e entidades públicas, até se tornar uma das principais preocupações para a maioria das organizações, que devem enfrentar uma maior exposição às ameaças cibernéticas, consequência do aumento inevitável da digitalização. De acordo com o Relatório de Cibersegurança do Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal, em 2024, 80% das empresas em Portugal consideram a cibersegurança como uma prioridade alta ou muito alta.
Os ciberataques têm vindo a ganhar cada vez mais importância, tornando a cibersegurança uma prioridade crescente nesta sociedade cada vez mais digitalizada. Em 2021, 11,5% das empresas portuguesas registaram incidentes de segurança relacionados com as tecnologias de informação e comunicação (TIC), com impactos como a interrupção de serviços, a perda ou alteração de dados, ou ainda a exposição de informação confidencial, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), com base nos resultados do Inquérito à Utilização de TIC nas Empresas (IUTICE), edição de 2022. As empresas portuguesas que já foram alvo de ciberataques têm vindo a reconhecer, de forma crescente, a importância da proteção digital. Esta maior consciencialização tem-se refletido na adoção de medidas concretas para reforçar a segurança informática: em 2022, 89,7% das empresas em Portugal implementaram pelo menos uma medida para garantir a integridade, a disponibilidade e a confidencialidade dos seus dados e sistemas de TIC.
Uma das formas de gerir estes riscos associados a incidentes de segurança é através da contratação de seguros específicos para este fim, como os disponibilizados por seguradoras especializadas neste setor, como é o caso da Hiscox. No entanto, apesar de muitas empresas já estarem a elaborar planos de cibersegurança, apenas uma em cada dez empresas portuguesas dispõe de seguros com coberturas contra riscos cibernéticos — uma proporção bastante inferior à média da União Europeia, onde, em cerca de metade dos países, uma em cada cinco empresas possui este tipo de proteção, de acordo com os dados apresentados no Relatório de Cibersegurança em Portugal, disponibilizado pelo Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal, de 2022.

A situação torna-se particularmente alarmante no caso das empresas que não tencionam contratar qualquer tipo de cobertura, mesmo estando altamente expostas a potenciais ataques. Só em Portugal, fomos testemunhas de numerosos ataques, como o ciberataque à Vodafone em 2022, ou ao grupo de media Impresa, detentor de títulos como a SIC e o Expresso, ou um dos maiores ataques alguma vez feitos a nível mundial, o famoso WannaCry, que afetou mais de 10 mil computadores em Portugal.
Para prevenir ou minimizar os impactos dos ciberataques, é essencial, em primeira instância, investir na formação em cibersegurança. Ter as infraestruturas tecnológicas por si só, não protege se os colaboradores continuarem vulneráveis a ameaças como o phishing.
Este investimento em formação é especialmente relevante no contexto português, onde ainda há um longo caminho a percorrer no que diz respeito à maturidade cibernética das empresas. Enquanto muitas se encontram numa fase inicial, com estratégias pouco desenvolvidas, apenas uma minoria está verdadeiramente preparada para responder de forma eficaz e rápida a um ciberataque, com o mínimo de impacto possível.
Assim, na era digital que vivemos e face ao crescente destaque da cibersegurança em 2025, é essencial desde já investir no desenvolvimento de estratégias e ferramentas eficazes, complementando a formação e a prevenção com mecanismos de proteção mais amplos como os seguros cibernéticos disponibilizados por entidades especializadas como a Hiscox — que garantam uma abordagem verdadeiramente integrada.
Ana Silva, Underwriter & Head of Profesional & Financial Lines na Hiscox
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