Tribunal sul-coreano aprova detenção de ex-presidente Yoon Suk-yeol

  • Lusa
  • 9 Julho 2025

Destituído em abril, Yoon Suk-yeol vai regressar a um centro de detenção perto de Seul, quatro meses depois de ter sido libertado, em março.

Um tribunal sul-coreano aprovou esta quarta-feira a detenção do ex-presidente Yoon Suk-yeol por acusações relacionadas com a imposição da lei marcial em dezembro. O tribunal aceitou existir um risco de destruição de provas.

Destituído em abril, Yoon Suk-yeol vai regressar a um centro de detenção perto de Seul, quatro meses depois de ter sido libertado, em março, na sequência de uma decisão do Tribunal Distrital Central de Seul, de anular a detenção de janeiro. Os advogados de Yoon denunciaram o pedido de detenção como excessivo e desprovido de provas.

O processo penal de Yoon está agora com um procurador especial, que está a apresentar acusações adicionais sobre a breve imposição da lei marcial, incluindo abuso de poder, falsificação de documentos oficiais e obstrução de deveres oficiais.

Em janeiro, Yoon foi acusado pelo Ministério Público de ser o mentor de uma tentativa de rebelião, descrevendo a tomada de poder como uma tentativa ilegal de se apoderar da legislatura e dos gabinetes eleitorais e de deter opositores políticos. As acusações são puníveis com pena de morte ou prisão perpétua.

Yoon é igualmente acusado de aplicar a lei marcial sem seguir os procedimentos legais exigidos, como a deliberação numa reunião formal do Conselho de Ministros, e de mobilizar ilegalmente as forças de segurança presidenciais como um exército privado para bloquear uma primeira tentativa das forças da ordem de o deterem na residência no início de janeiro.

O rival liberal, Lee Jae-myung, que venceu as eleições antecipadas de junho para o substituir, aprovou no mês passado uma lei que prevê o lançamento de investigações especiais sobre o fracasso da lei marcial de Yoon e outras alegações criminais que envolvem também a mulher e a administração. O decreto de lei marcial durou apenas seis horas, mas conseguiu mergulhar a Coreia do Sul na pior crise política em décadas.

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