Klarna retoma IPO e espera avaliação de até 14 mil milhões
Empresa sueca do "leve agora pague depois" volta à investida na bolsa dos EUA, depois da suspensão do processo no segundo trimestre, e vai negociar com o símbolo "KLAR". É a terceira tentativa de IPO.
À terceira pode ser de vez. A empresa sueca Klarna, especializada no “leve agora pague depois”, vai retomar o processo de entrada na bolsa de Nova Iorque. A tecnológica dos pagamentos, que se está a tornar num neobanco, informou esta terça-feira que lançou oficialmente a sua oferta pública inicial (IPO – Initial Public Offering), depois de suspender o processo devido à volatilidade dos mercados financeiros.
A Klarna, que opera em Portugal através do negócio dos pagamentos faseados, vai negociar sob o símbolo “KLAR” e espera uma avaliação de até 14 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros ao câmbio atual). Esta é a terceira tentativa de IPO do unicórnio de Estocolmo, mas a ser bem-sucedido torná-la-á na maior empresa sueca a lançar ações nos Estados Unidos desde a entrada do Spotify em bolsa, em 2018.
A dispersão de capital abrange mais de 34 milhões (34.311.274) ações ordinárias, dos quais 5.555.556 títulos dados pela Klarna e outros 28.755.718 vindos de determinados acionistas, sendo que o preço inicial está estimado entre 35 a 37 dólares por cada ação (ou 30 a 31,75 euros).
Foi em novembro de 2024 que a Klarna iniciou o processo de entrada em Wall Street pela segunda vez em três anos, apesar de uma queda acentuada na avaliação. No entanto, o IPO foi adiado devido ao anúncio de tarifas de Donald Trump, que impactou negativamente as bolsas mundiais.
“Os acionistas vendedores concederam aos subscritores uma opção de 30 dias para comprar até 5.146.691 ações ordinárias adicionais para cobrir lotes excedentes. A Klarna não receberá quaisquer fundos da venda de ações ordinárias pelos acionistas vendedores”, lê-se ainda no mais recente comunicado da futura inquilina da praça norte-americana.
As consultoras e bancos de investimento envolvidos nesta transação são Goldman Sachs, J.P. Morgan, BofA Securities, Citigroup, Deutsche Bank Securities, Société Générale, UBS Investment Bank, BNP Paribas, Keefe, Bruyette & Woods, Stifel Company, Nordea, Rothschild, Wedbush Securities e Wolfe e Nomura Alliance.
No segundo trimestre, os prejuízos da Klarna alcançaram um recorde de aproximadamente 45 milhões de euros.
Em Portugal, a empresa tem cerca de 5.600 marcas parceiras (que têm opções de pagamento em três vezes sem juros), entre as quais a Perfumes & Companhia, KuantoKusta, Gato Preto, Airbnb, Ticketline, Decathlon, TAP ou La Redoute. O número de utilizadores Klarna ultrapassa os 650 mil no país.
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