Trabalhadores da Geração Z ficam “pouco tempo” nas empresas

O emprego para a vida está morto? Entre os trabalhadores da Geração Z, a tendência é ficar, em média, 1,1 anos em cada emprego, nos primeiros cinco anos de carreira.

Os trabalhadores da Geração Z (isto é, nascidos entre 1997 e 2012) ficam, em média, apenas 1,1 anos em cada emprego, nos primeiros cinco anos de carreira, indica um novo estudo da Randstad. A ausência de percursos claros de progressão é um dos fatores que explicam este cenário, segundo essa empresa de recursos humanos.

“O estudo mostra que os jovens permanecem, em média, apenas 1,1 anos em cada emprego nos primeiros cinco anos de carreira — menos de metade do tempo dos baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964: 2,9 anos) e da Geração X (1965-1980: 2,8 anos), e significativamente abaixo dos millennials (1981-1996: 1,8 anos)”, informa a Randstad, numa nota enviada esta quinta-feira às redações a propósito do novo estudo “The Gen Z workplace blueprint”.

A consultora de recursos humanos assinala também que mais de metade dos Gen Z (52%) estão ativamente à procura de uma nova oportunidade e apenas 11% planeiam permanecer a longo prazo na função que ocupam.

Ainda assim, a Randstad argumenta que esta mobilidade não resulta de desinteresse ou falta de lealdade. Antes, a explicar este cenário estão o salário, “a ambição e a ausência de percursos claros de progressão“.

Por outro lado, o novo estudo identifica o aumento das atividades profissionais paralelas entre os trabalhadores da Geração Z. Em concreto, apenas 45% têm um único emprego a tempo inteiro, “valor bastante inferior ao das gerações anteriores”.

“Muitos jovens conciliam o trabalho principal com atividades paralelas, seja por necessidade financeira, seja para responder ao desejo de propósito e flexibilidade“, sublinha a Randstad, que adianta que mais de quatro em cada dez admitem que as suas funções atuais não correspondem ao “emprego de sonho”.

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