Apoio à deslocação será alargado a todos os docentes a partir de setembro

  • Lusa
  • 17 Julho 2025

Luís Montenegro indicou que o atual sistema beneficiou cerca de 2.800 professores. Em setembro passa a beneficiar todos os professores da escola pública.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que o Governo irá alargar o apoio à deslocação a todos os docentes da escola pública a partir de setembro, depois de esta medida ter sido implementada nos territórios com carência de professores.

“Depois de termos implementado nos territórios sinalizados com carência de professores a medida de apoio à deslocação, que beneficiou mais de 2.800 docentes, estou em condições de anunciar aqui o seu alargamento a partir de 1 de setembro a todos os professores da escola pública”, afirmou Luís Montenegro, na abertura do debate do estado da nação.

Montenegro apontou o Estado social como “o pilar da coesão” e a garantia de que “ninguém fica para trás”, dedicando menos de um minuto da sua intervenção inicial à situação na saúde.

“Continuamos a cumprir a execução do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, ultrapassando paulatinamente os inúmeros constrangimentos que se acumularam nos últimos anos. Temos vindo a reforçar o Serviço Nacional de Saúde com mais meios, com mais equipamentos e acelerar acordos com os profissionais da saúde para os atrair e reter nas nossas unidades de saúde”, afirmou.

A Assembleia da República já tinha aprovado em março, com os votos contra do PSD e CDS-PP, um regime de compensação alargado a todos os professores deslocados, independentemente de estarem ou não colocados numa escola considerada carenciada por ter falta de professores, como previa a medida criada pelo Governo no início daquele ano letivo.

No entanto, o alargamento do apoio, cujo valor varia entre 150 e 450 euros mensais, conforme a distância, só entraria em vigor com o Orçamento do Estado para 2026, ou seja, a partir de janeiro.

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Governo reúne-se com parceiros sociais na próxima semana sobre legislação laboral

  • Lusa
  • 17 Julho 2025

A agenda oficial da reunião indica que na ordem de trabalhos consta a monitorização do acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico 2025-2028 e a legislação laboral.

O Governo e os parceiros sociais reúnem-se na próxima quinta-feira, 24 de julho, em Concertação Social, num encontro que terá a legislação laboral na agenda. A agenda oficial da reunião indica que na ordem de trabalhos consta a monitorização do acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico 2025-2028 e a legislação laboral, entre outros assuntos.

A reunião vai decorrer na sede do Conselho Económico e Social (CES), no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, e tem início previsto para as 15:00. Como habitual, será presidida pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

No início de julho, os parceiros sociais reuniram com o Governo, num encontro liderado pelo primeiro-ministro. As confederações empresariais insistiram que é necessário revisitar “de forma profunda” a legislação laboral, enquanto a UGT considerou que não é prioritário, mas diz estar aberta ao diálogo.

Já a CGTP acusou o Governo de querer “limitar o impacto” das greves e afirmou há “já setores em que os serviços mínimos que são estipulados são superiores ao dia normal de funcionamento que existe nos serviços”.

Por sua vez, o primeiro-ministro reiterou a intenção de mexer na lei da greve, sublinhando que a intenção é “consagrar” que “há serviços mínimos que não ponham em causa a proporção entre o exercício do direito à greve e o exercício dos restantes direitos dos demais trabalhadores” e assegurou que eventuais alterações terão respaldo constitucional.

O programa de Governo tem várias medidas no âmbito da revisão da legislação laboral. Entre as quais consta dar “maior flexibilidade no gozo de férias por iniciativa do trabalhador”, com a possibilidade de comprar de dias de férias, “com um limite a definir contratualmente entre as partes”.

Atualmente, o Código do Trabalho prevê que “o período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis”, ainda que admita que no âmbito da negociação coletiva possam ser acrescentados dias. No âmbito de uma revisão da lei laboral, o Governo quer ainda “equilibrar de forma mais adequada” o direito à greve “com a satisfação de necessidades sociais impreteríveis”.

Outras das várias mudanças que o Governo pretende introduzir diz respeito à possibilidade de os trabalhadores voltarem a poder escolher se querem receber os subsídios de férias e de Natal em duodécimos ou da forma tradicional, bem como “clarificar, desburocratizar e simplificar” vários regimes como o de parentalidade, teletrabalho, organização do tempo de trabalho, transmissão de estabelecimento, lay-off e processo do trabalho.

Além da legislação laboral, o acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico 2025-2028, que foi assinado em outubro, previa a discussão de outras matérias em sede de Concertação Social, como a saúde e segurança no Trabalho, a formação profissional, a sustentabilidade da Segurança Social, a reorganização e modernização administrativa e o estatuto dos benefícios fiscais.

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Lucros do grupo ISQ sobem 10% para 4,26 milhões

  • Lusa
  • 17 Julho 2025

Os lucros do grupo ISQ subiram 10% para 4,26 milhões de euros em 2024 e o volume de negócios avançou 7% para 94,95 milhões de euros.

Os lucros do grupo ISQ subiram 10% para 4,26 milhões de euros em 2024 e o volume de negócios avançou 7% para 94,95 milhões de euros, avançou esta quinta-feira a empresa. A empresa informou ainda que o seu resultado bruto de exploração (EBITDA) cresceu 4% para 11,36 milhões de euros.

“Os resultados do ano de 2024 são bastante positivos para o ISQ mas, mais do que isso, mostram a consolidação de uma estratégia de crescimento pois nos últimos cinco anos conseguimos aumentar todos os anos o volume de negócios, o EBITDA e aumentar os resultados líquidos”, disse o presidente do Conselho de Administração do ISQ, Pedro Matias.

De acordo com o comunicado, o grupo “já investiu mais de um milhão de euros em sistemas de produção fotovoltaica, com uma capacidade instalada de cerca de 650KWp, na sua sede, no Taguspark, em Oeiras, adicionando 79 kWp instalados na delegação Norte, em Grijó”.

Em 2024, por exemplo, o ISQ produziu mais de um milhão de MGh e evitou 597 toneladas de CO2, tendo adjudicado um contrato de energia verde”, lê-se em comunicado. O Grupo ISQ é uma entidade privada e independente com laboratórios acreditados e que presta à indústria nacional serviços integrados de engenharia, inspeções técnicas, ensaios especiais.

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Pensionistas recebem bónus em setembro. Extra será de 100, 150 ou 200 euros para pensões até 1.567,50 euros

Tal como há um ano, o Governo volta a dar um suplemento extraordinária aos reformados, anunciou o primeiro-ministro. Se a descida do IRS se confirmar também em setembro, o brinde será duplo.

Tal como há um ano, o Governo volta a dar um suplemento extraordinário aos reformados de até 200 euros, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro, no discurso de abertura do debate sobre o Estado da Nação. Se a descida do IRS se confirmar também em setembro por via da redução das tabelas de redução na fonte com retroativos a janeiro, o brinde será duplo.

“O Conselho de Ministros vai aprovar” esta sexta-feira “a atribuição de um suplemento extraordinário para todas as pensões até 1.567,50 euros, que será pago em setembro e terá um valor de 200 euros para as pensões até 522,50 euros”, revelou Luís Montenegro.

O chefe do Executivo indicou que as pensões entre 522,50 euros e 1.045 euros terão direito a um bónus pontual de 150 euros e todas as reformas entre 1.045 e 1.567,50 euros irão receber um suplemento de 100 euros. Ao todo serão “dois milhões e 300 mil” os pensionistas que irão beneficiar o apoio, indicou Montenegro.

O bónus até 200 euros vai abranger pensões “de velhice, de sobrevivência e de invalidez” da Segurança Social do sistema convergente e do setor bancário, esclareceu o chefe do Governo. Montenegro referiu ainda que, tendo em conta o impacto do ano passado, cerca de 60% dos dois milhões e 300 mil pensionistas que tiveram direito ao suplemento dizem respeito ao primeiro escalão, isto é, os que auferem prestações até 522,50 euros. “Em média, dentro desse escalão, esta prestação suplementar tem uma equivalência próxima ao valor de meia pensão, visto que abaixo dos 522,50 euros a pensão media anda à volta dos 400 euros; no escalão seguinte, entre 522,50 e 1.045 euros, corresponde a 20% e, no terceiro escalão, entre 1.045 e 1.567,50 euros, a 8% do valor, o que mostra a progressividade da medida”, detalhou.

Montenegro justificou ainda a adoção da mesma medida do ano passado tendo em conta a boa trajetória das contas públicas: “Chegamos a meio do ano e com a execução orçamental que temos é possível atribuir mais uma vez este suplemento”. “Sempre dissemos que se a execução orçamental o permitisse iríamos, na medida do possível, devolver o esforço, dando à sociedade parte daquilo que estivesse a exceder as nossas expectativas”, sublinhou.

O suplemento extraordinário é pontual, isto é, será atribuído uma única vez, ou seja, não contará para efeitos de atualização anual das reformas. E caso a descida do IRS tenha efeitos já em setembro, por via da redução das tabelas de retenção na fonte, os pensionistas vão beneficiar de um duplo bónus, tal como no ano passado: por via do suplemento e pela diminuição dos descontos para o Fisco.

De lembrar que o Parlamento aprovou esta quarta-feira a baixa do imposto em votação final global e o Presidente da República já promulgou o diploma, esta quinta-feira. Tudo isto em vésperas das eleições autárquicas de 12 de outubro.

O primeiro-ministro e o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já tinham afirmado que caso as contas públicas o permitissem iriam repetir, este ano, a atribuição de um suplemento extraordinário para os pensionistas.

O Governo estima chegar ao final deste ano com um excedente de 0,3% do PIB, uma previsão bem mais otimista do que a do Conselho das Finanças Públicas que projeta um saldo nulo e o Banco de Portugal que aponta mesmo para um défice de 0,1%.

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MDS integra Adrián Larrondo para reforçar seguros marítimos

Com mais de três décadas de experiência ligada ao setor de seguros marítimos, o especialista passou por escritórios de advocacia especializados em direito marítimo, assim como corretores de seguros.

O Grupo MDS integrou o especialista internacional em seguros marítimos, portuários e logísticos, Adrián Larrondo, na empresa assim como a sua carteira de clientes. Segundo comunicado do corretor, a integração tem como objetivo consolidar a atuação da MDS no setor “com elevado potencial de crescimento, em mercados estratégicos como Portugal, Espanha e América Latina”.

Álvaro Mengotti, CEO da MDS Espanha com Adrián Larrondo que assumirá o cargo de Managing Director do Negócio Marítimo.

Adrián Larrondo assumirá o cargo de Managing Director do Negócio Marítimo irá operar a partir do escritório da MDS em Madrid. O especialista vai contribuir “para reforçar o serviço, a capacidade técnica e a oferta de soluções inovadoras do grupo nesta linha de negócio com forte relevância internacional”, indica a empresa.

Com mais de três décadas de experiência ligada ao setor de seguros marítimos, o especialista passou por escritórios de advocacia especializados em direito marítimo, assim como corretores de seguros. Adrián Larrondo, integrou o JRRodriguez & Asociados a Chami, Di-Menna & Associates Law Firm, Compañia Sud Americana de Vapores SA (CSAV), Jardine Lloyd Thompson, March JLT correduria de seguros y reaseguros, sempre relacionado com seguros marítimos.

Licenciado em Direito pela Universidade de Buenos Aires (Argentina), o especialista é também mestre em Direito Marítimo e Seguros pela Universidade de Southampton (Reino Unido) e recebeu uma bolsa do governo britânico (British Council) para realizar estudos de pós-graduação no Reino Unido.

“Este investimento da MDS na área dos seguros marítimos posiciona-nos de forma ainda mais sólida para apoiar clientes com operações internacionais, oferecendo soluções de gestão de risco altamente especializadas e adaptadas às dinâmicas de um setor crítico para o comércio global”, afirma José Manuel Dias da Fonseca, CEO do Grupo MDS e CEO e presidente da Brokerslink. “O desenvolvimento desta área acompanha a evolução do setor nos mercados ibérico e latino-americano – regiões com portos estratégicos, cadeias logísticas em expansão e um crescente protagonismo nas rotas comerciais globais.”, conclui.

Adrián Larrond junta-se, com a sua equipa, ao Grupo MDS para assumir a liderança de uma linha de negócio “tão estratégico como os seguros marítimos”, comenta, concluindo que “a partir de Madrid, atuaremos com uma visão internacional para consolidar a MDS como uma referência nesta área-chave para o comércio mundial”.

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Muse foram os mais aplaudidos no Nos Alive. Concerto de Olivia Rodrigo foi o que registou mais gritos

  • + M
  • 17 Julho 2025

A conclusão é do “entusiasmómetro” da Nos, uma solução 5G de analítica de som, apoiada por inteligência artificial, que mediu em tempo real e de forma automatizada as reações sonoras do público.

Os Muse registaram o maior número de aplausos do público na edição deste ano do Nos Alive. Seguem-se os Nine Inch Nailes e os Jet, no top três dos concertos mais aplaudidos ao longo dos três dias do festival.

Olivia Rodrigo, por seu lado, destacou-se como o concerto em que os fãs mais gritaram, seguindo-se neste ranking as atuações de Mark Ambor e Benson Boone. Este último artista foi também aquele que conseguiu um maior envolvimento da multidão, seguido de Noah Kahan e Olivia Rodrigo.

As conclusões são do “entusiasmómetro” da Nos, uma solução 5G de analítica de som, apoiada por inteligência artificial, que mediu em tempo real e de forma automatizada as reações sonoras do público.

Entre as atuações que geraram maior intensidade de reações entre o público lideram os Justice, seguidos pelas bandas Muse e Jet. Já a cantora norueguesa Girl in Red foi a que mais ouviu os fãs a cantarem as suas músicas, seguida por Benson Boone e Mark Ambor. Na variável dos assobios, The Wombats assumiram a liderança, seguidos por Justice e Cmat.

Recorrendo à inteligência artificial e ao 5G, a Nos analisou assim diversos tipos de sons (como palmas, gritos ou assobios), captados através dos microfones ultrassónicos de alta precisão da startup Amago Audio. Os dados analíticos “refletem o impacto que a música teve no público, evidenciando a conexão que os artistas em palco estabeleceram com os seus fãs e demonstrando o potencial valor que a ciência de dados pode ter na avaliação de grandes eventos culturais“, refere a marca em nota de imprensa.

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Fórum para a Competitividade estima crescimento entre 1,5% e 1,9% em 2025

  • Lusa
  • 17 Julho 2025

O Fórum a estimar que as novas tarifas dos EUA poderão reduzir o crescimento económico em Portugal em 0,3% em 2025 e 2026.

O Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa irá crescer entre 1,5% e 1,9% em 2025, sofrendo o impacto das tarifas dos EUA, para recuperar depois em 2026.

Segundo a nota divulgada esta quinta-feira, após um abrandamento do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, o Fórum prevê uma recuperação para entre 1,6% e 2,2% em 2026.

O abrandamento esperado para este ano tem em conta também que as “exportações estão a ser afetadas pela deterioração das condições externas e pela forte apreciação do euro”, com o Fórum a estimar que as novas tarifas dos EUA poderão reduzir o crescimento económico em Portugal em 0,3% em 2025 e 2026, com “impactos significativos em alguns setores, como produtos farmacêuticos, petróleo e cortiça”.

Apesar disso, a expectativa é de que as exportações “deverão recuperar no próximo ano, também ajudadas pela clarificação das tarifas”.

Para 2026, as perspetivas são assim mais favoráveis, “devendo revelar-se o melhor ano de crescimento desde 2023”, indica o Fórum, sendo que, a nível nacional, “poderão chegar os primeiros sinais das reformas estruturais que têm vindo a ser anunciadas, começando a contribuir para um aumento do potencial de crescimento da nossa economia”.

Já no que diz respeito à evolução dos preços, é projetado um abrandamento da inflação nacional, de 2,4% em 2024 para entre 1,8% a 2,1% em 2025 e para entre 1,6% e 2,0% em 2026. Quanto ao mercado de trabalho, as perspetivas são de “uma relativa estabilização da taxa de desemprego, de 6,4% em 2024 para entre 6,3% e 6,6% em 2025 e para entre 6,2% e 6,6% em 2026”.

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IRC desce para 19% em 2026. Governo aprova proposta esta sexta-feira

Medida será aprovada em Conselho de Ministros. Proposta estava prevista no programa de Governo, bem como a taxa de 15% nos primeiros 50 mil euros do lucro tributável das médias empresas.

O Governo vai avançar com a redução do IRC para 19% no próximo ano, chegando a 17% no final da legislatura, conforme previsto no Programa de Governo. A medida será aprovada esta sexta-feira em Conselho de Ministros, anunciou o primeiro-ministro durante o debate do Estado da Nação.

“O primeiro-ministro anunciou que o Conselho de Ministros vai aprovar esta sexta-feira a descida do IRC para para 19% em 2026, 18% em 2027 e 17% em 2028″, avançou Luís Montenegro durante a intervenção inicial do debate desta quinta-feira no Parlamento.

O chefe de Governo esclareceu ainda que para as pequenas e médias empresas, em 2026, a taxa irá cair para 15% nos primeiros 50 mil euros do lucro tributável. Ambas as medidas estavam previstas no programa económico que a AD – Coligação PSD/CDS-PP levou às eleições legislativas de maio.

O primeiro-ministro sublinhou que existem “à volta de 500 mil empresas” a pagar IRC e, portanto, beneficiárias das medidas.

A proposta da AD – coligação PSD/CDS de redução transversal do IRC em três pontos percentuais, de 20% para 17%, e de descida da taxa de 16% para 15% nos primeiros 50 mil euros de lucro tributável, até ao final da legislatura, deverá custar cerca de mil milhões de euros, uma perda de receita que será suportada pelo crescimento económico e pela contenção da despesa corrente primária, segundo as contas do Governo.

Em entrevista ao ECO, Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, estimou que a descida de IRC concretizada através de uma redução de um ponto percentual ao ano terá um custo estimado entre 200 e 250 milhões de euros a cada ano.

(Notícia atualizada às 16h04)

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Greve na SATA Air Açores desconvocada após novo Acordo de Empresa

  • Lusa
  • 17 Julho 2025

O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil disse que foi alcançada uma valorização de 1% na carreira dos tripulantes de cabine da SATA responsável pelas ligações interilhas.

A greve dos tripulantes de cabine da SATA Air Açores foi desconvocada após as reivindicações terem sido “parcialmente atendidas” e de ter sido aprovado um novo Acordo de Empresa que prevê aumentos salariais, revelou esta quinta-feira o sindicato.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) confirmou que “não só a greve” prevista para começar na sexta-feira foi desconvocada, como foi aprovado um novo Acordo de Empresa para os tripulantes de cabine, que reduz a desigualdade salarial face a outros trabalhadores do grupo SATA.

Segundo Ricardo Penarróias, foi possível alcançar uma valorização de 1% na carreira dos tripulantes de cabine da companhia aérea responsável pelas ligações interilhas.

“Pretendíamos os 2% de sororidade [igualdade salarial], tal como está em alguns trabalhadores do grupo, mas aquilo que se conseguiu foi o 1%. A juntar-se aos ganhos conquistados no documento no seu todo, os tripulantes aprovaram o novo Acordo de Empresa e consequente desconvocação da greve”, adiantou.

O sindicalista avançou também que a empresa se comprometeu a minimizar os impactos das condições de trabalho nos aviões DashQ200, que “atingem temperaturas excessivas”, criando “condições desumanas para os tripulantes de cabine”. O presidente do SNPVAC destaca que o novo Acordo de Empresa contém “outros ganhos”, relacionado com regras operacionais e o “novo modelo financeiro de vencimento”.

“Este novo modelo financeiro não é exclusivo dos tripulantes de SATA Air Açores, mas foi o modelo que foi encontrado e negociado por todos o pessoal navegante, ou seja, tripulantes de cabine da Azores Airlines e tripulantes de cabine SATA Air Açores, pilotos da SATA Air Açores e pilotos da Azores Airlines”, explicou.

A greve dos tripulantes de cabine da SATA Air Açores, que estava prevista começar na sexta-feira, foi desconvocada, após ter sido alcançado um entendimento entre a administração e os representantes sindicais, anunciou hoje a companhia aérea.

A decisão resulta de um entendimento alcançado entre a administração da companhia aérea e os representantes sindicais, na sequência de um processo de diálogo que permitiu responder a preocupações relacionadas com a progressão na carreira e com a melhoria da climatização a bordo”, adianta a SATA em comunicado.

A greve dos tripulantes de cabine tinha sido convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para o período de 18 a 24 de julho.

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Montenegro nega “acordo de princípio” com o Chega. Acompanhe aqui o debate do Estado da Nação

Em modo de pré-campanha para as autárquicas, a discussão parlamentar será marcada por dois temas fundamentais: saúde e imigração. Governo joga trunfos e oposição aponta falhanços.

O primeiro-ministro abre esta quinta-feira o debate sobre o Estado da Nação, o último embate político antes das férias parlamentares, e que deverá ficar marcado por matérias como imigração e saúde e pela forma como o Governo PSD/CDS tem negociado ora com Chega ora com PS. Habitação, economia e defesa também deverão entrar nos discursos da oposição.

O debate, que funcionará como uma espécie de antecâmara para as eleições autárquicas, de 12 de outubro, tem uma duração aproximada de quatro horas e será aberto com uma intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que pode durar até 40 minutos, sendo igualmente encerrado pelo Governo. Seguem-se pedidos de esclarecimento dos partidos, a começar pelo Chega, e depois PSD, PS, IL, Livre, PCP, CDS, BE, PAN e JPP.

Será o primeiro debate do Estado da Nação com o presidente do Chega, André Ventura, como líder da oposição e com José Luís Carneiro como secretário-geral do PS.

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Sines recebe investimento de dez milhões em casas para talentos na região

Gestora de capital de risco Admar vai investir cerca de 10 milhões de euros num empreendimento habitacional pensado para profissionais que vão chegando à cidade pelos 'data centers' e energia.

Sines vai ter um novo empreendimento habitacional pensado para profissionais de quadros médios e superiores de empresas que trabalham na região, à medida que o literal alentejano capta interesse de mais investidores em áreas como o hidrogénio verde e a tecnologia. A gestora de capital de risco Admar anunciou esta quinta-feira que vai investir cerca de dez milhões de euros num projeto chamado Lumin.

A sociedade portuguesa considera que a cidade se está a afirmar “como um dos principais polos estratégicos e tecnológicos de Portugal”, até porque tem em curso investimentos internacionais como a fábrica de baterias de lítio da chinesa CALB ou o campus de centro de dados da Start Campus.

“Porta de entrada de energia para a Europa, a cidade tem ganho protagonismo graças ao Porto de Sines e aos projetos de produção de hidrogénio verde e distribuição de gás natural liquefeito. Simultaneamente, destaca-se no setor digital, com a instalação de cabos submarinos de dados e a construção de um dos maiores data centers da União Europeia: o Data Center Sines 4.0”, exemplifica a sociedade gestora, referindo-se também ao cabo transatlântico EllaLink.

“O Lumin foi idealizado para acolher quem quer estar presente na transformação de Sines e da própria região, focado em profissionais que procuram um lugar à altura da sua ambição”, afirmou João Cota Dias, administrador da Admar SCR, em declarações divulgadas em comunicado de imprensa. Em causa está um edifício de quatro pisos com 24 apartamentos de tipologias T1, T2 e um T9 com preços a variar entre 297 mil e 825 mil euros.

A Admar SCR, fundada pelo empresário Pedro Carvalho de Almeida, alerta ainda que, apesar da crescente procura de talento e da instalação de empresas de referência na Zona Industrial e Logística de Sines, a oferta de habitação de qualidade direcionada aos seus colaboradores continua limitada.

Além das iniciativas que estão a decorrer, Sines pode ainda vir a receber uma gigafábrica de inteligência artificial. A concorrer com mais 15 Estados-membros e outras 75 manifestações formais de interesse (pré-candidaturas), made in Portugal apresentou-se na corrida de forma “forte e competitiva”, segundo o presidente do Banco Português de Fomento. No total, a potencial instalação tecnológica deverá ter uma área total de 28 mil metros quadrados, está avaliada em quatro mil milhões de euros e previsão de 270 empregos.

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S&P confere rating de “A” à Fidelidade e antecipa crescimento de 10% nos próximos três anos

A classificação de "A" atribuído pela agência de notação financeira americana à Fidelidade destaca a solidez financeira, o crescimento sustentado e a independência da Fidelidade face à Fosun.

2ª Conferência Anual ECOSeguros - 28OUT21
Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade: “É o resultado de uma disciplina financeira rigorosa, de uma gestão prudente e de um foco claro na criação de valor para clientes, acionistas e parceiros”.Henrique Casinhas/ECO

A Fidelidade passou a integrar o universo de empresas avaliadas pela agência de risco creditício Standard & Poor’s (S&P), que atribuiu um rating “A” à seguradora e à sua subsidiária de resseguros, com perspetiva estável. Está avaliação surge após a Fitch ter atualizado em setembro de 2024 o rating da Fidelidade para “A+”.

“O reconhecimento das duas principais agências internacionais de rating reforça a confiança na estratégia que temos vindo a seguir”, refere Rogério Campos Henriques, CEO da companhia, em comunicado.

Na base da avaliação dos analistas da S&P estão três pilares fundamentais para a atribuição deste nível de risco:

  • A dimensão e diversificação geográfica do grupo, “com posições de liderança em Portugal e operações internacionais relevantes, nomeadamente no Peru, Chile, África e Ásia”,
  • “A capitalização sólida”, com os analistas da S&P a destacarem a o facto da empresa apresentar um rácio de solvência II de 194% no final do ano passado
  • “A qualidade e equilíbrio do portefólio de negócios”, os analistas da agência de notação de risco a sublinharem a capacidade da empresa apresentar uma quota de mercado de 30% em Portugal, tanto em ramos Vida como Não Vida, e uma “crescente diversificação internacional que representa cerca de 30% dos prémios”.

O relatório da S&P refere que a empresa registou “um crescimento de 12,6% das receitas de seguros em 2024” e apresentou “resultados líquidos de 173,5 milhões de euros (253 milhões, incluindo interesses minoritários), demonstrando rentabilidade sustentável“. Além disso, os analistas sublinham que a “o grupo registou um crescimento das receitas de seguros de 12,6% em 2024, para 3,86 mil milhões de euros” e “nos últimos dois anos, a empresa registou uma taxa de crescimento anual composta de cerca de 10%”.

Os analistas da Standard & Poor’s estimam que “o rácio de Solvência II do grupo se estabilizará em torno de 190%” e que “a adequação de capital estará ao nível de confiança de 99,95%”.

A S&P mostra-se também confiante no futuro da Fidelidade. “Prevemos que a Fidelidade continuará a crescer entre 5% e 10% nos próximos três anos e manterá um rácio combinado de cerca de 92%”, lê-se no relatório. A agência projeta ainda que “o resultado líquido antes de interesses minoritários crescerá para cerca de 400 milhões de euros até 2027”.

Do ponto de vista da solidez financeira, os analistas da S&P estimam que “o rácio de Solvência II do grupo se estabilizará em torno de 190%” e que “a adequação de capital estará ao nível de confiança de 99,95%”, sublinhando que “a Fidelidade continuará a gerar resultados transitados suficientes para compensar o aumento das necessidades de capital decorrentes do crescimento orgânico e inorgânico.”

Um aspeto particularmente valorizado na avaliação da S&P é a autonomia operacional da seguradora face ao seu acionista maioritário, o grupo chinês Fosun. “Desligamos as nossas notações da Fidelidade da do Fosun”, explica a agência, “porque consideramos a Fidelidade como isolada do seu proprietário maioritário Fosun, devido à forte supervisão regulatória e à sua independência operacional e financeira da empresa-mãe”. Esta independência é garantida por “uma estrutura jurídica separada, um elevado grau de autonomia operacional, um conselho de administração independente e um acionista minoritário considerável”, salientam os analistas.

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