Meta compra PlayAI para impulsionar desenvolvimento de IA

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Meta pretende avançar na criação de vozes naturais para personagens de IA, nas capacidades do seu assistente MetaAI, nos dispositivos e na criação de conteúdos áudio.

A Meta comprou a startup PlayAI, centrada no desenvolvimento de voz natural através de tecnologias de Inteligência Artificial (IA), para avançar na criação de personagens de IA, funções no assistente Meta AI e criação de conteúdo áudio.

De acordo com a agência de notícias Europa Press, a Meta fechou um acordo de compra para levar a cabo a aquisição da startup norte-americana PlayAI, focada em tecnologia de geração de voz, juntar-se-á à empresa-mãe do Facebook na próxima semana.

Esta aquisição, cujo valor não foi divulgado, faz parte da estratégia da empresa liderada por Mark Zuckerberg que recentemente reestruturou a sua equipa responsável pela tecnologia, para melhorar os seus serviços de IA.

Embora não tinham sido partilhados detalhes financeiros sobre a compra, com a aquisição a Meta pretende avançar na criação de vozes naturais para personagens de IA, nas capacidades do seu assistente MetaAI, nos dispositivos e na criação de conteúdos áudio.

A PlayAI dispõe de tecnologias avançadas de conversão de texto em voz que soam de forma natural, pelo que “o trabalho da PlayAI na criação de vozes naturais, juntamente com uma plataforma para facilitar a criação de vozes, é uma ótima opção para o nosso trabalho”, concluiu a Meta num comunicado interno, citado pela agência de notícias.

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Fisco recebeu mais 5% de declarações de IRC em 2024

O número de declarações Modelo 22 do IRC entregues e validadas aumentou no ano passado, quando o Fisco recebeu quase 630 mil declarações. A maioria foi entregue dentro do prazo legal.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) recebeu mais declarações de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) no ano passado. Foram recebidas e validadas quase 630 mil declarações Modelo 22 do IRC, um crescimento de 5% em comparação com o ano anterior. Houve mais declarações entregues dentro do prazo legal num período em que o Fisco também emitiu mais cartas-aviso e liquidações oficiosas.

“Foram recebidas e sujeitas a validação central durante o ano de 2024, 627.392 declarações relativas a vários períodos de tributação”, revela o relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2024 divulgado pelo gabinete da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais e entregue no Parlamento. Deste total, a maioria é referente ao período de 2023.

O número de declarações recebidas e validadas em 2024 representa um crescimento em comparação com o ano anterior. “Comparativamente com o ano de 2023, foram recebidas em 2024 mais 30.772 declarações, correspondente a um acréscimo de 5,2%”, indica o mesmo documento, detalhando que, do total de declarações recebidas no ano passado, “598.545 foram entregues dentro do prazo legal”.

Enquanto o número de declarações entregues dentro do prazo cresceu 5,12%, tendo sido recebidas mais 29.177 face a 2023, as declarações recebidas com atraso aumentaram ainda mais. De acordo com o relatório, foram recebidas “mais 28.847 declarações fora do prazo legal, o que corresponde a um acréscimo aproximado de 5,9%”.

Relativamente ao tipo de declarações entregues, 603.204 eram primeiras declarações e 24.188 declarações de substituição, correspondendo estas últimas a 3,9% do total das declarações validadas, mostram ainda os dados.

Este ano, o prazo para a entrega da declaração de IRC acabou por ser prolongado até ao final de junho, a pedido da Ordem dos Contabilistas Certificados, depois de a falha geral de eletricidade, em abril, ter provocado vários constrangimentos no Portal das Finanças. Um adiamento que os contabilistas querem que seja definitivo no calendário fiscal, de forma a não haver sobreposição de prazos importantes para as empresas.

Crescem as liquidações oficiosas

O documento detalha também que, “durante o ano de 2024, foram emitidas cerca de 41.349 cartas-aviso a contribuintes com falta de entrega da declaração de rendimentos Modelo 22 do IRC referentes ao período de tributação de 2023, para efeitos de regularização voluntária da respetiva obrigação declarativa e pagamento do imposto autoliquidado”. Durante o ano de 2023, foram emitidas cerca de 35 mil cartas-aviso a contribuintes faltosos.

Foram ainda geradas “23.743 liquidações oficiosas do período de 2022, correspondente a uma matéria coletável global de 1.632.663.279 euros e a uma coleta de IRC no total de 340.010.057 euros. Relativamente aos períodos de 2020 a 2021, foram geradas 4.366 liquidações oficiosas, correspondente a uma matéria coletável global de 881.927.269 euros e a uma coleta de IRC no total de 183.348.515 euros”.

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PME têm 150 milhões a concurso para apoiar internacionalização

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Aviso abrange todo o território nacional continental, entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, de natureza associativa e com atividades dirigidas às PME.

O Governo anunciou esta segunda-feira a publicação de um aviso com a dotação de 150 milhões de euros, para a promoção e internacionalização das pequenas e médias empresas (PME), com candidaturas até junho de 2026.

Em comunicado, o Ministério da Economia e da Coesão Territorial detalhou que o aviso se destina a apoiar operações para a promoção da internacionalização das PME nacionais, “desde que feitas mediante cooperação entre empresas”.

“O objetivo é potenciar o aumento da base e capacidade exportadora das PME e o seu reconhecimento internacional, através da implementação de ações de promoção e marketing, da presença em certames internacionais e do conhecimento e acesso a novos mercados, valorizando-se a diversificação de mercados, a utilização crescente de ferramentas digitais, mediante o recurso a tecnologias e processos associados a canais digitais”, explicou.

O aviso abrange todo o território nacional continental, entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, de natureza associativa e com atividades dirigidas às PME, nomeadamente associações empresariais, câmaras de comércio e indústria, agências regionais de promoção turística e outras entidades não empresariais do Sistema Nacional de Investigação e Inovação (I&I).

As candidaturas estão abertas de 11 de julho de 2025 a 30 de junho de 2026 e os apoios são atribuídos sob a forma de subvenção não reembolsável, com financiamento do PITD – Programa de Inovação e Transição Digital (Compete 2030), do Programa Regional de Lisboa (Lisboa 2030) e do Programa Regional do Algarve (Algarve 2030).

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Na Porsche a ajudar a “vender sonhos”, Nuno Costa, na primeira pessoa

Ligado há 27 anos ao mundo automóvel, Nuno Costa foi o responsável pela abertura da operação direta da Porsche em Portugal. Apaixonado por cinema, gosta de projetar casas, jogar padel e cozinhar.

Na liderança do marketing da Porsche em Portugal há mais de duas décadas, Nuno Costa acompanhou a evolução da marca automóvel desde que vendia menos de 80 automóveis no país até aos dias de hoje, em que vende cerca de 1.500 veículos. Antes disso esteve na Mercedes, e foi na mudança para a nova marca que percebeu que iria, mais do que vender automóveis, vender sonhos.

Após cerca de três anos a trabalhar como commercial vehicles marketing manager da Mercedes, Nuno Costa foi convidado para ir a Madrid, sede da marca da Porsche Ibérica, onde o CEO lhe disse que o queria contratar para iniciar a operação da Porsche diretamente em Portugal e criar o negócio da marca no país “de uma forma mais profissional”.

E foi esse mesmo CEO, um “tipo bastante disruptivo”, que lhe disse desde logo que a Porsche é “a marca que vende sonhos”. E deixou-lhe o conselho: “Os nossos automóveis não são os mais baratos no mercado, não são os mais económicos, não são os mais eficientes e são para pessoas que procuram outro tipo de emoções na vida e que perseguem os seus sonhos, portanto todas as variáveis que possas ter de pensar o marketing têm que mudar de acordo com os produtos que vendemos”.

E esses produtos, na altura, em que a marca vendia apenas cerca de 80 carros em Portugal, eram os modelos 911 e o Boxter, recorda Nuno Costa. “Só tínhamos dois desportivos de oferta. O que tínhamos que fazer era repensar completamente a forma de abordar o negócio, de forma também disruptiva“, recorda em conversa com o +M.

E foi isso que a marca começou a fazer em Portugal, também em termos de comunicação, incorporando novos modelos de automóveis menos desportivos, como começou por fazer com o modelo Cayenne.

Foi complicado mudar um pouco essa imagem de sermos uma marca de automóveis desportivos e apenas desportivos. Abrimos um pouco a perceção da marca com o Cayenne, e depois vieram outros modelos, como o Panamera, o Cayman, o Macan, o Taycan. Ou seja, estes automóveis vieram mostrar que a marca poderia continuar a ser de automóveis desportivos de luxo, mas com uma abrangência muito maior”, diz o diretor de marketing de 53 anos.

E esta evolução começou também a transparecer para a comunicação. “Nunca tínhamos feito campanhas de publicidade, não anunciávamos os nossos automóveis, não tínhamos propriamente um canal de comunicação com clientes ou potenciais clientes, era tudo feito de uma forma muito tradicional. Tivemos de mudar um pouco o paradigma“, refere.

Assim, em vez de o cliente ter sempre de encomendar o seu automóvel e ficar quatro, cinco ou seis meses à espera do automóvel, a marca optou por começar a ter mais automóveis nos concessionários para que as pessoas pudessem sentir que estes eram “um bem mais tangível” e “algo a que podem chegar”.

A opção da marca passou assim por encomendar mais automóveis para exposição e para demonstrações. “A nossa matriz é esta. 50% do trabalho é feito se nós conseguirmos encontrar o potencial cliente e ele se sentar atrás do volante. Se nós fizermos isto, temos a certeza de que metade do caminho está feito. O resto acontece com o tempo, connosco a tentar encurtar essa distância“, diz Nuno Costa.

“A pessoa na sua shopping list tem sempre coisas para comprar e nós o que temos de fazer é chegar ao topo dessa shopping list. Começámos a fazer comunicação, a fazer muitos eventos e sobretudo muitos eventos de condução, onde as pessoas experimentam os nossos automóveis. Começámos a falar também com coletivos de alto poder aquisitivo, indo a torneios de golfe, a falar com relojoeiros, com marcas de joias finas e com restaurantes Michelin. Ou seja, começámos a fazer uma abertura da marca para tentarem chegar a esses coletivos”, explica Nuno Costa, sublinhando que esta estratégia trouxe consigo um “êxito fantástico” que permite à marca vender atualmente cerca de 1.500 automóveis por ano.

Quanto à comunicação da Porsche propriamente dita, Nuno Costa refere que hoje em dia a marca continua a “não querer comunicar para toda a gente”. “Não queremos ser elitistas, mas sabemos que apenas algumas pessoas vão poder chegar à nossa marca, e também queremos manter essa exclusividade. Mas já fazemos uma comunicação muito orientada para os clientes e os potenciais clientes da marca“.

Hoje em dia a marca opta por falar de produto diretamente, explicando porque é que ele é diferenciador, mas sobretudo tenta “chegar ao potencial cliente e ao cliente atual, nunca abdicando do nosso ADN de desportividade, que é o que as pessoas procuram”.

Uma das grandes apostas em termos de comunicação em Portugal passa também pela associação ao Millennium Estoril Open, que é “a plataforma de ativação de marcas de luxo que faz melhor matching com a marca“. Isto “tem a ver com esta dinâmica de desportividade, e com os valores e características do ténis, como a aceleração, a derrapagem em terra batida, as constantes mudanças de velocidade”, sendo que, tendo estas características em conta “poderíamos estar a falar de um Porsche”, diz Nuno Costa.

Mas depois há também “toda uma parte de network à volta do evento” que permite ativar toda a sua rede de concessionários, sendo que é feita também uma “brandizagem” de todos os concessionários da marca com as cores do Estoril Open e que todos os concessionários têm o seu camarote no torneio, onde levam os seus clientes e potenciais clientes. Além disso, a Porsche faz também uma ativação com cerca de 12 automóveis, que fazem os shuttle service dos VIP, dos jogadores, de clientes no Estoril Open. “Para nós o Estoril Open é incontornável”, conclui o diretor de marketing, que conta no seu trabalho com o apoio das agência Prime Promotion, termos de eventos e comunicação, e com a PHD, no que diz respeito a planeamento de meios.

Com quase três décadas no meio automóvel, Nuno Costa entende também que os maiores desafios do setor na atualidade se prendem com a desinformação, com as “notícias falhadas” e com “uma certa agenda de certos grupos económicos, ou mesmo de marcas automóveis, que veiculam notícias que não diria serem falsas, mas que são sobretudo desinformação”.

“De repente houve uma histeria completa com os veículos elétricos e a eletrificação. Depois houve uma reação de um lado do ecossistema a dizer que os veículos elétricos são todos maus e que não há condições em Portugal (ou noutro mercado que seja) para os carregar. Há sempre essa diabolização. Há sempre informação e desinformação, é o 8 e o 80. Toda a gente fala e toda a gente diz uma coisa e o seu contrário. Há muita desinformação e as pessoas às vezes sentem-se confundidas. E com o advento das redes sociais, parece que todas as pessoas têm que ter uma opinião, um ponto de vista e o seu contrário, de acordo com a rede social“, aponta.

“E há muita desinformação porque as pessoas, de repente, parece que têm que tomar um partido. Parece que há um certo clubismo em dizer que se é a favor da combustão, da hibridização ou da eletrificação. E se calhar as pessoas não tinham de pensar assim, tinham era pensar em qual é o automóvel que faz sentido para si e, até, se faz se quer sentido terem um automóvel”, acrescenta.

Este é assim um dos maiores desafios, segundo Nuno Costa, que diz ser necessário um “esforço tremendo” para tentar combater essa desinformação.

Nuno Costa começou por se formar em Relações Públicas e Publicidade no Instituto Superior de Novas Profissões em Lisboa, enviando depois currículos “para todo o lado e para todas as grandes agências”, mas “só levava sopa”.

“Isto foi complicado, mas eu comecei a trabalhar desde muito cedo, trabalhava no verão e nas férias, arranjava outros trabalhos. Eu queria mesmo começar e então comecei a trabalhar como responsável de marketing na Gel Peixe Alimentos Congelados, em Loures”, relembra.

Tratando-se de grande consumo e comparando com o mundo automóvel onde entrou depois, Nuno Costa diz que aquela era “uma dinâmica completamente diferente, porque ia ao supermercado, às peixarias, às lojas de alimentos congelados. Essencialmente vendíamos peixe congelado, mas também outras categorias de produto, como sobremesas, frutas congeladas, pré-cozinhados… para mim, foi uma grande primeira escola”, diz.

Acabou por estar lá cerca de um ano, até que foi trabalhar para a Mercedes Benz Portugal. “Tinha acabado de sair da universidade e entrado no grande consumo, mas precisava era de aprender e que me ensinassem. E estar numa multinacional como a Mercedes foi fantástico, trabalhava como responsável de marketing dos veículos comerciais, que tinham “componentes de compra completamente diferentes”.

Na nova marca, no arranque da operação em Portugal, foi-lhe dado um Porsche Boxster, com o qual ficou “maravilhado”, computador e telemóvel espanhóis. O diretor de marketing, no entanto, explicou que “não fazia sentido nenhum” estar a ligar em roaming para os funcionários, parceiros de negócios, vendedores e clientes nem a escrever em português num teclado de computador espanhol.

“Então só me deixaram com o Boxter, desejaram-me boa sorte e que fosse à luta. Ou seja, não havia escritório, não havia sequências de trabalho, não havia nada. Nem sequer havia um estacionário para um fax, que era o que se usava na altura. Foi mesmo começar do zero, num co-work, e arrancar com esta experiência, que já vai com 23 anos”, diz.

Nascido na capital moçambicana, quando a mesma ainda se chamava Lourenço Marques, Nuno Costa logo foi para Lisboa, onde ainda hoje reside com a mulher e os dois filhos.

Além de viajar — fazendo todos os anos duas ou três grandes viagens, sendo que há duas semanas quem o quisesse encontrar teria de ir ao México — uma das coisas que mais dá prazer a Nuno Costa é a de desenhar projetos, pensar e idealizar casas”, já tendo tirado algumas do papel, construindo-as.

Embora não tenha jeito para desenhos, considera ter jeito para fazer projetos, sendo isso algo que hoje em dia cultiva “com algum sucesso, felizmente”. No entanto, enveredar pela arquitetura ou engenharia nunca foi algo que lhe tenha passado pela cabeça. “Quando uma pessoa pensa numa casa, pensa na forma mas é preciso também pensar na função. E depois se conseguir melhorar isso com a ajuda de arquitetos, que tenham essa competência de projetar o nosso sonho, é espetacular, é uma coisa que me realiza imenso“, aponta.

Entre as suas paixões, encontra-se também o padel. Além da dimensão estratégia e técnica, o padel conta ainda com um outro aspeto que Nuno Costa entende ser “muito compensatório”. É que “uma pessoa começa a conhecer imensas pessoas novas que não estavam no seu meio. Começa a entrar em grupos de padel, a entrar em torneio, a jogar regularmente com um ou outro e a desenvolver um network e um círculo de amizades novo, o que às vezes não é muito fácil quando uma pessoa tem 40, 45 ou 50 anos”, diz.

“Um jogo pode ser mais ou menos bem conseguido, de acordo com o resultado, mas depois acaba-se sempre por beber uma ou duas cervejas, descontrair, conhecer pessoas novas e falar de outros assuntos. E eu acho isso super proveitoso. Sinto-me eternamente grato ao padel, porque deu-me outros amigos, que posso chamar amigos”, acrescenta.

Nuno Costa gosta também imenso de cozinhar, o que o leva também a adorar “comer e experimentar vinhos” e é ainda um “apaixonado por cinema“, vendo cerca de quatro filmes por semana. Atualmente vive numa fase em que anda a ver filmes com mais de 30 anos, numa “espécie de regresso à juventude”.

Considera-se uma pessoa “super extrovertida e um networker“, também porque as circunstâncias “assim o fizeram”. “Trabalhar nesta marca é um privilégio tremendo, é a oportunidade de uma vida e isso fez-me também desenvolver uma cultura de networking, socialização e de sair da zona de conforto”, diz Nuno Costa, que entende que o grande desafio “é ser feliz”.

“Apenas isso, o que já por si só, é muito. Não me interessa propriamente ganhar muito dinheiro, não me interessa ter bens materiais. É ter saúde, ser feliz e que os meus filhos e a minha família estejam bem. Porque tudo o resto é bastante efémero. As pessoas podem dizer, ‘bom, mas anda montado num Porsche ou tem uma duas ou três casas, e agora diz que quer ser feliz’. Mas a vida é tão rápida e acelerada, que se não formos felizes naquilo que fazemos, e em todos os momentos em que podemos estar, a única coisa que levamos é sofrimento”, acrescenta.

Nuno Costa em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Em termos nacionais destaco a Missa do Galo by Azeite Gallo, em 1995, porque representa a essência e tradição de Portugal e transporta para um legado de um povo.

Já internacional, gosto muito da campanha da Rolex de agradecimento pela carreira do Roger Federer porque mostra gratidão e presta homenagem ao legado de um tenista único que está totalmente alinhado aos valores da própria marca.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?
Tomar decisões contra a corrente e seguir os instintos.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

Vender. Vender. Vender.

4 – O briefing ideal deve…

Ser de meia página com informação concisa e objetiva.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Entrega resultados com métricas e interpreta as necessidades do cliente de forma natural.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Ainda que prefira jogar pelo seguro, arriscamos sempre que podemos.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Essa realidade nunca será a nossa, mas se esse cenário fosse possível investia numa exposição sobre a publicidade no mundo Porsche.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Do melhor que se faz num mundo para um mercado tão limitado.

9 – Construção de marca é?

Acrescentar personalidade, criar uma relação e gerar valor.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Treinador de futebol.

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Taxa Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Esta segunda-feira, as taxas Euribor avançaram em todos os prazos: a três meses para 2,041%, a seis meses para 2,087% e a 12 meses para 2,114%.

A Euribor subiu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira e manteve-se acima de 2% nos três prazos. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,041%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,087%) e a 12 meses (2,114%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,087%, mais 0,015 pontos do que na sexta-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, ao ser fixada em 2,114%, mais 0,25 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses voltou a subir, para 2,041%, mais 0,015 pontos do que na sessão anterior.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,32% e 25,57%, respetivamente.

As médias mensais da Euribor voltaram a cair em junho nos dois prazos mais curtos, menos intensamente do que nos meses anteriores e de forma mais acentuada no prazo mais curto (três meses). Já a 12 meses, a média mensal da Euribor manteve-se em 2,081%. A média da Euribor em junho desceu 0,103 pontos para 1,984% a três meses e 0,066 pontos para 2,050% a seis meses.

Na última reunião de política monetária em 4 e 5 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%. Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano. A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Linha de Muito Alta Tensão entre Sines e Ferreira do Alentejo pode “cair” após providência cautelar

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Associação ProtegeAlentejo quer suspensão da instalação de uma Linha de Muito Alta Tensão entre Ferreira do Alentejo e Sines. Central que "alimentará" a linha pode não avançar, denuncia.

A Associação ProtegeAlentejo avançou com uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja para suspender a instalação de uma Linha de Muito Alta Tensão (LMAT) entre os municípios de Ferreira do Alentejo e Sines.

Em comunicado enviado nesta segunda-feira à agência Lusa, a associação revelou que a providência cautelar, interposta na passada quarta-feira no TAF de Beja, tem como objetivo “suspender de imediato as obras de construção” da LMAT no eixo Ferreira do Alentejo — Vale Pereiro — Sines, com uma capacidade de 400 Kv (quilovolt).

A implementação da linha neste território, em municípios dos distritos de Beja e de Setúbal, “visa escoar a energia produzida pela central fotovoltaica Fernando Pessoa (anteriormente designada de THSiS), promovida pela empresa Sunshining, S.A, no concelho de Santiago do Cacém”, argumentou.

De acordo com a associação, “esta central [fotovoltaica] foi objeto de dois processos judiciais, ainda sem decisão final”, assim como a LMAT foi alvo, em 23 de junho de 2024, “de uma ação de impugnação da Declaração de Impacte Ambiental, igualmente sem decisão definitiva”.

Por isso, no entender da ProtegeAlentejo, a inexistência de decisão em relação à ação de impugnação “torna a tentativa de avanço da LMAT inaceitável e precipitada”.

Para a associação, “a construção desta LMAT configura ainda múltiplas infrações aos Instrumentos de Gestão Territorial, incluindo a Reserva Ecológica Nacional, a Reserva Agrícola Nacional, o Ordenamento Florestal e a Estrutura Regional de Proteção e Valorização Ambiental do Alentejo, violando a lei e compromissos ambientais de ordenamento do território”.

“É um projeto que afeta habitats protegidos e que no PDIRT [Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Distribuição de Eletricidade] 2025-2034 foi considerado “suscetível de gerar significativas externalidades locais negativas”, alertou.

Ainda segundo a associação, o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto “reconhece que a LMAT existe exclusivamente para servir os interesses da central fotovoltaica Fernando Pessoa (THSiS), revelando tratar-se de um projeto associado, apresentado separadamente apenas para facilitar pareceres favoráveis”.

“Na prática, assiste-se a um acordo entre duas entidades privadas — a Sunshining, S.A. e a REN, S.A. — que se escudam no discurso da transição energética para promover um projeto com fins meramente privados e lucrativos, desprovido de quaisquer benefícios concretos para os cidadãos”, criticou.

Ao repudiar “a constante desvalorização dos direitos das comunidades locais” no que respeita ao “direito à participação informada e ativa” nestes processos, a ProtegeAlentejo considerou, no comunicado, que o “reiterado atropelo ao princípio da precaução e à equidade no planeamento destes megaprojetos é inadmissível e lesivo para o território, populações, biodiversidade e futuro do Alentejo”.

A ProtegeAlentejo “não aceita que os interesses de grupos económicos privados sejam disfarçados de ‘progresso verde’, quando na realidade se sacrificam territórios, comunidades e se perpetuam injustiças sociais e ambientais”, pode ler-se.

A denominada transição energética, argumentou a associação, “só será justa se for realmente pensada com e para as pessoas, e não contra elas”.

A Associação ProtegeAlentejo é constituída por residentes das freguesias de São Domingos e Vale de Água, entre outros, que se opõem à construção da central fotovoltaica.

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Centros de dados podem gerar até 26 mil milhões para economia até 2030

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Estudo da Copenhagen Economics com a Start Campus concluiu ainda que os 'data centers' podem apoiar cerca de 50 mil empregos em Portugal em cinco anos.

O setor dos centros de dados poderá contribuir com até 26 mil milhões de euros para o PIB nacional e apoiar cerca de 50 mil empregos até 2030, concluiu um estudo da Copenhagen Economics com a Start Campus.

O estudo Avaliação dos Benefícios Socioeconómicos do Setor dos Centros de Dados em Portugal, divulgado esta segunda-feira, indica que, entre 2022 e 2024, os centros de dados já contribuíram com 311 milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB) português, apoiando cerca de 1.700 empregos por ano.

A análise revelou também que Portugal está bem posicionado para se tornar um hub em infraestruturas digitais e de Inteligência Artificial (IA) na Europa, devido ao custo da eletricidade competitivo e infraestrutura de conectividade robusta.

Tendo em conta este cenário, o estudo, que se baseia num modelo macroeconómico com dados do Eurostat, OCDE e operadores nacionais e incluiu entrevistas com mais de 15 stakeholders (partes interessadas) do ecossistema digital, estima que o setor dos centros de dados pode gerar até 26 mil milhões de euros para a economia portuguesa até 2030.

Deste montante, cerca de 9,2 mil milhões são de efeitos diretos e 8,6 mil milhões indiretos, enquanto 8,4 mil milhões são “induzidos” através do desenvolvimento do setor.

Além disso, projeta-se que poderão ser apoiados até 50 mil postos de trabalho a tempo inteiro por ano, número que inclui empregos diretos, indiretos e induzidos, “se existirem condições favoráveis de investimento e regulação”.

Entre as áreas de atuação identificadas para fomentar os investimentos, inclui-se a garantia de previsibilidade e acesso à rede elétrica, a agilização de processos de licenciamento para infraestruturas tecnológicas e energéticas e o desenvolvimento de medidas direcionadas para investimento em centros de dados.

Este estudo, feito em parceria com a Start Campus, que está a desenvolver um campus de centros de dados em Sines, destaca também que a IA irá impulsionar o desenvolvimento do setor, estimando que até 2030 cerca de 70% da capacidade computacional será dedicada a aplicações de IA.

Robert Dunn, presidente executivo (CEO) da Start Campus, citado em comunicado, defende que “Portugal reúne todas as condições para se afirmar como ‘hub’ digital e de IA de referência, na Europa: conectividade estratégica, energia limpa e profissionais altamente qualificados“.

Bruno Basalisco, diretor da Copenhagen Economics, alerta que “Portugal está a emergir como um destino europeu relevante para investimentos em centros de dados, mas o seu potencial não está garantido, dada a intensa concorrência internacional para acolher infraestruturas digitais”.

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Comissário europeu do Comércio recusa “desistir” de negociar tarifas com EUA

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Maros Sefcovic vai continuar a negociar esta segunda-feira com os seus homólogos norte-americanos, mesmo depois de os EUA terem anunciado que vão aplicar tarifas de 30% às importações da UE.

O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, disse que vai continuar a negociar esta segunda-feira com os seus homólogos dos Estados Unidos, apesar do anúncio norte-americano de aplicar tarifas de 30% à União Europeia (UE), recusando-se a desistir sem “esforço genuíno”.

Continuamos convencidos de que as nossas relações transatlânticas merecem uma solução negociada, uma solução que crie as bases para uma nova estabilidade e cooperação e é por isso que continuamos a colaborar com a Administração dos Estados Unidos e a dar prioridade a uma solução negociada até ao novo prazo do dia 1 de agosto”, declarou Maros Sefcovic.

Falando à chegada à reunião dos ministros do Comércio da UE, em Bruxelas, o responsável aludiu ao anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas recíprocas de 30% ao bloco comunitário dentro de cerca de duas semanas, vincando: “Não consigo imaginar-me a desistir [de negociar] sem um esforço genuíno“.

Destacando o “contexto cada vez mais difícil do comércio internacional”, Maros Sefcovic descreveu estes direitos aduaneiros adicionais de 30% como “efetivamente proibitivos para o comércio mútuo” entre UE e Estados Unidos.

Se estivermos a falar de 30% ou 30% mais [de tarifas], haverá um enorme impacto no comércio. Será quase impossível continuar o comércio como estamos habituados numa relação transatlântica […] e as cadeias de abastecimento transatlânticas serão fortemente afetadas em ambos os lados do Atlântico”, elencou.

O comissário europeu da tutela vincou ainda que o Executivo comunitário está a preparar-se “para todos os resultados, incluindo, se necessário, contramedidas proporcionais bem ponderadas para restabelecer o equilíbrio”. “Farei definitivamente tudo o que estiver ao meu alcance para evitar um cenário muito negativo”, prometeu.

No sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que vai impor tarifas de 30% sobre produtos da UE a partir de 1 de agosto, numa carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Reagindo a tal anúncio, a líder do Executivo comunitário afirmou que Bruxelas continua disposta a negociar com os EUA para chegar a um acordo antes de 1 de agosto.

Donald Trump justificou a decisão com o excedente comercial da UE com os Estados Unidos, que atingiu 50 mil milhões de euros em 2024.

As tensões comerciais entre Bruxelas e Washington devem-se aos anúncios do Presidente Donald Trump de imposição de taxas à UE, que começaram por ser de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e depois se tornaram em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, suspensas e agora fixadas em 30% após um período de negociações.

Bruxelas prefere uma solução negociada com Washington, tendo já proposto tarifas zero para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos.

A Comissão Europeia detém a competência da política comercial da UE.

Atualmente, 379 mil milhões de euros em exportações da UE para os Estados Unidos, o equivalente a 70% do total, estão sujeitos às novas tarifas (incluindo as suspensas temporariamente) desde que a nova Administração dos Estados Unidos tomou posse, em janeiro passado.

Segundo a Comissão Europeia, está em causa uma taxa média de direitos aduaneiros dos Estados Unidos mais elevada do que na década de 1930.

A UE e os Estados Unidos têm o maior volume de comércio entre parceiros, de 1,5 biliões de euros.

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PS desafia Montenegro para acordo estratégico sobre Defesa

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Carneiro propõe a constituição de um grupo de trabalho parlamentar conjunto PSD/PS para apresentar, no prazo de três meses, uma proposta de acordo estratégico para a Defesa.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou o primeiro-ministro a negociar com os socialistas uma proposta de “Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa” com um prazo definido de três meses.

Segundo escreve o jornal Público, que cita uma carta enviada na sexta-feira a Luís Montenegro, o socialista pede uma audiência formal para dar início a esse entendimento e critica o anúncio surpresa de Portugal na Cimeira da NATO sobre o aumento do investimento em Defesa para 2% do PIB este ano e 5% até 2035.

Carneiro defende que decisões desta dimensão exigem consenso político alargado e apela à criação de um grupo de trabalho PS/PSD “Venho propor formalmente a abertura de um diálogo institucional entre o PSD e o PS, com vista à definição de uma plataforma de convergência parlamentar em matéria de Defesa Nacional, em particular no que respeita ao investimento estratégico”, escreve José Luís Carneiro.

Na carta, o secretário-geral do PS escreve que tal consenso “deverá assentar em princípios estruturantes, orientações estratégicas partilhadas e num conjunto de medidas concretas”, que envolvam os setores da indústria, da ciência, da inovação, da educação e da administração pública.

José Luís Carneiro, propõe a constituição de um grupo de trabalho parlamentar conjunto PSD/PS que, em articulação com o Governo e com representantes “dos setores com relevância para a matéria em apreço”, possa apresentar, no prazo de três meses, uma proposta de Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa. Esta proposta será depois submetida à apreciação da Assembleia da República, segundo José Luís Carneiro.

O PS considera que os compromissos assumidos por Portugal na Cimeira da NATO, na Haia, “não são suscetíveis de ser cumpridos sem um alargado apoio social e político, para a obtenção do qual o Governo nada tem feito”.

O primeiro-ministro chamou a São Bento tanto o PS como o Chega, que agora é o segundo maior partido com representação parlamentar, no dia 18 de junho, para discutir a necessidade de reforço do investimento em Defesa.

Contudo, segundo o PS revela nesta carta, nessa reunião foi prestada “pouca informação sobre o modo como seriam empregues os recursos desse incremento significativo da despesa pública em Defesa”, tendo os socialistas sido apanhados de surpresa com o anúncio de 5% do PIB até 2035 feito dias depois.

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Depois de Lisboa, Tumo abre em outubro em Matosinhos num investimento até 8 milhões

O Tumo Porto tem a capacidade para 1.000 estudantes no primeiro ano de atividade, esperando que esse número aumente para 1.500 no segundo ano. As candidaturas decorrem até 14 de setembro.

Depois de Coimbra e Lisboa, a Tumo abre o seu terceiro centro em Matosinhos. O edifício URBO, mesmo ao lado do Norte Shopping, recebe a partir de 6 de outubro o Tumo Porto, num investimento a cinco anos até oito milhões de euros. As inscrições decorrem até 14 de setembro.

“O Tumo Porto é o terceiro centro do Tumo Portugal e vai beber de toda a nossa intensa experiência até agora, que prova a confiança que temos no modelo pedagógico que defendemos com este projeto. Este terceiro centro no norte, como os restantes, combina os três fatores que procuramos (localização útil, financiamento com compromisso de vários stakeholders e equipa motivada e alinhada com a missão)”, diz Filipa Cunha, diretora do centro.

A responsável não adianta quais as próximas localizações. Braga, Évora e Algarve eram outras localizações que, aquando da abertura do centro de Lisboa no ano passado, os promotores admitiam estar a negociar.

Estamos continuamente em conversas com vários potenciais parceiros nos locais que referiu e em muitos outros para estudar a implementação de projetos com capacidade de transformação e impacto social. O Tumo é um projeto que envolve um investimento considerável, por isso estamos muito disponíveis e interessados em implementá-lo pelo país, mas precisaremos sempre de encontrar financiamento para o fazer — esse financiamento poderá ser público a um nível nacional, público a um nível local ou privado”, diz.

Não desistimos e acreditamos que vamos certamente continuar a fazê-lo, mas reunir este financiamento tem-se revelado difícil. No entanto, como a vontade e a procura por desenvolver programas em algumas regiões tem crescido, estamos ativamente a desenvolver programas que procurem dar resposta a esta necessidade”, afirma.

Até oito milhões de investimento

Oferecendo um programa de formação em oito áreas, totalmente gratuito, o Tumo do Porto, à semelhança dos anteriores, tem “um investimento inicial de cerca de um milhão de euros, que inclui elementos como a obra de adaptação do espaço, todo o equipamento e tecnologia necessários ao programa ou a formação da equipa”, detalha Filipa Cunha.

“Por ano, com o centro a funcionar em capacidade, o investimento em causa é entre 1,3 e 1,5 milhões de euros, pelo que estamos a falar de um valor de investimento total de set-up, de mais de cinco anos de operação, de cerca de oito milhões de euros”, destaca.

O Tumo Porto tem a capacidade para 1.000 estudantes no primeiro ano de atividade. “A expetativa é de aumentar para 1.500 no segundo ano. Teremos as mesmas áreas de aprendizagem que os restantes dois centros em Portugal: Animação, Programação, Desenvolvimento de Jogos, Robótica, Produção Musical, Design Gráfico, Fotografia e Cinema”, informa a responsável.

O programa é presencial, em horário pós-escolar, com duas sessões de duas horas por semana ou uma sessão de três horas e meia, para jovens entre os 12 e 18 anos.

No ano letivo de 2024/25, os centros de Lisboa e Coimbra acolheram um total de 2.354 estudantes, com uma idade média de 15 anos, de 52 nacionalidades. Destes, 59% são rapazes e 40% raparigas, provenientes de 280 escolas diferentes, maioritariamente públicas.

No conjunto, mais de um terço dos estudantes (37%) apresentam algum tipo de vulnerabilidade, incluindo jovens integrados em contextos TEIP, institucionalizados ou referenciados por instituições de solidariedade social, com Necessidades Educativas Específicas, abrangidos pela Ação Social Escolar ou com mães com baixa escolaridade, destaca a Tumo.

A Câmara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Fundação Belmiro de Azevedo, Teak Capital e BPI Fundação “la Caixa” são os parceiros de arranque do Tumo Porto.

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Holding pública da Defesa quer construir fábrica de munições em Alcochete

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Holding pública das empresas de Defesa vai apresentar ao Governo um projeto para a construção de uma fábrica com capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano e criar 70 postos de trabalho.

A idD Portugal Defence, holding pública para a área da Defesa, quer criar uma fábrica de munições de pequeno calibre, em Alcochete, num investimento que rondará os 40 milhões de euros, avança o Jornal de Notícias (acesso pago). O objetivo do projeto, que já está concluído e vai ser apresentado ao Governo nos próximos meses, passa por capacitar as Forças Armadas Portuguesas com este tipo de projéteis e exportar para países da NATO.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa pública, Ricardo Alves, a fábrica terá capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano e vai criar 70 postos de trabalho, marcando o regresso de Portugal à produção destes explosivos. O investimento, junto da unidade de desmilitarização da idD, deverá contar com uma participação do Estado entre 35% e 60%.

Em causa estão munições de pequeno calibre, de 5,56 e 7,62 milímetros, utilizadas por todas as forças nacionais destacadas e pelos exércitos da NATO nas suas armas ligeiras. O dirigente da idD justifica que “há uma procura crescente muito grande por estas munições porque houve uma série de décadas seguidas em que não houve investimento e muitos países estão sem stocks“. É no âmbito dessa procura “que existe a intenção de montar a fábrica munições”, acrescentou.

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Governo ajusta preços para tentar atrair promotores para casas acessíveis

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Governo reviu fórmula que determina qual deve ser o custo de promoção e como é que o mesmo é calculado para tornar mais rentável o investimento em habitação a custos controlados.

O Governo alterou as variáveis usadas para determinar se a construção de um prédio para habitação encaixa no conceito de custos controlados, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios. O objetivo é conseguir adaptá-las à nova realidade em matéria de custos de construção, preço do terreno ou exigências em matéria de eficiência energética, na expectativa de tornar este regime mais atrativo para os construtores.

Esta alteração dá-se numa altura em que os concursos públicos lançados pelas autarquias não têm recolhido o interesse necessário por parte das construtoras, devido à margem de lucro potencial ser muito reduzida. Mesmo os investidores privados pouco ou nenhum interesse revelam por este tipo de projetos, apesar dos benefícios que têm associados, nomeadamente o IVA à taxa reduzida de 6%, sujeitos depois a um preço tabelado na venda ou no arrendamento.

O que está em causa é uma alteração cirúrgica à portaria que regula o regime da habitação de custos controlados (HCC), ou seja, habitação que é construída a custos máximos, definidos por lei, e que depois também só pode ser arrendada ou vendida a preços acessíveis e dentro de condições igualmente definidas na lei. No que toca à construção, há uma fórmula que determina qual deve ser o custo de promoção e como é que o mesmo é calculado, sendo que o Governo reviu “algumas variáveis, atualizando-as aos valores reais”, uma vez que se encontravam “totalmente deslocados da realidade”, justificou a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa.

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