FC Porto financia-se em 50 milhões junto de 3.916 investidores

SAD portista registou forte procura dos pequenos investidores. Garantiu sucesso da operação de financiamento logo na primeira semana, o que permitiu aumentar a oferta de obrigações para 50 milhões.

Perto de 4.000 investidores emprestaram 50 milhões de euros à SAD do FC Porto. Os portistas conseguiram atingir a meta (revista em alta na semana passada) a que se propunham bem cedo nesta operação financeira, e até tiveram mais ordens de compra do que dívida que pretendiam vender, com a procura total a superar os 72 milhões de euros (1,44 vezes acima da oferta).

A SAD azul-e-branca captou 25 milhões de euros na oferta de subscrição de obrigações 2022-2025, atraindo uma procura válida de mais de 41 milhões de euros e muitos pequenos investidores com a taxa de juro de 5,25% — 2.483 investidores quiseram comprar obrigações novas.

Adicionalmente, conseguiu outros 25 milhões de euros numa oferta de troca de títulos que decorreu em simultâneo com a oferta de subscrição, registando aqui ordens de mais de 30 milhões — 1.444 obrigacionistas aceitaram trocar títulos.

Nesta operação de troca, os investidores puderam trocar obrigações do empréstimo 2021-2023 por novos títulos, com a SAD do FC Porto a comprometer com o pagamento de um prémio no valor de cinco cêntimos e de um juro de nove cêntimos por cada obrigação trocada. Por conta disto, os dragões vão ter agora de desembolsar cerca de 700 mil aos obrigacionistas que trocaram obrigações, segundo os resultados anunciados esta segunda-feira pela Euronext.

A grande maioria dos 3.916 investidores que participaram nas duas ofertas deram ordens entre os 2.500 euros (o montante mínimo) e os 5.000 euros, mas mais de uma centena de investidores deram ordens de subscrição e de troca acima dos 50.000 euros.

Desde o início das duas ofertas que a SAD portista tinha a operação de financiamento bem encaminhada. Logo ao segundo dia da operação (29 de março) já tinha registado uma procura de 40 milhões de euros, que era a meta inicial. Dois dias depois, a 31 de março, já tinha ordens de 50 milhões, pelo que, quando a 5 de abril decidiu aumentar a oferta em 10 milhões para os 50 milhões, o sucesso da operação já estava garantido.

Em termos líquidos, esta operação vai permitir aos portistas um financiamento de 47,9 milhões de euros, com 2,1 milhões destinados a cobrir despesas com comissões aos bancos que montaram a operação, e ainda CMVM e despesas com publicidade.

O FC Porto disse que pretendia captar estes “fundos para financiar a sua atividade corrente, bem como a consolidar o respetivo passivo num prazo mais alargado e dar prosseguimento à estratégia de alongamento de maturidade da sua dívida, de modo a alinhá-la melhor com a geração de cash-flow”.

Quanto à oferta de troca, adiantou que visava “substituir parte da sua dívida com vencimento em 2023 por dívida com reembolsos de capital em 2025” — tem agora de devolver quase 40 milhões no próximo ano.

(Notícia atualizada às 17h13 com mais informação)

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