Dívida: CGD na “estrada” à procura de grandes fundos
O banco já está na "estrada" à procura de investidores para a sua dívida subordinada. Mas esta emissão não é para todos. A CGD garante que não venderá a particulares ou empresas.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) já deu início ao road show para vender a dívida subordinada que vai emitir, no âmbito do processo de recapitalização aprovado por Bruxelas. Em causa está a emissão de títulos de dívida de elevada subordinação no valor de 500 milhões, operação que deverá ocorrer no final de março ou início de abril. Mas esta emissão não é para todos. O banco público esclarece que é dirigida exclusivamente a grandes investidores. De fora ficam os clientes particulares ou empresas.
A CGD está a preparar uma emissão de dívida subordinada AT1 (additional tier 1). Ou seja, que conta para o capital do banco. Em causa estão 500 milhões de euros de dívida de elevado risco, com taxas de juro que devem rondar os 8% a 10%.
"Pelas suas características de subordinação e tratando-se de dívida perpétua, esta emissão é dirigida exclusivamente a investidores institucionais, nomeadamente fundos de investimento e hedge funds, fundos de pensões e seguradoras”
Mas, pelas suas características, esta emissão não é para todos os investidores. Apenas para os institucionais. “Pelas suas características de subordinação e tratando-se de dívida perpétua, esta emissão é dirigida exclusivamente a investidores institucionais, nomeadamente fundos de investimento e hedge funds, fundos de pensões e seguradoras“, esclarece a Caixa num comunicado enviado às redações.
Por isso, “não haverá colocação desta emissão junto de clientes particulares ou empresas, bem como junto de entidades públicas, nos termos do acordo com a DG Comp”, explica o banco do Estado.
Contactado pelo ECO, um analista do setor já tinha explicado que os investidores que compram este tipo de dívida são normalmente fundos, muitos deles especializados neste tipo de produtos financeiros. Um apetite que tem sido crescente, levando a que a generalidade das obrigações já colocadas pelos bancos europeus estejam a valorizar.
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