“Na casa do PSD não cabem racistas xenófobos e populistas”, diz Jorge Moreira da Silva

Jorge Moreira da Silva apresentou candidatura à liderança do PSD. Compromete-se a clarificar a natureza do seu relacionamento com outros partidos, a criar um Governo sombra e a rejuvenescer o partido.

Jorge Moreira da Silva defende que “na casa do PSD não cabem xenófobos ou racistas”. Na apresentação da sua candidatura à liderança do PSD esta quarta-feira, num espaço em Monsanto, o social democrata prometeu rejuvenescer o partido e criar um verdadeiro governo sombra que faça marcação direta aos ministros do Partido Socialista (PS).

Moreira da Silva acusou ainda o sistema partidário português de padecer de “sonambulismo, servindo de pasto ao fogo do populismo e descrença”.

O antigo diretor da Cooperação para o Desenvolvimento, na OCDE, anunciou a sua demissão do cargo “com um sentimento de dever cumprido”, e avançou ser uma decisão que toma com “alegria”. Moreira da Silva demitiu-se do cargo de diretor da Cooperação para o Desenvolvimento, na OCDE para poder concorrer à liderança do PSD. Fê-lo “com um sentimento de dever cumprido”, diz.

“Candidato-me à liderança do PSD pelo sentido de responsabilidade que 33 anos de militância exigem e animado pela firme convicção que sou portador de um projeto capaz de renovar o PSD, libertar o potencial de crescimento sustentável em Portugal e assegurar que os portugueses reconquistam o seu pleno direito ao futuro”, explicou.

O candidato admitiu que o país enfrenta uma “tempestade perfeita” dado que “o mundo mudou a uma velocidade alucinante, mas o país não se atualizou, nem se reformou”. Moreira da Silva comprometeu-se a atualizar as linhas programáticas do PSD e a clarificar a natureza do seu relacionamento com os restantes partidos políticos. “O PSD não enfrenta uma crise de identidade, mas uma crise de modernidade”, acrescentou.

Moreira da Silva sublinhou a necessidade de posicionar o PSD enquanto “espaço amplo”, de união entre reformistas e que agrega social-democratas e liberais sociais. O candidato vincou ainda a diferença do PSD, face ao PS, através da valorização da iniciativa privada, a defesa de um estado “que sirva os cidadãos”, e compatível com o “nível de impostos que é aceitável cobrar”.

No entanto, Moreira da Silva destacou também a necessidade de ir além da vertente programática. “Comigo o PSD passará a ter uma cultura de start-up e não de incumbente”, pelo que será um partido “de movimento e orientado por causas”.

Moreira da Silva pretende que o PSD seja o partido de referência nas qualificações dos seus representantes. Para este fim, o candidato destaca a instituição de programas de formação em liderança de políticas públicas, e de frequência obrigatória para todos os candidatos a eleições autárquicas, legislativas e europeias. “Seremos mais, seremos mais novos e seremos diferentes”, defende.

 

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