Ramada aumenta lucros. Altri e Cofina não
A Altri foi a que teve mais lucros, mas não deixou de ver o resultado líquido encolher, assim como a Cofina. Das três cotadas de Paulo Fernandes, só a Ramada ganhou mais.
A Ramada lucrou mais no ano passado. Foi mesmo a única das três empresas de Paulo Fernandes a conseguir aumentar os resultados líquidos. Enquanto a Cofina viu os lucros encolherem em 15%, a Altri sofreu uma quebra de quase 35%, mas continua a ser, das três, a que mais resultados positivos gera. Ganhou 77 milhões de euros.
Ramada aumenta lucros. E o dividendo também
Das três empresas, o Grupo F. Ramada foi o único a conseguir um aumento dos resultados líquidos. Os lucros ascenderam a 13,93 milhões de euros, um crescimento de praticamente 26% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com o comunicado enviado pela empresa por João Borges de Oliveira.
O EBITDA em 2016 foi de 21,3 milhões de euros, superior em 19,3% ao registado em 2015. “A margem EBITDA em 2016 ascendeu a 15,5% face a 14,1% em 2015”, refere a empresa que conta com dois ramos de atividade: indústria, que inclui a atividade dos aços, sistemas de armazenagem assim como a atividade relacionada com a gestão de investimentos financeiros, e o imobiliário.
Face aos resultados obtidos, a Ramada vai aumentar os dividendos a distribuir. “Relativamente ao exercício de 2016 o Conselho de Administração irá propor à assembleia geral de acionistas a distribuição de um dividendo de 0,28 euros por ação“, diz. É um aumento de 33% face aos 21 cêntimos pagos no ano anterior.
Custos financeiros travam contas da Cofina
Se a Ramada teve mais lucros, a Cofina não. A empresa de media fechou o ano com lucros, mas de 4,3 milhões de euros, abaixo do registado no ano anterior fruto, essencialmente, do crescimento dos custos financeiros. Aumentaram em cerca de 1,5 milhões de euros num período em que as receitas das publicações recuaram.
“O exercício de 2016 foi caracterizado por um decréscimo das receitas totais comparativamente com o ano anterior (-0,7%), tendo-se registado um decréscimo nas receitas de circulação (-3,2%) e nas receitas de publicidade (-2,5%). As receitas de marketing alternativo e outros registaram um crescimento de 12,8%, tendo atingido os 15,8 milhões de euros.”
“O EBITDA registado no período em causa foi de 13,5 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 10% face ao ano anterior. O resultado líquido consolidado atingiu 4,3 milhões de euros, um decréscimo de 14% em relação a 2015”, refere a empresa liderada por Paulo Fernandes. Os custos financeiros aumentaram em 37,9%, passando de 3,7 para 5,2 milhões de euros.
Altri lucra menos, mas é a que gera mais
A Altri é, das três, a empresa que mais lucros gera, apesar de ter apresentado uma quebra no último ano. A empresa de pasta de papel “registou, no exercício de 2016, um resultado líquido de 77 milhões de euros, valor que compara com os 117,7 milhões de euros registados em 2015, representando um recuo de 34,6%”, diz a empresa em comunicado.
“Os resultados da Altri foram afetados sobretudo pela contínua descida dos preços de pasta papeleira do tipo BHKP, ainda que no quarto trimestre se tenha verificado alguma recuperação. O preço médio de mercado da pasta BEKP em 2016 foi de 628,2 euros por tonelada, o que corresponde a uma descida de 11,1% face ao preço médio registado em 2015″, nota a empresa.
Apesar da quebra nos lucros, a cotada co-liderada por Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira vai manter a remuneração a entregar aos acionistas. No comunicado enviado à CMVM, a empresa vai avançar com uma proposta de dividendo de 0,25 euros por ação.
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