Após escalada, preços do gás natural aliviam 5% na Europa

No rescaldo do corte no abastecimento a dois países europeus pela Gazprom, os preços do gás natural na Europa aliviam cerca de 5% esta quinta-feira.

Os preços do gás natural na Europa aliviam esta quinta-feira, no rescaldo da decisão da Gazprom de cortar o abastecimento à Polónia e à Bulgária. Depois de uma subida na quarta-feira, que chegou a superar os 20% ao início da manhã, os futuros de referência TTF para entrega em junho recuavam cerca de 5% às 7h20 desta quinta-feira, transacionando a 102,25 euros por MWh (megawatt-hora), segundo dados da Barchart.

Na quarta-feira, a Gazprom, um grupo estatal russo, anunciou ter cortado o fornecimento aos dois países europeus por estes se recusarem a pagar o gás russo em rublos, uma exigência de Moscovo. O ultimato tinha sido feito pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no final de março, mas a União Europeia recusa fazê-lo, dado que o pagamento em rublos esbarra nas sanções ocidentais contra o Kremlin, por causa da invasão à Ucrânia.

Para já, o corte no abastecimento estará limitado à Polónia e à Bulgária. A situação é mais preocupante neste último país, dado que 90% do gás que consome tem origem na Rússia. Ainda assim, de acordo com a Reuters, esta quinta-feira de manhã, a Rússia continuava a abastecer a Europa por gasoduto através da Ucrânia.

Apesar dos avisos dos governos europeus, algumas empresas do continente já terão cedido à exigência de Moscovo. A Bloomberg noticiou na quarta-feira que quatro empresas europeias pagaram gás russo em rublos e que, no total, pelo menos uma dezena de empresas já abriram conta no Gazprombank, o ramo financeiro do grupo Gazprom que é responsável pela conversão dos euros e dólares em rublos, antes da liquidação do pagamento.

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