Wall Street sobe pela segunda sessão consecutiva à espera da Fed

Os três principais índices norte-americanos fecharam em alta, acumulando duas sessões de ganhos, após as fortes perdas de abril. Os olhos estão todos postos na reunião da Fed desta quarta-feira.

As cotadas norte-americanas valorizaram ligeiramente esta terça-feira. Wall Street subiu nas duas primeiras sessões de maio, recuperando parcialmente das fortes perdas registadas em abril. Os investidores estão focados na reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana, cujo resultado será anunciado esta quarta-feira. É certo que haverá uma subida dos juros diretores, mas não se sabe qual será a dimensão do aumento.

Na sessão desta terça-feira, o Dow Jones subiu 0,2% para os 33.128,79 pontos, o Nasdaq valorizou 0,22% para os 12.563,76 pontos e o S&P 500 somou 0,48% para os 4.175,48 pontos.

Estas subidas ligeiras acontecem antes da esperada subida dos juros diretores em 50 pontos base por parte da Fed. Contudo, recentemente cresceu a especulação sobre se o banco central liderado por Jerome Powell pode ir mais além (75 pontos base de uma só vez) para colocar um travão na aceleração da taxa de inflação, o que de certa forma já está incorporado na avaliação dos ativos em negociação.

As palavras de Jerome Powell, presidente da Fed, na conferência de imprensa desta reunião serão ouvidas com especial interesse para identificar pistas sobre mais subidas de juros ou sobre a redução do balanço da Fed (ativos, nomeadamente dívida pública, adquiridos nos últimos anos de expansão monetária).

Na sessão desta terça-feira, entre os vários setores, o destaque vai para as cotadas da energia uma vez que lideraram os ganhos. Por exemplo, a Exxon Mobil e a EOG Resources valorizaram mais de 2%. Outros setores mais defensivos (isto é, teoricamente com menos risco) como o das “utilities” (serviços) e o da saúde também valorizou nesta terça-feira.

Foi o caso da Pfizer cujas ações valorizaram quase 3% no dia em que divulgou lucros acima do esperado no primeiro trimestre deste ano. Inicialmente, a farmacêutica norte-americana até esteve a desvalorizar dado que pela primeira vez desde o início da pandemia não reviu em alta as expectativas de vendas dos medicamentos e vacinas contra a Covid-19, neste caso para 2022.

Nota ainda para o setor financeiro que também valorizou, com o JPMorgan e o Morgan Stanley a somar mais de 2%.

A subida dos juros das obrigações soberanas, o conflito na Ucrânia e as restrições na China relacionadas com a pandemia, as quais têm impacto nas cadeias de valor globais, foram os fatores por detrás do desempenho negativo de Wall Street em abril.

Ainda assim, a época de resultados tem sido melhor do que o esperado com 80,4% das 275 cotadas que já anunciaram lucros a superar as estimativas dos analistas, segundo os dados da Reuters/Refinitiv. Esta semana é a vez de empresas como a Pfizer, Moderna, Starbucks, Advanced Micro Devices e Kellogg apresentarem resultados.

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