Investimento em imobiliário comercial em mínimos de seis anos
Primeiro trimestre de 2021 registou cerca de 180 milhões de euros em transações, o valor mais baixo desde 2017. Ainda assim, expectativas para o resto do ano são animadoras.
O primeiro trimestre fechou com 180 milhões de euros transacionados em imobiliário comercial, um número 30% inferior ao observado no mesmo período de 2021 e o mais baixo dos últimos seis anos, de acordo com um relatório da JLL. Apesar deste desempenho, a consultora afirma que há muito investimento em pipeline, prevendo, assim, que a atividade cresça de forma significativa no resto do ano.
Os dados do Market Pulse da JLL indicam que o foi um início de ano mais tímido do que o habitual, mas a consultora tem boas perspetivas para o resto de 2022. “O elevado volume de negócios em pipeline com conclusão prevista para os próximos trimestres (…) é uma prova de que o interesse do investidor se mantém em alta“, nota Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal.
“Esperamos que o volume agora transacionado cresça de forma considerável nos próximos trimestres, colocando 2022 entre os melhores anos de investimento do mercado“, acrescenta o responsável, citado em comunicado.
Transações de imobiliário comercial em valor:
Dentro do imobiliário comercial, os escritórios foram a estrela, concentrando 75% do investimento, num total de cerca de 135 milhões de euros. A absorção deste setor cresceu 120% em Lisboa e 112% no Porto, “ao mesmo tempo que continuam os esforços do lado da oferta em prol de um reforço e qualificação do stock capaz de dar resposta às exigências de uma procura robusta e que continua sem sinais de abrandamento”, diz a JLL.
Em alta está também o interesse no setor industrial e logístico, que concentrou 18% do volume de transações. “Após uma década marcada pela tímida procura, vive hoje um momento de crescimento sem precedentes em Portugal, marcando o arranque de um novo ciclo de forte dinamismo do lado da oferta e do investimento”, lê-se no estudo. O número de novos projetos em pipeline está a crescer para dar resposta à procura.
No retalho, a “atividade mostra-se a recuperar progressivamente do impacto da pandemia”, com a maioria dos operadores a retomar os planos de expansão. Nesta fase, as estrelas do setor são os retail parks e o retalho alimentar que, “após comprovarem a sua resiliência perante a adversidade, são agora alvo de interesse renovado”, informa o estudo da JLL. Este setor concentrou 6% do investimento total em imobiliário comercial.
Fora do imobiliário comercial, o mercado residencial “continua a ser um íman de atração de compradores internacionais, que pesam 40% das vendas realizadas pela JLL até março”, refere a consultora. “Mesmo com o investimento crescente no lançamento de novos produtos, a procura continua a exceder largamente a oferta disponível, num cenário que se espera que continue a sustentar os atuais níveis de preços ao longo dos próximos meses.”
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