Cabaz de bens essenciais encareceu mais de 22 euros desde o início da guerra

Deco revela que o preço de um cabaz de produtos essenciais encareceu mais de 22 euros desde o início da guerra na Ucrânia, totalizando já os 205,99 euros.

Desde o início da guerra na Ucrânia, o preço de um cabaz de produtos essenciais disparou mais de 22 euros, o que representa uma subida de 12,18%, totalizando já os 205,99 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia. Esta tendência reflete-se já na taxa de inflação em Portugal, que, em abril se fixou nos 7,2%, o que representa o valor mais elevado dos últimos 29 anos. A escalada dos preços da energia a que se juntaram os preços altos das matérias-primas e a seca tem vindo a pesar na faturas das famílias portuguesas na hora de ir ao supermercado.

Se a 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir, o cabaz monitorizado pela Deco custava 183,63 euros, na quarta-feira já custava 205,99 euros, o que representa um aumento de 12,18% (mais 22,36 euros). Em causa está a monitorização feita desde final de fevereiro a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.

Entre os produtos que registaram o maior aumento de preço desde o início da guerra e até à passada quarta-feira, a Deco destaca o “salmão (mais 55%), o óleo alimentar 100% vegetal (mais 50%), a pescada fresca (mais 47%), o carapau (mais 30%), o tomate (mais 30%), o frango (mais 28%), o peixe-espada-preto (mais 23%), o bife de peru (mais 22%), a farinha para bolos (mais 22%) e o café torrado moído (mais 17%)”.

Perante a análise destes dados, é possível concluir que as oscilações de preço são variáveis. Só na última semana analisada, o custo do cabaz encareceu 3,06 euros, isto é, um aumento de 1,51%, face aos 202,94 euros estimados a 27 de abril. Não obstante, entre as 11 semanas analisadas, o maior aumento semanal foi registado entre 9 e 16 de março. Nessa semana, o mesmo cabaz encareceu 7,94 euros, passando a custar 191,58 euros, face aos 183,64 euros estimados a 9 de março.

Entre os produtos que sofreram a maior variação de preço, entre 27 de abril e 4 de maio, a DECO destaca os “cereais (mais 20%), as ervilhas ultracongeladas (mais 16%), os douradinhos de peixe (mais 16%), a perca (mais 13%), a massa fusilli/espirais e a farinha para bolos (ambos com um aumento de 10%), a couve-coração (mais 9%), a cenoura e o salmão (com uma subida de 8%) e o queijo curado fatiado embalado (mais 7%)”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Cabaz de bens essenciais encareceu mais de 22 euros desde o início da guerra

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião