MP sul-africano mantém sessão de dia 20 para encerrar processo de extradição
O Ministério Público sul-africano mantém a sessão preparatória de julgamento de Rendeiro, agendada para 20, para apresentar o certificado de óbito e encerrar as diligências do processo de extradição.
O Ministério Público sul-africano confirmou este sábado que vai manter a sessão preparatória de julgamento de João Rendeiro, agendada para dia 20, para apresentar o certificado de óbito do ex-banqueiro e encerrar as diligências do processo de extradição.
João Rendeiro, de 69 anos, morreu na quinta-feira na prisão de Westville, onde foi encontrado morto, segundo uma nota do Departamento de Serviços Penitenciários enviada à agência Lusa.
A advogada confirmou à Lusa que o ex-presidente do banco BPP iria na sexta-feira a tribunal, mas não adiantou os motivos, decorrendo as sessões de julgamento do processo de extradição para Portugal entre os dias 13 e 30 de junho.
A sessão preparatória no tribunal estava marcada para 20 de maio e, segundo adiantou à Lusa fonte do Ministério Público da África do Sul (National Prosecuting Authority – NPA), a sessão vai manter-se para que possa ser apresentado o certificado de óbito de João Rendeiro e encerradas as diligências do processo de extradição.
“O tribunal precisa de um certificado de óbito e isso tem de ser feito em tribunal”, justificou a mesma fonte.
Por seu turno, também em declarações à Lusa, a advogada June Marks, que defendia João Rendeiro, adiantou que não vai estar presente na sessão, uma vez que já tinha entregado a notificação para deixar a representação do ex-banqueiro.
O antigo presidente do BPP João Rendeiro, detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal, morreu na quinta-feira à noite, na prisão de Westville.
João Rendeiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.
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