Nasdaq aprofunda perdas e cai quase 5%
A sessão já começou negativa em Wall Street mas fechou agora com perdas ainda mais significativas. Preocupações com inflação penalizam desempenho.
A sessão começou com uma tendência negativa na bolsa de Nova Iorque, que se agravou à medida que a negociação avançou, causando perdas de cerca de 4%. Fatores como a aceleração da inflação, o conflito na Ucrânia, os problemas da cadeia de abastecimento, os confinamentos na China e o aperto da política monetária têm pesado nos mercados financeiros e esta quarta-feira estão a minar o desempenho dos índices.
O índice tecnológico Nasdaq caiu 4,74% para os 11,416.045 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recua 3,67% para os 31.457,74 pontos. Já o financeiro S&P 500 perde 4,11% para os 3.920,93 pontos.
“Os contras superam os prós das ações de crescimento neste momento específico, e o mercado está a tentar decidir o quão mau vai ficar”, aponta Liz Young, chefe de estratégia de investimentos da SoFi, à Reuters. “O mercado está com medo dos próximos seis meses“, acrescenta.
Preocupações com a desaceleração económica e com a inflação penalizaram as ações, especialmente aquelas conhecidas como as de crescimento (com um grande potencial de crescimento), como é o caso das tecnológicas.
Entre estas cotadas, destacam-se as perdas nos “pesos pesados”, como é o caso da Apple, que recuou 5,64%, para 140,82 dólares, enquanto a Microsoft caiu 4,55%, para 254,08 dólares. A Amazon desvalorizou também, afundando 7,16%, para 2.142,25 dólares.
Mas as perdas não são exclusivas desta área, sendo que o índice Dow Jones, que concentra mais ações do setor industrial, registou a maior perda diária desde 2020.
A Target pesou no desempenho, já que não só apresentou lucros no primeiro trimestre muito abaixo do esperado em Wall Street como também alertou para a pressão exercida no negócio pelo aumento dos custos e dos preços. As ações da retalhista afundaram 24,93%, para 161,61 dólares.
“Está claro que os custos de transporte são importantes e estão a impactar [algumas das] maiores empresas”, salienta Kim Forrest, fundador da Bokeh Capital, à CNBC.
(Notícia atualizada com as cotações de fecho)
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