Frente Comum espera milhares de trabalhadores em Lisboa para “mostrar ao Governo que isto não é caminho”
Funcionários públicos vão à rua reivindicar aumentos salariais. Trabalhadores vêm de vários pontos do país e são esperadas algumas perturbações nos serviços públicos.
Os trabalhadores da Função Pública vão às ruas esta sexta-feira para “mostrar ao Governo que isto não é caminho”, explica o coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, ao ECO. A estrutura sindical que representa os funcionários públicos espera uma adesão na ordem dos milhares de trabalhadores e admite que podem existir perturbações nos serviços públicos.
“Esperamos milhares de trabalhadores em Lisboa amanhã para mostrar ao Governo que isto não é caminho”, aponta Sebastião Santana. O coordenador sindical indica que vêm trabalhadores “de todo o país” para a capital, sendo que para permitir esta participação foram emitidos alguns pré-avisos de greve.
Com estas greves a acontecer em alguns pontos do país, “para permitir que trabalhadores venham, de Faro a Braga”, o responsável admite que é “expectável que haja perturbações em alguns serviços públicos, como escolas”.
A manifestação será nacional, contando assim com trabalhadores públicos de várias cidades a juntarem-se no Marquês de Pombal às 14h30 para “marchar” até à Assembleia da República. Uma das principais reivindicações prende-se com o aumento de salários, explica Sebastião Santana, apontando que o que está previsto no Orçamento do Estado é “a perda de poder de compra”. É assim exigido um aumento de 90 euros para todos.
É de recordar que os funcionários públicos tiveram um aumento de 0,9% este ano, valor que foi definido a partir do valor da inflação comunicado a 30 de novembro do ano passado. O valor final deste indicador para 2021 acabou por ser de 1,3%, e nos últimos meses a inflação tem vindo a acelerar. Os sindicatos que representam estes trabalhadores têm vindo a reivindicar um aumento intercalar, mas o ministro das Finanças já afastou essa hipótese.
Além disso, os trabalhadores vão também manifestar-se pela “correção da tabela remuneratória única, que a ficar como está mantém trabalhador com 30 anos de serviço a ganhar o mesmo que quem entra hoje, as questões do SIADAP, que deve ser revogado e ser substituído por outro, a valorização das carreiras e o reforço dos serviços públicos”.
Nesta manifestação vão participar todos os 30 sindicatos da Frente Comum bem como a Associação Sindical dos Profissionais da Policia, a Associação dos Profissionais da Guarda, delegações de sargentos e oficiais das Forças Armadas, adianta Sebastião Santana.
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