Petróleo desliza para os 117 dólares após reunião da OPEP+
Investidores estão preocupados que o aumento na produção de ouro negro acordado pela OPEP+ seja insuficiente para dar resposta às necessidades atuais do mercado.
Os preços do petróleo estão a deslizar para os 117 dólares esta sexta-feira, depois da reunião entre os países pertencentes à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), numa altura em que os investidores estão com dúvidas quanto ao facto de que aquela organização possa decidir aumentar a produção de matéria-prima o suficiente para compensar a quebra na oferta por parte da Rússia.
Às 7h20 de Lisboa, o barril de brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações nacionais, está a perder 0,36% para 117,19 dólares, enquanto o WTI, cotado em Nova Iorque, desliza 0,49% para 116,30 dólares.
Os preços do petróleo estão, assim, praticamente inalterados na última sessão da semana, numa altura de dúvidas entre os investidores. Esta quinta-feira, a OPEP+ decidiu aumentar a produção de ouro negro em 648 mil barris por dia em julho e agosto, acima dos 432 mil barris por dia acordados anteriormente. Contudo, esta quantidade é considerada insuficiente para o momento atual.
Os aumentos de produção foram divididos proporcionalmente entre os países membros da OPEP+. A Rússia, que alvo de sanções dos países ocidentais, e países como Angola e Nigéria já não cumprem as metas atuais, por isso os analistas esperam que o aumento da oferta de petróleo provavelmente seja menor do que o volume anunciado, afirma a CNBC (conteúdo em inglês).
A produção de matéria-prima por parte de Moscovo já caiu para um milhão de barris por dia desde a invasão da Ucrânia e deverá cair ainda mais depois do embargo ao petróleo russo, alcançado por acordo entre os membros da União Europeia (UE).
“Por outras palavras, os traders acham que o aumento [na produção anunciado pela OPEP+] é muito pequeno em relação aos crescentes riscos de oferta negativos e numa altura de aumento esperado da procura por parte da China”, diz Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management, citado pela CNBC.
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