5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Rita Atalaia
  • 9 Março 2017

Os investidores têm uma agenda preenchida. Desde os resultados dos CTT à reunião do BCE, os mercados vão ter muita informação para digerir. Angela Merkel também pode dar mais pistas sobre o Brexit.

Os investidores têm hoje uma agenda muito preenchida. Desde os resultados dos CTT, que podem, segundo o CaixaBI, ser “negativos”, até à reunião do Banco Central Europeu, na qual as taxas de juro devem manter-se inalteradas. Ainda na Europa, destaque para um discurso da chanceler alemã, Angela Merkel, que deve falar sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Um tema que também deve ser abordado pelo ministro para o Brexit, quando for discursar perante a Câmara dos Comuns.

Resultados dos CTT devem ser “negativos”

A época de resultados já está na reta final. Mas ainda falta conhecer os números de algumas cotadas do PSI-20, incluindo dos CTT. A empresa de serviços postais vai divulgar os resultados referentes a 2016. Segundo os analistas do CaixaBI, devem ser “negativos, embora o mercado já tenha antecipado esta realidade após o profit warning que os CTT apresentaram em janeiro”. As ações não devem, por isso, ser muito penalizadas.

Foco virado para a reunião do BCE

É já hoje que o Banco Central Europeu (BCE) volta a tomar uma decisão sobre as taxas de juro. Mas não são esperadas alterações. Mario Draghi deve manter os juros no mesmo nível e reafirmar a promessa de continuar a comprar ativos até ao final deste ano. Por isso, os investidores vão estar mais interessados nas projeções para o crescimento e inflação nos próximos três anos. Após um conjunto de dados económicos positivos, o presidente do banco central pode dar pistas sobre quando é que poderá começar a diminuir o apoio que presta à economia da região.

Merkel fala… e o mercado ouve

A chanceler alemã vai falar perante o Parlamento, antecipando o que vai acontecer na cimeira da União Europeia que arranca hoje. O discurso de Angela Merkel deve incluir temas quentes como a saída do Reino Unido da UE, mas também as relações transatlânticas. Mas não será a única responsável alemã a chamar a atenção dos investidores. O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, também deve discursar sobre os desafios políticos e económicos que os países do G-20 enfrentam.

David Davis responde a questões sobre o Brexit

A Câmara dos Lordes aprovou uma proposta de emenda à lei para a notificação da saída do Reino Unido da UE que determina que o parlamento terá poder de veto sobre os termos do acordo negociado com Bruxelas. E hoje o ministro para o Brexit, David Davis, poderá dar mais pistas sobre o assunto. O ministro, que considerou este resultado “dececionante”, vai responder a questões na Câmara dos Comuns e este tema deverá estar em cima da mesa.

Dados dão força à subida dos juros nos EUA

Nos EUA, o desemprego está a tocar mínimos. E, semana após semana, os novos pedidos de subsídio de desemprego têm vindo a recuar, algo que deverá voltar a acontecer hoje, sublinhando a recuperação do mercado laboral. Este é um dos indicadores analisados pela Reserva Federal dos EUA quando tem de tomar uma decisão sobre a política monetária. Janet Yellen, responsável pelo banco central norte-americano, já admitiu que, se o emprego e a inflação continuarem a corresponder às expectativas, “é muito apropriado” que os juros sofram uma subida em março.

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