UE arrisca criar falsas expectativas sobre adesão da Ucrânia, alerta António Costa
São necessários “menos debates legais e mais soluções práticas”, disse o chefe de Governo português, que se mostrou contra conceder à Ucrânia o estatuto de país candidato na cimeira da próxima semana.
O primeiro-ministro português alerta para o risco de se criarem falsas expectativas à Ucrânia relativamente à adesão à União Europeia. Em entrevista ao Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês), António Costa sublinhou que “o grande risco é criar falsas expectativas que se tornam em desilusão amarga”. São necessários “menos debates legais e mais soluções práticas”, disse o chefe de Governo português, que não se mostrou abertamente contra conceder à Ucrânia o estatuto de país candidato na cimeira da próxima semana, a 23 e 24 de junho, mas disse estar à espera da avaliação da Comissão.
“Era essencial responder à emergência que a Ucrânia e o povo ucraniano estão a viver presentemente”, acrescentou António Costa, defendendo que a atribuição do estatuto de candidato não resolverá os problemas urgentes da Ucrânia e apenas exibirá as divisões europeias a este nível, dando um presente ao Presidente russo, Vladimir Putin.
“O meu foco é obter no próximo Conselho Europeu um compromisso claro no apoio urgente e criar uma plataforma de longo prazo para apoiar a retoma da Ucrânia”, disse António Costa. “Esta é a minha prioridade” e para isto “não precisamos de abrir agora uma negociação ou procedimento que levará muitos anos”, concluiu.
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