Taxa de poupança dá um tombo para 8,3% no arranque do ano
A taxa de poupança dos portugueses baixou para 8,3% do rendimento disponível no primeiro trimestre, segundo os dados publicados pelo INE.
“A taxa de poupança das famílias atingiu 8,3% do RDB [Rendimento Disponível Bruto], o que correspondeu a uma redução de 2,4 p.p. relativamente ao resultado do trimestre anterior. Este desempenho foi consequência do aumento em 4,1% do consumo privado (taxa de variação em cadeia de 2,3% no trimestre anterior), superior ao crescimento do rendimento disponível (1,4%)”, revela esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Resumindo, nos primeiros três meses deste ano, os portugueses consumiram a um ritmo muito superior ao acréscimo salarial, o que resultou numa descida acentuada da taxa de poupança. Este valor de 8,3% é o registo mais baixo deste o primeiro trimestre de 2020, precisamente o período em que começou a pandemia e o país “fechou” por causa da Covid-19.
O INE, aliás, já tinha explicado o crescimento da economia no arranque do ano com a forte dinâmica do consumo. No primeiro trimestre, o PIB cresceu 2,6% em cadeia e 11,9% face ao homólogo, tendo Portugal sido o país da União Europeia a registar o maior crescimento.
Taxa de poupança das famílias
Em 2021, com o desconfinamento da economia, a taxa de poupança dos portugueses já tinha baixado para 10,9% do rendimento disponível, aquém dos 12,6% contabilizados em 2020, naquele que foi o valor mais elevado desde 2002, de acordo com a série histórica do INE.
A taxa de poupança mede a parte do rendimento disponível que não é utilizado em consumo final, sendo calculada através do rácio entre a poupança bruta e o rendimento disponível (inclui ajustamento pela variação da participação líquida das famílias nos fundos de pensões). Ou seja, em termos simples, é a fatia do salário que não é gasta.
(Notícia atualizada às 11h35)
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