Negociação coletiva cresceu 9% em 2021 e salários 3,7%, diz DGERT
DGERT anuncia acréscimo de 30% no número de trabalhadores potencialmente abrangidos pela negociação coletiva, e decréscimo de 52% dos despedimentos coletivos em 2021, face a 2020.
A negociação coletiva cresceu em 2021 face a 2020, com mais 9% de Instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho publicados, que garantiram aumentos salariais de 3,7%, os mais elevados da ultima década, anunciou esta sexta-feira o Ministério do Trabalho.
A Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), que integra o Ministério do Trabalho, publicou esta sexta-feira os relatórios anuais sobre regulamentação coletiva e relações profissionais e salientou a evolução positiva revelada pelos dois documentos.
O relatório sobre regulamentação coletiva de trabalho publicada no ano de 2021 “destaca a recuperação da negociação coletiva, face a 2020, verificando-se um acréscimo de 30% do número de trabalhadores potencialmente abrangidos e um aumento de 9% de Instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho (IRCT) publicados (282 Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho publicados e 636.241 trabalhadores potencialmente abrangidos)”.
Segundo a DGERT, entre 2015 e 2019 “houve uma tendência constante de crescimento da negociação coletiva, quer no número de IRCT publicados quer no número de trabalhadores potencialmente abrangidos, tendo sido interrompida, em 2020, devido à pandemia covid-19”.
Em 2021 retomou-se a tendência de crescimento, que se mantém nos primeiros quatro meses de 2022.
Relativamente à variação salarial real, em sede de negociação coletiva, “registou-se o valor mais alto da última década, na ordem dos 3,7%”.
A variação salarial nominal média intertabelas anualizada para o total das convenções assumiu o valor de 4%, um aumento face a 2020, retornando ao ritmo de crescimento iniciado em 2016, segundo a mesma fonte.
De acordo com a informação da DGERT, o relatório anual das relações profissionais, igualmente publicado esta sexta-feira, destaca um decréscimo de 52% dos despedimentos coletivos em 2021, face a 2020, em linha com os números de 2019, quer em número de despedimentos coletivos comunicados, quer em número de trabalhadores abrangidos.
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