Lisboa no “top 10” dos hubs de startups europeus mais populares

Lisboa surge na quarta posição, tendo subido dois lugares face ao ano anterior, tendo recolhido 16,36% dos votos dos fundadores.

Lisboa está no “top 10” do hubs europeus de startups mais populares. É também a capital europeia, de pequena e média dimensão, com a percentagem de mulheres founders mais elevada em 2021, ano em que o ecossistema de startups europeu bateu recordes de investimento levantado — 101 mil milhões de euros, segundo o Startup Heatmap Europe Report 2022, da DEEP Ecosystems.

Berlim, pelo segundo ano consecutivo, é a cidade mais popular, seguida de Londres e Barcelona. Lisboa surge na quarta posição, tendo subido dois lugares face ao ano anterior, tendo recolhido 16,36% dos votos dos fundadores, de acordo com a 7.ª edição do relatório da DEEP Ecosystems, com base numa amostra de 24.000 fundadores pré-selecionados de startups Europa, da Islândia a Istambul.

Lisboa é também a cidade, de pequena e média dimensão, que apresenta a maior percentagem de mulheres founders (23,2%), seguida de Dublin (23,1%) e Estocolmo (20,2%). Nas de grande dimensão Viena lidera com 19,2%.

No ano passado, o ecossistema europeu de startups bateu recordes de investimento levantado — 101 mil milhões de euros de capital de risco — tendo diminuído o fosso que o separa do mercado norte-americano, que, no mesmo ano, viu o seu ecossistema levantar 119 mil milhões de euros, mais 18% do que na Europa, segundo dados do Pitchbook 2021, citados no relatório.

Este volume recorde levou a que mais hubs tenham aumentado o seu peso e 12 deles — Londres, Berlim, Paris, Estocolmo, Tel Aviv, Munique, Amesterdão, Barcelona, Madrid, Copenhaga, Dublin e Helsínquia — tenham atingido, num ano, o patamar unicórnio: ou seja, em 12 meses as startups locais levantaram no seu conjunto mais de mil milhões de euros.

Pese embora o valor de investimento tenha atingido valores elevados, o valor de investimento seed levantado — entre 500 mil e dois milhões de euros — caiu desde o seu pico em 2019. Para os fundadores à procura de levantar valores abaixo do milhão de dólares na Europa, as oportunidades caíram 22%, enquanto as rondas de valores superiores aumentaram. A maior subida ocorreu mesmo nas rondas acima dos 40 milhões de dólares.

O ecossistema europeu de startups também assistiu a um número de exists (saídas com sucesso, por venda/aquisição) recorde, tendo subido para mais do dobro: de 1.516 em 2020 para 3.063 no ano passado.

Talvez por isso, quando questionados sobre onde preferiam arrancar com a sua companhia, se pudessem escolher, 57% dos founders escolheria a Europa face aos Estados Unidos, embora nos países fora da União Europeia, os Estados Unidos ainda mantenha as preferências dos fundadores.

Criação de emprego

Em média, as principais 20 cidades europeias criam cinco empregos por cada milhão de euros de investimento levantado. “Os grandes hubs tendem a ser menos eficazes na criação de empregos locais. Isto provavelmente terá a ver com o alcance internacional das suas empresas“, refere o relatório. Hamburgo, Dusseldorf e Varsóvia lideram na criação de emprego local.

Apesar da pandemia, o peso dos fundadores que migraram para a Europa subiu de 27% para 37%. O Reino Unido ainda é país que beneficia mais dessa migração de founders, com mais 36% de founders de origem não britânica a se instalarem no país.

Cerca de terço dos founders europeus (29%) vive fora do seu país de origem, sendo a maior mobilidade registada entre os empreendedores da Europa Ocidental (Alemanha, França, etc.), com 38% dos fundadores a viver no exterior. Da Europa do Sul essa taxa é de 31%.

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