Lisboa continua a ser a cidade mais cara, mas rendas no Funchal dispararam 17%
Rendas subiram 6,4% no primeiro trimestre e Lisboa continua a ser a cidade mais cara para arrendar casa, com o metro quadrado a custar 12 euros. Mas rendas no Funchal dispararam.
Em linha com a subida dos preços das casas, que dispararam 13% no primeiro trimestre, também as rendas continuam a crescer. No mesmo período, o aumento foi de 6,4% para uma mediana de 6,16 euros por metro quadrado, de acordo com os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE). Lisboa continua com o título de cidade mais cara do país para viver, mas foi no Funchal que os preços mais dispararam no início do ano.
Entre janeiro e março foram celebrados 23.934 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares no país, o equivalente a um aumento de 19,8% face aos 19.977 registados no mesmo período do ano passado. O valor mediano das rendas destes contratos subiu 6,4%, para 6,16 euros por metro quadrado. Apesar deste aumento, trata-se do “valor mais baixo das taxas de variação homóloga desde o segundo trimestre de 2021”, diz o INE.
Na Área Metropolitana de Lisboa, o metro quadrado já custava 9,10 euros no primeiro trimestre, à frente do Algarve (7,12 euros por metro quadrado), da Região Autónoma da Madeira (6,98 euros) e da Área Metropolitana do Porto (6,58 euros).
E, analisando as 24 cidades com mais de 100 mil habitantes, Lisboa continua, como tem sido habitual, a ter o título de cidade mais cara do país — tanto para comprar como para arrendar casa. No município lisboeta, o valor do metro quadrado subiu 9,7%, para 12 euros, o valor mais alto em todo o país. Se tomarmos como exemplo um apartamento T1 com 70 metros quadrados, uma renda poderia custar 840 euros.
Atrás vem Cascais, com o metro quadrado a custar 11,25 euros (+7,8%), Oeiras com 10,53 euros o metro quadrado (+9,8%) e o Porto, com 9,23 euros por metro quadrado (+11,2%). Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, as mais baratas são Guimarães, com o metro quadrado a custar 4,24 euros (+5%), Santa Maria da Feira, com 4,3 euros por metro quadrado (+3,1%) e Vila Nova de Famalicão, com 4,4 euros o metro quadrado (+14,6%). Arrendar o mesmo T1 com 70 metros quadrados em Guimarães poderia custar cerca de 300 euros.
Se analisarmos a evolução das rendas, o cenário é diferente. No Funchal foi onde as rendas mais subiram no primeiro trimestre, de acordo com os dados provisórios do INE. O aumento foi de 17,2%, para uma mediana de 7,83 euros por metro quadrado. Matosinhos apresentou a segunda maior subida (+14,9% para 8,31 euros por metro quadrado) e Vila Nova de Famalicão vem atrás (+14,6% para 4,4 euros por metro quadrado).
No lado oposto, houve apenas um município dentro dos que têm mais de 100 mil habitantes onde as rendas caíram. Em Barcelos houve uma descida de 2%, para uma mediana de 3,98 euros por metro quadrado. Na Amadora as rendas tiveram o aumento mais baixo: +1,6%, para 8,89 euros por metro quadrado, e em Sintra cresceram 2,6%, para 7,38 euros por metro quadrado.
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