Interrogatório de Sócrates é mesmo quinta-feira. Juíza recusa adiamento
José Sócrates -- arguido no âmbito da Operação Marquês -- pediu para que o seu interrogatório agendado para esta quinta-feira, fosse adiado. Mas a juíza recusou.
José Sócrates — arguido no âmbito da Operação Marquês — pediu para que o seu interrogatório agendado para esta quinta-feira, fosse adiado. Mas a juíza recusou. Fonte judicial confirmou à Lusa que “a diligência (interrogatório) continua marcada” para quinta-feira, pelas 10:00, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, revelando que “foi indeferido o requerimento” apresentado pela defesa do antigo governante.
Num requerimento enviado, esta quarta-feira, o advogado de defesa, Pedro Delille, defende que a magistrada não tem condições legais para avançar com a diligência, uma vez que, na sequência de vários recursos, o processo encontra-se suspenso e o interrogatório para reavaliação das medidas de coação, na sua opinião, não é um ato urgente, avança a revista Visão.
O Ministério Público (MP) tinha agendado para esta quinta-feira um interrogatório (à porta fechada) para uma eventual revisão de medidas de coação, tendo em conta as viagens de Sócrates ao Brasil que não foram comunicadas ao tribunal. O arguido da Operação Marquês está, atualmente, apenas sujeito a Termo de Identidade e Residência (TIR).
Sócrates está prestes a ser julgado por falsificação e branqueamento de capitais, crimes extraídos da instrução da Operação Marquês. O objetivo dos magistrados do MP pode passar por pedir a substituição do atual TIR do arguido por uma medida mais gravosa.
O advogado de Sócrates considerou ainda que o ex-primeiro-ministro já explicou publicamente as viagens ao Brasil e defendeu que esta iniciativa do MP visou passar “uma ideia errada e falsa de que José Sócrates esteja na iminência de ser julgado”. Na verdade, o arguido espera só a decisão do recurso pendente na Relação para que as primeiras sessões de julgamento comecem a ser marcadas.
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