Primeiro concurso do apoio às indústrias intensivas em gás dá menos de 1/10 da dotação total

Programa de ajuda a empresas com utilização intensiva de gás recebeu 183 candidaturas, que vão receber 14 milhões de euros. Apoio tem limite máximo de 400 mil euros por empresa.

Já terminou o primeiro concurso do Programa APOIAR Indústrias Intensivas em Gás, que dá apoios a fundo perdido às empresas mais afetadas pelo aumento no preço do gás natural. Contou com 183 candidaturas, que vão beneficiar de um incentivo previsto superior a 14 milhões de euros. Fica, assim, ainda longe da dotação total do programa, que é de 160 milhões.

“Encerrou no passado dia 30 de junho o primeiro concurso do Programa APOIAR Indústrias Intensivas em Gás, cujo período elegível compreendeu os meses de fevereiro e março, que atribui apoios a fundo perdido para suporte à liquidez das empresas mais afetadas pelo aumento extraordinário no preço do gás natural”, lê-se numa nota do Ministério da Economia.

O programa recebeu 183 candidaturas neste primeiro concurso, “66% das quais micro, pequenas ou médias empresas, que beneficiarão de um incentivo previsto superior a 14 milhões de euros”, adiantam.

A dotação do programa é de 160 milhões de euros, pelo que nesta primeira fase ainda não chegou a ser gasto um décimo do montante total. Só pode ser apresentada uma candidatura por empresa e a taxa de apoio é de 30% sobre o custo elegível, sendo o apoio atribuído sob a forma de subvenção não reembolsável com limite máximo 400 mil euros por empresa, de acordo com o IAPMEI.

Os beneficiários do programa são as empresas que “estejam inseridas em setores com utilização intensiva de gás ou que tenham um custo total nas aquisições de gás em 2021 de, pelo menos, 2% do volume de negócios anual”.

Os setores com mais candidaturas são o têxtil, a cerâmica e os químicos, segundo tinha adiantado o presidente do IAPMEI ao Jornal de Negócios. Francisco Sá alertou também que o limite de 400 mil euros para algumas empresas pode ser “quase uma gota de água”, isto já que “o aumento do custo de energia é de tal forma brutal que numa empresa com determinada dimensão ter uma limitação de quatrocentos mil euros vai ser duro”.

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