Custos de construção de casa nova desaceleram pela primeira vez desde dezembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Julho 2022

Construir casa estava 13,5% mais caro em maio do que há um ano, mas o ritmo de crescimento desacelerou face a abril. É a primeira vez desde dezembro de 2021 que os preços recuam.

Os custos de construção de habitação nova continuam elevados, mas o índice desacelerou em maio face ao mês anterior. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o aumento dos preços foi de 13,5% em maio, em termos homólogos, correspondendo a um recuo no ritmo de crescimento de 0,7 pontos percentuais em relação a abril.

A última vez que os preços de construção de habitação nova abrandaram foi em dezembro do ano passado, o que pode indicar que a inflação, que tem disparado até chegar a 8,7% em junho — o valor mais elevado desde 1992 –, pode estar a atingir o seu pico.

Tal como tem acontecido nos últimos meses, este desempenho deve-se, sobretudo, à subida do preço dos materiais e do custo da mão-de-obra. As duas componentes tiveram variações homólogas de 18,7% e 6,1%, respetivamente, mas, no caso dos materiais de construção, os preços desaceleraram 1,8 pontos percentuais em comparação com o mês anterior.

Com um peso global de 10,9 pontos percentuais no cálculo do índice, também um decréscimo face a abril, os materiais que mais contribuíram para esta evolução são os produtos cerâmicos, que tiveram crescimentos homólogos acima dos 70%. Os aços, o gasóleo, as obras de carpintaria e os aglomerados e ladrilhos de cortiça estão mais de 30% mais caros do que há um ano.

Já a mão-de-obra aumentou a sua contribuição para o cálculo dos custos de construção de habitação nova: de 2,3 pontos percentuais em abril, passou a representar 2,6 pontos percentuais do índice em maio.

Ainda de acordo com o INE, a taxa de variação mensal do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi de 0,6% em maio, enquanto o custo dos materiais subiu 0,4% e o custo da mão-de-obra aumentou 0,9%.

(Notícia atualizada às 12h08 com mais informação)

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