Montenegro atira referendo sobre regionalização para depois de 2026, pelo menos
Novo líder do PSD diz que partido está "focado nos problemas dos portugueses" e considera que processo de descentralização "tem sido turbulento".
Para Luís Montenegro, pelo menos até 2026 não deve avançar o referendo sobre a regionalização. O novo líder do PSD foi recebido pelo Presidente da República nesta terça-feira e reforçou os argumentos contra a consulta popular.
“Sou completamente contra a realização de um referendo em 2024”, manifestou Luís Montenegro à saída da audiência, em declarações citadas pela RTP3. O novo líder dos sociais-democratas justificou a posição com vários atos eleitorais previstos entre 2024 e 2026.
Em 2024, realizam-se as eleições europeias e as regionais dos Açores; para 2025 estão programadas eleições autárquicas; para 2026 estão previstas eleições eleições presidenciais e legislativas. “Não haverá oportunidade para referendo até 2026″, rematou.
As consequências da subida da taxa de inflação e dos efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia são os outros dois motivos apresentados por Luís Montenegro para afastar a consulta popular nos próximos anos.
Luís Montenegro acusou ainda o Governo de conduzir um processo de descentralização “turbulento e que não tem tido resultados efetivos”. Para o político, “um Governo que em três anos não foi capaz sequer de tratar das competências essenciais, numa matéria sem grandes divergências parlamentares e em acordo com o PSD, não se pode abalançar de colocar ao país essa questão”.
O novo líder do PSD acusou ainda o Governo de “desinvestimento nos últimos anos” no aeroporto de Lisboa, o que justifica os sucessivos cancelamentos de voos desde sexta-feira.
Na audiência com o Presidente da República ficou afastado o tema da moção de censura ao Governo pelo partido Chega, na qual o PSD irá abster-se.
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