Boris Johnson nomeia novos ministros e resiste a demissões
Primeiro-ministro quer manter-se no cargo apesar da demissão dos ministros das Finanças e da Saúde, considerados dois elementos importantes no executivo.
Boris Johnson vai manter-se como primeiro-ministro do Reino Unido. O líder dos Conservadores resiste no cargo apesar das demissões desta terça-feira dos ministros das Finanças e da Saúde. Já foram escolhidos novos nomes para a composição do Governo, segundo comunicado de Downing Street.
O novo ministro da Saúde será Steve Barclay, atual chefe de gabinete do primeiro-ministro e antigo secretário de Estado responsável pela saída do Reino Unido da União Europeia entre 2018 e 2020.
O novo titular da pasta das Finanças é Nadhim Zahawi. O até agora ministro da Educação terá ameaçado sair do Governo caso não fosse escolhido para o cargo, segundo o jornal The Sun.
Para o lugar de Nadhim Zahawi foi escolhida Michelle Donelan, a até agora ministra do Ensino Superior.
O ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, e o ministro da Saúde, Sajid Javid demitiram-se nesta terça-feira depois de ser tornado público que Boris Johnson sabia das acusações de assédio sexual contra Chris Pincher quando o nomeou para o Governo.
Estas demissões acontecem depois de ter sido noticiado que Boris Johnson sabia das acusações de assédio sexual contra Christopher Pincher quando o nomeou para o Governo. McDonald, membro da Câmara Alta do Parlamento do Reino Unido, disse que houve uma investigação sobre Pincher em 2019 e que o primeiro-ministro “foi informado pessoalmente sobre o início e o resultado da investigação”.
Na semana passada, o jornal britânico The Sun avançou que Pincher estava no clube Carlton, um dos mais antigos e exclusivos de Londres, quando assediou dois convidados do sexo masculino. Este acabou por se demitir do cargo de vice-presidente da bancada parlamentar do Partido Conservador, afirmando que tinha “bebido demais” e que se sentia envergonhado.
Este domingo, a imprensa britânica avançou com mais informações, afirmando que Pincher enfrenta seis novas acusações de comportamento impróprio.
Esta terça-feira, Boris Johnson pediu desculpa por ter nomeado Chris Pincher para o Governo britânico. “Acho que foi um erro e peço desculpas por isso. Acho que, em retrospetiva, foi a coisa errada a fazer”, disse o primeiro-ministro, citado pelo The Guardian. “Peço desculpa a todos os que foram gravemente afetados por isso. Quero deixar absolutamente claro que não há lugar neste Governo para qualquer um que abuse do seu poder”.
O primeiro-ministro disse ainda que, se tivesse oportunidade, teria demitido Pincher após o incidente inapropriado quando este estava no Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Há cerca de três anos houve uma queixa contra Chris Pincher no Ministério. Essa queixa foi esclarecida, ele desculpou-se. Já fui informado sobre o que tinha acontecido. Se eu tivesse oportunidade, teria pensado nisso e reconhecido que ele não iria aprender nem mudar“.
(Notícia atualizada pela última vez às 21h47 com nomeações dos ministros)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Boris Johnson nomeia novos ministros e resiste a demissões
{{ noCommentsLabel }}