Boris Johnson anuncia demissão. Calendário da sucessão conhecido na próxima semana

Boris Johnson demitiu-se da liderança do partido Conservador e do cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. Calendário para a escolha do sucessor será divulgado na próxima semana.

Boris Johnson anunciou a demissão da liderança do partido Conservador e do cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. Vai manter-se na chefia do Governo até o sucessor “estar em funções” e o calendário de escolha do novo líder vai ser conhecido na próxima semana.

Numa curta declaração no número 10 de Downing Street, Boris Johnson sinaliza que há uma clara “vontade do grupo parlamentar conservador que haja um novo líder e, por isso, um novo primeiro-ministro”, pelo que anuncia oficialmente a sua renúncia aos cargos.

Não obstante, Boris Johnson adianta que vai manter-se cargo de primeiro-ministro “até que um novo líder” entre em funções e que ainda hoje vai nomear “um governo para estar em funções até o novo líder ser nomeado”. O calendário de escolha do seu substituto será conhecido na próxima semana, acrescentou.

“Estou muito orgulhoso dos feitos deste Governo”, afirma o político britânico, elencando o Brexit, as medidas tomadas para enfrentar a pandemia e “o posicionamento do Reino Unido em relação à guerra na Ucrânia”.

O líder demissionário dos tories assumiu tristeza “por abdicar do melhor trabalho do mundo” e aproveitou ainda para agradecer à família pelo apoio e aos britânicos “pelo enorme privilégio” de ter desempenhado este cargo. “A razão pela qual lutei tanto nos últimos dias para continuar este mandato não foi só porque queria, mas porque sentia que era o meu trabalho, o meu dever, a minha obrigação”, justificou Boris Johnson.

De acordo com a imprensa britânica, Boris Johnson tomou esta decisão ao início da manhã desta quinta-feira, depois de mais de 50 membros do Governo britânico terem renunciado ao cargo e e de ter perdido a confiança de dois ministros que tinha nomeado há menos de 48 horas.

O líder demissionário do partido conservador falou esta manhã com Graham Brady, presidente do Comité 1922, órgão que reúne deputados conservadores sem funções governativas e que coordena as eleições do partido e após a conversa terá concluído que esta demissão é a melhor opção para os interesses do país e do partido.

Recorde-se que a “debandada” de demissões começou na terça-feira, depois de ter sido noticiado que Boris Johnson sabia das acusações de assédio sexual contra Christopher Pincher quando o nomeou para o Governo. McDonald, membro da Câmara Alta do Parlamento do Reino Unido, disse que houve uma investigação sobre Pincher em 2019 e que o primeiro-ministro agora demissionário “foi informado pessoalmente sobre o início e o resultado da investigação”.

Além disso, Boris Johnson tem estado sob pressão nos últimos meses na sequência das festas dadas em Downing Street na altura em que o país estava em confinamento devido à Covid, num caso que ficou conhecido como “Partygate” e que deu origem a uma investigação, que levou inclusive à aplicação de multas ao político britânico.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h19)

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