Twitter vai despedir 30% da equipa de recursos humanos

A notícia surge depois de, em maio, o Twitter ter anunciado que iria suspender novas contratações numa tentativa de reduzir custos.

O Twitter vai reduzir um terço da sua equipa de recursos humanos, numa altura em que a empresa lida com crescentes pressões comerciais e com a possível aquisição de Elon Musk. Estes despedimentos devem afetar menos de 100 pessoas e restringir-se à equipa de aquisição de talentos. A notícia surge depois de, em maio, o Twitter ter anunciado que iria suspender novas contratações numa tentativa de reduzir custos.

Um porta-voz da gigante tecnológica confirmou os despedimentos, mas recusou fazer mais comentários, avança o The Wall Street Journal (acesso pago). A empresa está a reorganizar as prioridades da equipa de aquisição de talentos, que inclui recrutadores, para garantir que funciona de forma eficiente e responsável, limitou-se a dizer o mesmo porta-voz.

Os despedimentos surgem numa altura em que o Twitter aguarda a conclusão do negócio de cerca de 44 mil milhões de dólares (41,16 mil milhões de euros) de Elon Musk para comprar a empresa. O acordo assinado em abril tem estado, no entanto, preso por um fio.

No início de junho, os advogados do patrão da Tesla escreveram uma carta ao Conselho de Administração da rede social ameaçando rasgar o acordo. Elon Musk tem exigido que a empresa comprove a alegação de que o número de bots na plataforma – isto é, contas automatizadas – é inferior a 5% do total de utilizadores “monetizáveis” da rede social. O empresário não acredita nisso e em maio tinha anunciado a “suspensão” do negócio até ser prestada esta informação. O Twitter pretende, agora, convocar uma assembleia geral extraordinária até início de agosto.

O Twitter é a mais recente tecnológica a anunciar despedimentos em plena queda dos preços das ações e dos receios de recessão. No mês passado, a Coinbase disse que iria cortar 1.100 postos de trabalho, 18% do seu pessoal, enquanto a Unity Software anunciou, na semana passada, que iria despedir 4% da sua força laboral.

Outros, incluindo a Microsoft Corp. Snap e a Meta Platforms, anunciaram reduções nos planos de contratações ou mesmo o congelamento dos atuais e futuros processos de recrutamento.

Esta semana, a Remote deu sinais de que a crise nas tecnológicas já começa a bater à portas das empresas em Portugal. O unicórnio — que há apenas três meses angariou 300 milhões de dólares (270 milhões de euros no câmbio da altura) — avançou com um processo de despedimento de uma centena de trabalhadores, incluindo a extinção de 8% dos postos de trabalho em Portugal, que representam 1% da equipa global da empresa.

A decisão foi justificada pela startup, fundada pelo holandês Job van der Voort e pelo português Marcelo Lebre, à luz da atual “incerteza económica” e da recessão nas startups tecnológicas.

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