Associações empresariais da construção fecham processo de fusão

“Ultrapassadas as questões de natureza formal e estatutária”, a AICCOPN prepara-se para anunciar a integração da lisboeta AECOPS, ficando a sede no Porto. Construtoras passa a falar a uma só voz.

Ao fim de quatro anos de “noivado”, as duas principais associações empresariais do ramo da construção civil e obras públicas preparam-se finalmente para “dar o nó”, isto é, terminar a integração anunciada em setembro de 2018 com a assinatura de um acordo de coligação que previa a criação de uma única estrutura associativa representativa do setor em Portugal e no estrangeiro.

Em declarações ao ECO, o presidente da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, que é o organismo que sobrevive a este processo de fusão com a AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços, adianta que “estão, neste momento, ultrapassadas as questões de natureza formal e estatutária e em curso as necessárias reestruturações operacionais internas”.

Estão, neste momento, ultrapassadas as questões de natureza formal e estatutária e em curso as necessárias reestruturações operacionais internas. (…) A coligação está na reta final.

Manuel Reis Campos

Presidente da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas

“Presentemente, os órgãos sociais da AICCOPN já integram membros dos órgãos sociais da AECOPS e os serviços estão articulados e harmonizados na prestação de serviços aos associados. Ou seja, a coligação está na reta final, sendo que a comemoração dos 130 anos da AICCOPN assinalará esta concretização de forma pública e expressiva”, esclarece Manuel Reis Campos.

Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPNAICCOPN

A nova representante única das construtoras portuguesas vai ter sede no Porto, cidade onde mora aquela que é a maior associação do setor (AICCOPN). Com origens que remontam a 13 de agosto de 1892, data da constituição do Grémio dos Mestres das Quatro Artes das Construções Civis do Porto, a quem D. Carlos I concedeu alvará régio, tem atualmente perto de 5.600 associados, contra os menos de mil da homóloga lisboeta, que estão a ser transferidos para o novo organismo comum.

Em setembro de 2018, quando a integração foi anunciada em conferência de imprensa e a perspetiva era de que o processo ficasse concluído em “alguns meses”, o líder da AECOPS, Ricardo Pedrosa Gomes, cujo mandato termina este ano, salientou, em referência ao trabalho e às posições conjuntas no âmbito da federação do setor (Fepicop), a “cumplicidade na atuação” das duas estruturas, que “veio consolidar a ideia de que o caminho certo seria este”.

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