Até às 20h circulou menos de 30% dos comboios previstos da CP
Pouco mais do que os serviços mínimos estão a ser cumpridos nas ligações ferroviárias devido à greve dos trabalhadores do comando e controlo ferroviário da Infraestruturas de Portugal.
A CP – Comboios de Portugal suprimiu 835 das 1.179 ligações programadas entre as 00:00 e as 16:00 desta terça-feira, devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), disse à Lusa fonte oficial da empresa. Ou seja, menos de 30% dos comboios foram realizados (29,2%).
De acordo com o balanço atualizado feito pela CP à Lusa, entre as 00:00 e as 20:00 estavam programados 1.179 comboios e foram efetuados 344, dos quais 18 de longo curso, 82 regionais, 166 urbanos de Lisboa e 78 urbanos do Porto.
A CP tinha alertado na segunda-feira para “fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços” e em todo o país hoje e na quinta-feira devido à greve dos trabalhadores da IP.
Em declarações à agência Lusa hoje de manhã, o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, disse que “a paralisação está a decorrer como previsto, estando a ser cumpridos os serviços mínimos”.
A greve abrange os perto de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.
Conforme explicou anteriormente Adriano Filipe, em greve estão os supervisores de comando ferroviário e de permanência geral de infraestruturas ferroviárias.
À Lusa, o presidente da Aprofer adiantou que na base da greve está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.
“E, se as coisas não se resolverem, vamos continuar com greves até que se resolvam“, avisou o presidente da Aprofer.
A IP já tinha alertado para os efeitos da paralisação.
Também a Fertagus alertou na sua página eletrónica que, “face à greve anunciada na IP – Infraestruturas de Portugal entre as 00:00 e as 24:00, nos dias 12 e 14 de julho de 2022, encontram-se previstas fortes perturbações na circulação de comboios”.
(atualizado às 21h24 com novos dados)
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