Bancos dão mais crédito e baixam spreads para compra de casa

No último ano, o número de contratos de crédito à habitação e montantes concedidos teve o crescimento mais acelerado desde 2017. Spread médio baixou para 1,14 pontos percentuais.

Mais crédito e com um spread mais baixo. Assim foram os contratos de crédito à habitação em 2021 em comparação com o ano de 2020, segundo o Banco de Portugal. No último ano, também baixou o prazo médio nos novos contratos.

Em 2021, os bancos celebraram com os particulares um total de 116.640 novos contratos de créditos à habitação, no valor total de cerca de 14,8 mil milhões de euros. O montante é 36,5% superior ao registado em 2020 e é o crescimento mais acelerado desde 2017, assinala o supervisor bancário no Relatório de Acompanhamento dos Mercados de Crédito, divulgado nesta quinta-feira.

Fonte: Banco de Portugal

Em média, cada empréstimo para a compra de casa valeu 126.580 euros, mais 6% face à média de 2020. O prazo médio dos contratos baixou, dos 33,1 para 32,9 anos.

Mais de um quarto dos novos empréstimos (26,1%) valeu mais de 150 mil euros; os contratos abaixo dos 90 mil euros passaram a corresponder a cerca de 38% dos créditos (40,6% em 2020).

84,9% dos empréstimos à habitação tiveram taxa variável, mais 2,4 pontos percentuais face à quota de mercado de 2020. Os empréstimos associados a taxa fixa ganharam peso, de 5,1% para 5,6%.

O spread médio associado aos créditos à habitação baixou, dos 1,19 para 1,14 pontos percentuais, mantendo o ritmo de diminuição dos últimos anos.

Apesar de ter aumentado o número de novos empréstimos, o número de contratos para crédito à habitação diminuiu 1,4%, para 1,43 milhões de contratos. Por outro lado, os portugueses aumentaram a dívida aos bancos, para 101,3 mil milhões (mais 12,4% face a 2021), por conta do aumento do valor médio dos empréstimos.

O prazo médio dos empréstimos para a compra de casa aumentou, de 33,5 para 33,3 anos por causa da “vigência do regime da moratória pública ainda em 2021”. O Banco de Portugal lembra que “a suspensão temporária do pagamento de capital, ou de capital e juros, implicou um aumento da maturidade do contrato”.

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